Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RODOLFO DOS SANTOS DA SILVA
DATA: 30/07/2021
HORA: 08:30
LOCAL: On-line
TÍTULO: Expressão de c-Fos em áreas telencefálicas do lagarto Tropidurus hispidus (SPIX, 1825) submetido a um estímulo aversivo.
PALAVRAS-CHAVES: Tropidus hispidus; Medo; Estímulo Aversivo; c-Fos
PÁGINAS: 91
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
RESUMO:

O medo é caracterizado como a reposta comportamental frente a um estímulo que apresente perigo ao indivíduo. Dos comportamentos citados na literatura, o mais observado é o de congelamento. Para entender como o medo age em diferentes áreas do cérebro e estas últimas modulam esses comportamentos, estudos tem cada vez mais se utilizado de marcadores de proteínas, como a c-Fos, para observar em quais áreas há ativação neural durante um comportamento de medo. Apesar de bem descritos em mamíferos e aves, outros grupos menos derivados como o dos répteis possuem uma lacuna sobre essa temática. Logo, observar como o cérebro desses animais podem modular respostas de medo se torna importante para compreender como a evolução do cérebro ocorreu dos grupos menos derivados para os mais derivados. Dentro do grupo dos répteis, a espécie de lagarto Tropidurus hispidus é cada vez mais utilizada para estudos com essa proposta, visto que já foi estabelecido que utilizar um gato doméstico para evocar respostas de medo nesses animais é promissor. O presente estudo teve por objetivo avaliar a expressão de c-Fos nas áreas telencefálicas desses animais após serem expostos ao estímulo aversivo citado. Todos os protocolos foram devidamente aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais sob o número 26/2016. Foram utilizados 18 animais divididos em 3 grupos: Grupo Controle (CTR), Grupo que foi exposto a uma gaiola vazia/estímulo neutro (EN) e Grupo que foi exposto a uma gaiola contendo um gato doméstico dentro/estímulo aversivo (EA). Após 5 dias de ambientação ao laboratório, os animais, foram expostos a um campo aberto por 10 minutos (Fase de habituação) e logo em seguida por 10 minutos a seu respectivo estímulo. Para os dados comportamentais, o teste de Shapiro-Wilk não apresentou distribuição paramétrica sendo utilizado, portanto, o teste de Wilconxon ou Mann-Whitney (p< 0,05) a depender do momento e os grupos comparados. Os parâmetros avaliados foram: Distância percorrida, Tempo de imobilidade, Latência para o primeiro deslocamento, Latência para o primeiro movimento, e número de quadrantes visitados. Os dados comportamentais mostraram que o grupo EA ao ser comparado com o grupo EN na exposição teve: menor distância percorrida, maior tempo de congelamento, maior latência para iniciar um deslocamento, e menor entrada nos quadrantes, diferença essa não vista na latência para iniciar um movimento. Quantos aos dados de contagem de células para a marcação da proteína c-Fos, estes se mostraram paramétricos, e foi aplicado uma ANOVA de uma via, seguido do pós-teste de Tukey (p<0,05). De maneira geral, o grupo EA mostrou um aumento do número de células c-Fos positivas quando comparado ao EN ou ao CTR nas áreas: Córtex Medial, Córtex Dorsomedial, Córtex Lateral, Amígdala, Estriado, Septo, e Região Ventricular Dorsal Posterior, diferença esta não vista apenas no Córtex Dorsal. Os resultados comportamentais e de contagem de células sugerem que há interação entre as áreas citadas e os comportamentos de medo do lagarto Tropidurus hispidus quando exposto a um estímulo aversivo.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2335200 - CHARLES DOS SANTOS ESTEVAM
Externo ao Programa - 1276530 - EDUARDO JOSE DOS REIS DIAS
Externo ao Programa - 1316604 - LUIS FELIPE SOUZA DA SILVA