|
Descrição |
|
|
-
DIEGO SANTOS DE SOUZA
-
ARRITMIA INDUZIDA POR SOBRECARGA DE CÁLCIO É SUPRIMIDA PELO FARNESOL EM CORAÇÃO DE RATOS.
-
Orientador : CARLA MARIA LINS DE VASCONCELOS
-
Data: 19/12/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
Farnesol é um álcool sesquiterpênico encontrado em ervas e óleos essenciais com algumas propriedades benéficas tais como efeito antioxidante, anti-inflamatório e cardioprotetor. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do farnesol sobre as propriedades contráteis e eletrofisiológicas em coração de rato e avaliar sua propriedade antiarrítmica. Os efeitos do farnesol sobre a pressão desenvolvida do ventrículo esquerdo (PDVE), eletrocardiograma, correntes de potássio e Ca+2 tipo-L (ICa,L), parâmetros do potencial de ação (PA), transiente intracelular de cálcio foram avaliados em duas concentrações (50 µM e 400 µM). Utilizando dois modelos experimentais de arritmias, in vivo e ex vivo, determinou-se a atividade antiarrítmica do farnesol (50 µM). No coração isolado, o farnesol (400 µM) reduziu tanto a PDVE (62,61%) quanto à frequência cardíaca (74,77%). No entanto, estes parâmetros não foram alterados com 50 µM de farnesol. Nos cardiomiócitos ventriculares, a ICa,L foi reduzida em 40% e 93% após a incubação com 50 µM e 400 µM de farnesol, respectivamente. O farnesol (400 µM) reduziu a amplitude do PA e aumentou a duração do PA (DPA) a 10%, 50% e 90% da repolarização. Entretanto, 50 µM de farnesol diminuiu apenas a DPA a 90%. Além disso, 400 µM de farnesol diminuiu diferentes correntes de potássio (IK1, Ito e ISS), embora 50 µM apenas tenha apenas reduzido a corrente Ito. Nas arritmias ex vivo e in vivo, o farnesol (50 µM) diminuiu o escore total das arritmias, a duração total das arritmias e a incidência das arritmias mais graves, como taquicardia e fibrilação ventricular. Como a sobrecarga de cálcio está associada à geração de espécies reativas de oxigênio (EROs) e ao aparecimento de cálcio sparks e ondas de cálcio, os resultados mostraram que 50 µM de farnesol foi capaz de impedir todas essas respostas. Portanto, nossos achados indicam que as ações antiarrítmicas da farnesol são mediadas pela redução de ICa,L e Ito associado à atenuação das ondas de cálcio.
|
|
|
-
MARCEL DA SILVA NASCIMENTO
-
Efeito anti-inflamatório e antioxidante do extrato acetato de etila das folhas da Schinus terebinthifolious Raddi.
-
Orientador : CHARLES DOS SANTOS ESTEVAM
-
Data: 14/11/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
A Schinus terebinthifolious (aroeira) é uma planta usada na medicina popularna forma de chás e tinturas, principalmente como antitérmico, analgésico, anti-inflamatório e para doenças do trato urogenital. Alguns estudos têm mostradoefeitos farmacológicos de preparações obtidas desta planta, porém não hárelatos sobre efeito anti-inflamatório após aplicação tópica de preparações dassuas folhas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito anti-inflamatório eantioxidante do extrato acetato de etila (EAE) das folhas da S. terebinthifoliousem modelo de inflamação cutânea. Camundongos Swiss machos (25-30 g)foram utilizados e os experimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética (nº06/2019). O EAE foi extraído por aparelho de Soxhlet, o conteúdo de fenóis eflavonoides totais foi quantificado e os constituintes químicos identificados porcromatografia líquida acoplada ao espectro de massas. A atividadeantioxidante in vitro foi avaliada por método de sequestro de 2,2-Difenil-1-picril-hidrazila (DPPH) e medida da lipoperoxidação in vitro. A viabilidade celular foiavaliada em fibroblastos L929 pelo método de redução de metiltiazolildifeniltetrazolio (MTT). A atividade anti-inflamatória tópica foi avaliada após 6 h daaplicação de 12-O- tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA) na orelha dos animais.O tratamento com o EAE (0,3, 1 e 3 mg/orelha) ou dexametasona (0,05mg/orelha) foi administrado concomitantemente ao TPA (1 µg/orelha) por viatópica. Foram mensurados nas orelhas: edema, atividade de mieloperoxidase(MPO), concentrações de interleucina (IL)-6, fator de necrose tumoral (TNF)-α,IL-10, análise histológica e alterações oxidativas (hidroperóxidos, grupossulfidrila e potencial reducional do ferro) e atividade de catalase (CAT),superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx). A caracterizaçãoquímica do EAE mostrou que o conteúdo de fenóis e flavonoides totais foramde 19,21±0,40 mg de equivalentes de ácido gálico/g de extrato e 93,81±5,17mg de equivalentes de quercetina/g de extrato, respectivamente. Na avaliaçãoda composição química do EAE foram identificados um total de 43 compostos.No cromatograma obtido, foi possível observar picos característicos demiricetina-O-pentosídeo e quercetina-O-rhamnosídeo. A incubação com EAEdiminuiu a quantidade de radical DPPH com IC 50 de 54,56±2,40 µg/mL e índicede atividade antioxidante de 0,73, além de diminuir significativamente alipoperoxidação em todas as concentrações testadas (200-500 µg/mL). Otratamento com EAE não alterou a viabilidade dos fibroblastos emconcentrações até 100 µg/mL, mas 200 µg/mL de EAE reduziusignificativamente essa viabilidade em comparação ao controle. O tratamentopor via tópica com EAE diminuiu significativamente o edema, atividade demieloperoxidase e a concentração de IL-6 em todas as doses testadas (0,3, 1 e3 mg/orelha), além de diminuir a concentração de TNF-α (para 3,0 mg/orelha) eaumentar a concentração de IL-10 (para 0,3 e 1 mg/orelha) em comparação aocontrole. O tratamento com 3 mg de EAE/orelha também reduziu a quantidadede hidroperóxidos totais (p<0,05) e aumentou o conteúdo de grupos sulfidrila(p<0,05), além de aumentar o potencial reducional do ferro (p<0,05) emcomparação ao controle. Este tratamento também aumentou a atividade daSOD (na dose de 3 mg/orelha) e da catalase (nas doses de 0,3 e 1 mg/orelha),mas não alterou a atividade da GPx nas doses avaliadas. Assim, foi mostrado que o EAE das folhas de S. terebinthifolious tem efeito antioxidante in vitro ecausa efeito anti-inflamatório e antioxidante in vivo após administração tópicaem camundongos, o que pode estar relacionado à presença de compostosfenólicos na sua composição e evidencia o potencial farmacológico dessapreparação.
|
|
|
-
FELIPE TORRES DE OLIVEIRA
-
Avaliação das vias colinérgica e nitrérgica no efeito antinociceptivo da corrente interferencial em modelo animal de dor inflamatória.
-
Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
-
Data: 08/10/2019
-
Dissertação
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: Estudos mostram a eficácia da corrente interferencial na redução da dor emdiversas doenças. No entanto, ainda há necessidade de trabalhos que evidenciem osmecanismos fisiológicos pelos quais a analgesia é promovida pela CI. O presente trabalhovisa investigar a ativação central das vias colinérgica e nitrérgica pela açãoantinociceptiva da corrente interferencial em modelo animal de inflamação articular.Material e Métodos: Sessenta ratos Wistar machos foram alocados em 10 grupos,levando-se em consideração o tratamento e os fármacos ou veículos administrados (CIinativa + salina, CI + salina, L-arginina, betanecol, CI + L-NNA e CI + atropina). Para avia nitrérgica, foram utilizados os fármacos L-arginina e Nω-Nitro-L-arginina (L-NNA).A via colinérgica foi avaliada utilizando-se atropina e betanecol. Todos os fármacos eveículos foram administrados via intratecal. A inflamação foi induzida na articulação dojoelho esquerdo, e o tratamento com CI foi realizado na articulação inflamada. Asvariáveis limiar mecânico de retirada da pata, latência térmica e distância percorridaforam analisadas nos momentos basal, pré-tratamento e pós-tratamento. Resultados: Parao limiar mecânico de retirada da pata, todos os grupos apresentaram redução significativaapós a indução da inflamação articular (p<0,0001). Na comparação intragrupos entre osmomentos pré e pós-tratamento, os grupos CI + salina (p<0,0001), CI + L-NNA(p=0,0105), L-arginina (p=0,0012) e betanecol (p=0,0387) apresentaram aumento dolimiar. A comparação intergrupos no pós-tratamento indica que o limiar do grupo CIinativa + salina foi significativamente menor do que os grupos CI + salina (p=0,0014), CI+ L-NNA (p=0,0010), L-arginina (p<0,0001) e betanecol (p<0,0001). Os grupos CI +atropina e CI inativa + salina não foram significativamente diferentes no pós-tratamento.Não houve diferenças intragrupo e intergrupos significativas para a latência térmica dosgrupos CI + salina, controle salina, CI + L-NNA, L-arginina e CI + atropina. O grupobetanecol apresentou aumento da latência térmica no pós-tratamento em comparação como momento pré-tratamento (p=0,0098), assim como apresentou maior latência nomomento pós-tratamento quando comparado com o grupo CI inativa + salina (p<0,0001).Os Valores da distância percorrida reduziram significativamente em todos os grupos apósa indução. Comparando-se os momentos pré e pós-tratamento os grupos CI + Salina(p=0), CI + L-NNA (p=0) e CI + atropina (p=0) apresentaram redução da distânciapercorrida, porém não foram significativamente diferentes do grupo CI inativa + salinano pós-tratamento. O grupo CI + salina apresentou tamanho de efeito insignificante emuito grande quando comparado, respectivamente, com os grupos CI + L-NNA (d=0,04)e CI + atropina (d=1,68) no pós-tratamento. Conclusão: A corrente interferencial ativavia colinérgica espinal para promover seu efeito antinociceptivo. A via do óxido nítriconão é ativada pela ação hipoalgésica da corrente.
|
|
|
-
MAIARA SIMÕES CARVALHO
-
Participação de receptores serotoninérgicos e noradrenérgicos espinais no efeito antinociceptivo da corrente interferencial em modelo animal de inflamação articular.
-
Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
-
Data: 08/10/2019
-
Dissertação
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: A corrente interferencial (CI) é uma modalidade eletroterapêutica bastanteutilizada para fins analgésicos, contudo, poucos estudos buscaram avaliar seus mecanismos deação para promoção do efeito antinociceptivo. O objetivo deste estudo foi investigar aparticipação de receptores serotoninérgicos e noradrenérgicos espinais no efeito antinociceptivoda corrente interferencial no modelo animal de inflamação articular em ratos Wistar. Materiale método: Foram incluídos neste estudo 54 ratos Wistar machos distribuídos nos grupos CI +salina, CI + DMSO 20%, CI inativa + salina, CI inativa + DMSO 20%, CI + metisergida, CI +tropanil diclorobenzoato, CI + ioimbina, cloridrato de serotonina e cloridrato de clonidina. Nomomento basal, foram realizados testes comportamentais para sensibilidade e desempenhomotor seguido de indução de inflamação articular por injeção de solução de carragenina 3% ecaolina 3% no joelho esquerdo dos animais. Após 24 h, o comportamento foi reavaliado seguidode tratamento com a corrente, antecedido ou não de bloqueio farmacológico. O bloqueiofarmacológico foi realizado por meio de injeção intratecal, aplicada antes do tratamento com acorrente. Uma hora após o tratamento com a CI, os testes comportamentais foram repetidos. Osvalores de p < 0,05 foram considerados significativos. Resultados: Houve diminuiçãosignificativa do limiar mecânico cutâneo da pata esquerda 24 h após a indução da inflamaçãoem todos os grupos (p < 0,0001). Os grupos tratados com corrente interferencial que receberamveículos (salina ou DMSO 20%) aumentaram significativamente o limiar mecânico cutâneo dapata em comparação ao momento pré-tratamento (p ≤ 0,001). Ambos com tamanho de efeitomuito grande de acordo com o d de Cohen (d= 1,95 e d= 1,83, respectivamente). Houvebloqueio do efeito da CI nos grupos que receberam, previamente ao tratamento com a corrente,a metisergida (antagonista não seletivo de receptores 5-HT1 e 5-HT2) e tropanil diclorobenzoato(antagonista de receptores 5-HT3). Nesses dois grupos, não houve diferença estatisticamentesignificante no limiar mecânico cutâneo da pata esquerda, quando comparados os momentospré e pós-tratamento. Além disso, no pós-tratamento, os grupos pré-tratados com metisergidaou tropanil diclorobenzoato não aumentaram o limiar mecânico cutâneo da pata esquerda,diferente dos grupos veículos. Os animais que receberam ioimbina (antagonista α2-adrenérgico)aumentaram o limiar mecânico cutâneo da pata inflamada quando comparados os momentospré e pós-tratamento, mostrando que esse bloqueio farmacológico não impediu o efeito da CI.A injeção intratecal de agonistas de receptores serotoninérgicos e α2-adrenérgicos (cloridratode serotonina e clonidina) aumentou significativamente o limiar mecânico cutâneo da pataesquerda (p ≤ 0,004). A distância percorrida pelos animais reduziu significativamente (p ≤0,0207) após a indução da inflamação, contudo, a administração dos fármacos e/ou tratamentocom a CI não exerceu influencia na atividade motora. Conclusão: Esse estudo mostra parte domecanismo de ação da CI em intensidade motora para promoção de efeito antinociceptivo. Talefeito é mediado por ativação espinal de receptores 5-HT1, 5-HT2 e 5-HT3, mas não dereceptores α2-adrenérgicos. Esses resultados permitem aos profissionais justificar a indicaçãoclínica desse recurso eletroterapêutico, adequando seu uso às particularidades fisiopatológicasde cada indivíduo.
|
|
|
-
AUGUSTO TAVARES DE FIGUEIREDO
-
EFEITO DA VARIAÇÃO DA CONDUT NCIA DE CORRENTES IÔNICAS NA ARBORIZAÇÃO DENDRÍTICA SOBRE O COMPORTAMENTO ELÉTRICO DE CÉLULAS GRANULARES DO GIRO DENTEADO: UM ESTUDO COMPUTACIONAL.
-
Orientador : HECTOR JULIAN TEJADA HERRERA
-
Data: 30/08/2019
-
Dissertação
-
Mostrar Resumo
-
Epilepsia é uma condição clínica que se caracteriza por uma predisposição duradoura a geração de crises epilépticas, estas definidas como uma ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas devida a atividade neuronal excessiva ou síncrona anormal no cérebro. Trata-se de condição bastante prevalente, sendo a maior causa mundial de incapacidade em crianças e adultos jovens, com grande repercussão social e econômica, notadamente nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. A epilepsia do lobo temporal mesial associada a esclerose hipocampal é a síndrome epiléptica mais comum em adultos, sendo caracterizada por sua fármaco resistência. A célula granular do giro denteado de rato, por suas características biofísicas e sua topografia na rede de conexões extrínsecas da formação hipocampal, é tida como um fator preventivo na geração de convulsões. Em peças cirúrgicas de pacientes portadores de epilepsia do lobo temporal mesial e em modelos experimentais deste tipo de epilepsia, observamos diversas alterações morfológicas dos neurônios granulares. Algumas destas alterações, como o brotamento de fibras musgosas, são relacionadas ao aumento da excitabilidade dessas células. Outras, como a perda dos espinhos dendríticos apicais, à redução. O objetivo do presente estudo é avaliar o comportamento de três grupos diferentes de células granulares do giro denteado de ratos – adulto, neonato e neonato com epilepsia induzida por pilocarpina (neonato-PILO) – através de estimulação tanto na porção proximal quanto distal de sua arborização dendrítica, variando ainda de forma gradual a corrente dos canais iônicos sabidamente presentes nestas células. Para tanto foram utilizados modelos de neurônios reais obtidos em NeuroMorpho, utilizando dados biofísicos obtidos experimentalmente e realizadas simulações computacionais com o programa NEURON. Observou-se à estimulação da arborização dendrítica proximal uma maior excitabilidade do grupo neonato-PILO em comparação aos 2 outros grupos, em se considerando o conjunto de medidas utilizadas para avaliar a excitabilidade das células. Contudo a frequência de disparos, medida da atividade dos neurônios, foi praticamente igual entre os 2 grupos neonatos. Ao se associar a variação da condutância da corrente de canais iônicos também na sua porção proximal, observamos, conforme esperado, que a redução da condutância da corrente de Na+ foi significativa para a redução da excitabilidade dos 3 grupos de neurônios. O aumento da condutância da corrente fKDR determinou um aumento da frequência de disparos, em oposição ao observado quando da variação da condutância dos canais sKDR, SK e CaL. Em se considerando que o aumento da corrente de potássio para fora da célula neuronal não é o mecanismo de ação mais importante da ação dos medicamentos anticonvulsivantes hoje utilizados, é possível que a confecção de substâncias que visem a aumentar a condutância de canais de K, principalmente dos canais iônicos sKDR e SK, possam ter um papel adjuvante na redução da excitabilidade da célula granular; e, portanto no controle da epilepsia. Ainda, em virtude da atividade das células neonatas e neonatas-PILO ser de intensidade semelhante, cabe apontar a necessidade de estudar estas células conectadas a um modelo realista de rede de neurônios, haja vista que achado semelhante ao nosso foi observado por Scharfman et al. quando estudando células granulares isoladas, mas com resultados diferentes quando as mesmas células se encontravam em rede (Scharfman et al., 2000). À estimulação distal, não foram observados potenciais de ação (disparos) nas células dos grupos neonato. É possível que tal fenômeno se deva a uma inadequação dos parâmetros topográficos do protocolo de estimulação. Sugerimos a realização de novo protocolo visando simular o comportamento dos 2 grupos neonato somente, a fim da resolução deste problema.
|
|
|
-
ANDREZA MELO DE ARAUJO
-
NARINGINA EXERCE EFEITO CARDIOPROTETOR NA INJÚRIA DE ISQUEMIA-REPERFUSÃO EM CORAÇÃO DE RATO POR DIMINUIR O ESTRESSE OXIDATIVO.
-
Orientador : CARLA MARIA LINS DE VASCONCELOS
-
Data: 23/08/2019
-
Dissertação
-
Mostrar Resumo
-
A injúria de isquemia-reperfusão (IR) cardíaca é um mecanismo complexo decorrentede uma obstrução das artérias coronárias levando a diminuição do suprimento deoxigênio do miocárdio e danos irreversíveis ao coração. A reperfusão da artéria énecessária para restabelecer o fluxo sanguíneo do coração, entretanto, pode amplificar ainjúria miocárdica. Estudos têm mostrado que compostos naturais com atividadeantioxidante pode minimizar a lesão ocasionada pela lesão de IR. Nesse sentido, anaringina (NGR) é um flavonoide com atividades antioxidante e anti-inflamatória comcapacidade de reduzir a aterosclerose. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitoscardioprotetores do pré-tratamento com a NGR em corações submetidos à lesão de IR.Para tanto, foram usados ratos Wistar machos (n=60), divididos em 4 grupos, e pré-tratados por via oral durante 7 dias: 1. Controle (solução salina 0,9% + DMSO 25%)sem lesão de IR, 2. Veículo + IR (solução salina 0,9% + DMSO 25%) submetidos a IR,3. NGR + IR (solução salina 0,9% + DMSO 25% + NGR 25 mg/kg) e 4. NAC + IR(solução salina 0,9% + DMSO 25% + N-acetil cisteína (NAC) 100 mg/kg). Após ostratamentos, os corações foram montados em sistema de perfusão retrógrada do tipoLangendorff (fluxo constante 8 mL/min, 37 o C) e submetidos a isquemia global (30 min)seguido de 60 min de reperfusão. Em todos os grupos experimentais foram avaliados osparâmetros eletrocardiográficos (PRi, QTc, QRS e frequência cardíaca) (n=7) econtráteis (pressão desenvolvida do ventrículo esquerdo (PDVE), derivadas dacontração (+dP/dt) e do relaxamento (-dP/dt) (n=10). Também foram avaliados pressãocoronariana (PC) (n=10), escore de arritmias e lactato desidrogenase (LDH) noperfusato (n=5). A avaliação do estresse oxidativo dos corações foi feita com base nadeterminação da produção de espécies reativas de oxigênio, peroxidação lipídica(TBARS), atividade da catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD), grupamentossulfidrilas totais (SH) e carbonilação de proteínas (n=5). Os resultados obtidosmostraram que o pré-tratamento dos animais com NRG aumentou a PDVE, +dP/dt e -dP/dt induzida pela IR (p<0,05). Resultado similar à NGR, também foi observado nogrupo tratado com NAC. A frequência cardíaca apresentou-se aumentada nos animaistratados com NGR quando comparado ao grupo veículo + IR (p<0,05) (n=10). Nãohouve diferença significativa em relação à PC entre os grupos experimentais estudados(n=10). Além disso, no eletrocardiograma, não foi possível detectar inversão da onda T(isquemia miocárdica) e supradesnivelamento do segmento ST (infarto do miocárdio)nos corações dos animais tratados com a NGR. Não foi observada alteração nosintervalos PRi, QTc e duração do complexo QRS entre os grupos experimentais (n= 7).O pré-tratamento dos animais com a NGR diminuiu a ocorrência das arritmiasdiminuindo seu escore de 21,4 2,48 u.a (veículo + IR) para 5,5 0,72 u.a. (NGR)associado à diminuição da ocorrência de arritmias mais graves tais como fibrilaçãoventricular (p<0,05) (n=5). Os resultados mostraram redução de 78% do LDH noperfusato dos animais pré-tratados com a NGR, associada a redução da área de infartopara 10% quando comparado ao grupo veículo + IR (47%) (p<0,05) (n=5). Osresultados mostram aumento na produção de EROs no grupo veículo + IR (1,61 0,30u.a., p<0,05) quando comparado ao grupo controle (1,0 0,14 u.a. p<0,05) e redução nogrupo NRG+IR (1,11 0,10 u.a. p<0,05) (n=5). O pré-tratamento dos animais com NRG foi capaz de restabelecer as atividades da CAT e SOD em 61% e 50%,respectivamente em relação ao grupo veículo + IR (p < 0,05) (n=5). Os resultadosmostraram diminuição da peroxidação lipídica no grupo NRG+IR (1,48 ± 0,47 nmolMDA/mg de proteína) em relação ao veículo + IR (3,38 ± 0,47 MDA/mg de proteína)(p<0,05) (n=5). Não houve alteração na determinação dos grupamentos sulfidrilas totais(SH) e carbonilação de proteínas nos grupos experimentais avaliados. Concluímos que opré-tratamento com NRG exerce efeito cardioprotetor na injúria da IR por diminuirdano oxidativo e restaurar a atividade das enzimas antioxidantes.
|
|
|
-
VINÍCIUS CISNEIROS DE OLIVEIRA SANTOS
-
EFEITO CARDIOPROTETOR DO NEROL EM MODELO DE HIPERTROFIA CARDÍACA INDUZIDA POR ISOPROTERENOL
-
Orientador : CARLA MARIA LINS DE VASCONCELOS
-
Data: 22/07/2019
-
Dissertação
-
Mostrar Resumo
-
O nerol é um monoterpeno presente em várias plantas como Cymbopogon flexuosos (capim-limão), Wisteria brachybotrys (glicínia) e Rosa damascaena (rosa-chá) com efeitos antioxidante, anti-inflamatório, antibacteriano, antifúngico e antiarrítmico. O objetivo do presente trabalho foi investigar a atividade cardioprotetora do nerol sobre modelo de hipertrofia cardíaca induzida pelo isoproterenol (ISO). Foram usados ratos Wistar (200-250 g, CEPA: 29/18), distribuídos em 5 grupos e tratados por 7 dias por via i.p.: 1) Grupo controle (CTR; n = 6), animais que receberam solução salina + DMSO 0,1%; 2) Grupo nerol (n = 6), animais tratados com 50 mg/kg de nerol + DMSO 0,1%; 3) Grupo hipertrofia (ISO; n = 6), animais que receberam ISO (4,5 mg/kg), 4) Grupo hipertrofia + nerol (ISO + nerol, n = 6), animais receberam ISO + nerol, e 5) Grupo hipertrofia + N-acetilcisteína (ISO + NAC, n = 6), animais tratados com ISO + NAC (50 mg/kg). Os resultados morfométricos evidenciaram um aumento na relação peso do coração/peso corporal (4,89 ± 0,13 mg/g) e peso do coração/tamanho da tíbia (350 ± 8,64 mg/cm) no grupo ISO, que foram prevenidos no grupo ISO + nerol (3,77 ± 0,16 mg/cm e 211,6 ± 3,29 mg/cm, respectivamente, p<0,05). Os marcadores enzimáticos mostraram-se elevados nos animais hipertróficos (LDH: 126,8 ±11,23 U/L, CPK: 235,6 ± 29,9 U/L e CPK-MB 49,5 ± 5,5 U/L). Entretanto, o tratamento com o nerol foi capaz de prevenir essas alterações (LDH: 78,5 ± 11,29 U/L, CPK: 48,2 ± 9,7 U/L, CPK-MB: 12,9 ± 2,5 U/L, p<0,05). O tratamento com o nerol foi capaz de reduzir a duração do QRS (43,46 ± 0,63 ms para 23,04 ± 0,6 ms, p<0,05) e abolir a inversão da onda T característico da hipertrofia cardíaca e do QTc (de 114,2 ± 0,2 ms para 56,6 ± 5,7 ms, p< 0,05). Também foi observado melhora na contratilidade ventricular (47,2 ± 3,0 mmHg, p<0,05) em relação ao grupo hipertrofia (12,36 ± 4,42 mmHg). Não foi observado alteração de PRi e frequência cardíaca nos grupos experimentais avaliados. Na pressão coronariana podemos observar que houve redução no grupo hipertrofia (44,6 ± 1,6 cmH2O, p < 0,05) em relação ao grupo controle (90,6 ± 1,7 cmH2O, p < 0,05), o qual foi atenuado no grupo ISO + nerol (77,6 ± 1,4 cmH2O, p < 0,05). O NAC, usado como controle positivo, também foi capaz de atenuar as alterações morfométricas, enzimáticas, eletrocardiográficas e contráteis observadas nos animais hipertróficos. Além disso, a histopatologia (Tricomo de mansson) revelou melhora significativa da fibrose tecidual, infiltrado inflamatório e edema dos corações hipertróficos com o tratamento com nerol. A área de fibrose e a área da secção transversa do ventrículo esquerdo foram reduzidas em 58% e 36% (n = 6), respectivamente, nos corações hipertróficos tratados com o nerol. Concluímos que o nerol possui efeito cardioprotetor em modelo de hipertrofia cardíaca induzida por isoproterenol.
|
|
|
-
DANIELY MESSIAS COSTA
-
EFEITOS ANABÓLICOS E ANTI-CATABÓLICOS DA OCITOCINA NO METABOLISMO DE PROTEÍNAS EM MÚSCULO ESQUELÉTICO DE RATAS.
-
Orientador : DANILO LUSTRINO BORGES
-
Data: 19/07/2019
-
Dissertação
-
Mostrar Resumo
-
A ocitocina (OT) é um nonapeptídeo sintetizado principalmente nos núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo e liberado na circulação sanguínea através da hipófise posterior. Perifericamente, as ações clássicas deste hormônio envolvem a contração da musculatura lisa uterina e das glândulas mamárias, no entanto, estudos recentes também demonstraram que a OT é capaz de estimular a secreção de insulina in vitro e in vivo e produzir ações similares a este hormônio pancreático, o qual é considerado um dos principais reguladores da massa muscular. Embora os receptores para OT (OTR) também estejam presentes na musculatura esquelética, o papel da OT no metabolismo de proteínas musculares ainda é completamente desconhecido. Desta forma, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar os efeitos anabólicos e anti-catabólicos da ocitocina no metabolismo de proteínas em músculo esquelético de ratas. Para isso músculos soleus de ratas wistar foram incubados com WAY 267464 (WAY), agonista seletivo não peptídico dos OTR, e a proteólise total e as atividades dos sistemas proteolíticos: Ca2+-dependente, lisossomal e dependente de ubiquitina-proteassoma (UPS) foram estimadas. A velocidade de síntese proteica também foi mensurada em músculos soleus obtidos de ratas tratadas previamente com o aminoácido puromicina e utilizados para quantificar a sua incorporação em proteínas recém-sintetizadas através da técnica de western blotting. Foi evidenciado que a ativação in vitro dos OTR atenuou a proteólise total e a atividade proteolítica dos sistemas lisossomal e UPS, sem alterar o sistema Ca2+- dependente. Paralelamente, o WAY atenuou a hiperexpressão proteica dos marcadores do UPS, isto é, MurF1 e atrogina-1 induzida pela desnervação motora sendo este efeito associado com a ativação da via de sinalização AKT/FoxO. Nos estudos in vivo, como esperado, observou-se que o tratamento com OT (3 UI.Kg-1.dia-1, i.p.) por três dias consecutivos aumentou as concentrações plasmáticas de glicose, no entanto não foram observadas diferenças significativas alterações na massa corporal, ingestão alimentar, ingestão hídrica e diurese em relação aos animais controle, tratados com salina. Contudo, o tratamento com OT produziu um efeito hipertrófico em músculos soleus, o qual foi relacionado por aumento na síntese de proteínas e ativação da via de sinalização ativada pela AKT sem qualquer alteração na expressão dos genes relacionados à atrofia. Nenhuma diferença significativa foi observada em músculos glicolíticos de animais tratados com OT, os quais demonstraram possuir uma menor expressão do RNAm para OTR em relação a músculos soleus. Em conjunto, os dados obtidos indicam que a estimulação ocitocinérgica produz efeito anabólico (in vivo) e anti-catabólico (in vitro) no metabolismo de proteínas em músculo tipicamente oxidativo (soleus) de ratas e sugerem que a OT pode ser um regulador fisiológico da massa muscular esquelética.
|
|
|
-
ANNANDA OLIVEIRA SANTOS
-
Efeitos agudos da estimulação elétrica transcutânea nervosa no sistema nervoso autônomo cardiovascular de mulheres com fibromialgia: ensaio clínico aleatorizado.
-
Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
-
Data: 17/07/2019
-
Dissertação
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: A fibromialgia (FM) é caracterizada pela presença de dor muscular crônica do tipo não-inflamatória, hiperalgesia e alodinia. Além disso, distúrbios sistêmicos, como desbalanços autonômicos, estão associados à síndrome. Buscando tratamentos alternativos para disautonomia, os efeitos das correntes elétricas têm sido testados em populações saudáveis e patológicas. Os achados literários são positivos, em geral, para a estimulação elétrica transcutânea nervosa (TENS), no sentindo de melhora da modulação autonômica cardíaca, no entanto, os efeitos da corrente na FM são incertos. Objetivo: Avaliar os efeitos de uma única aplicação da TENS no sistema nervoso autônomo cardiovascular de mulheres com fibromialgia. Materiais e métodos: Mulheres com FM, idade entre 18 e 60 anos, sedentárias e sem distúrbios hemodinâmicos graves receberam TENS à altura do gânglio estrelado, durante 30 min, com frequência de 80 Hz, largura de pulso de 150 µs e intensidade sensorial. As voluntárias foram avaliadas por meio da termografia infravermelha, do teste de estresse ortostático ativo (TEOA), da eletrocardiografia e das pressões arterial sistólica, diastólica e média (PAS, PAD e PAM). As análises estatísticas foram realizadas no software GraphPad Prism® 8.0, com significância para valores de p ˂ 0,05 e média ± erro padrão da média. A normalidade foi testada por meio do Shapiro-wilk. A análise seguiu dos testes de ANOVA duas vias, com post hoc de Tukey e do teste T de studant não-pareado. Também foi feito cálculo de Z-score para detecção de outliers. Resultados e conclusão: Não houve alterações significativas entre os grupos TENS ativa e TENS Placebo, em relação às variáveis analisadas, seja do controle central ou cardiovascular. Estes achados sugerem que a TENS de alta frequência, aplicada na região do gânglio estrelado, não deve ser usada para modulação da atividade simpato-vagal. No entanto, não oferece reações adversas agudamente no batimento cardíaco, assegurando seu uso para fins analgésicos nesta população.
|
|
|
-
SOLANO SÁVIO FIGUEIREDO DOURADO
-
Efeito da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea na Incidência de Náusea e Vômito Pós-Operatório: Revisão Sistemática com Metanálise.
-
Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
-
Data: 31/05/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
Objetivo: Investigar os efeitos da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) na incidência e na intensidade de náusea e vômito pós-operatório (NVPO). Métodos: Ensaios clínicos publicados até maio de 2018 foram obtidos por meio de busca eletrônica em nove bases de dados: Medline (Pubmed), PEDro, LILACS, SCIelo, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), Science Direct, Scopus, Science Direct e CINAHL. Foi realizada combinação de termos Mesh “Nausea”, “Postoperative nausea and vomiting”, “Vomiting” e “Transcutaneous Electric Nerve Stimulation” e assim, a estratégia de busca construída foi “Nausea OR Postoperative nausea and vomiting OR Vomiting AND Transcutaneous Electric Nerve Stimulation”. Dois revisores independentes incluíram apenas ensaios clínicos, sem restrição de idioma ou perído de publicação, com utilização da TENS em pacientes em período pós-operatório. Os dados referentes à amostra, intervenção e desfechos foram extraídos e a incidência e intensidade de NVPO foram consideradas desfechos primários. A ferramenta da Colaboração Cochrane foi utilizada para avaliar o risco de viés. A metanálise foi realizada utilizando modelos para razão de chances (odds ratio – OR), que expressou o tamanho do efeito após combinação das medidas a partir da avaliação dos resultados dos estudos individuais. Resultados: Foram encontrados 1105 artigos, mas apenas 19 estudos foram incluídos para análise qualitativa e nove foram incluídos na síntese quantitativa (metanálise), compondo quatro meta-análises. Análise 1: tendência de efeito positivo da TENS, aplicada no período pós-cirúrgico, na redução de incidência de vômito, quando comparado ao grupo controle (OR = 0.42, 95% IC: 0,21 a 0,83, p=0,01, I2=38%); Análise 2: tendência de efeito positivo da TENS, aplicada no período pós-cirúrgico, na redução de incidência de náusea, quando comparado ao controle (OR = 0,28, 95% IC: 0,16 a 0,52, p=0,0001, I2=0%); Análise 3: tendência de efeito positivo da TENS, aplicada nos períodos pré, intra e pós-cirúrgico, na redução de incidência de náusea, quando comparado ao grupo controle (OR = 0,39, 95% IC: 0,25 a 0,59, p=0,0001, I2=0); Análise 4: tendência de efeito positivo da TENS, aplicada nos períodos pré, intra e pós-cirúrgico, na redução de incidência de vômito, quando comparada ao controle (OR = 0,45, 95% IC: 0,25 a 0,70, p=0,0003, I2=0). Conclusões: O presente estudo aponta evidências de efeito positivo da TENS na redução da incidência e da intensidade de NVPO, com grau de recomendação considerado forte.
|
|
|
-
PÉLIGRIS HENRIQUE DOS SANTOS
-
Efeito cardioprotetor do p-cimeno na intoxicação aguda induzida por paraquat.
-
Orientador : SANDRA LAUTON SANTOS
-
Data: 01/04/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
O A intoxicação cardíaca aguda com paraquat (30 mg/kg, via intraperitoneal)desencadeia intensa perda de massa, estresse oxidativo, inflamação, lesõesteciduais, apoptose e alterações elétricas e contráteis no tecido cardíaco. Assim,nossa hipótese é que a utilização de substâncias com propriedades antioxidante eanti-inflamatória pode atenuar as alterações promovidas pela intoxicação,constituindo uma alternativa de proteção ao tecido cardíaco. Nesse contexto, o p-cimeno, produto natural pertencente à classe dos monoterpenos, possuipropriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, portanto, capazes de controlar oestresse oxidativo e a inflamação que comprometem o organismo durante aintoxicação. Desse modo, para testar esta hipótese ratos Wistar foram pré-tratadoscom 150 mg/kg de p-cimeno, via oral, durante 07 dias, e depois submetidos aintoxicação. Após 24 horas, foram avaliados os intervalos PR, QRS, QTc emensuradas a frequência cardíaca (FC), a pressão desenvolvida no ventrículoesquerdo (PDVE), a pressão sistólica (PS), a pressão diastólica (PD), as derivadaspositivas e negativas de pressão pelo tempo (+dP/dt) e o fluxo coronariano. Emseguida, foram quantificadas a presença dos marcadores de lesão: creatina quinase(CK), lactato desidrogenase (LDH), alanina aminotransferase (ALT), aspartatoaminotransferase (AST) e creatinina. Ademais, foram também determinadas aperoxidação lipídica (MDA), a concentração de hidroperóxidos, a atividade dasenzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationaperoxidase (GPx) e glutationa redutase (GR), verificado a presença de citocinasinflamatórias (TNF-α e IL-1β) e quantificado a perda de massa. Por fim, os aspectoshistopatológicos e a apoptose provocados pela intoxicação foram verificados atravésda histologia e por meio da expressão da proteína caspase-3. Durante a análise, foievidenciado que o pré-tratamento com p-cimeno melhorou a duração dos intervalosPR, QRS e QTc; aumentou FC, PDVE, PS, +dP/dt e preservou o fluxo coronariano,entretanto, a intoxicação não produziu alteração na PD. Ao investigar os efeitos nosmarcadores de lesão, o p-cimeno reduziu a liberação de CK, LDH, ALT, AST e decreatinina, reduziu a formação de MDA e de hidroperóxidos, melhorou a atividade daSOD, GPx e GR, entretanto, não teve efeito sobre a CAT e nem preveniu a perda demassa. Contudo, o p-cimeno foi capaz de reduzir a presença das citocinas TNF-α eIL-1β detectadas no tecido cardíaco. Ao estudar as alterações histopatológicas, osanimais pré-tratados com p-cimeno não apresentaram sinais de edema,desorganização das fibras musculares e nem vacuolização, evidenciando, açãoantiapoptótica. Assim, ao verificar a expressão da proteína caspase-3, o p-cimenoreduziu a expressão dessa proteína, confirmando ação antiapoptótica. Desse modo,fica evidenciado que, em virtude de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o pré-tratamento com p-cimeno é capaz de proteger o tecido cardíacocontra as alterações provocadas pela intoxicação.
|
|
|
-
LARISSA ANDRADE DE SÁ FEITOSA CRUZ
-
Efeitos do treinamento físico resistido na toxicidade induzida pela doxorrubicina.
-
Orientador : VALTER JOVINIANO DE SANTANA FILHO
-
Data: 25/03/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
O quimioterápico doxorrubicina (DOX) é utilizado no tratamento de vários tipos detumores, porém, essa droga causa danos sobre os músculos estriado esquelético ecardíaco. O treinamento físico resistido (TR) já mostrou benefícios como aumento deforça muscular, hipertrofia muscular, melhora na modulação autonômica cardíaca, noestresse oxidativo, no remodelamento cardíaco e na hemodinâmica em outras condições fisiopatológicas podendo ser uma terapia benéfica na toxicidade induzida pela DOX. Opresente estudo avaliou os efeitos de 8 semanas de TR na toxicidade induzida pela DOX sobre o sistema cardiovascular e muscular esquelético. Foram avaliados 39 ratos Wistarmachos distribuídos em 3 grupos: controle (veículo + treinamento fictício), DOX (DOX+ treinamento fictício) e DOX+TR (DOX + treinamento). Foi avaliado o efeito do TRrealizado 3x/semana com intensidade de 40% do teste de 1 repetição máxima (1RM) emanimais tratados com DOX (2,5mg/kg, 1x na semana por 6 semanas) sobre a área desecção transversa do cardiomiócito e músculo plantar, força muscular, hemodinâmica,sensibilidade do barorreflexo, tônus autonômico cardíaco, pressão ventricular ex vivo, marcadores de estresse oxidativo (peroxidação lipídica, geração de superóxido,conteúdo de grupos sulfidril, atividade da catalase e superóxido dismutase), conteúdo protéico da Akt fosforilada e total do ventrículo esquerdo e músculo plantar. O projetofoi aprovado no CEPA da UFS sob inscrição no 17/2016. A comparação entre os gruposfoi realizada com o teste de ANOVA de uma via seguindo do pós-teste de Tukey. O TR reduziu nos animais tratados com DOX a pressão arterial diastólica, a frequênciacardíaca, aumentou a sensibilidade do barorreflexo espontâneo, a sensibilidade dobarorreflexo nas provas farmacológicas, reduziu o tônus simpático e aumentou o tônusvagal. O TR promoveu aumento da área de secção transversa do cardiomiócito eaumento na pressão de desenvolvimento da ventricular esquerda através do aumento davelocidade de contração miocárdica. Nos marcadores de estresse oxidativo otreinamento reduziu a geração de ânion superóxido, a peroxidação lipídica e aumentou aatividade da catalase no ventrículo esquerdo. Foi observado nos animais treinadostratados com DOX aumento na fosforilação da Akt/Akt total no coração. No músculoesquelético o TR aumentou a força das patas traseiras, aumentou a área de secçãotransversa da fibra muscular, reduziu à geração de superóxido, a peroxidação lipídica,aumentou a atividade da catalase e da superóxido dismutase no músculo plantar. Osresultados mostram o efeito do TR em atenuar a toxicidade induzida pela DOX tanto nosistema cardiovascular como músculo esquelético. Pode-se observar que o TR melhoroua hemodinâmica, a sensibilidade do baroreflexo e o tônus autonômico através doaumento da contratibilidade miocárdica e da área de secção transversa do cardiomiócitodevido ao efeito antioxidante e da ativação da Akt no coração. No músculo esqueléticopodemos observar aumento de força nas patas traseiras nos animais treinados devido aoaumento da área de secção transversa da fibra muscular e do efeito antioxidantepromovido pelo TR. Dessa forma, o TR pode ser empregado como uma estratégia útilna atenuação dos efeitos adversos induzidos pelo tratamento farmacológico com aDOX.
|
|
|
-
GRACE KELLY MELO DE ALMEIDA
-
Diosmina reduz a cardiotoxicidade aguda induzida por doxorrubicina via supressão do estresse oxidativo, da
inflamação e da apoptose.
-
Orientador : SANDRA LAUTON SANTOS
-
Data: 22/03/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
A doxorrubicina (DOX) é um dos antibióticos pertencente à classe das antraciclinas com ação antitumoral mais eficaz. No entanto, seu uso é limitado pela alta incidência de cardiotoxicidade que pode variar de anormalidades eletrocardiográficas transitórias à insuficiência cardíaca. A patogênese da cardiotoxicidade induzida por DOX é um processo multifatorial complexo que tem sido associado principalmente ao estresse oxidativo, a inflamação e a apoptose. A diosmina é um flavonoide que pode ser encontrado principalmente em frutas cítricas e apresenta propriedades antioxidante, anti-inflamatória e antiapoptótica. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se a diosmina protege contra a cardiotoxicidade aguda induzida por DOX e os mecanismos envolvidos nesse efeito. Para isso, foram utilizados ratos Wistar machos pesando entre 200-250 g, os quais foram divididos em 4 grupos experimentais (n = 8-10): Controle (CTR) - receberam solução veículo por gavagem oral durante 7 dias + injeção intraperitoneal (i. p.) de solução veículo; Diosmina (DIOS) - receberam diosmina 50 mg/kg por gavagem oral durante 7 dias + solução veículo via i.p.; Doxorrubicina (DOX) - receberam solução veículo por gavagem oral durante 7 dias + DOX 20 mg via i.p.; Diosmina + Doxorrubicina (DIOS + DOX) - receberam diosmina- 50 mg/kg por gavagem oral durante 7 dias + DOX 20 mg/kg via i.p. Após 48 horas, foi realizada avaliação eletrocardiográfica com base nos parâmetros de duração dos intervalos PRi, QTc, complexo QRS e frequência cardíaca (FC). Além disso, foi mensurada a função contrátil cardíaca mediante a pressão desenvolvida no ventrículo esquerdo (PDVE), FC, derivada temporal de pressão ventricular máxima (dP/dt+) e derivada temporal de pressão ventricular mínima (dP/dt-). Foram analisados os marcadores de cardiotoxicidade com base no índice de cardiotoxicidade, na concentração sérica das enzimas creatina-quinase total (CK-Total), creatina-quinase isoenzima-mb (CK-MB) e lactato desidrogenase (LDH). Foi avaliado o estresse oxidativo mediante a concentração de malondialdeído (MDA), hidroperóxidos totais, grupamento sulfidrilas (SH) e da atividade das enzimas antioxidantes endógenas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx) e glutationa redutase (GR). A inflamação foi determinada pela mensuração da concentração de TNF-α e IL-1β nos tecidos cardíacos. Além disso, foi feita avaliação histopatológica, e investigada a apoptose celular utilizando o método TUNEL. No grupo DIOS + DOX houve melhora (p < 0,05) nos parâmetros elétricos (intervalos PRi, QTc, QRS e FC) e contráteis (PDVE, FC, dP/dt+,dP/dt-) em relação ao grupo DOX. Além disso, foi observado que as alterações nos marcadores de cardiotoxicidade (índice cardíaco, CK-Total, CK-MB e LDH) foram menores (p < 0,05) no grupo DIOS + DOX em relação ao grupo DOX. Foi verificado que no grupo DIOS + DOX houve redução (p < 0,05) dos biomarcadores de estresse oxidativo (MDA, hidroperóxidos totais e SH) e restauração (p < 0,05) da atividade das enzimas antioxidantes endógenas (SOD, CAT, GPx e GR) em comparação ao grupo DOX. Além disso, a concentração de TNF-α e IL-1β nos tecidos cardíacos do grupo DIOS + DOX foram menores quando comparado com o grupo DOX. No grupo DIOS + DOX houve poucas alterações histopatológias e células apoptóticas (p < 0,05) em comparação com o grupo DOX. Em conjunto, nossos dados indicam que a diosmina protege contra a cardiotoxicidade aguda induzida por DOX reduzindo o estresse oxidativo, a inflamação e a apoptose.
|
|
|
-
MICHAEL RAMON DE LIMA CONCEIÇÃO
-
LUTEÍNA PREVINE HIPERTROFIA CARDÍACA INDUZIDA POR ISOPROTERENOL EM RATOS.
-
Orientador : CARLA MARIA LINS DE VASCONCELOS
-
Data: 28/02/2019
-
Dissertação
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: A hipertrofia cardíaca (HC) é uma doença caracterizada pelo aumentoexcessivo na massa do coração com o objetivo de melhorar o desempenho cardíaco emresposta ao estresse hemodinâmico. A luteína que é um carotenóide encontrado emfrutas, verduras e hortaliças verdes apresenta potente ação antioxidante, antiinflamatóriae cardioprotetora. Com isso temos como objetivo investigar a ação anti-hipertrófica daluteína em ratos no modelo de hipertrofia induzida por isoproterenol (ISO). Métodos: Oestudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da UFS (50/17). Foramusados 5 grupos de animais, tratados durante 7 dias, via i.p: 1) controle (salina 0,9% +DMSO 0,1%), 2) luteína (LUT,5, 20, 40 mg/kg/dia, diluído em DMSO 0,1%), 3)isoproterenol (ISO, 4,5 mg/kg/dia) e 4) luteína + ISO 5) ISO+Apo( Apocinina 10mg/kg/dia. Resultados: A dose de 5 mg/kg de luteína não foi capaz de prevenir asalterações morfométricas da hipertrófica cardíaca. Entretanto, a luteína 20mg/kgtratamento dos animais com LUT preveniu o aumento da relação peso do coração/pesocorporal (ISO: 5,3 ± 0,1 mg/g e ISO + LUT: 4,5 ± 0,1 mg/g, n=10, p<0,05) e da relaçãopeso do coração/comprimento da tíbia induzido pelo ISO (ISO: 302,5 ± 8,8 mg/cm eISO + LUT: 238,2 ± 12,4 mg/cm, n=10, p<0,05). A luteína a 40mg/kg, tambémpreveniu alterações morfométricas induzida por ISO, mas como não houve diferençasignificativa em relação a 20mg/kg essa dose (20mg/kg) foi escolhida para darcontinuidade ao estudo. Os níveis séricos de LDH, CPK e CPK-MB foramsignificativamente reduzidos pelo LUT em comparação ao grupo ISO (n=5-7). A LUTpreveniu as alterações eletrocardiográficas induzidas pelo ISO (aumento do QRS e QTce inversão da onda T), além de impedir a redução da pressão do ventrículo esquerdo eda frequência cardíaca. Os corações hipertróficos apresentaram aumento da produção deespécies reativas de oxigênio (EROs) (52,6 ± 0,7 u.a.), demonstrado pelo aumento dafluorescência do dihidroetídio (DHE), que foi prevenido pela LUT (20,4 ± 1,6 u.a., n=4,p<0,05). A apocinina usada como controle positivo, preveniu as alteraçõesmorfométricas, eletrocardiográficas e contrateis característica de HC, assim comooaumento da produção de EROs. A análise histológica (Tricomo de Masson) revelouaumento de fibrose, infiltrado inflamatório e diminuição de parênquima muscular noscorações hipertróficos. O número de cardiomiócitos no grupo ISO diminuiu (223,4 ±18,21 células/mm2, n=5, p<0,05) em relação ao controle (804,3 ± 10,5 células/mm2), e que foi prevenido no grupo ISO + LUT (322,2 ± 41,1 células/mm2 , n=5, p<0,05). Osresultados mostram que a luteína exerce efeito cardioprotetor frente à hipertrofiacardíaca induzido por isoproterenol em ratos.
|
|
|
-
JANAÍNE PRATA DE OLIVEIRA
-
Evidências científicas sobre o efeito antinociceptivo de produtos naturais e (-)-mirtenol em modelos de dor orofacial,
-
Orientador : ENILTON APARECIDO CAMARGO
-
Data: 26/02/2019
-
Dissertação
-
Mostrar Resumo
-
dor orofacial localiza-se na região da cabeça e pescoço e é considerada um problema de saúde pública que acomete de 10-25% da população mundial. Muitos produtos naturais, com destaque para os terpenos, têm sido utilizados em modelos pré-clínicos que mimetizam tal condição, poderndo ser uma alternativa para o manejo da dor orofacial. O mirtenol possui ações anti-inflamatória e analgésica, mas não há descrição dos seus possíveis efeitos na região orofacial. Os objetivos deste estudo foram desenvolver duas revisões sistemáticas sobre a efetividade de produtos naturais, sendo uma com modelos de dor orofacial e outra com modelos desordens temporomandibulares (DTM) experimentais, bem como investigar o efeito do mirtenol na inflamação e nocicepção na região orofacial de camundongos. As buscas das revisões sistemáticas foram realizadas nas bases MEDLINE, Web of Science, SCOPUS, EMBASE, LILACS, SCIELO e Google Acadêmico. Dois revisores independentes fizeram a seleção dos estudos relevantes, extração dos dados e avaliação do risco de viés. Na primeira revisão, os estudos que utilizaram produtos naturais em modelos de dor orofacial foram selecionados, e os desfechos foram comparados ao grupo controle (placebo). Vinte e oito estudos foram selecionados e analisados individualmente de forma qualitativa. Nove estudos que utilizaram terpenos participaram da análise quantitativa, a partir do tratamento por comparação indireta (TCI). Os resultados qualitativos mostram que os produtos naturais foram eficazes no tratamento da dor orofacial induzida por agentes químicos. Na TCI, (-)-linalool, citronellol, p-cimeno e carvacrol foram considerados superiores a outros terpenos nos testes de formalina primeira fase e segunda fase, capsaicina e glutamato, respectivamente. Na segunda revisão sistemática, os estudos que usaram produtos naturais como intervenção em modelos de DTM experimental foram elegíveis. Foram selecionados 13 estudos e foram analisados individualmente de forma qualitativa. Todos os produtos naturais usados foram eficazes nestes modelos. Para o estudo experimental, foi avaliada a viabilidade de células de glioma tipo C6 (GC6) in vitro por MTT após o estímulo comdiferentes concentrações de mirtenol. Para os estudos in vivo, foram utilizados camundongos Swiss machos (CEPA/UFS 19/2018) que receberam pré-tratamento com mirtenol (12,5, 25 e 50 mg/kg), veículo (salina +Tween 80 a 0,2%) ou controles positivos (morfina, 5 mg/kg e indometacina, 10 mg/kg) 30 minutos antes da indução da inflamação e/ou nocicepção orofacial,. A inflamação do músculo masseter direito foi induzida por injeção i.m. de carragenina (3%) ou salina (0,9%) . Seis horas após a indução, os animais foram eutanaziados e tiveram seus tecidos coletados para para análise da atividade de mieloperoxidase (MPO) no músculo, análise histológica e de inteleucina (IL)-1β, fator de necrose tumoral (TNF)-α e IL-6 nos gânglio trigêmeo e núcleo trigeminal. A nocicepção orofacial foi induzida por injeção s.c. de formalina (0,2%) no lábio superior direito dos animais, logo em seguida o comportamento nociceptivo foi mensurado na 1ª fase (0-5 min) e 2ª fase (15-40 min) do teste de formalina. Imediatamente após o teste, os animais foram perfundidos e eutaniasados e tiveram seus encéfalos e gânglio trigêmeo coletados para análise imuno-histoquímica do marcador MAPK P-p38. O tratamento com mirtenol não alterou a viabilidade de GC6, reduziu a atividade de MPO, somatório de parâmetros inflamatórios e as concentrações de IL-1β no gânglio e núcleo trigeminais e de TNF-α no gânglio trigêmeo. Este tratamento também reduziu o comportamento nociceptivo no teste de formalina, devendo-se, ao menos em parte, por redução da atividade da MAPK P-p38 no gânglio trigeminal. Em síntese, pode-se afirmar que o mirtenol tem efeito anti-inflamatório e antinociceptivo na região orofacial por modular respostas locais ou em estruturas neurais, o que está de acordo com o efeito de vários produtos naturais selecionados nas revisões sistemáticas e que reduziram desfechos importantes em modelos de dor orofacial ou DTM.
|
|
|
-
ELISAMA DE CAMPOS GUIMARÃES
-
Avaliação de efeitos adversos da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) em ratas gestantes e na sua prole.
-
Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
-
Data: 25/02/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
Durante a gestação, algumas modificações fisiológicas e hormonais facilitam oaparecimento de disfunções musculoesqueléticas, como a lombalgia. Apesar dossintomas dolorosos serem comuns durante a gestação, a prescrição de fármacos deve serfeita com cautela. Nesse contexto, a utilização de recursos não farmacológicos pode seruma importante ferramenta, tal como a estimulação nervosa elétrica transcutânea(TENS). No entanto, os estudos sobre a aplicação da TENS no período gestacional sãoescassos. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar possíveis efeitosadversos da TENS em ratas prenhas e na sua prole. Para isso, um total de 30 ratas foidividido em seis grupos (n=5, por grupo): TENS sensorial aplicada no abdome (TSA);TENS motora aplicada no abdome (TMA); TENS sensorial aplicada naregião paravertebral (TSP); TENS motora aplicada na região paravertebral (TMP);controle com contensão (CCC); controle sem contensão (CSC). O ciclo estral das ratasfoi acompanhado para acasalamento programado e a TENS aplicada em 10 diasconsecutivos durante a segunda fase gestacional (11º ao 21º dia de gestação)no abdome ou região paravertebral da rata prenha, que foi contida para aplicação dacorrente. Dos filhotes, frutos do acasalamento programado, foram separados umnúmero máximo de 3 machos e 3 fêmeas por rata. Desses, foram selecionados, de formaaleatória, 9 machos e 8 fêmeas por grupo (“n” delimitado pelo grupo que obteve menornúmero de filhotes), para a realização dos seguintes testes: massa corpórea,sensibilidade mecânica (filamentos de von Frey), sensibilidade térmica (placa quente) edesempenho motor (monitor de atividades). Outros parâmetros como massa corpóreadas ratas durante a gestação, dias para o parto e número de filhotes também foramavaliados. Os resultados mostraram que as ratas prenhas dos grupos TSA e TMAapresentaram menor massa corpórea em relação ao CCC. Os grupos TMP (machos efêmeas), TSP (machos) e TMA (machos) da prole apresentaram menor massa corpóreaa partir de 60 dias de nascidos, quando comparados ao CCC. Além disso, os grupos TSP(machos) e TSA (fêmeas) apresentaram maior limiar mecânico basal no primeiro mêsde vida em relação ao grupo CCC. No entanto, esses achados foram pontuais e nãoseguiram um padrão que pudesse garantir a ação da TENS sobre essas alterações. Osresultados relacionados ao número de filhotes, dias para o parto, sensibilidade térmica edesempenho motor não apresentaram diferenças entre os grupos TENS e CCC. Diantedesse contexto, conclui-se que a TENS não promoveu alterações em parâmetrosgestacionais e comportamentais que justifiquem a sua contraindicação durante o períodogestacional.
|
|
|
-
MARIA BETÂNIA TRINDADE CARVALHO GOIS
-
Atividade anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante do extrato hidroetanólico da Vaccinium acrocarpon
-
Orientador : ENILTON APARECIDO CAMARGO
-
Data: 25/02/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
A inflamação é um componente importante no desenvolvimento de diversas condiçõespatológicas e é caracterizada pela liberação de mediadores responsáveis pelos cincosinais cardinais: calor, rubor, edema, perda da função e dor, sendo este último um dosprincipais motivos que levam os pacientes a buscar tratamento. Nesse contexto, osprodutos naturais têm representado alternativa importante para o tratamento de doençasinflamatórias. Dentre estes, o fruto da Vaccinium macrocarpon é usado pela populaçãoe em estudos clínicos para tratar infecções do trato urinário. Com base nessas premissas,o objetivo do presente estudo foi investigar as propriedades anti-inflamatória,antinociceptiva e antioxidante do extrato hidroetanólico do fruto da Vacciniummacrocarpon (EHVm). Em experimentos in vitro, foram realizados os ensaios decapacidade antioxidante por eliminação dos radicais 2,2-difenil-1-picril-hidrazila(DPPH), 2,2'-azinobis (ácido 3-etilbenztiazolino-6-sulfônico (ABTS) e óxido nítrico(NO); inibição da peroxidação lipídica e ensaio de potencial reducional de ferro(FRAP). Em experimentos in vivo, foi avaliada em camundongos a atividade anti-inflamatória, pelo teste de edema de orelha induzido por 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA) e o teste de peritonite induzida por carragenina, bem como a atividadeantinociceptiva pelos testes de formalina na pata e de contorções abdominais emcamundongos. Observou-se diminuição do radical DPPH (CI 50 = 61,5 µg/mL), ABTS(CI 50 = 1132,4 µg/mL) e NO (CI 50 = 116,3 µg/mL), bem como o aumento significativo nopotencial de redução pelo ensaio de FRAP e a redução da peroxidação lipídicaespontânea (CI 50 = 87,0 µg/mL). No edema induzido por TPA por 6 h, observou-se que aadministração tópica do EHVm (3 mg/orelha), concomitante ao TPA, reduziu a variaçãode massa (p<0,001), a atividade de mieloperoxidase (p<0,001), a produção de IL-1β(p<0,05) e a peroxidação lipídica (p<0,001) na orelha, bem com aumentou o FRAPneste tecido (p<0,01) e a análise histológica mostrou presença de infiltrado inflamatório,porém, com menor intensidade. No modelo de peritonite, 4 h após a injeção decarragenina, observou-se que o pré-tratamento com as doses de 50 e 200 mg/kg doEHVm inibiu significativamente a contagem total e de leucócitos polimorfonucleares(p<0,001) para a cavidade peritoneal quando comparado ao controle. No teste deformalina na pata, a administração prévia do EHVm (100 e 200 mg/kg) reduziu (p<0,01e p<0,05 respectivamente) o tempo de lambida/mordida na primeira fase do teste emcomparação com o grupo veículo, bem como o tratamento com morfina (p<0,001), masnão com o ácido acetilsalicílico. O pré-tratamento com as doses de 50, 100 e 200 mg/kgde EHVm inibiu significativamente, o tempo de lambida/mordida na segunda fase doteste, bem como o tratamento com morfina e aspirina. O número de contorçõesabdominais foi significativamente menor quando os animais foram pré-tratados com asdoses de 100 e 200 mg/kg quando comparada às observadas nos animais que receberamveículo, escolhendo-se a dose de 100 mg/kg para avaliar mecanismos de ação doEHVm. No modelo de contorções abdominais o efeito inibitório do EHVm não foimodificado pelo tratamento com um precurssor do NO (L-arginina), mas foi revertidode forma parcial pelo tratamento com um antagonista opiode (naloxona; p<0.05) e totalcom o tratamento com glibenclamida, um inibidor de canais para K + sensíveis a ATP(K ATP ; p<0.01). Conjuntamente, estes resultados mostram que o EHVm apresentapropriedades anti-inflamatória tópica e sistêmica, antioxidante e antinociceptiva, sendoque a última envolve receptores opioides e canais K ATP .
|
|
|
-
EDÊNIA DA CUNHA MENEZES
-
INFLUÊNCIA DO HIPOTIREOIDISMO GESTACIONAL SOBRE PARÂMETROS DO NEURODESENVOLVIMENTO NA PROLE DE ROEDORES,
-
Orientador : DANIEL BADAUE PASSOS JUNIOR
-
Data: 25/02/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
A vida intrauterina é uma etapa rápida e dinâmica que sofre influência de vários fatores,principalmente advindos do ambiente materno, grande provedor do desenvolvimentofetal. O período intrauterino é crítico para o desenvolvimento neurológico, o qual exigeadequado suprimento hormonal. Os hormônios tireoidianos maternos são essenciais parao desenvolvimento fetal, em particular para o sistema nervoso central. Neste trabalho,investigamos as repercussões do hipotireoidismo gestacional experimental (HGE) nosaspectos neuroquímicos (durante fase embrionária e adulta) e comportamentais damemória e da função motora da prole de roedores. O HGE foi induzido pela administraçãode metimazol (MTZ) 0,02% na água de beber, do 9° dia gestacional até o dia do parto.As proles de mães hipotireoidianas (PMH) e eutiroidianas (PME) foram analisadas nafase embrionária, ao 14odia embrionário (E14), no 18o (E18), 20o (E20), e na fase adultano 120 dia pós-natal (P120). No E14, a PMH e PME foram submetidas à análise damigração neuronal GABAérgica prosencefálica, proliferação celular e expressão gênicade enzimas envolvidas no balanço redox (superóxido dismutase - SOD; catalase -CAT;glutationa peroxidase - GPx) e nuclear eritroide 2 relacionado no fator 2 (NRF2), além daanálise de neuroesferas na presença do MTZ. No E18, PMH e PME foram submetidasanálise da densidade de células neuronais GABAérgicas na substância branca do córtexcerebral e da expressão gênica do cotransportador de sódio, potássio e cloreto (NKCC1)e do cotransportador de potássio e cloreto independente de sódio (KCC2). No E20, foramrealizadas avaliações da peroxidação lipídica e oxidação de proteína, além de parâmetrosenzimáticos do balanço redox (SOD, CAT, GPx e Glutationa S-transferase: GST). NoP120, foram analisados parâmetros neuroquímicos no cérebro adulto, comportamentos dememória aversiva, locomoção e sensibilidade a um modelo crônico de parkinsonismo. Osresultados mostraram que a PMH, no E14, apresentou atraso na migração neuronalGABAérgica, maior da proliferação celular, desbalanço redox, pela maior expressãogênica da CAT e menor da GPx e NRF2 na região dorsal do prosencéfalo, sem diferençaestaticamente significativa na proliferação de neuroesferas na presença de MTZ. No E18,a PMH apresentou maior da densidade de neurônios GABAérgicos na substância brancado córtex cerebral e maior expressão de NKCC1. Já no E20, apresentou maiorperoxidação lipídica no prosencéfalo e oxidação de proteínas no prosencéfalo e placenta,com aumento da atividade enzimática da SOD e GPx e diminuição da CAT noprosencéfalo. No P120, a PMH apresentou menor expressão do transportador dedopamina e glutamato descarboxilase 67 no córtex pré-frontal (CPF), e tirosinahidroxilase no CPF e núcleo estriado. Alteração na expressão gênica dos receptores dedopamina (DRD4), e GABA (GABAA) no CPF e amígdala, além da alteração na memóriaaversiva e maior sensibilidade à indução crônica do Parkinsonismo. Assim, este trabalhomostrou, pela primeira vez, que a carência de HTs maternos durante a gestação modulaparâmetros do neurodesenvolvimento na fase embrionária, e promove alterações decomponentes do sistema neurotransmissor, além de aspectos comportamentais damemória e função motora na prole adulta.
|
|
|
-
SILVIO SANTOS LACROSE SANDES
-
Efeitos da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) na dor oncológica.
-
Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
-
Data: 22/02/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: O controle da dor oncológica geralmente é realizado através de fármacos,contudo terapias complementares tem sido alvo de pesquisas. Nesse contexto, aestimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) poderia ser utilizada na analgesiadesse tipo de dor. Entretanto, estudos que mostrem a efetividade da TENS no manejo dador oncológica são escassos. Objetivos: 1) Buscar evidêncas na literatura científica(revisão sistemática) da aplicação da TENS e do seu efeito na dor oncológica; 2)Avaliar os efeitos da aplicação da TENS em diferentes frequências, intensidades elocais em modelo animal de dor oncológica. Método: 1) Busca sistemática de estudosnas bases de dados (PubMed, Cochrane, Science Direct, PeDro, Embase, Scielo eLILACS) por dois investigadores através dos descritores “Transcutaneous ElectricalNerve Stimulation” e “Neoplasms”. 2) Estudo experimental realizado em camundongos(n=6; 66 machos) submetidos ao modelo experimental de dor oncológica via sarcoma180. Os animais foram divididos em 11 grupos. Avaliaram-se limiar de retirada da pata(analgesímetro digital), latência térmica (placa quente), distância percorrida (monitor deatividades) do dia 9 ao 13 após inoculação das células tumorais. No último dia doexperimento avaliou-se a taxa sérica de interleucinas (IL-6 e IL-1β). Resultados: 1)Duzentos e oito artigos foram encontrados, após aplicação dos critérios de exclusão,quatro artigos foram selecionados. Segundo dois desses artigos, não houve diferençasignificativa entre os grupos tratados. Um deles informa que a TENS tem potencial naredução da dor em movimento. O último artigo mostra que a corrente pode serclinicamente eficaz como adjuvante no tratamento da dor pós-operatória. 2) Detectou-seaumento do limiar de retirada da pata, após aplicação da corrente no primeiro dia, nosgrupos tratados com TENS AF de intensidade motora na região paravertebral e no localdo tumor e no grupo TENS AF de intensidade sensorial aplicada na regiãoparavertebral, em relação ao seu próprio basal. Em relação ao grupo controle, o limiarde retirada da pata direita foi significativamente maior, no primeiro dia após otratamento, nos grupos AF de intensidade motora e AF de intensidade sensorial aplicadana região paravertebral. Não foi observada diferença significativa da latência térmicaentre os grupos avaliados. Os grupos TENS administrada em alta ou baixa frequência,em intensidade motora, aplicada na região do tumor, comparados aos grupos TENS AFsensorial com aplicação paravertebral, tiveram distância percorrida foisignificativamente menor. A aplicação da corrente elétrica levou a uma menor taxasérica de citocinas nos camundongos dos grupos tratados. Conclusão: 1) Não háevidências suficientes para demonstrar a eficácia da TENS na dor relacionada ao câncer.Mais pesquisas com grupos maiores de pacientes, com características semelhantes eensaios clínicos randomizados são necessários para avaliar melhor a viabilidade daTENS na dor relacionada ao câncer. 2) A TENS tem efeito antinociceptivo em algunsdos protocolos por nós utilizados e reduz a taxa de interleucinas.
|
|
|
-
FABÍULA FRANCISCA DE ABREU
-
Efeito anti-inflamatório do óleo fixo das sementes da Hancornia speciosa Gomes.
-
Orientador : ENILTON APARECIDO CAMARGO
-
Data: 22/02/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
Hancornia speciosa Gomes é conhecida como “mangabeira” e é utilizada na medicina popular no tratamento de várias enfermidades e doenças inflamatórias. Folhas e frutos tem sido extensivamente estudados, mas ainda não há registro de investigações sobre os efeitos biológicos do óleo fixo extraído de suas sementes. Neste contexto, objetivo desse estudo foi avaliar a atividade anti-inflamatória do óleo de sementes de mangaba (OSM) em modelos experimentais de inflamação. Camundongos Swiss machos (25-30 g) foram utilizados e os protocolos experimentais aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da UFS (n° 28/2018). A citotoxicidade do OSM foi avaliada em fibroblastos da linhagem L929 através do ensaio de MTT. A atividade anti-inflamatória tópica foi avaliada no edema de orelha induzido por 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA). O tratamento com OSM (0,3, 1,0 ou 3,0 mg/orelha) ou dexametasona (0,05 mg/orelha, controle) foi administrado concomitantemente com TPA (1 µg/orelha) na orelha ipsilateral por via tópica. Após 6 horas, foi mensurado o edema de biópsias das orelhas, a atividade de mieloperoxidase (MPO), concentrações de citocinas (TNF-α, IL-6 e IL-1β), alterações histológicas, permeabilidade vascular e parâmetros oxidativos. Adicionalmente, o efeito tópico foi avaliado no modelo de edema de orelha induzido por capsaicina. Para este modelo, os tratamentos com OSM (3 mg/orelha) ou vermelho de rutênio (7,8 ng/orelha, controle) foram administrados na orelha ipsilateral 15 minutos antes da indução, a qual foi feita pela administração tópica de capsaicina (0,2 mg/orelha). Após 30 minutos foi mensurado o edema nas biópsias das orelhas. Para avaliação da atividade anti-inflamatória sistêmica, os camundongos foram tratados com veículo (Tween 0,5% em solução salina, 10 mL/kg), OSM (100, 200 ou 400 mg/kg, v.o. ou i.p.) ou dexametasona (5 mg/kg, v.o. ou s.c.) administrados 1 hora ou 30 minutos, respectivamente (para cada via de administração), antes da injeção intrapleural de carragenina (1 mg/cavidade). O lavado da cavidade pleural foi coletado quatro horas após a indução para avaliação das contagens total de leucócitos, atividade de MPO, extravasamento proteico e dosagem de citocinas (TNF-α, IL-6, IL-1β e IL-10). Os resultados foram expressos como média ± E.P.M. e foram avaliados por ANOVA de uma via, seguido pelo teste de Tukey, com p<0,05 considerado significativo. O tratamento com o OSM não alterou o percentual de viabilidade das células em nenhuma das concentrações utilizadas quando comparadas ao grupo controle. Por via tópica, o tratamento com o OSM promoveu uma redução do edema, IL-1β e extravasamento de proteínas, para a dose de 3 mg, além da atividade de mieloperoxidase, TNF-α e IL-6 (para as doses de 1 e 3 mg) nas orelhas inflamadas com TPA. Não foram encontradas alterações significativas nos parâmetros oxidativos para os tratamentos com OSM por via tópica nas doses utilizadas. O pré-tratamento tópico com o OSM na dose testada (3 mg/orelha) também não reduziu o edema de orelha induzido por capsaicina. Na pleurisia, o OSM administrado por via i.p. reduziu a contagem total de leucócitos, a atividade de mieloperoxidase, a concentração de proteínas totais e das citocinas TNF-α e IL-1β no lavado pleural. Entretanto, quando administrado por v.o. não reduziu o aumento do número de leucócitos totais na cavidade pleural promovido pela carragenina. O tratamento com dexametasona reduziu significativamente todos os parâmetros avaliados em ambos os modelos. Assim, o presente trabalho apresenta pela primeira vez uma caracterização farmacológica para o OSM e demonstra que este possui atividade anti-inflamatória, o que evidencia o potencial farmacológico desta preparação extraída da H. speciosa.
|
|
|
-
KATTY ANNE AMADOR DE LUCENA MEDEIROS
-
Ativação e distribuição de neurônios nitrérgicos em resposta à exposição do lagarto neotropical Tropidurus hispidus (SPIX, 1825) a um estímulo aversivo: envolvimento de vias glutamatérgicas. envolvimento de vias glutamatérgicas.
-
Orientador : MURILO MARCHIORO
-
Data: 21/02/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
O medo é a resposta gerada frente a um estímulo aversivo real. Diversas pesquisas têmaprofundado estudos nessa área com ênfase em mamíferos. Ainda assim, pesquisas comanimais filogeneticamente distantes também são importantes, pois contribuem para o melhorentendimento desses processos. Nosso objetivo, neste trabalho, foi determinar, apósestímulo aversivo, a ativação e a distribuição de neurônios nitrérgicos notelencélefalo de lagartos da espécie Tropidurus hispidus, bem como a interferênciaglutamatérgica nestes mesmos neurônios. Com essa finalidade, realizamos experimentosem duas etapas. Na primeira etapa, foi realizado teste comportamental que submeteu oslagartos a um estímulo aversivo por meio da exposição do animal a um gato vivo (Feliscatus). Após 24 horas da realização do teste, os animais foram decapitados e foi realizadahistoquímica para NADPH-diaforase nas seguintes áreas telencefálicas: córtices medial,dorsomedial e dorsal, estriado, região ventricular anterior (RVDA), região ventricular dorsalposterior (RVDP), amígdala dorsolateral e núcleo amigdaloide lateral. Para todas as áreassupracitadas, contabilizamos o número de neurônios NADPH-diaforase positivos tipo I, tipoII e a soma de ambos os tipos. Contabilizamos também densidade óptica integrada (DOI),área do soma (µm 2 ) e número de neuritos. Na segunda etapa, os animais receberam injeçãoi.c.v. de antagonista de receptores glutamatérgicos do tipo NMDA, o ácido D(-)-2-amino-5-fosfonopentanóico (AP5), e foram submetidos ao mesmo teste comportamental 15 minutosdepois. Foram avaliados quatro grupos experimentais: salina, AP5 1,25 µg/µl, AP5 2,5 µg/µle AP5 5,0 µg/µl. Os animais foram decapitados, realizou-se histoquímica para NADPH-diaforase e foram analisados os mesmos parâmetros histológicos da primeira etapa. Naprimeira etapa, todos os animais que foram expostos ao estímulo aversivo apresentaramaumento do tempo de imobilidade, diminuição da distância percorrida, diminuição do númerode quadrantes visitados, aumento da latência para primeiro movimento e para primeirodeslocamento. Nesses animais, foi observado aumento do número de neurônios tipo I nocórtex dorsal, aumento da DOI no estriado, aumento do número total de neurônios na RVDA,aumento do número de neurônios tipo I, da DOI e da área do soma na amígdala dorsolateral eaumento da DOI e da área do soma no núcleo amigdaloide lateral. Na segunda etapa, duranteexposição ao estímulo aversivo, não se observou diferença na distância percorrida entre osgrupos avaliados. Os animais que receberam salina e AP5 na dose de 1,25 µg/µl aumentaramo tempo de imobilidade e os que receberam AP5 na dose de 5,0 µg/µl visitaram maior númerode quadrantes. Todos os grupos apresentaram aumento na latência para o primeiro movimentoe para o primeiro deslocamento. As alterações histológicas, após a injeção i.c.v. de AP5,foram vistas no estriado, na amígdala dorsolateral e no núcleo amigdaloide lateral. Noestriado, os animais que receberam AP5 na dose de 5,0 µg/µl apresentaram diminuição nonúmero total de neurônios e os que receberam AP5 na dose de 2,5 µg/µl tiveram diminuiçãono número de neurônios tipo II, na densidade óptica e no número de neuritos. Na amígdaladorsolateral, os animais que receberam AP5 na dose de 1,25 µg/µl apresentaram diminuiçãono número de neurônios tipo II, no número total de neurônios, na densidade óptica integrada,na área do soma e no número de neuritos. No núcleo amigdaloide lateral, observou-sediminuição no número de neuritos para os animais que receberam AP5 na dose de 5,0 µg/µl.Concluímos que lagartos da espécie Tropidurus hispidus apresentam diminuição de atividadeexploratória e comportamento tipo medo quando são expostos a estímulo aversivo. Aliberação do óxido nítrico no córtex dorsal, no estriado, na região ventricular dorsal anterior,na amigdala dorsolateral e no núcleo amigdaloide lateral está envolvida na modulação domedo em lagartos da desta espécie. Esta liberação ocorre, após estímulo aversivo, por meio deestimulação de receptores glutamatérgicos no estriado, na amígdala dorsolateral e no núcleoamigdaloide lateral.
|
|
|
-
KAMILLA MAYARA LUCAS DA CRUZ REIS
-
Efeito biológico e mecanismos de ação da corrente interferencial na antinocicepção de ratos artríticos,
-
Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
-
Data: 20/02/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
A corrente interferencial (CI) tem sido atualmente utilizada para diferentes condições clínicas, principalmente com a finalidade de analgesia. Entretanto, nada se sabe sobre o mecanismo de ação neurobiológica dessa corrente. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da CI em intensidade sensorial e motora na hipernocicepção causada após indução de inflamação articular e se, sistemicamente, os receptores colinérgicos, monoaminérgicos e a via do óxido nítrico estão envolvidos no mecanismo de ação antinociceptiva desta corrente. Materiais e métodos: Foram utilizados 96 ratos Wistar, divididos em série experimental comportamental (Controle, Motora e Sensorial) e série de bloqueios farmacológicos (Controle, CI + Salina, CI + DMSO, CI + Reserpina, CI + Prazosina, CI + Ioimbina, CI + Atropina, CI + Haloperidol, CI + L-NNA, CI + ODQ, CI + Glibenclamida). A estimulação elétrica foi aplicada 24 horas após a indução da inflamação e no grupo reserpina com 48h devido ao seu mecanismo de ação. Os testes comportamentais para sensibilidade e desempenho motor foram realizados antes da indução, 24 horas após a indução da inflamação e após aplicação da CI. O bloqueio farmacológico foi realizado por meio de injeção intraperitoneal aplicada antes do tratamento de acordo com o tempo de ação e dose de cada fármaco. Os valores de p < 0,05 foram considerados significativos. Resultados: Na série comportamental houve aumento do limiar sensitivo cutâneo (p = 0,03) no grupo tratado com intensidade motora, e aumento da latência térmica nos grupos tratados com intensidades sensorial e motora (p < 0,009) comparados com o momento pré-tratamento, o grupo motor apresentou maior tamanho de efeito na sensibilidade mecânica (d = 1,42). Em contrapartida a alta intensidade promoveu diminuição do desempenho motor (p = 0,03) em comparação com pré tratamento. Na série que avaliou os possíveis mecanismos de ação na série da reserpina, foi identificado que a depleção das aminas impediu o aumento do limiar sensitivo cutâneo no grupo CI+Reserpina diferentemente do grupo CI+Salina em que houve antinocicepção (p = 0,01). Das monoaminas investigadas houve impedimento no efeito da corrente no limiar sensitivo nos grupos CI + Ioimbina e CI + Atropina pois não houve diferença entre o pré e pós tratamento diferentemente do grupo CI + Salina, CI + Prazosina e CI + Haloperidol (p < 0,05). Em relação a via do óxido nítrico, a inibição da enzima oxido nítrico sintase (NOS) no grupo CI + L-NNA impediu a antinocicepção promovida pela CI e na cascata intracelular dessa via foi verificado que tanto a guanilato ciclase como os canais de K dependentes de ATP também participam do seu mecanismo anti-hiperalgésico por não aumentarem o limiar mecânico após o tratamento com CI. Todos os grupos tratados com CI mais veículo ou antagonistas tiveram redução da distância percorrida (p < 0,03) menos os grupos controle e CI + Ioimbina.Conclusão: A partir do presente estudo pode-se concluir que a corrente interferencial em intensidade motora mais efetiva para redução da antinocicepção e que esse efeito envolve mecanismos de ação dos receptores alfa-2 adrenérgico, colinérgicos e está relacionado a via do óxido nítrico.
|
|
|
-
FERNANDA MENDONÇA ARAUJO
-
EFEITO DA CORRENTE INTERFERENCIAL ASSOCIADA AO EXERCÍCIO FÍSICO NA FIBROMIALGIA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
-
Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
-
Data: 19/02/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: A fibromialgia (FM) é uma síndrome caracterizada por dormusculoesquelética crônica generalizada, hiperalgesia e alterações psicossomáticas,como fadiga, depressão, ansiedade e distúrbios do sono, além de redução da capacidadefísica. O exercício físico é eficaz, em longo prazo, na melhora da dor, qualidade de vida,funcionalidade, depressão, entre outros sintomas presentes na FM. Apesar dessesbenefícios, muitos pacientes não aderem à terapia, devido a fatores como cinesiofobia,fadiga e dor sentida durante e após a realização dos movimentos. Hipotetiza-se que aassociação de corrente interferencial (CI) ao exercício físico promova redução da dor emelhora de desfechos funcionais e psicoemocionais. Assim, este estudo teve, comoobjetivo, investigar o efeito da CI associada a um protocolo de exercício físico empacientes com FM. Métodos: Esse trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética emPesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CAAE62474116.8.0000.5546). Trata-se de um ensaio clínico randomizado, controlado porplacebo e duplamente encoberto. Foram recrutadas mulheres com FM, que foramalocadas em dois grupos de estudo: grupo CI ativa (exercício + aplicação da CI durante40 minutos) e CI placebo (exercício + aplicação da CI por 40 segundos). O protocolo deexercício físico foi composto por alongamentos, exercício aeróbico em bicicletaergométrica e fortalecimento de membros. Já a CI foi aplicada na região paravertebral,com frequência de amplitude modulada de 100 Hz, intensidade de estimulação motoraajustada, concomitantemente ao exercício físico. Foram realizadas 24 sessões detratamento, sendo as pacientes avaliadas no início, após 12 sessões e ao final dotratamento. Avaliação foi composta por questionários e testes que mensuraram: impactoda FM na vida dessas pacientes (através da aplicação do Questionário de Impacto daFibromialgia), nível de depressão (Inventário de Depressão de Beck), ansiedade traço eestado (Inventário de Ansiedade Traço-Estado), capacidade funcional (teste de Sentar eLevantar e Questionário de Incapacidade Física Roland Morris), medo de movimentar-se(Escala de Cinesiofobia de Tampa), catastrofização da dor (Escala de Catastrofização daDor), caracterização da dor (Questionário de Dor McGill), qualidade de vida (Short FormHealth Survey 36), qualidade do sono (Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh),somação temporal (Teste de Somação Temporal), modulação condicionada da dor (Testede Modulação Condicionada da Dor), intensidade de fadiga (escala numérica de 11pontos), força muscular (dinamometria digital), limiar de dor por pressão (algometriadigital), limiar sensitivo cutâneo (filamentos de von Frey), intensidade de dor em repouso(escala numérica de 11 pontos) e perfil imunológico (IL-1β, IL-6, IL-10 e TNF-alfa;coleta sanguínea e ELISA). Resultados: Foram incluídas no estudo 60 mulheres comFM, porém 31 delas desistiram do tratamento, sendo assim, permaneceram, no estudo, 29pacientes, das quais 13 pacientes foram alocadas no grupo ativo e 16 no grupo placebo.Tanto a associação da CI com exercício físico quanto o exercício físico isolado forameficazes na redução do impacto da FM, do índice de classificação da dor, da depressão,do traço de ansiedade, da incapacidade física, da intensidade de dor em repouso, daintensidade de fadiga, do LSC e da somação temporal, e aumento da qualidade de vida,da força muscular e do LDP de mulheres fibromiálgicas (p<0,05). No entanto, o exercícioisolado foi superior a associação das terapias na avaliação dessas variáveis (p<0,05), além de ser o único eficaz na redução da cinesiofobia e catastrofização, e melhora da qualidadedo sono e capacidade funcional das pacientes (p<0,05). Não houve diferença significativano perfil de citocinas em nenhum dos grupos. Conclusão: A associação da CI com oexercício mostrou ter efetividade inferior ao exercício isolado.
|
|
|
-
MICHAEL NADSON SANTOS SANTANA
-
Exercício resistido medeia o pré-condicionamento isquêmico remoto limitando o desacoplamento da eNOS cardíaca.
-
Orientador : VALTER JOVINIANO DE SANTANA FILHO
-
Data: 15/02/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
Atualmente o exercício físico tem sido utilizado como terapia não-farmacológica complementar para prevenir diversos distúrbios cardíacos. Se praticado com regularidade, o exercício físico produz cardioproteção a longo prazo, por meio de mecanismos de pré-condicionamento isquêmico remoto (PCIR). No entanto, o PCIR mediado pelo exercício a curto prazo permanece pouco compreendido. Embora o exercício resistido (ER) tenha sido altamente recomendado por várias diretrizes de saúde pública, não há evidências de que este modelo de exercício medeia o PCIR. Assim, investigamos se o ER induz PCIR cardíaca por meio de um mecanismo dependente do óxido nítrico sintase (NOS). O projeto foi aprovado pelo CEPA da UFS sob inscrição nº 32/2016. Ratos Wistar foram submetidos ao ER de baixa intensidade (40% da carga máxima) e usando um modelo experimental de infarto do miocárdio (IM) através de isquemia-reperfusão (IR). Foram mensurados os níveis de nitrito sistêmico, a contratilidade cardíaca, a extensão da área de infarto, os eventos arrítmicos, a geração de espécies reativas de oxigênio (EROS) e a atividade da eNOS cardíaca. O ER foi capaz de elevar os níveis de nitrito sistêmico (p<0,01), preveniu significativamente a perda de contratilidade cardíaca (p<0,001) e apresentou extensão da área de infarto significativamente menor (p<0,05) quando comparado aos animais não-exercitados (NE). O ER mitigou segmentos ST anormais (p<0,001) e reduziu arritmias induzidas por IR (p<0,05). Houve também aumento da fosforilação da eNOS cardíaca (p<0,05) com redução da relação dímero/monômero (p<0,05). É importante ressaltar que a inibição da eNOS aboliu a cardioproteção mediada por ER, reforçando o papel fundamental do acoplamento da eNOS durante o IM. Os ratos NE exibiram uma geração marcante de EROS e carbonilação induzida por oxidação de proteínas (p<0,05), enquanto o ER impediu estas alterações. De modo geral, conclui-se que o ER promove o PCIR precoce, limitando o desacoplamento da eNOS e mitigando a lesão por IR do miocárdio de ratos.
|
|
|
-
GILMARA BEATRIZ ANDRADE DA SILVA
-
AÇÃO DA (-)-CARVONA NA SINALIZAÇÃO INTRACELULAR DE CÁLCIO E SUA PROPRIEDADE ANTIARRÍTMICA EM CORAÇÃO DE RATO.
-
Orientador : CARLA MARIA LINS DE VASCONCELOS
-
Data: 31/01/2019
-
Tese
-
Mostrar Resumo
-
A
A (-)-carvona (p-mentha-6,8-diem-2-one) é um monoterpeno cetônico encontrado emóleos essenciais e ervas aromáticas. Pesquisas evidenciam algumas propriedadesbenéficas da (-)-carvona como: propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias einibitórias dos canais de cálcio tipo-L em músculo liso. Neste trabalho procurou-seanalisar os efeitos da (-)-carvona sobre os mecanismos contráteis, elétricos eantiarrítmicos sobre o coração de rato. Para esse fim, os estudos contráteis foramrealizados em átrio esquerdo submetidos à estimulação de campo (1 Hz), mantido emcuba para órgão contendo solução de Krebs-Henseleit (8 mL) e aerado com misturacarbogênica (95% O2 e 5% CO2). A força atrial foi captada por um transdutor isométricode força. Os registros eletrocardiográficos e pressão ventricular esquerda (PVE) foramobtidos em coração isolado, sob perfusão aórtica de fluxo constante (10 mL/min). Acontratilidade celular e o transiente intracelular de Ca2+ foram determinados emcardiomiócitos ventriculares isolados. A atividade antiarrítmica da (-)-carvona foideterminada em modelo de arritmia in vitro induzida por uma sobrecarga de Ca+2 (3,3mM). Em átrio esquerdo, a (-)-carvona mostrou uma resposta inotrópica negativa,dependente de concentração, reduzindo a força contrátil em 82,7% na concentração 2mM. Em 3 mM de (-)-carvona, as forças atriais foram abolidas. A CE50 calculada para a(-)-carvona foi de 463 ± 116 μM e para a nifedipina (bloqueador de canal para Ca2+ tipo-L) foi de 3,42 ± 1,11 μM. A (-)-carvona (1 mM) diminuiu significantemente a resposta inotrópica positiva promovida tanto pelo CaCl2 quanto pelo (±)BAY K8644 (agonista decanal para Ca+2 tipo-L). Em coração isolado, a (-)-carvona (500 μM) aumentou o QTc de139,6 ± 4,382 ms para 152,4 ± 7,19 ms (n = 5, p < 0,05) sem alterar a duração docomplexo QRS. Além disso, reduziu a PVE em 71% após 15 min de perfusão e reduziua frequência cardíaca em 46%. Em cardiomiócito ventricular isolado, a (-)-carvonadiminuiu a fração de encurtamento de 15,7 ± 0,79 % (10 células) para 6,1 ± 0,6% (18células) (p < 0,05) e reduziu o transiente intracelular Ca+2 , em 58%, de 6,13 ± 0,68 u.a(controle, n = 24 células) para 3,58 ± 0,33 u.a (carvona, n = 21 células, p < 0,05). A (-)-carvona apresentou uma ação antiarrítmica diminuindo o escore de arritmia de 23,2 ± 6,4para 3,8 ± 1,59 (p < 0,05) reduzindo a ocorrência de fibrilação ventricular, consideradade maior severidade. Concluímos que a (-)-carvona reduz a contratilidade no átrio,ventrículo e no cardiomiócito ventricular isolado associado à redução da frequênciacardíaca. Promove diminuição de entrada de Ca+2 pelos canais de cálcio tipo-L e dotransiente intracelular de Ca+2 no miocárdio de rato. Na arritmia in vitro induzida por altocálcio, (-)-carvona tem propriedade antiarrítmica reduzindo os eventos arrítmicos gravesdo tipo fibrilação ventricular.
|
|