Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUZEMILCA DOS SANTOS SILVA
DATA: 30/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto através do Meet
TÍTULO: MULHERES PROTAGONISTAS EM UMA IGREJA MACHISTA: ANÁLISE DE DISCURSO DA REDE UM GRITO PELA VIDA NA MISSÃO DE LIBERTAR CORPOS
PALAVRAS-CHAVES: Gênero. Religião. Movimento feminista. Rede Um Grito Pela Vida. Libertação.
PÁGINAS: 56
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Teologia
RESUMO:

O presente trabalho faz uma análise dos movimentos feministas dentro da Igreja Católica, tendo gênero e religião como panorama, de modo específico, a organização Rede Um Grito Pela Vida. A partir da metodologia da análise de discurso, na perspectiva de Eni Orlandi, a pesquisa averigua o protagonismo das mulheres em um ambiente machista, bem como as contribuições do movimento e dos estudos feministas para a libertação das mulheres no âmbito social e religioso, no campo das Ciências da Religião. Uma vez que o debate sobre a violência de gênero é crescente nas diversas esferas sociais, é fundamental entender que a condição da mulher na religião e na sociedade foi de discriminação, desrespeito, imposições e diversas violências, sustentada pela cultura patriarcal judaico-cristã, que atravessou gerações chegando aos dias atuais, perpassando as relações de poder. A religião é legitimadora, de algum modo, da violência contra a mulher e, ao mesmo tempo, mantém a cultura machista e sexista, que se sobrepõe, em todas as dimensões, sobre elas, tirando-lhes até mesmo a liberdade de decidirem sobre seus próprios corpos. Pensar em movimentos feministas, dentro da própria religião, pode soar como algo estranho e até impossível, pois, no imaginário social, as mulheres religiosas são submissas por natureza. Porém, esses movimentos de mulheres, articuladas em suas próprias igrejas, coletivos e comunidades, na luta por justiça e direitos, mostram que é possível e necessário que as mulheres “religiosas” entendam de que modo o sistema religioso exerce poder sobre elas. As mulheres feministas se apropriam do discurso religioso a partir de uma hermenêutica feminina e de suas vivências de violência e discriminação, e juntas vão assumindo a verdadeira identidade do ser, livrando-se das falsas ideologias que as mantiveram prisioneiras de uma mentalidade que as inferiorizavam em relação ao masculino, no campo social, político, econômico e religioso.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 002.386.495-80 - ALEXANDRE DE JESUS DOS PRAZERES
Interno - 3307036 - EDEMIR ANTUNES FILHO
Externo à Instituição - MARINA APARECIDA OLIVEIRA DOS SANTOS CORREA
Externo ao Programa - 1200318 - ROMERO JUNIOR VENANCIO SILVA