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MICAELE OLIVEIRA EUGENIO COSTA
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Corpos, cruzes e ressurreições: um estudo fenomenológico das experiências do cotidiano de mulheres líderes da Pastoral da Criança
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Orientador : ROMERO JUNIOR VENANCIO SILVA
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Data: 26/07/2017
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Dissertação
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Essa pesquisa objetivou investigar as relações entre o discurso católico e a histórica “feminização” do voluntariado da Pastoral da Criança. Para tanto, foi adotado um viés intersecional, que considera, no caso específico desse estudo, a religião e o gênero, como marcadores sociais estruturantes das relações humanas. Ao longo do estudo, manteve-se um diálogo da Ciências da Religião com a fenomenologia feminista. O método fenomenológico contribui com os estudos das religiões na medida em que propõe a ressignificação de conceitos científicos positivistas e uma superação de binarismos e hierarquias patriarcais, sem perder de vista a noção de relacionalidade como condição para a vida. A cotidianidade epistemológica é o fundamento da fenomenologia feminista e ponto de partida dessa pesquisa. Sendo assim, a pré-ocupação metodológica esteve centrada na captação da(s) relação(ões) estabelecida(s), pelas mulheres líderes, com a dimensão religiosa e a Pastoral da Criança, sobretudo, a partir de um discurso elaborado a partir de suas experiências vividas. Foram entrevistadas mulheres voluntárias da Pastoral da Criança na Arquidiocese de Aracaju/SE. Uma leitura cuidadosa das narrativas foi desenvolvida com vistas ao exame de regularidades e variabilidades conceituais e de sentido emergentes no corpus textual dos registros. A análise de discurso foi utilizada para o tracejo de interpretações possíveis acerca do fenômeno estudado. Os testemunhos ouvidos revelaram um duplo contraditório – sujeição e conquistas. O reforço da “condição” feminina, no eixo da maternidade, e, ao mesmo tempo, protagonismos concretos. Mesmo estando “presas” a um sistema de dominação patriarcal, “confinadas” a lugares tradicionais, experimentado sentimentos de culpabilidade e embebidas da virtude cristã da obediência, as líderes voluntárias assumem funções que lhes garantem a construção de uma figura protagonista, no ambiente público, especialmente na sua comunidade de origem. Além disso, elas acessam conhecimentos e relações humanas que modificam suas vidas, seus corpos, seus sentidos e suas crenças. As interpretações desenvolvidas, ao longo desse escrito, tratam-se apenas de algumas perspectivas ante uma pluralidade de possibilidades.
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ANA PAULA CHAPLIN ANDRADE
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O SIMBOLISMO DO FEMININO NA ALQUIMIA E SUA VIOLÊNCIA
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Orientador : ROMERO JUNIOR VENANCIO SILVA
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Data: 26/06/2017
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Dissertação
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Este trabalho, tomando como base as ilustrações alquímicas do Rosarium Philosophorum, um tratado alquímico publicado pela primeira vez em Frankfurt (1550), objetiva investigar e analisar as imagens do feminino e seu simbolismo na alquimia a partir da interpretação psicológica de Jung, que encontrou equivalências entre os processos místicos retratados pelos alquimistas e o que ele chamou em sua teoria de desenvolvimento da personalidade de processo de individuação. A individuação consiste na ampliação e transformação da consciência através do diálogo entre o Ego a as imagens arquetípicas oriundas do inconsciente coletivo. Este diálogo torna proeminente a tensão dos opostos presentes na psique, com a possibilidade de superação dos conflitos simbolizados por eles. Na alquimia encontramos um mito e vivência que se relaciona com essas fases de tensão, conciliação e transformação dos opostos constitucionais, sendo a mais básica representação disto a hierogamia do par feminino e masculino na alquimia. A união dos opostos no Rosarium Philosophorum expressa a busca de elaboração de conflitos presentes dentro do contexto religioso da Alquimia-Cristã. O simbolismo do feminino em nossa análise foi identificado com as noções de corpo, instintos, matéria, natureza, interioridade, em oposição ao espírito ordenador, exterior, objetivo, ascético e racionalista identificados com o masculino, aspectos que colidiram entre si na cultura ocidental.
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VINICIUS LIMA OLIVEIRA
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A RELIGIOSIDADE EM UNIVERSITÁRIOS DA GERAÇÃO Y NA CRISE DA MODERNIDADE
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Orientador : CARLOS EDUARDO BRANDAO CALVANI
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Data: 22/05/2017
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Dissertação
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O problema que orientou o desenvolvimento desse trabalho foicompreender as particularidades da religiosidade em universitários membrosda geração Y, tendo como “pano de fundo” o contexto sociocultural recente, ouseja, a modernidade contemporânea. Para investigação do problema proposto,adotamos como objeto de pesquisa 190 jovens universitários, alunos da UFS -Universidade Federal de Sergipe, com idade entre 18 e 30 anos. No que dizrespeito a metodologia, desenvolvemos pesquisa bibliográfica sobre amodernidade atual - que aqui definimos como crise da modernidade - e sobrea questão das novas gerações, com atenção especial para a geração Y. Então,num segundo momento utilizamos como ferramenta analítica a pesquisa decampo. As interpretações apresentadas nessa obra, fruto dos dados coletadose da revisão de literatura citada, sugerem que as novas gerações emambientes universitários assumem uma religiosidade sensivelmente peculiar secomparadas com gerações anteriores.
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BIANCA MAIA DE BRITTO
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AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA HOMOSSEXUALIDADE
NO ESPIRITISMO KARDECISTA: UM ESTUDO DE CASO EM ARACAJU
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Orientador : JOSE RODORVAL RAMALHO
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Data: 07/03/2017
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Dissertação
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NELSON SANTANA SANTOS
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Entre os meandros da tolerância: cristãos-novos, judeus e as especificidades da institucionalização do Judaísmo no contexto inter-religioso do Brasil holandês (1630-1654)
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Orientador : MARCOS SILVA
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Data: 21/02/2017
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Dissertação
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Este trabalho visa estabelecer um olhar (sobretudo) histórico sobre as religiosidades judaicas vivenciadas entre 1630 e 1654, na Capitania de Pernambuco, então sob o domínio político-militar dos holandeses. Trata-se de um momento sui generis em que, ainda que por um breve interregno, foi concedida a liberdade de consciência religiosa a todos – inclusive aos judeus, àquela época perseguidos nas mais variadas partes do mundo. Neste cenário diferenciado, católicos, protestantes e judeus dividiram o mesmo espaço político e jurídico. Este verdadeiro prenúncio da tolerância religiosa atraiu diversos judeus de outros países, encorajou cristãos-novos que ali viviam a reabraçar sua antiga fé e culminou com a institucionalização da primeira comunidade judaica das Américas. Com especial inflexão sobre a participação dos cristãos-novos, o foco principal da pesquisa consiste em investigar até que ponto a liberdade de consciência religiosa e o verdadeiro cadinho cultural existentes naquela região engendraram as condições necessárias para o aparecimento de (uma) vivência(s) religiosa(s) do judaísmo diferenciada(s) das ocorridas em outros contextos históricos, bem como identificar minimamente quais seriam estas eventuais especificidades.
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GILMAR ARAUJO GOMES
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JUDAISMO E LITERATURA:
A TEORIA DO AMOR DE JUDÁ ABRAVANEL (LEÃO HEBREU)
NOS DIÁLOGOS DE AMOR
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Orientador : CICERO CUNHA BEZERRA
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Data: 20/02/2017
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Dissertação
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Nascido em Lisboa em data imprecisa entre 1460 e 1470, Judá Abravanel, desde novo, como atenta seu biógrafo João Vila-Chã, se dedicou ao estudo, à contemplação e ao típico modelo de ensino e aprendizagem das destacadas famílias judaicas de sua época, ou seja, um modelo marcado por um substancial programa de estudos em que incluíam, de modo especial, herança grega e hebraica. No entanto, a primeira característica que faz diferenciar seu desenvolvimento intelectual é a condição de ter sido filho de Isaac Abravanel (1437-1508), conselheiro e tesoureiro de D. Afonso V, cujo destaque na corte portuguesa gerou desavenças contra a atuação dos judeus. A seu pai, sua personalidade muito deve; tanto em seu desempenho público, na sinagoga e na corte, quanto em orientações pessoais; seu pai lhe transmitiu a iniciação nos segredos da Cabala e nas reflexões filosóficas de autores como Aristóteles e Maimônides. Também conhecido como Leão Hebreu, o estudo da identidade histórico-religiosa de Judá Abravanel, contida na obra Diálogos de Amor, propõe uma perspectiva de errância do ser-em-exílio, ou seja, a vivência da condição humana em termos de paixão e dor, própria da mentalidade sefardita que se fortalece a partir desse período, como judeu disperso. A poética ali presente manifesta uma teoria do amor produzida com forte influência, dentre outros, de Marsilo Ficino e Jochanan Alemanno, este último um dos precursores hebraicos do humanista Pico della Mirandola, e a quem se atribui ter proporcionado o encontro entre ambos. Não somente seus Diálogos de Amor entrelaçaram as Escrituras Judaicas com o ensino de Platão, Aristóteles, os estóicos e os árabes (sobretudo Averróis e Avicena), mas também influenciaram a obra de autores posteriores como Giordano Bruno. A perspectiva neoplatônica ali presente concebe o amor como princípio universal, unindo o inferior ao superior, o universo com o seu criador; aliás, ele entende a criação como dado apriorístico, por isto “ele se entrega à refutação da tese aristotélica da eternidade do mundo” (CALAFATE, 2000). A escrita neoplatônica de Judá Abravanel oculta uma estrutura de ensino da Cabala, como aprendida dos sábios teólogos judeus, os quais teriam influenciado a filosofia de Platão, assim entende Leão Hebreu. Portanto, esse trabalho tem como objetivo geral, expor a concepção de amor de Judá Abravanel expressa em seus Diálogos de Amor, ressaltando os aspectos literários, filosóficos e religiosos que compõem essa obra.
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FERNANDO FILINTO MACHADO PINHEIRO
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A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO EM JOÃO CALVINO E SUAS CONOTAÇÕES AGOSTINIANAS: REFLEXOS NO ELÃ MISSIONÁRIO PRESBITERIANO DO BRASIL NO SÉCULO XIX.
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Orientador : NILO CESAR BATISTA DA SILVA
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Data: 20/02/2017
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Dissertação
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RESUMO: O presente trabalho pretende analisar a doutrina da predestinação dentro do calvinismo, apontando em direção ao poder que essa doutrina exerce como dogma no imaginário religioso, além de motivar os sujeitos em suas ações no elã missionário. A proposta investigativa também visa identificar elementos da teologia agostiniana na doutrina da predestinação calvinista. Desde a Reforma de João Calvino, na segunda etapa do século XVI, até a chegada da Igreja Presbiteriana do Brasil no século XIX, os crentes alcançaram por meio da doutrina da predestinação uma vocação que impulsionava a uma religiosidade própria, a se considerar um povo escolhido, “eleito” de Deus. De fato, onde essa doutrina esteve presente, gerou no coração dos “escolhidos” um sentimento de exclusividade e pertença ao sagrado. No povo eleito de Israel, na Genebra de Calvino, na Escócia de John Knox, na Nova Inglaterra dos Puritanos, ou em quaisquer lugares nos quais a doutrina da predestinação se fez presente, trouxe essa característica de pertença e/ou o sentimento de se estar no “Centro do Mundo”. Revoluções foram nutridas, reis destronados, nações reformadas, conflitos e sínodos reunidos, transformações políticas, ideológicas, religiosas, econômicas e sociais acontecidas pelo poder dessa doutrina como já lembrava Max Weber: “Mas se partirmos, como há de ocorrer aqui, deste último ponto de vista e nos indagarmos portanto sobre a significação a ser conferida a esse dogma no que tange a seus efeitos histórico-culturais, com certeza essa há de ser das mais notáveis”. Portanto, para referendar nossa análise, partiremos desde o conceito da eleição na religião judaico-cristã, transformando no termo cunhado por Paulo, perpassando em Agostinho de Hipona, até chegar em Calvino e suas exegeses ulteriores no calvinismo dos séculos XVII, XVIII e XIX e seu percurso final no Brasil, com a chegada dos Presbiterianos de Missão, com a IPB, a doutrina da predestinação ainda tem uma centralidade.
Palavras-chaves: Predestinação, Doutrina, Calvinismo, Presbiterianismo, Elã e Missões.
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PRISCILLA DA SILVA GÓES
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A perseguição inquisitorial e o Criptojudaísmo: Estudo dos processos envolvendo o sargento-mor de Sergipe Del Rey Diogo Vaz e seus familiares.
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Orientador : MARCOS SILVA
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Data: 20/02/2017
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Dissertação
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Em virtude do estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição em Portugal, em 1536, qualquer outra religião que não fosse a Católica passou a ser severamente punida. Os judeus, que já haviam sido expulsos da Espanha, sofreram antes de findar o tempo para sua saída de Portugal o batismo forçado. Tais judeus passaram a ser conhecidos como “cristãos-novos”. Com a política portuguesa de colonização da América, muitos cristãos-novos vieram para o novo continente na esperança de fugir da perseguição religiosa mais acirrada, já que na “nova” terra não havia o tribunal inquisitorial. Muitos cristãos-novos eram acusados de continuarem praticando a religião judaica clandestinamente. Tais acusações foram responsáveis por inúmeros processos em todo domínio português e espanhol. Estudaremos, portanto, o caso do cristão-novo acusado de judaizante, Diogo Vaz Penalvo, o qual, na época em que foi levado para o Tribunal da Inquisição em Lisboa, era sargento-mor em Sergipe Del Rey, juntamente com alguns processos de membros de sua família, que também estiveram sob os auspícios de tal tribunal antes dele.
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JOSÉ ANTONIO SANTOS DE OLIVEIRA
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A poesia nos salvará: uma análise teológico-existencial da obra "Miserere" de Adélia Prado
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Orientador : JOE MARCAL GONCALVES DOS SANTOS
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Data: 17/02/2017
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Dissertação
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A poética de Adélia Prado é tocada pela simplicidade, perpassa as coisas triviais do cotidiano e nos faz perceber a beleza da vida que pulsa em cada ato humano. A palavra poética é símbolo que a autora engendra para transpor, através da linguagem, o seu encontro com o mundo; através da qual nos faz perceber a verdade que está escondida na simplicidade da vida. Embora a autora, em sua escrita, mostre-se imbuída de uma fé católica, recorrendo, em seus poemas e sua prosa, a esse repertório religioso específico, o que pretendemos demonstrar nesse trabalho é que a qualidade religiosa da sua poesia não se dá estritamente pelo uso recorrente destes elementos específicos, mas em razão do modo como “poetiza” questões muito humanas. Nessa perspectiva, o filósofo e teólogo Paul Tillich nos fornece uma definição de religião como preocupação última presente em todas as esferas do espírito humano. Este conceito deriva da noção de incondicional como qualidade fundamental e paradoxal da consciência e da realização de sentido na dinâmica cultural. Fé, assim compreendida, é preocupação última enquanto atitude do espírito humano orientada à incondicionalidade de sentido, cuja expressão só é possível através da linguagem simbólica. Esta, embora participante da realidade em que está imersa, indica para além dessa imediatidade, desvelando dimensões e estruturas da realidade que, de outro modo, permaneceriam escondidas, e assim propicia a integração do ser humano consigo mesmo e com o mundo ao seu redor. O presente trabalho tem como objetivo expor o percurso que traçamos até o momento, no intuito de fazer uma análise teológico-existencial acerca de uma seleção de poemas do livro Miserere (2013) de Adélia Prado, obra na qual a autora retorna e aprofunda questões humanas tematizadas desde a sua primeira obra, Bagagem (1976). Uma poética que toca as realidades do corpo e da alma, acompanhada pela imagem de um Deus expectador do desenrolar da vida, desprovido do poder das instituições e transformando a vida humana numa extensão de sua presença viva. Paul Tillich, com seu conceito existencial de religião e com uma teologia da arte, nos fornecerá subsídios para essa aproximação analítica e hermenêutica entre religião e literatura.
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