Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS KLEYVON ARAUJO SOUZA
DATA: 19/09/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório da Didática II
TÍTULO: Modernidade e arte em Hegel
PALAVRAS-CHAVES: Modernidade. Arte. Utopia estética. Hegel.
PÁGINAS: 30
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO:
Trata-se de examinar o conceito de modernidade em Hegel, perguntando-se pelo possível papel atribuído à arte. Na concepção hegeliana, a cisão do mundo da cultura em arte, moral e ciência, sob o império da razão, cria também uma ruptura entre o passado e o futuro, assim como entre o antigo e o moderno. Com base em uma “utopia estética”, o jovem Hegel enxerga na arte a possível solução aos problemas da modernidade. Neste sentido, constitui hipótese de trabalho o papel atribuído à arte, não apenas como o de exprimir as separações modernas nas relações de vida, mas também o de indicar sua reconciliação. Para tanto, a investigação apresenta, inicialmente, duas visões acerca da modernidade em Hegel, quais sejam, a de Jürgen Habermas e a de Charles Taylor. Na perspectiva de Habermas, Hegel foi o primeiro filósofo a tratar a modernidade como problema, pois aquela tem a singularidade de procurar a todo momento certificar-se de si mesma e, ao mesmo tempo, extrair de si mesma os critérios de avaliação e conceitos, sem recorrer a um passado exemplar. Aqui também a modernidade exprime a divisão do mundo da vida, pois a sociedade civil, de um lado, aparece genuinamente como “a criação do mundo moderno” e, por outro, como “eticidade perdida em seus extremos”. Na visão de Taylor, Hegel concebe a modernidade como a época da revolução subjetiva, o que originou a nova teoria política e a nova concepção de liberdade. Taylor, neste ponto, liga a nova posição da arte à reflexão de Herder e Schiller, e não imediatamente a Hegel, mas, mesmo neste caso, ainda se trata da “utopia estética” em sentido próximo ao desenvolvido pelo jovem Hegel. Para este, é atribuição da arte apresentar a crítica da modernidade, remetendo às suas cisões, expressas nas diferenciações entre liberdade e necessidade, espírito e natureza, e ao mesmo tempo, sua reconciliação.