Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSEFA ELIENE DOS SANTOS
15/05/2024 08:52
Este trabalho discute a rebeldia dos escravos contra a violência do sistema escravista na Província de Sergipe, contrapondo-se a determinada intepretação que coloca a política paternalista que definia a sociedade escravista como benevolente e o escravo acomodado. Para análise desse universo, examinamos os autos de homicídios e tentativas de homicídio do negro e do branco no contexto das transformações sociais e penais da segunda metade do século XIX. A partir da violência registrada nestes autos, percebemos os meandros das relações sociais na conjuntura de exploração da mão de obra escrava, assim como os motivos e as diversas formas de agressões utilizadas para disciplinar e punir os cativos, como instrumento de rupturas dessa frágil relação. Da mesma forma, buscamos entender a reação violenta dos escravos como um ato de resistência ao sistema escravista. Neste corpus documental, evidencia-se o juízo de valor sobre a violência do negro, caracterizando-o como agressivos e cruéis, enquanto as agressões do branco justificada como necessária para manutenção da ordem. Tal intepretação da realidade tornou-se um legado herdado pelos descendentes de ex-escravos do pós-abolição.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19177-2d4475f08d