O som de um filme é capaz de defini-lo como documentário musical?Desde o início do trabalho fotográficode Bárbara Wagner (BW), subverteras convenções técnicas da fotografiacom o uso do flash e documentar oencontro entre o popular e o pop,entre o estético e o político sãoescolhas geradoras que demarcamsua poética e inserção no campo daarte contemporânea, com destaquepara a série fotográfica “BrasíliaTeimosa” (2005-2007). Os termos“artista como etnógrafo”, cunhado porHal Foster e “o autor como produtor”de Walter Benjamin são referenciaisteórico-conceituais importantes paraolhar a prática dessa artistabrasileira, a qual completa umadécada de trabalho em cinema com oartista alemão Benjamin de Burca(BdB). A parceria na produção defilmes e videoinstalações quedocumentam o som e à cena dacidade de Recife/PE é o recorte quea pesquisa perfaz para investigar apoética cinematográfica da dupla epropor um debate acerca do gênerodocumentário musical. Nessecontexto, para provocar um poucomais: seria o som que o define apoética?