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Banca de DEFESA: JOSILENE DE JESUS MENDONÇA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSILENE DE JESUS MENDONÇA
DATA: 24/05/2022
HORA: 09:00
LOCAL: híbrido
TÍTULO: Traços semânticos da referência à primeira pessoa do plural no português brasileiro: um estudo em tempo real
PALAVRAS-CHAVES: 1ª pessoa do plural; traços semânticos; mudança linguística.
PÁGINAS: 122
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Sociolingüística e Dialetologia
RESUMO:

No português brasileiro, a forma a gente tende a codificar referentes de primeira pessoa do plural com um valor semântico mais genérico, herança de seu traço nominal, o que a caracteriza como uma forma emergente no subsistema dos pronomes pessoais. No entanto, estudos variacionistas desenvolvidos com amostras sociolinguísticas mais recentes têm evidenciado um aumento do uso de a gente em contextos de menor abrangência referencial, sinalizando seu encaixamento semântico no quadro dos pronomes pessoais. Nossa tese é de que a gente perdeu sua restrição semântica atrelada ao valor genérico, ganhando espaço nos contextos referenciais de menor amplitude, ocasionando uma inversão no valor referencial das variantes de primeira pessoa do plural. Para defendermos essa tese, analisamos, em uma perspectiva de mudança em tempo real de curta duração, os traços semânticos das variantes nós e a gente em duas amostras sociolinguísticas, constituídas em momentos distintos (2010 e 2018) na comunidade de prática Campus Professor Alberto Carvalho, da Universidade Federal de Sergipe, situado em Itabaiana/SE. Para análise da mudança nos traços semânticos da formas de primeira pessoa do plural, consideramos as variáveis semânticas i) amplitude do referente, ii) grupo referencial, iii) referência, iv) definitude/especificidade e v) inclusão do interlocutor. Além desses cinco traços, analisamos também as frequências de uso das variantes nós e a gente em função das variáveis estilísticas sequência discursiva e tipo de assunto. O resultado da análise em tempo real das frequências de uso das variantes nós e a gente evidencia que a expressão da primeira pessoa do plural está em processo de variação estável no período de tempo analisado. A análise das ocorrências de a gente em cada marco temporal mostra que a forma está aumentando sua frequência de uso em contextos de menor amplitude, para fazer referência a indivíduos, para codificar referentes com o traço semântico definido e em situações referenciais em que o interlocutor está excluído, o que evidencia um processo de especialização em função dos traços semânticos. Os resultados em função dos contextos estilísticos mostram que a forma a gente está aumentando sua frequência de uso em contextos de sequência discursiva narrativa e com assuntos particulares, o que corrobora com a especialização apontada pelos resultados em função dos traços semânticos. Os resultados confirmam nossa tese de inversão nos traços semânticos das variantes de primeira pessoa do plural, pois as análises evidenciaram um cenário de distribuição complementar entre as formas nós e a gente em função dos contextos referenciais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1505794 - RAQUEL MEISTER KO FREITAG
Interno - 2026538 - ISABEL CRISTINA MICHELAN DE AZEVEDO
Externo ao Programa - 1544625 - LEILANE RAMOS DA SILVA
Externo à Instituição - DOROTHY BEZERRA SILVA DE BRITO
Externo à Instituição - CELIA REGINA DOS SANTOS LOPES

Notícia cadastrada em: 22/04/2022 12:36
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