Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉ LUIZ TELES RAMOS
DATA: 24/02/2023
HORA: 10:00
LOCAL: UFS SÃO CRISTÓVÃO
TÍTULO: BEM VIVER XOKÓ: UMA FORMA DE SE ENTENDER O DESENVOLVIMENTO NA TERRA INDÍGENA CAIÇARA
PALAVRAS-CHAVES: Xokós; Bem viver; desenvolvimento; comunidade.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO:
O presente trabalho surge da questão norteadora de entender como tem sido a recuperação do modo de vida dos Xokós desde a homologação da Terra Indígena Caiçara. O que se problematiza, aqui, é que de fato, os Povos Indígenas também querem se desenvolver, mas a partir dos seus próprios parâmetros culturais. Em respeito a essas especificidades, utiliza-se a categoria do Bem viver para analisar como os Xokós se desenvolvem a partir do seu próprio conceito de cultura, de modo que isso nos permita: discutir a partir da perspectiva teórica-conceitual o sentido de Bem viver Xokó por meio da literatura; compreender o significado da comunidade na constituição do Bem viver Xokó; explanar o Bem viver a partir das narrativas dos Xokós na Terra Indígena Caiçara, abordar o conceito de Bem viver como uma condição de desenvolvimento dentro da perspectiva Xokó e verificar se há influências dos não indígenas na formação do Bem viver Xokó. Essa investigação será realizada a partir da pesquisa participante, por meio da abordagem qualitativa, com método indutivo e, posteriormente, utilizando o método comparativo para expandir o alcance dos dados. As leituras que fundamentam o trabalho pautam-se na interdisciplinaridade entre os autores da libertação (Martin Baró e Paulo Freire), dos estudos decoloniais (Aníbal Quijano) e autores indígenas (Ailton Krenak, Gersem Baniwa). Espera-se, com isso, que o modo de vida dos Xokós seja mais reconhecido e valorizado pela sociedade não indígena, pelas autoridades locais e que, internamente, fortaleça a cultura dos Xokós em sua própria dinâmica, ao lhes fazerem refletir sobre a importância de se pensar coletivamente, desde o presente momento, na sucessão de liderança para a sobrevivência deles enquanto comunidade e enquanto Xokós.