Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCIA TEREZINHA JERONIMO OLIVEIRA CRUZ
DATA: 12/03/2014
HORA: 15:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO CCSA
TÍTULO: RITOS, SÍMBOLOS E PRÁTICAS FORMATIVAS: A FACULDADE DE DIREITO DE SERGIPE E SUA CULTURA ACADÊMICA (1950 – 1968)
PALAVRAS-CHAVES: Cultura Acadêmica. Faculdade de Direito de Sergipe. Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Rituais Acadêmicos. Tradições Acadêmicas na formação jurídica.
PÁGINAS: 489
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta tese investiga a formação jurídica tendo como centralidade a Faculdade de Direito de Sergipe. Busca aproximações entre a cultura desta instituição e a vivenciada na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, cujas tradições foram referenciais para os brasileiros que ali estudaram entre os séculos XVI e XIX. Fundada por um grupo de intelectuais, a Faculdade de Direito de Sergipe funcionou de forma pioneira de 1950 a 1968 quando, juntamente com outras cinco instituições isoladas de ensino superior, deu origem à Fundação Universidade Federal de Sergipe. O estudo parte do pressuposto de que o transcurso da vida acadêmica é constituído pela vivência de rituais específicos que operam a produção da diferença e da distinção socialmente relevante a partir de atos de eficácia simbólica. Para tanto, são constituídas as relações entre os agentes, assim como, definidos os modos de produção, de circulação e de consumo de objetos culturais. Defende-se a tese de que por meio de uma categoria particular denominada “cultura acadêmica”, constituída por práticas de formação, ritos e símbolos é possível realizar o estudo específico das instituições de ensino superior / universitárias. De caráter sócio-histórico, a investigação utilizou os postulados teórico-metodológicos da história cultural, conjugando de forma central as proposições de Peter Burke, Jean-François Sirinelli, Roger Chartier, Pierre Bourdieu e Carlo Ginzburg, por intermédio das categorias: tradição, intelectual, redes, representações, campo, habituse capital (cultural, social e científico). O objetivo foi apresentar, problematizar e discutir as relações estabelecidas no interior da Faculdade de Direito de Sergipe e desta com a sociedade de seu tempo, levando em conta a categoria proposta. Intenta-se, também, localizar a origem das tradições adotadas nesta instituição. De natureza qualitativa, a pesquisa foi conduzida a partir do paradigma indiciário e da abordagem da história oral, contando com o aporte de técnicas como a excursão, a entrevista, a prosopografia e a etnografia de rituais. Para isto, foi utilizado um diversificado conjunto de fontes, a exemplo de depoimentos de ex-professores e de ex-alunos colhidos no Brasil e em Portugal, textos e pesquisas acadêmicas, atas, programas, cadernetas de disciplinas, jornais diários, imprensa oficial, textos legais, periódicos científicos, mensagens do Poder Executivo ao Legislativo, quadros, álbuns de formatura e imagens diversas. O estudo está organizado em seis seções que apresentam aspectos da cultura acadêmica vivenciada em Sergipe e em Coimbra. Nelas, evidencia-se a circulação de tradições e de rituais, a utilização de símbolos, o estabelecimento de práticas de formação (de ensino, de pesquisa e de leitura), a produção e a circulação de estudos científicos, dentre outros, mediante a ação de intelectuais no campo educacional, que nele atuaram, a partir de uma ampla e densa rede de sociabilidades. Espera-se, com esta tese, contribuir para elucidar elementos da cultura acadêmica no âmbito da formação jurídica em Sergipe, assim como, adensar os estudos relativos à História do Ensino Superior desta unidade da Federação brasileira.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2176979 - ANAMARIA GONCALVES BUENO DE FREITAS
Interno - 077.362.405-82 - JORGE CARVALHO DO NASCIMENTO
Interno - 1697985 - JOSEFA ELIANA SOUZA
Externo à Instituição - RAYLANE ANDREZA DIAS NAVARRO
Externo à Instituição - UYGUACIARA VELOSO CASTELO BRANCO