Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LORENA ALMEIDA DE MELO
DATA: 31/07/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 01, Bloco F, Campus Farolândia, Universidade Tiradentes
TÍTULO: Efeitos terapêuticos do uso tópico à base do óleo essencial da Alpinia zerumbet no tratamento de pacientes com Fibromialgia
PALAVRAS-CHAVES: Fibromialgia, Alpinia zerumbet, dor, depressão, qualidade de vida, ansiedade e sono
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:
A fibromialgia é uma síndrome reumática caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada sem alterações orgânicas demonstráveis. A síndrome também é frequentemente associada com outros sintomas, tais como, fadiga, distúrbios do sono, rigidez matinal, dispnéia, depressão e ansiedade, resultando em uma baixa qualidade de saúde da vida, determinando interesse por parte pacientes na medicina alternativa como complementar terapêutica. Estudos com Alpinia zerumbet demonstraram ação relaxante muscular, antiinflamatória, antinociceptiva e ansiolítica. O objetivo geral deste estudo foi avaliar os efeitos terapêuticos do uso tópico do bioproduto à base do óleo essencial da Alpinia zerumbet, no tratamento de pacientes com a fibromialgia. Foi desenvolvido um ensaio clínico do tipo II, randômico, controlado por 8 semanas em 39 pacientes, todas do sexo feminino, com média de idade 50,8±2,44, após preencherem os critérios de inclusão para o estudo, as pacientes foram divididas em três grupos: Grupo Controle (n=10); Grupo óleo essencial da Alpinia zerumbet (n=10; 0.05 mL/7Kg); e Grupo amitriptilina (n=19; 25 mg/dia). As variáveis avaliadas foram: dor, depressão, qualidade do sono, ansiedade e qualidade de vida por meio de questionários específicos; níveis de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-6, IL-8, TNF-α, IL-2R); níveis de alguns hormônios do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (T3 total, T4 Total, IGF-1, GH, ACTH, noradrenalina, cortisol, adrenalina e dopamina), além dos níveis séricos de parâmetros bioquímicos relacionados a nocicepção (serotonina e 5-HIAA). Nos resultados o grupo tratado com OEAz nos questionários apresentaram escores significativamente menores em relação ao grupo controle para depressão, qualidade do sono e qualidade de vida (p<0,01, 0,05 e 0,01); e ansiedade entre OEAz e AMT (p<0,01). Aumento significativo nos níveis de IL-1, IL-8, e TNF-α (p <0,05, 0,01 e 0,001). Os níveis séricos de cortisol foram reduzidos significativamente (p <0,05), enquanto que os níveis de dopamina foram elevados (p <0,05). Não houve diferença nos níveis séricos de T3 total, T4 total, IGF-1, GH, ACTH e noradrenalina; nos níveis séricos de IL-6 e IL- 2R; e nos sintomas de dor, independentemente da modalidade de tratamento (p> 0,05). Houve correlação positiva entre o aumento dos níveis séricos de serotonina e melhora na qualidade do sono (r = 0,734, p = 0,038); e correlação negativa entre cortisol e qualidade de vida (r = 0,5; p = 0,04) no grupo tratado com EOAz. Conclui-se que o EOAz melhora significativa no sono, sintomas depressivos e qualidade de vida, além de alguns níveis séricos clínicos nas fibromiálgicas.