Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEANDRO CAVALCANTI REIS
DATA: 04/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Por videoconferência
TÍTULO: A Funcionalidade das Certificações Agrícola no Processo de Acumulação do Capital
PALAVRAS-CHAVES: Certificações agrícolas; Capital; Estado; Renda da terra.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:
O Vale do Submédio São Francisco com destaque aos municípios de Petrolina-PE e Juazeiro-BA é um importante polo da fruticultura irrigada sendo que a maior parcela da produção é voltada para a exportação, um dos pré-requisitos para as empresas do agronegócio alcançarem esses mercados é deter uma serie de certificações agrícolas sob a justificativa que somente os selos podem garantir o controle da produção, a segurança alimentar, padrões fitossanitários e a sustentabilidade. A ideia de “Qualidade e Desenvolvimento” construída por essas narrativas tem ganhado força em diversos grupos (movimentos sociais; partidos políticos; intelectuais, inclusive geógrafos) e, faz parte das políticas de Estado. Na presente qualificação de Tese de Doutorado propomos analisar a funcionalidade das certificações agrícolas no processo de acumulação do capital, através da realidade do polo frutícola Petrolina/Juazeiro. Para alcançar os objetivos traçados o estudo está fundamentado nos pressupostos teórico-metodológicos do materialismo histórico-dialético, que garante a análise da realidade em sua totalidade. Neste sentido, foram desenvolvidas leituras teóricas reflexivas sobre a monopolização e a territorialização do capital no campo, a funcionalidade do Estado para o capital e as certificações agrícolas no contexto da mundialização do capital. Até o presente momento podemos observar que ao usarem do discurso da “qualidade” da “segurança” da “sustentabilidade” as empresas que detém as certificações fazem como mecanismo de controle para monopolizar o território, tendo em vista que as grandes empresas do agronegócio controlam o uso das certificações, subordinando o “pequeno produtor”, resultando na extração da renda da terra.