Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELAYNNE MIRELE SABINO DE FRANÇA
DATA: 25/02/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Por VIDEOCONFERÊNCIA (Portaria nº 247 de março de 2020)
TÍTULO: SAVANIZAÇÃO ANTRÓPICA DE AMBIENTES NO SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO
PALAVRAS-CHAVES: Paisagem. Bioclimatologia. Derivações antropogênicas. Savanização.
PÁGINAS: 79
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:
No semiárido do nordeste brasileiro a organização socioespacial esteve, historicamente, condicionada ao quadro climático. Contudo o acesso a técnicas possibilitou meio para lidar com aquela circunstância, apesar de não ser solução, e desenvolvimento de atividades de subsistência e econômica. A questão se torna complexa quando esse modo de vida é intensificado de tal forma que começa a influenciar negativamente no quadro biofísico e, por consequência, social. Ações de desmatamento e queimadas associadas a períodos de seca mais intenso e frequente tem sido, em teoria, gatilhos para configuração da chamada savanização. Ela apreendida, em geral, como a mudança de áreas florestadas por extensões de campos predominantes de fitofisionomias em herbáceas com ou sem a presença arbóreas e arbustivas. Tal (re)ordenamento produz interferência em processos biogeoquímicos e hábitos biossociais, além da descaracterização de domínios fitogeográficos. Isto vem sendo evidenciado em municípios do semiárido, em destaque Garanhuns e Venturosa, diante da repercussão das derivações antropogênicas, por meio da expansão urbana e agropecuária, na estrutura e funcionamento ambiental. Dentro do contexto a presente pesquisa tem por objetivo analisar as interações bioclimatológica e antrópica enquanto gatilhos para modificação e/ou intensificação de processo de savanização no semiárido pernambucano. Nesse sentido, toma-se como aporte teórico-metodológico a abordagem sistêmica, pois constitui elemento para análise da complexidade da paisagem. Até porque a tônica em estudos integrados permite o conhecimento interdependente de fatores, processos e impactos. Tendo, ainda, como meio de orientação as dimensões estrutural e antropogênica. Para isso, lançamos mão do levantamento bibliográfico acerca da temática, organização de dados secundários disponibilizados por órgão responsáveis pela disseminação de informações físico-naturais e uso de técnicas do geoprocessamento. Além disso, o processamento digital e elaboração de dados primários com auxílio das geotecnologias e realização de atividade de campo. Sendo assim, almeja-se compreender a dinâmica bioclimática e antrópica da paisagem a partir de condicionantes geográficos responsáveis pela conversão da floresta seca-subúmida e transformação espacial.