Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DENIZE DOS SANTOS PONTES
DATA: 20/10/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Por VIDEOCONFERÊNCIA (Portaria nº 247 de março de 2020)
TÍTULO: ENTRE SECAS E CARÊNCIAS: DEMANDAS COTIDIANAS DE ÁGUA NA SUB BACIA DO RIACHO DO SERTÃO-ALAGOAS
PALAVRAS-CHAVES: Semiárido. Bacia Hidrográfica. Apropriação dos Recursos Hídricos. Governança das águas.
PÁGINAS: 176
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:
A especificidade do semiárido e suas dinâmicas refletidas em elementos, físicos, bióticos (animais e vegetais) e na ocupação humana, resultam uma paisagem única do Nordeste brasileiro. As concepções de ocupação foram de dominação da natureza, buscando atender as demandas de uma sociedade cuja apropriação é intensa e degradante. Nesse contexto definiu-se como objetivo geral analisar a sub bacia hidrográfica do riacho do Sertão na perspectiva socioambiental. Entendemos as carências de água e as necessidades básicas de abastecimento e de reprodução das atividades econômicas, urbanas e rurais. As discussões desse trabalho foram pautadas na proposta teórico-metodológica sistêmica, que traz uma abordagem articulada e complexa, ao inserir os sistemas físicos, estruturas e funcionamentos, engrandecidos pelas relações de apropriação e de poder do ser humano. Ele constrói, modela e remodela, influenciado pela oferta, pela demanda e pela cultura. A delimitação da sub bacia hidrográfica do Riacho do Sertão no semiárido alagoano, afluente do rio Traipu, constituinte da bacia hidrográfica do Rio São Francisco, referenda o movimento das águas nos sistemas ambientais, inclusive no armazenamento de água para consumo. Como procedimentos e instrumentos, a pesquisa bibliográfica e de dados secundários permitiram o entendimento das informações relevantes do local, assim como se deu com o trabalho de campo, onde o empírico enaltece os dados e a nova configuração do semiárido alagoano. O trabalho de campo permitiu o registro fotográfico, coleta de coordenadas e o contato com a área de estudo, possibilitando entender as dinâmicas que vão além das condicionantes do semiárido. A presença de açudes de médio porte na área é resultado do contexto histórico, das políticas públicas do semiárido, onde o combate a um fenômeno climático norteava todas as ações. Outras opções são ofertadas pelas necessidades da população que buscam nos pequenos barramentos alternativas para o acúmulo de água, de acordo com o conhecimento e as possiblidades de recursos financeiros de cada um. Reservatórios como as cisternas e demais tecnologias sociais presentes tornam o acesso aos recursos hídricos uma realidade. Chegar a essa conjuntura onde o consumo humano é atendido, mesmo nos períodos de maior seca significa compreender e tornar possível se conviver com o semiárido e diminuir suas carências. É uma tentativa de solução para uma questão secular, mas que se agrava com as demandas antropogênicas.