Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAMILE OLIVEIRA RODRIGUES
DATA: 15/05/2013
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório da Pós-Graduação, Didática II, Andar Superior
TÍTULO:
Da energia que se planta à sujeição camponesa: o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel e seus rebatimentos no Alto Sertão Sergipano
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, agrocombustíveis, monopolização do território, reprodução social camponesa.
A pesquisa intitulada “Da energia que se planta à sujeição camponesa: o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel e seus rebatimentos no Alto Sertão Sergipano”, analisa as contradições do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) no espaço agrário do Alto Sertão Sergipano e seus rebatimentos na unidade de produção camponesa. O estudo recuperou o debate acerca da descoberta do petróleo como um rico potencial energético na 2ª Revolução Industrial, e posteriormente, o aumento do consumo pelas atividades econômicas, que trouxe à tona um contexto de escassez desse recurso, responsável por impor uma revisão da matriz energética mundial. A situação de demanda por nova matriz energética se coloca ao lado da elaboração de um novo paradigma de desenvolvimento que sugere o uso racional e sustentável dos recursos da natureza. Nesse panorama, a continuidade do modelo de produção depende da criação dessa nova matriz, e o Brasil, criou vários programas para atender a produção de energia, principalmente, a partir de agrocombustíveis, cujas trajetórias trouxeram transformações no espaço rural brasileiro. Em Sergipe, o PNPB vem sendo introduzido no campo desde 2007, apresentando como objetivo a produção de diesel a partir do cultivo do girassol e destacando-se pela promessa de trazer benefícios econômicos, sociais e ambientais. Na realidade estudada, o PNPB expressa a sua importância no contexto em que nenhuma mudança estrutural é apontada para erradicar definitivamente a pobreza no campo. Na área de estudo, observou-se um programa que ao se espacializar, aprofundou a vulnerabilidade do camponês às diretrizes do mercado, à medida em que a produção de oleaginosas se realiza sob o comando de um agente externo, atendendo ao momento atual das relações capitalistas.