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MARCUS VALERIUS DA SILVA PEIXOTO
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EPIDEMIOLOGIA DA PARALISIA CEREBRAL EM CRIAÇAS E ADOLESCENTES E ASSOCIAÇÃO COM A VULNERABILIDADE EM SAÚDE.
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Orientador : MARCO ANTONIO PRADO NUNES
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Data: 18/12/2018
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Tese
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A Paralisia Cerebral (PC) é a principal causa de incapacidade física na infância, no entanto muitos aspectos da PC ainda são inconclusivos e merecem maiores esclarecimentos. A associação da PC com áreas de vulnerabilidade pode ser considerada uma lacuna do conhecimento. Não foram encontrados estudos epidemiológicos populacionais e sistemas de informação sobre a PC no Brasil. Objetivo: Analisar as características epidemiológicas da Paralisia Cerebral em crianças e adolescentes e a associação com a vulnerabilidade em saúde. Métodos: O estudo foi dividido em cinco etapas que envolveram quatro desenhos de pesquisa epidemiológica e uma produção tecnológica. A primeira etapa foi um estudo do tipo metodológico de construção e validação de um indicador sintético de vulnerabilidade em saúde (IVSaúde). Na segunda etapa, foi realizado um estudo epidemiológico do tipo transversal mediante um inquérito na atenção primária sobre a PC em crianças e adolescentes na cidade de Aracaju. Na terceira etapa, foi realizado um estudo ecológico com análise espacial da PC com dados produzidos a partir do inquérito e acrescidos de dados secundários. Na quarta etapa, foi realizado um estudo caso-controle com informações do pré-natal e do nascimento dos casos e controles colhidas nos registros do Sistema de Informações de Nascidos Vivos do Ministério da Saúde do Brasil (SINASC). A quinta etapa constou da produção de um Sistema de Informação para o Monitoramento Epidemiológico da Paralisia Cerebral. Foram utilizadas análises descritivas, análise de componentes principais, análise exploratória de dados espaciais, regressão linear múltipla e regressão logística múltipla. Resultados: Foi obtido consenso para a composição do indicador sintético de vulnerabilidade, validação estatística e aplicabilidade no território de Aracaju. A prevalência da PC entre crianças e adolescentes em Aracaju foi de 1,64/1000, com maior frequência no sexo masculino (56,25%), raça/cor parda ou preta (67,50%), subtipo mais comum bilateral espástica (45,42%), com maior acometimento das comorbidades de epilepsia (48,33%) e da deficiência intelectual (30%). Cinquenta e oito por cento das famílias têm renda familiar de até 1 salário mínimo. Foram encontradas associações da prevalência da PC com áreas de vulnerabilidade em saúde. Os fatores associados foram o baixo peso ao nascer, prematuridade, baixo escore de Apgar, idade materna avançada e anomalias congênitas. O sistema de informação para o registro da PC atendeu as necessidades de armazenamento, banco de dados, interface intuitiva, layout simples, acesso com diferentes níveis e geração de relatórios.Conclusão:A paralisia cerebral em crianças e adolescentes em Aracaju apresenta como característica o subtipo bilateral espástica, prevalência baixa, apesar das disparidades dentro da cidade, maior frequência nos grupos de minorias sociais de raça/cor parda ou preta e nas famílias que vivem na linha da extrema pobreza. A prevalência da PC está associada com as iniquidades sociais contextuais e possui relação de dependência espacial com as áreas de maior vulnerabilidade em saúde. Os fatores de risco encontrados mais importantes foram anomalias congênitas, baixos escores de Apgar, baixo peso ao nascer e prematuridade. O sistema de informação no modelo de sala de situação pode ser considerado de grande porte pela quantidade de informações disponíveis que se aplicam para pesquisa, vigilância, planejamento e avaliação de serviços para a PC.
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CATARINA ANDRADE GARCEZ CAJUEIRO
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Proposta de tratamento fisioterapêutico para indivíduos com a doença de Charcot-Marie-Tooth tipo 1: elaboração e aplicação de um protocolo.
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Orientador : ADRIANO ANTUNES DE SOUZA ARAUJO
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Data: 17/12/2018
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Tese
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A doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT) é uma polineuropatia hereditária que acomete fibras sensitivas e motoras e tem uma prevalência de 1:2500. As principais manifestações clínicas são atrofia e fraqueza muscular associada a redução da sensibilidade, perda dos reflexos tendinosos e comprometimento da propriocepção. As duas formas mais frequentes são CMT1, desmielinizante e CMT2, causada por degeneração axonal. Os dados da literatura indicam que indivíduos com doença de CMT apresentam comprometimento da força, da amplitude articular, do equilíbrio e da funcionalidade. O objetivo deste estudo foi desenvolver um protocolo de tratamento fisioterapêutico específico para indivíduos com a doença de Charcot-Marie-Tooth tipo 1. Material e Métodos: Foi realizado um ensaio clínico piloto, aberto, quase-experimental, por meio da anamnese, avaliação cinético-funcional e aplicação de um protocolo experimental de intervenção fisioterapêutica (PECMT) em indivíduos com a doença CMT1 pertencentes a uma mesma família no município de Pedrinhas/Sergipe/Brasil. A amostra foi composta por sete indivíduos adultos com CMT1, durante 24 sessões de fisioterapia. Após a aplicação do programa PECMT, os pacientes passaram a ser orientados para a realização de um programa domiciliar de exercícios orientados (PDCMT). Todos os pacientes foram avaliados em um momento inicial (AV1), na 8º semana quando encerrou o PECMT (AV2) e após seis meses do término do tratamento domiciliar (PDCMT) (AV3). A força muscular foi avaliada através de um dinamômetro manual, a amplitude de movimento do tornozelo foi mensurada através do flexímetro, o equilíbrio através do estabilômetro footwork e da escala de equilíbrio de Berg. A avaliação funcional foi mensurada pelo teste Timed Up Go (TUG). Resultados: Houve diferença estatisticamente significativa entre a AV1 e AV2 para força em todos os músculos do tornozelo (dorsiflexores: p = 0.0004, flexores plantares: p = 0, 0138, inversores: p= 0,0070, eversores: p= 0,0048); flexores de joelho (p= 0,0062), extensores (0,0061) e abdutores (p=0,0254) do quadril; para os parâmetros VCoP (Velocidade do Centro de Oscilação de pressão) da estabilometria, no sentido ântero- posterior para olhos abertos e fechados respectivamente (p=0,1990; p=0,1990, p=0,045, p=0,374); para o teste de Berg (p=0,0216) e TUG (p= 0,0090). Em relação ao PDCMT, o TUG (p= 0,0140) apresentou um aumento do tempo de execução do teste quando comparado ao PECMT. A escala de equilíbrio de Berg (p= 0,0544) apresentou uma manutenção do equilíbrio quando comparada ao PECMT. Conclusão: os indivíduos com CMT1 submetidos a um programa específico de fisioterapia, demonstraram ganhos significativos da força muscular, amplitude de movimento da articulação do tornozelo e melhor desempenho nos testes funcionais. Os exercícios domiciliares orientados não apresentam a mesma eficácia como aqueles que são realizados sob a supervisão de profissional.
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CRISTIANO DE QUEIROZ MENDONÇA
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Alterações Oftalmológicas Em Pacientes Pediátricos Com Leucemia Linfoblástica Aguda
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Orientador : ROSANA CIPOLOTTI
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Data: 14/12/2018
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Tese
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Introdução: Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é o câncer mais comumente encontrado entre os jovens, responsável por 26% dos casos de câncer infantil, com taxa de sobrevida de doença de 90% em cinco anos. As manifestações oculares (MO) decorrentes das LLAs podem estar relacionadas à infiltração direta do olho e da órbita pelas células neoplásicas, serem secundárias às anormalidades vasculares tumor-induzida ou a medicações usadas no tratamento como quimioterápicos e glicocorticoides (GC). Por ser doença oncológica com alto potencial de cura, em indivíduos jovens com elevada expectativa de vida, a identificação de eventuais complicações de longo prazo decorrentes do tratamento poderá subsidiar o delineamento de um protocolo oftalmológico para esses casos. Objetivo: Caracterizar as MO em pacientes pediátricos em tratamento para LLA e avaliar se estão associados a fatores de risco preditivos para recaída, com os protocolos (1999 ou 2009), gênero e infiltração liquórica. Métodos: Realizado estudo de coorte prospectivo em crianças e adolescentes com LLA, de janeiro de 2013 a dezembro de 2017, seguido de revisão sistemática associando pacientes pediátricos em tratamento para LLA e hipertensão ocular (HO), devido a HO ser a MO mais prevalente. No estudo da coorte os pacientes foram submetidos a avaliações oftalmológicas antes do início do tratamento (D0), no oitavo dia (D8), no 28º dia (D28) e aos seis meses (D6 meses). A HO foi considerada em resultados acima de 21 mmHg. Medidas de acuidade visual (AV) <20/40 foram consideradas como baixa visão (BAV). Resultados: Os resultados da coorte envolveram 55 pacientes e destes, 33% apresentaram MO. As principais foram HO (20%) , hemorragia retiniana (7,3%) e BAV (7,3%). Forte associação foi encontrada entre pacientes com MO e alto risco de recaída (p = 0,035, Cramer V = 0,31) e os que usaram o protocolo de 1999 (p = 0,022, Cramer V = 0,32). O risco de MO em pacientes do protocolo de 1999 foi de 1.799 (IC = 1.154-2.804), enquanto naqueles com alto risco de recaída foi de 1.647 (IC = 1.111-2.442). Os resultados da revisão sistemática limitou-se a um total de quatro publicações sendo dois de relatos de casos individuais, um relato de cinco pacientes e outro descritivo prospectivo com doze pacientes, com resultados variando de total controle da pressão ocular e conservação da AV, até cegueira irreversível. Conclusão: Pacientes pediátricos com LLA têm uma alta incidência de MO devido ao tratamento e à própria doença, podendo serem assintomáticos e até evoluírem com BAV. Aqueles submetidos ao protocolo de 1999 e com alto risco de recaída são os mais propensos a apresentar MO e essas variáveis estão fortemente associadas. A HO é a MO mais prevalente. Poucos estudos foram encontrados correlacionando crianças com LLA e HO, com resultados variando de HO silenciosa sem alterações visuais até cegueira irreversível. Portanto, é proposto um protocolo que contemple exame oftalmológico sistemático com a medida da PIO imediatamente após o diagnóstico de LLA (D0) e, posteriormente, em D8, D28 e D6meses.
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SAVIL COSTA VAEZ
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EFEITO DA APLICAÇÃO TÓPICA DE DIPIRONA GEL NA REDUÇÃO DA
SENSIBILIDADE DENTAL CAUSADA PELO CLAREAMENTO DE
CONSULTÓRIO: ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO, CONTROLADO, TRIPLO
CEGO E MULTICÊNTRICO.
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Orientador : ANDRE LUIS FARIA E SILVA
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Data: 30/11/2018
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Tese
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Introdução: Apesar de apresentar efetividade clínica na obtenção de cor satisfatória,a sensibilidade dentária (SD) é comumente reportada pelos pacientes durante eapós o clareamento de consultório. Assim, este estudo avaliou a efetividade do usoda dipirona sódica tópica em comparação com um placebo no risco e intensidade deSD decorrente do clareamento dental. Método: Este foi um ensaio clínicorandomizado, controlado, triplo-cego, com desenho de boca repartida, com 120participantes alocados em três centros de pesquisa. Os participantes receberamaplicação tópica de um gel dipirona e placebo (um tratamento em cada lado do arcosuperior) 10 minutos antes da aplicação de peróxido de hidrogênio a 35% (duassessões clínicas) por 45 minutos (3 x 15 minutos). A SD foi registrada em duasescalas de dor: Escala Visual Analógica - EVA (0-10cm) e Escala verbal (0-4)durante e até 48 horas após os procedimentos de clareamento. A avaliação dasmudanças de cor dos dentes foi realizada um mês após a última sessão declareamento com duas escalas visuais (Vita Classical e Vita Bleachedguide 3DMaster)e um espectrofotômetro portátil (Easyshade). Para a escala verbal, dados derisco e nível de SD foram analisados pelos testes de McNemar e Wilcoxon,respectivamente. Dados da escala EVA foram submetidos a ANOVA de um fator eteste T, que também foi usado para comparar as mudanças de cor entre ostratamentos (α = 0,05). Resultados: O uso da dipirona não afetou o risco asensibilidade (p= 0,92). Não houve diferença significativa quanto à intensidade daSD em todos os tempos de avaliação, exceto em uma hora pós-clareamento naescala verbal (p = 0,02). Observou-se efeito clareador de aproximadamente quatrounidades nas escalas de cor, e um ΔE de aproximadamente seis unidades,independente do tratamento prévio. Conclusão: O uso tópico preemptivo dedipirona não alterou risco e a intensidade da SD induzida pelo clareamento dental deconsultório.
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JULIO CESAR SANTANA ALVES
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REPERCUSSÕES DO HIPOTIREOIDISMO GESTACIONAL EXPERIMENTAL NO EQUILÍBRIO HIDROSSALINO DA PROLE DE RATAS.
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Orientador : DANIEL BADAUE PASSOS JUNIOR
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Data: 22/11/2018
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Tese
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As alterações das concentrações de hormônios tireoidianos maternos podem afetar o adequado desenvolvimento das proles. No entanto, a compreensão a cerca das repercussões desta condição ainda são pouco exploradas. Adicionado a isto, estudo anterior detectou a hipertensão espontânea em proles de ratas utilizando o mesmo protocolo experimental. Contudo, o distúrbio relatado pode ser resultante da atuação de certos mecanismo ligados ao balanço hidrossalino reprogramados pela condição tireoidiana materna. Neste sentido, o presente estudo objetivou investigar as repercussões do hipotireoidismo gestacional experimental (HGE) materno nos sistemas biológicos responsáveis pela homeostase dos fluidos corporais. O HGE foi induzido pela adição do Metimazol (MTZ) a 0,02% na água de beber a partir do nono dia de gestação (9ºDG) até o parto. Os machos da prole foram subdivididos em: prole de ratas eutireoideas (PRE), hipotireoideas (PRH) e eutireoideanas por adição de tiroxina (T4) (PRT4); estes foram submetidos à avaliação basal e após a sobrecarga salina (NaCl 2%), do equilíbrio hidromineral e da pressão arterial com idades a partir de 60 e 90 dias pós-natal (DPN) por meio de gaiola metabólica e pletismografia de cauda respectivamente. Ademais, foi realizada a dosagem dos eletrólitos (Na+ e K+) séricos e urinário, mensuração do percentual de hematócrito, avaliação morfológica do coração e dos rins, além da avaliação de parâmetros pressóricos. Os resultados obtidos foram expressos em valores de média ± erro padrão da média. Para comparação dos dados entre os grupos foi realizado ANOVA two-way de medidas repetidas e pós-teste de Bonferroni. O nível crítico fixado foi de 5% (P<0,05). Após análise dos dados foi possível observar que a PRH apresentou menor massa corporal nas duas idades (60 e 90 DPN) (p<0,01), maior ingestão de salina (NaCl 2%) comparada a ingestão de água, maior diurese e natriurese, hiper e hiponatremia em condições basal e com sobrecarga salina respectivamente e por fim alterações dos parâmetros pressóricos (PAS, PAD e PAM) em condições basais (Hipertensão) e após desafio hiperosmótico (hipotensão). Diante do exposto, conclui-se que o HGE pode ter determinado uma reprogramação das respostas fisiológicas ao desbalanço hidrossalino provocado por sobrecarga de sódio nas idades estudadas.
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IVANI RODRIGUES GLASS
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Características hemodinâmicas cerebrais não invasivas em indivíduos com Doença de Chagas crônica do município de Umbaúba, Estado de Sergipe.
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Orientador : ANGELA MARIA DA SILVA
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Data: 20/09/2018
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Tese
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A doença de Chagas é endêmica numa região que abrange desde o México até a Argentina. No Brasil, atualmente predominam os casos crônicos com aproximadamente dois milhões de indivíduos infectados. O acometimento do sistema nervosa central, desencadeando acidente vascular cerebral (AVC) nos indivíduos chagásicos com miocardiopatia tem ocorrido em alta incidência, geralmente em decorrência de êmbolos cardíacos originados de aneurisma apical, trombos murais e fibrilação atrial. O doppler transcraniano (DTC) é um exame de grande importância para detectar microêmbolos na circulação intracraniana e determinar as velocidades de fluxo das artérias cerebrais. Este estudo tem por objetivo avaliar a hemodinâmica cerebral nos indivíduos com diagnóstico sorológico para doença de Chagas (DC) por meio do Doppler Transcraniano nas diversas formas crônicas da doença. Foi realizado um estudo transversal em doze povoados do município de Umbaúba, onde 617 indivíduos responderam a um questionário sobre as condições sócio epidemiológicas e foi coletado amostra de sangue para realização de sorologia para Tripanosoma cruzi. Houve uma prevalência de 12,1% (75/617) de soropositividade para DC. Desses indivíduos soropositivos, 71 foram submetidos ao exame clínico e realização de eletrocardiograma, ecocardiograma, radiografia de tórax e radiografia contrastada de esôfago e cólon para determinar a forma clínica da DC. Para a realização do DTC, participaram 96 indivíduos, 59 soropositivos para DC e 37 soronegativos. Esses indivíduos tiveram uma média de idade de 54± 11 anos e sexo feminino em 62.5%. Dentre as formas clínicas crônicas da DC, 22 indivíduos estavam na forma indeterminada, 17 cardíaca, 16 cardiodigestiva e 4 digestiva. Os valores da velocidade média da artéria cerebral média (VMACM) e do índice de pulsatilidade não apresentaram alteração nos indivíduos examinados. Correlacionando a velocidade média da artéria cerebral média com a idade e as formas clínicas da doença de Chagas e o controle, foi observado que nas formas cardíaca, indeterminada e controle houve redução da VMACM com o aumento da idade de maneira semelhante. Entretanto com as formas cardiodigestiva e digestiva ocorreu o contrário, elevação da VMACM com o aumento da idade. Não foram evidenciados sinais de microêmbolos. O presente estudo não demonstrou alteração da hemodinâmica cerebral entre as formas crônicas clínicas e o controle, provavelmente em decorrência dos indivíduos com DC estarem numa fase controlada da doença, não apresentando durante a pesquisa sintomas ou sinais cardíacos.
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CÁSSIA DE MATOS ARAUJO MENEZES NASCIMENTO
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INGESTÃO DIETÉTICA DE PROTEÍNA E RISCO DE DIABETES TIPO 2 EM CRIANÇAS ESCOLARES. CASSIA DE MATOS ARAUJO MENEZES NASCIMENTO.
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Orientador : RICARDO QUEIROZ GURGEL
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Data: 31/08/2018
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Dissertação
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Objetivo: Intervenções dietéticas são tidas como as mais efetivas para a prevenção e tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Entretanto, não há estudos suficientes relacionados ao efeito específico da composição dietética de macronutrientes na prevenção do DM2 em crianças. Método: Estudo transversal com objetivo de avaliar a associação entre o consumo de energia e macronutrientes com o risco de diabetes em escolares. O risco de diabetes foi avaliado pela dosagem de hemoglobina glicada (HbA1c) e pelo HOMA-IR. Foi aplicado Recordatório Alimentar de 24 h em três dias não consecutivos para avaliação do consumo de energia e macronutrientes. Foram calculadas Razões de Prevalências por meio de Regressão de Poisson e construída a curva ROC para o consumo de proteína (g) por quilo (kg) de peso corporal em relação ao risco de diabetes. Resultados: Foram avaliadas 176 crianças com 9 a 12 anos de idade. Foi observada prevalência de 14,8% de pré-diabetes, de 17,6% de resistência insulínica e 29,5% de excesso de peso corporal. Nenhuma criança avaliada apresentou consumo excessivo de calorias. Todas as crianças apresentaram consumo calórico proveniente das proteínas dentro da recomendação. Na análise multivariada, o aumento em 1% no consumo calórico proveniente de proteínas reduz em 13% o risco de alteração na HbA1c e/ou no HOMA-IR, independentemente da adequação da massa corporal. O consumo de proteína entre 1,58 e 1,63 g/Kg/dia apresentou menor risco de diabetes. Conclusão: O maior consumo proteico em situação de padrão dietético balanceado em macronutrientes, determinou menor risco de diabetes em crianças, independente da adequação do peso corporal.
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DAYA DEVI SOUZA DE OLIVEIRA
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Análise dos fatores de risco para a mortalidade neonatal precoce em Sergipe: estudo de
linkage
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Orientador : MARCO ANTONIO PRADO NUNES
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Data: 30/08/2018
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Dissertação
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Introdução: Avaliar os indicadores de mortalidade infantil de uma população éfundamental para subsidiar o planejamento de ações resolutivas para posteriorqualificação dos serviços obstétricos e neonatais ofertados, dimensionando comexatidão as necessidades mais urgentes de intervenção. Neste sentido esta pesquisaprocurou estudar as variáveis mais condicionantes da mortalidade infantil registradasnos Sistemas de Informação sob Mortalidade (SIM) e de Nascidos Vivos (SINASC), derecém-nascidos que foram a óbito até o sexto dia de vida, considerados neonataisprecoces. Objetivos: Investigar os fatores relacionados com a mortalidade neonatalprecoce em relação aos nascidos vivos que sobreviveram até o sexto dia de vida, emSergipe, no período de 2011 a 2016, a partir do cruzamento (linkage) dos bancos doSIM e SINASC. Metodologia: Uma coorte retrospectiva utilizando-se dadossecundários registrados no SIM e SINASC, onde foi realizado um linkage entre os doisbancos de dados. Análise dos dados: Para a extração dos dados foi utilizado o pacote“read.dbc” (Petruzalek, 2016) do programa R versão 3.5.0 (R Core Team, 2018) quetambém foi utilizado para a análise. A análise descritiva foi realizada através dasfrequências absolutas e relativas no caso das variáveis categóricas e medidas detendência central e variabilidade para as variáveis numéricas. Para avaliação dainfluência dos fatores de exposição sobre a ocorrência do desfecho foi utilizado riscorelativo. Resultados: Esta pesquisa trabalhou com a amostra de 1708 óbitos neonataisprecoces, relacionando suas variáveis correspondentes com às dos nascidos vivossobreviventes até o sexto dia de vida. Ao todo foram 205.042 nascidos vivos entre operíodo de 2011 e 2016, destes, 203.334 sobreviveram até o sexto dia de vida e 1708foram a óbito, correspondendo a 0,8%. Das variáveis analisadas, às correspondentes araça parda/negro e situação conjugal classificada em ter um companheiro, nãoapresentaram muito risco, sexo: RR=1,25 para o sexo masculino; escolaridade menorque 11 e 7 anos de estudo: RR=1,01, analfabeta: RR=1,25. O pré-natal adequadoapresentou fator de risco pouco expressivo também (1,13). As variáveis queapresentaram maior risco relativo (RR) foram a idade gestacional menor que 32semanas (muito pré-termo) com 82,01; o APGAR do 5º minuto menor que 7 (anormal)obteve RR de 80,72; o peso ao nascer menor que 1500g (muito baixo) foi de 107,95 eanomalia congênita com RR de 17,36. Conclusão: As variáveis sociodemográficas nãoapresentaram muito risco. O pré-natal adequado apresentou fator de risco poucoexpressivo também. As variáveis que apresentaram maior risco relativo (RR) foram àidade gestacional menor que 32 semanas (muito pré-termo); o APGAR do 5º minutomenor que 7; o peso ao nascer menor que 1500g (muito baixo) e a presença demalformação congênita.
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JOSÉ VALTER COSTA OLIVEIRA
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Não adesão à terapêutica anti-hipertensiva na atenção primária à saúde: fatores associados e Representações Sociais das pessoas acometidas pela doença.
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Orientador : KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA
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Data: 29/08/2018
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Dissertação
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Objetivo: Investigar os fatores associados à não adesão à terapêutica e conhecer as representações sociais de pessoas acometidas pela hipertensão arterial sistêmica (HAS) sobre o tratamento da doença. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo analítico, transversal, com associação das abordagens quantitativa e qualitativa. A amostra quantitativa incluiu 472 usuários da Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Aracaju/SE. A coleta de dados foi realizada entre agosto de 2017 e março de 2018, por meio da aferição de medidas antropométricas, pressão arterial e aplicação de formulário estruturado com questões de caracterização socioeconômica, demográfica, consumo alimentar, determinantes de saúde, componentes da terapêutica e autoavaliações de saúde e alimentação. A amostra qualitativa foi uma subamostra da quantitativa constituída por 32 protagonistas sociais. A técnica de pesquisa adotada foi a entrevista semiestruturada, analisada pelo método de Análise de Conteúdo e interpretada pela Teoria das Representações Sociais. Resultados: Os resultados mostraram uma frequência de não adesão ao tratamento farmacológico de 71,8% e um descontrole pressórico de 68% da amostra. A não adesão à terapêutica farmacológica esteve associada (p<0,05) aos usuários adultos, maior ingestão de sódio, excesso de peso, circunferência da cintura (CC) elevada, menor número de medicamentos prescritos, não seguir a prescrição corretamente, não comparecer às consultas de retorno, utilizar remédios caseiros e ter avaliação negativa da saúde e alimentação. Enquanto que, o baixo grau de instrução, maior consumo de açúcar, peso elevado, CC de risco e maior tempo de diagnóstico estiveram associados (p<0,05) ao descontrole da pressão arterial. Nos achados qualitativos, a utilização de medicamentos emergiu como principal componente da representação social (RS) na terapêutica anti-hipertensiva. As medidas de estilo de vida predominantes nos discursos foram alimentação e atividade física. Porém, as falas mostravam resistência quanto ao seguimento destas medidas, devido a questões inerentes aos próprios usuários, ou externas a eles como fatores socioeconômicos, relacionados à doença, ao tratamento e ao sistema e equipe de saúde. Conclusão: A educação em saúde pode ser um caminho para o estímulo à adesão do tratamento anti-hipertensivo, dada a relevância da influência dos componentes da RS na adesão terapêutica e controle dos níveis pressóricos.
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MÁRCIA ESTÉLA LOPES DA SILVA
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CONDIÇÕES DE RISCO AO NASCER RELACIONADAS AOS CRITÉRIOS DE NEAR MISS NEONATAL: ESTUDO DE LINKAGE ENTRE O SINASC E O SIM NO ESTADO DE SERGIPE.
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Orientador : MARCO ANTONIO PRADO NUNES
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Data: 29/08/2018
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Dissertação
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O avanço tecnológico vem colaborando para a sobrevida de recém-nascidos considerados de risco para mortalidade infantil. O conceito de Near Miss Neonatal, definido como um recém nascido que apresentou uma complicação grave ao nascer mas sobreviveu ao período neonatal, veio para que se delimitassem mais estudos sobre esses lactentes que superaram causas de provável óbito neonatal precoce, e se avaliasse as condições de assistência perinatal. Objetivo: Identificar as condições de risco ao nascer relacionadas aos critérios de Near Miss Neonatal a partir da análise secundária de banco de dados através de um linkage entre o SINASC e o SIM, no período de 2011 a 2016 no Estado de Sergipe. Metodologia: estudo analítico de coorte retrospectiva com análise de dados secundários em uma série histórica nos bancos de dados oficiais, através do linkage entre o SINASC e o SIM. Foram coletados os dados referentes aos nascidos vivos residentes no Estado de Sergipe, sendo que a amostra selecionada foi de todos recém-nascidos com os critérios de Near Miss Neonatal segundo Pileggi et al.(2010). Foram selecionadas variáveis presentes no SINASC, categorizadas e analisadas dentro da amostra. A análise estatistica final avaliou os resultados através da determinação do risco relativo e de seus respectivos intervalos de confiança os quais identificaram a probabilidade do desfecho selecionado pelo estudo. Resultados: as variáveis que mais tiveram relação com as condições de risco ao nascer apresentando risco relativo maior que 1 foram: local de ocorrência na capital, parto domiciliar, analfabetismo ou baixa escolaridade materna, idade menor a 20 anos e maior que 35 anos, perdas fetais/abortos prévios, pré natal com 6 ou menos consultas, número de consultas pré natais inadequadas à idade gestacional de inicio do acompanhamento, gestação múltipla, apresentação não cefálica e anomalia congênita. As variáveis identificadas como fatores de proteção com risco relativo menor que 1 foram: presença de companheiro, gestantes com idade entre 20 e 35 anos, escolaridade materna maior que 4 anos, parto cesáreo e trabalho de parto induzido. E as variáveis sem relação com o desfecho, com risco relativo perpassando o valor 1 em seu intervalo de confiança, foram a cor/raça materna e o sexo do recém nascido. Conclusão: Neste estudo verificou-se que as variáveis encontradas como fatores de risco vêm de acordo com o que a literatura tem descrito e, assim sendo, pretende-se que o mesmo sirva de apoio a demais estudos sobre o tema e contribua para o levantamento de evidências que possam subsidiar bases para a construção de programas e políticas públicas direcionadas à diminuição da morbimortalidade infantil.
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LARISSA MARINA SANTANA MENDONÇA DE OLIVEIRA
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Reinternação de pacientes com Síndrome Coronariana Aguda e seus determinantes.
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Orientador : ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA
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Data: 28/08/2018
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Dissertação
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Introdução: A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é responsável por elevados números de admissões e readmissões hospitalares. Esses números estão associados ao aumento dos custos para o paciente e para o sistema de saúde, bem como à elevação nas taxas de mortalidade hospitalar. Objetivo: Investigar a reinternação entre pacientes com SCA e seus determinantes. Metodologia: Trata-se de uma coorte retrospectiva de pacientes de ambos os sexos, adultos e idosos, diagnosticados com SCA. Foram avaliados, a partir dos registros dos hospitais locais públicos e privados de referência em cardiologia, a ocorrência de reinternação, em até 01 ano após internação por SCA, o tempo entre as admissões e uso de medicamentos no momento da reinternação. Regressão logística múltipla foi utilizada para avaliar as variáveis preditoras da reinternação. Resultados: A ocorrência de reinternações foi de 21,46% (n=115) e o período médio entre as internações foi de 122,74 (DP 112,14) dias. Os pacientes avaliados eram, em sua maioria, do sexo masculino (64,0%), com média de idade de 63,15 (DP 12,26) anos, 7% apresentaram óbito como prognóstico da reinternação e 68,7% apresentaram mais de 1 reinternação em 01 ano. As causas cardiovasculares, entre elas a recorrência da SCA, foram as mais prevalente entre as reinternações hospitalares. A assistência privada e o diagnóstico de ICC tiveram associados às reintrenação após a regressão logística múltipla. Conclusão: Acredita-se que as reintrenações são reflexo das condições clínicas do paciente e ao acesso do paciente aos serviços de saúde.
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ALINE CARVALHO PEIXOTO
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Impacto do clareamento dental de consultório com peróxido de carbamida a 37% na mudança de percepção dos pacientes com o sorriso, alteração de cor e sensibilidade pós-operatória: ensaio clínico controlado randomizado simples-cego.
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Orientador : ANDRE LUIS FARIA E SILVA
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Data: 28/08/2018
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Tese
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O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do agente clareador peróxido de carbamida a 37%, utilizado na técnica de consultório, sobre a mudança de cor dental e o risco à sensibilidade, quando comparado ao peróxido de hidrogênio a 35%. Quarenta pacientes foram alocados para receber duas sessões de clareamento dental de consultório, utilizando peróxido de hidrogênio a 35% (PH) ou peróxido de carbamida a 37% (PC) (n = 20). O impacto do clareamento dental na percepção dos pacientes em relação à mudança da satisfação com o seu sorriso, e sobre os procedimentos de clareamento e seus resultados, foram avaliados. O nível de sensibilidade dos pacientes foi registrado durante e até 24 horas após o clareamento. A eficácia dos procedimentos clareadores foi medida com um espectrofotômetro uma semana após cada sessão e 30 dias após a última. A sensibilidade dentária foi avaliada por meio das escalas verbal e visual analógica (EVA). Foram calculados os riscos absoluto e relativo à sensibilidade. Os dados sobre o nível da sensibilidade foram analisados pelo teste T ou Mann-Whitney. Os dados da avaliação da cor (ΔL*, Δa*, Δb* e ΔE) foram individualmente submetidos à ANOVA de 2 fatores para medidas repetidas seguido pelo Teste de comparações múltiplas de Tukey. Foi observado um menor risco e nível de sensibilidade dentária para o PC, apresentando valores próximos à zero, enquanto que a diferença entre os agentes clareadores desapareceu após 24 horas. Um maior efeito clareador foi observado para o PH, principalmente devido a maior redução do vermelho e amarelo. Os participantes perceberam melhor clareamento dental para o PH e menor sensibilidade para o PC, mas não foram observadas diferenças quanto ao conforto das técnicas. Concluiu-se que o PC resultou em menor sensibilidade dentária, mas também menor eficácia do clareamento dentário. No entanto, ambos os agentes clareadores resultaram em altos níveis de satisfação dos pacientes.
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ALINE DE SIQUEIRA ALVES LOPES
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ACOMPANHAMENTO CLÍNICO E NUTRICIONAL DE UMA COORTE DE
LACTENTES COM SÍNDROME DA ZIKA CONGÊNITA, NASCIDOS EM SERGIPE,
NORDESTE DO BRASIL.
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Orientador : RICARDO QUEIROZ GURGEL
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Data: 27/08/2018
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Dissertação
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Introdução: Ao final de 2015, um arbovírus (zika vírus) tornou-se protagonista de umaepidemia de anomalias congênitas jamais observada. A região nordeste do Brasil foi a maisatingida e médicos e autoridades sanitárias uniram esforços para prestar assistência a estascrianças e suas famílias. A Síndrome da Zika Congênita caracteriza-se por severa microcefalia,com grave dano ao tecido cerebral, alterações oftalmológica, auditivas, cardíacas e ortopédicas,além de crítico atraso do desenvolvimento com irritabilidade, espasticidade e convulsões.Tratando-se de uma nova patologia, pouco ainda se sabe sobre sua evolução em longo prazo,uma vez que as crianças acometidas estão com idade média de 3 anos. Objetivo: Realizar oacompanhamento de uma coorte de bebês nascidos com microcefalia e/ou malformaçõespossivelmente associadas à infecção congênita pelo zika vírus, do nascimento aos 18 meses devida, avaliando seu crescimento, desenvolvimento, evolução da alimentação e ocorrência demorbidades associadas. Metodologia: Trata-se de estudo longitudinal, observacional edescritivo do acompanhamento de uma coorte de lactentes nascidos em Sergipe durante o surtode microcefalia e referenciadas para dois serviços públicos de saúde. As crianças foramseguidas até os 18 meses de vida em consultas de puericultura somadas a avaliações deespecialistas e realização de exames complementares. Os dados foram coletados de agosto/2017a janeiro/2018 com auxílio de um formulário de pesquisa. As análises estatísticas foramrealizadas com o auxílio do software R Core 2018. Resultados: Compuseram a coorte 84crianças com características clínicas da Síndrome da Zika Congênita. Houve predomínio dosexo feminino (53,8%) e somente 9 recém-nascidos não tiveram diagnóstico de microcefalia,mas apresentavam outras alterações compatíveis com a Síndrome da Zika Congênita. Osescores Z para perímetro cefálico, peso e comprimento permaneceram estáveis ao longo dotempo, mantendo-se abaixo do padrão esperado de sexo e idade para as três medidasantropométricas. *As crianças manifestaram grave atraso do desenvolvimento com retardo naaquisição de todos os marcos pesquisados, além da ocorrência de outros comprometimentosneurológicos tais quais convulsão (70,7%), espasticidade (95,3%) e irritabilidade (65,9%).Encontrou-se baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo até os 6 meses (14,3%) epercentual significativo de relatos de dificuldade alimentar (64,9%). Aspecto que refletiu noatraso da introdução da alimentação complementar (idade média de 7,1 meses) e na nãoprogressão para a alimentação da família em 22,6%. Quanto aos exames e avaliaçõescomplementares, em todos os lactentes foram detectadas malformações cerebrais compatíveiscom a infecção congênita pelo zika vírus, em 54,5% foi diagnosticado comprometimento oculare em metade (50,7%) foi observado alguma alteração cardíaca. A principal morbidade clínicaapresentada pelas crianças foram as infecções das vias aéreas superiores, seguido deconstipação intestinal. Conclusões: Os lactentes com presumida Síndrome da Zika Congênitaexibiram comprometimento do crescimento antropométrico, além de grave atraso na aquisiçãode marcos do desenvolvimento neuromotor. Constatou-se baixa prevalência de aleitamentomaterno exclusivo até os 6 meses, com alta frequência de dificuldades alimentares. Observousetambém número significativo de lactentes que evoluíram com irritabilidade, convulsão eespasticidade. Os achados deste estudo reforçam a necessidade de acompanhamentomultiprofissional especializado para estas crianças, voltado para terapias de reabilitação e apoioaos familiares envolvidos.
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KENNIA MARIA ROCHA BAIÃO
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Associação do risco Cardiovascular, da síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e da qualidade de vida em pacientes com DHGNA.
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Orientador : MARCO ANTONIO PRADO NUNES
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Data: 27/08/2018
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Dissertação
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A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) é caracterizada por acúmulo de lipídios em hepatócitos, que representa, ao menos, 5% do peso deste tecido. Acomete pacientes em diferentes faixas etárias; estes tendem a apresentar alterações hepáticas caracterizadas não apenas pelo acúmulo de gordura, mas, em alguns casos, também pela presença de inflamação e fibrose, inclusive evoluindo para cirrose. É considerada o componente hepático da Síndrome Metabólica (SM) e esta, por sua vez, também um indutor da DHGNA. O presente estudo propõe avaliar a relação da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) e do risco de doenças cardiovasculares (DCV), em pacientes com a DHGNA e como a interação dessas patologias afeta a qualidade de vida dos pacientes. Trata-se de um estudo transversal, onde foram entrevistados 173 pacientes atendidos no ambulatório de Hepatologia, que é um serviço de referência do Estado, do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. Foram coletados dados sociodemográficos e medidas antropométricas, resultados de exames laboratoriais bioquímicos e de imagem dos prontuários, e estes pacientes foram submetidos à questionários de qualidade de vida (QV) (WHOQOL bref), risco de DCV’s (Escore de Framinghan), a avaliação do risco individual de SAOS (Escala de Berlim) e ao teste de bioimpedância. Obtivemos como resultados uma prevalência na população estudada de baixo risco para desenvolver DCV’s (58,4%), houve uma prevalência da amostra para alto risco de SAOS (64%), a avaliação da QV demonstrou melhores resultados nos domínios psicológicos e das relações sociais. Concluímos que há uma associação do grau de DHGNA com a evolução do SAOS nos pacientes estudados, não havendo a mesma associação em relação ao aumento do risco de DCV’s e quando avaliamos a associação com a QV não observou-se diferença significativa entre o escore total de qualidade de vida em pacientes com esteatose leve para os indivíduos que as apresentavam na forma acentuada. Sendo assim, enfatizamos a importância da avaliação global desses pacientes, desde o início da detecção da DHGNA.
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ELISDETE MARIA SANTOS DE JESUS
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Método Tradicional e Método Ativo: Uma Análise dos Estilos de Aprendizagem e Pensamento Crítico de Estudantes de Farmácia e Medicina da Universidade Federal de Sergipe.
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Orientador : ANGELO ROBERTO ANTONIOLLI
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Data: 27/08/2018
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Tese
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Objetivo: Analisar os estilos de aprendizagem e o pensamento crítico de estudantes de Farmácia e Medicina da Universidade Federal de Sergipe. Métodos: O estudo foi desenvolvido em quatro etapas: na primeira etapa foi realizada uma revisão narrativa com o objetivo realizar um levantamento de evidências dos estilos de aprendizagem e pensamento crítico na formação dos estudantes de Farmácia e Medicina, no Brasil, na segunda etapa foi realizada uma revisão sistemática da literatura com o objetivo de avaliar a relação entre as estratégias e métodos de ensino mais apropriadas para os estilos de aprendizagem durante a graduação de estudantes dos cursos de farmácia e medicina ao redor do mundo; na terceira etapa foi realizado um estudo piloto para identificar os estilos e preferências de aprendizagem de estudantes de graduação em farmácia, submetidos às metodologias ativa e tradicional, bem como, mensurar da aplicabilidade do instrumento Index of Learning Styles Questionnaire (ILS); na quarta etapa foi realizado um estudo longitudinal com avaliação antes-depois, para caracterizar as preferências dos estilos de aprendizagem e competência de pensamento crítico em estudantes de graduação em Medicina submetidos a métodos de ensino tradicional e ativo. Resultados: Os achados da revisão narrativa apontaram para a escassez dos estudos que abordam estilos de aprendizagem e/ou pensamento crítico entre estudantes de graduação em farmácia e medicina principalmente, sobre o pensamento crítico pois foram encontrados apenas seis estudos. Na revisão sistemática dos 2196 arquivos analisados, 20 cumpriram todos os critérios de inclusão estabelecidos. Os achados da revisão sistemática revelaram que o método PBL, assim como, recursos audiovisuais e programas de iniciação à pesquisa mostraram-se úteis para melhorar as experiências de aprendizagem, apesar de não estar claro quais estilos de aprendizagem são favorecidos por eles. O estudo piloto apontou que não houve diferença significativa entre os estilos de aprendizagem de estudantes de Farmácia submetidos a metodologias de ensino diferentes, no geral observou-se uma predominância da percepção sensorial 30 (78,9%), entrada visual 25 (65,7 %), processamento ativo 23 (60,5%) e entendimento sequencial 28 (73,7%). No estudo longitudinal, os estudantes de Medicina dos dois Campi apresentaram o mesmo perfil de preferência de estilos de aprendizagem sendo caracterizados pelos estilos sensorial, visual, reflexivo e sequencial. No que diz respeito ao pensamento crítico verificou-se que os estudantes da metodologia ativa obtiveram uma pontuação significativa na competência Análise com (p= 0,0323). No geral os estudantes foram caracterizados com elevada demonstração de competência de pensamento crítico ao longo do tempo. Conclusão: o conjunto dos resultados apresentados permitiu identificar os estilos de aprendizagem predominante de estudantes dos cursos de Medicina e Farmácia bem como, constatou diferenças no tocante a competência de pensamento crítico quando esses estudantes são submetidos a metodologias de ensino distintas.
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TAINA RIBEIRO KLINGER FLORENCIO
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Influência da fisioterapia nas habilidades motoras de crianças com a síndrome da Zika congênita: ensaio clínico
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Orientador : VALTER JOVINIANO DE SANTANA FILHO
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Data: 27/08/2018
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Dissertação
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A síndrome da Zika congênita pode causar um conjunto de alterações na criança, dentre elas graves anomalias cerebrais. As lesões do sistema nervoso central em desenvolvimento acarretam em desordens sensoriomotoras com repercussão no desempenho motor. A fisioterapia possibilita a aquisição de habilidades motoras a partir da interação da criança com o ambiente e com a tarefa. O presente estudo teve como objetivo investigar a influência da fisioterapia na aquisição das habilidades motoras de crianças com a síndrome da Zika congênita. Trata-se de um ensaio clínico, desenvolvido no ambulatório de fisioterapia do Hospital Universitário de Sergipe, com amostra constituída por 46 crianças com a síndrome da Zika congênita. A coleta de dados ocorreu de janeiro de 2016 a dezembro de 2017, na admissão fisioterapêutica da criança e ao completar 18 meses de idade. As crianças foram estratificadas de acordo com a faixa etária na avaliação inicial. No primeiro momento foi aplicado formulário construído para registro de informações referentes a identificação e características clinicas das mães e das crianças, características sociodemográficas das famílias, alterações neurológicas e musculoesqueléticas e tipo de lesão neurológica. Classificou-se a gravidade da lesão neurológica, a partir dos dados obtidos em prontuário no laudo da ultrassonografia transfontanela, baseada no Sistema de Classificação de Noyola. Foi realizada avaliação das habilidades motoras através da Alberta Infant Motor Scale (AIMS). Em seguida, as crianças foram submetidas a um protocolo de fisioterapia, com frequência de duas sessões semanais e duração de 50 minutos cada. O protocolo baseou-se nos princípios da terapia do neurodesenvolvimento (Bobath), alongamentos musculares e mobilizações passivas. Quando as crianças completaram 18 meses de idade, foi realizada reavaliação das habilidades motoras por meio da AIMS. Os resultados apontaram que houve aumento do escore total comparando a avaliação inicial e aos 18 meses de idade, nas crianças avaliadas inicialmente com idade compreendida no primeiro e segundo trimestres. Apesar deste aumento, os escores totais da amostra do estudo aos 18 meses são bastantes inferiores aos valores normativos, com diferença significativa (p<0,0001). A maioria das lesões neurológicas foram de grau moderado e grave com predomínio de calcificações cortico-subcorticais, atrofia cortical grave e disgenesia de corpo caloso. Crianças com a síndrome da Zika congênita que realizaram fisioterapia precocemente apresentaram aquisições de habilidades motoras no período estudado. Porém, os ganhos foram mínimos e os escores foram abaixo do esperado para os valores normativos. O comprometimento neurológico grave causado pelo vírus tem impacto significativo nas habilidades motoras, porém a fisioterapia precoce possibilita ganhos funcionais.
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LIS CAMPOS FERREIRA
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Estudo de prevalência de quedas associadas a neuropatia periférica induzida por quimioterapia.
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Orientador : EDUARDO LUIS DE AQUINO NEVES
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Data: 24/08/2018
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Dissertação
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Introdução: A neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ) é um efeito colateral comum e frequentemente dose-limitante. A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) também é uma desordem neurológica sensitivomotora comum, caracterizada por sensações desconfortáveis e desagradáveis nas pernas, seguidas de urgência em movimentá-las. A presença de NPQI tem sido associada ao risco de quedas em sobreviventes de câncer. Objetivos: Determinar a frequência e os fatores associados a quedas em pacientes em quimioterapia, e avaliar possível associação entre sintomas sugestivos de NPIQ, SPI e quedas. Métodos: Foram entrevistados 234 pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico, com perguntas referentes a dados sociodemográficos, diagnóstico, tratamento e ocorrência de quedas, além de ter sido utilizada a Ferramenta de Avaliação de Neuropatia Periférica Induzida por Quimioterapia (FANPIQ) e aplicados critérios diagnósticos para SPI. Resultados: A média de idade da amostra foi de 53.4 anos (±13.1), sendo 73.9% do sexo feminino. Sintomas sugestivos de NPIQ estavam presentes em 51.7% dos pacientes, e em 30.7% foram relatadas quedas. Houve associação entre a presença de sintomas neuropáticos e quedas (p = 0.0191), com aumento de 1.65 vezes na prevalência de quedas em relação aos pacientes sem sintomas neuropáticos. Em indivíduos com menos de 65 anos observamos uma maior relação entre sintomas de NPIQ e quedas (p=0.0016). Pacientes com quedas apresentaram uma pontuação maior nos itens que avaliam a interferência nas atividades de vida diária. Além disso, também houve associação estatisticamente significante de SPI com sintomas de NPIQ (p=0.0005), SPI com quedas (p=0.0152), e SPI associada a sintomas neuropáticos com quedas (p=0.0061). Conclusões: Os achados do presente estudo sugerem que quedas são frequentes nos pacientes em quimioterapia, e sintomas de NPIQ e SPI contribuem para o aumento de quedas. E mais, que estas duas desordens, quando associadas, agem de forma sinérgica, aumentando ainda mais a prevalência de quedas.
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THELMA ONOZATO
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FATORES QUE INFLUENCIAM A IMPLEMENTAÇÃO DE SERVIÇOS CLÍNICOS FARMACÊUTICOS EM HOSPITAIS: IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE PELO APOTECA FRAMEWORK
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Orientador : DIVALDO PEREIRA DE LYRA JUNIOR
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Data: 24/08/2018
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Tese
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Introdução. A implementação de Serviços Clínicos Farmacêuticos (SCF) é fundamental para evitar danos relacionados a medicamentos em hospitais. Embora muitos estudos relatem resultados benéficos dos SCF, ainda não há padronização dessa prática em hospitais, incluindo no Brasil. Conhecer os fatores que influenciam a implementação de SCF e identificar onde eles atuam é o primeiro passo para adoção bem-sucedida destes serviços em hospitais. Objetivo. Identificar os fatores que afetam a implementação da SCF no ambiente hospitalar e analisá-los utilizando os domínios APOTECA. Metodologia. O estudo foi realizado em quatro etapas: a primeira correspondeu a uma revisão sistemática da literatura para identificar fatores que influenciam a implementação de SCF em ambiente hospitalar. As bases de dados da Cochrane Library, Embase, CINAHL, IPA, Medline / PubMed e Lilacs foram pesquisadas até janeiro de 2018. A estratégia de pesquisa foi desenvolvida usando termos relacionados a quatro domínios: “farmácia clínica”, “fatores influenciadores”, “implementação” e “hospital”. Dois revisores selecionaram artigos originais, extraíram os dados e avaliaram a qualidade dos estudos. Após a síntese temática de framework e categorização dos fatores em grupos de interesse e domínios Administrativos, Políticos, Técnicos e Atitudinais (APOTECA), uma abordagem diagramática foi utilizada para apresentar os resultados. Na segunda etapa foi realizado um grupo focal com 16 farmacêuticos e quatro entrevistas com gerentes hospitalares para conhecer as percepções acerca dos fatores que poderiam influenciar a implementação de SCF no hospital do estudo. A terceira etapa compreendeu a intervenção estruturada, com abordagens atitudinais (motivacionais), políticas, técnicas e administrativas. Na quarta etapa foram realizadas entrevistas com os três farmacêuticos ligados aos SCF e três gerentes para conhecer as percepções dos participantes da intervenção acerca dos fatores que influenciaram efetivamente a implementação de SCF no hospital do estudo. Depois de coletar as informações, os registros de áudio foram transcritos e analisados usando análise de framework e os domínios APOTECA, com finalidade de comparar as percepções antes e após a implementação estruturada de SCF. Resultados. Na revisão foram identificados 53 fatores nos 21 estudos incluídos. Os fatores influenciadores mais citados foram uniformemente distribuídos nos quatro domínios APOTECA, mas em termos de grupos de interesse, o “farmacêutico” teve a maior concentração de fatores. O fator mais citado foi “Habilidades e conhecimento clínico”, seguido de “Tempo para implantar SCF”. No estudo de intervenção, os farmacêuticos relataram 19 obstáculos no total, enquanto os gerentes perceberam 16 diferentes barreiras. Cerca de metade das barreiras citadas foram consideradas superadas ou não-concretizadas na segunda entrevista. Gerentes e farmacêuticos mencionaram um número menor de facilitadores quando comparados às barreiras (onze e dez, respectivamente), e os segundos só conseguiram percebê-los após a intervenção. Em relação à classificação APOTECA, a maioria das barreiras foi administrativa e dos facilitadores foi classificada como política. Conclusão. Os resultados obtidos mostraram a natureza multifatorial do processo de implementação dos SCF e que farmacêuticos e gerentes anteciparam mais barreiras e menos facilitadores quando comparados aos fatores efetivamente experimentados. Esses achados sugerem que a implementação estruturada, considerando os quatro domínios APOTECA podem auxiliar no planejamento de estratégias que viabilizem a implementação bem-sucedida de SCF em ambiente hospitalar.
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PAULA NASCIMENTO BRANDÃO LIMA
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POLIMORFISMO DE NUCLEOTÍDEO ÚNICO NO GENE DO ZNT8 (RS11558471) E SUA RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL RELATIVO AO ZINCO E MARCADORES GLICÊMICOS EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2.
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Orientador : KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA
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Data: 23/08/2018
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Dissertação
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A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença crônica de abrangência mundial, que está intimamente ligada a adoção de hábitos alimentares inadequados e a fatores genéticos. Sabe-se que alguns nutrientes podem auxiliar no controle glicêmico de indivíduos com DM2. Dentre eles, o zinco apresenta importante papel visto a sua participação na biossíntese e ação da insulina. Outros minerais, como o cálcio, potássio e magnésio também possuem papel importante no metabolismo da insulina. Polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) no gene do transportador de zinco 8 podem afetar a homeostase desse mineral, aumentando o risco de desenvolvimento de DM2. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar a relação do SNP rs11558471 (A/G) no gene do ZnT8 no estado nutricional relativo ao zinco e no controle glicêmico em indivíduos com DM2. Para isso, 110 indivíduos adultos (48,3 ± 8,2 anos) com DM2 foram avaliados quanto a presença do SNP estudado, ingestão alimentar por meio de recordatório alimentar de 24h, marcadores glicêmicos e lipídicos, bem como, caracterizados quanto ao estado nutricional (Índice de massa corporal, circunferência da cintura, % gordura corporal). A ingestão habitual foi estimada pelo Multiple Source Method e ajustada pela energia. Os indivíduos foram agrupados (clusters) com base nas semelhanças da ingestão alimentar de zinco, potássio, cálcio e magnésio pela análise hierárquica de agrupamento. A diferença entre os dois clusters formados foi avaliada pelo teste t de Student para amostras independentes. Regressão logística binária foi utilizada para avaliar a probabilidade de controle glicêmico de acordo com os clusters. O efeito da ingestão individual dos quatro minerais sobre o percentual de hemoglobina glicada (%HbA1c) foi medido por regressão linear múltipla ajustado pela idade, sexo e tempo de diagnóstico. Em todas as análises foi adotado nível de significância de 5 %. A frequência dos genótipos para o SNP rs11558471 no gene do ZnT8 foi 65,45 % de homozigotos selvagem (AA), 22,73 % heterozigotos com um alelo variante (AG) e 11,82 % homozigotos variantes (GG). Os indivíduos avaliados apresentaram probabilidade de inadequação da ingestão dos quatro minerais estudados. O grupo com menor ingestão (cluster 1) apresentou maiores %HbA1c (p = 0,006) e concentração sérica de triglicerídeos (p = 0,010) quando comparado ao grupo (cluster 2) com maior ingestão. Além disso, o elevado %HbA1c foi associado a menor ingestão desses minerais (Cluster 1) (OR = 3,041, IC 95% = 1,131;8,175) e ao tempo de diagnóstico (OR = 1,155, IC 95% = 1,043;1,278). A ingestão de potássio (β = -0,001, p = 0,017) e magnésio (β = -0,007, p = 0,015) foram inversamente associadas ao %HbA1c, sendo dependentes do sexo e tempo de diagnóstico. A população estudada apresenta elevada frequência do alelo de risco A para o SNP rs11558471 no gene do ZnT8. A reduzida ingestão concomitante de zinco, potássio, cálcio e magnésio foi associada ao risco de controle glicêmico deficiente observado pelo aumeno do %HbA1c em indivíduos com DM2, sendo os minerais magnésio e potássio preditores desse aumento.
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SHEILA DE ARAUJO BARBOZA
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TRANSTORNOS DE HUMOR, ANSIEDADE E RISCO DE SUICÍDIO EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS.
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Orientador : KLEYTON DE ANDRADE BASTOS
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Data: 23/08/2018
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Dissertação
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É referido na literatura alta prevalência de sintomas de ansiedade, depressão e risco de suicídio em pacientes com doença renal crônica (DRC) em diálise comprometendo a qualidade de vida, aumentando as taxas de hospitalizações e de mortalidade. Tais estudos se concentram no rastreamento de sintomas necessitando confirmação diagnóstica. O alto número de pacientes adoecidos demanda intervenções terapêuticas com evidências clínicas para a redução de sintomas dessas psicopatologias. OBJETIVOS: Determinar a frequência de transtornos de humor e de ansiedade; avaliar risco de suicídio; investigar associações entre resultados diagnósticos com fatores clínico-demográficos; definir os efeitos de intervenções não farmacológicas em pacientes com sintomas depressivos em hemodiálise. CASUÍSTICA E MÉTODO: Estudo transversal, realizado entre abril e julho de 2017, em Aracaju-SE, com 192 adultos em diálise (142 em hemodiálise [HD]; 50 em diálise peritoneal [DP]), selecionados por meio de tabela de números aleatórios, sem comprometimentos cognitivos e sem diagnóstico prévio de ansiedade ou depressão. Utilizou-se o instrumento Mini International Neuropsychiatric Interview Plus versão brasileira 5.0 para diagnóstico psicológico dos transtornos do humor, ansiedade e avaliar risco de suicídio. Foi realizada revisão sistemática e metanálise seguindo o protocolo de Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e ferramenta Cochrane para detecção de vieses nos estudos. Utilizou-se estudos clínicos randomizados com intervenções não farmacológicas em pacientes renais em HD com sintomas depressivos. RESULTADOS: Em média, os pacientes tinham 49 anos e estavam em diálise há 62 meses. Diagnosticou-se ao menos um transtorno mental em 78 indivíduos (41%) e metade deles apresentaram dois ou mais distúrbios. Entre os que apresentaram transtorno de humor atual e no passado foram mais frequentes os transtornos depressivos (episódio depressivo maior e distimia), com 17 indivíduos (9%) com sintomas atuais e 38 (20%) no passado. Em transtornos de ansiedade foram reunidos os subtipos diagnosticados, totalizando 31 pacientes (16%). O risco de suicídio estava presente em 37 pacientes (19%). Depressão no passado (OR=2.82 [1.27; 6.26]), depressão atual (OR=20.45 [6.16; 67.93]) e ansiedade (OR=4.12 [1.79; 9.5]) se associou significativamente a maior risco de suicídio. Na metanálise foram incluídos 11 estudos com 321 participantes do grupo de intervenção e 347 do grupo controle. As intervenções psicossociais e o acompanhamento dos pacientes por enfermeiros por meio de telefone (telenursing) apresentaram moderado e alto efeito, respectivamente, na redução dos sintomas depressivos. CONCLUSÃO: Transtornos depressivos (atual e no passado) e ansiosos foram frequentes em pacientes em diálise e houve elevado risco de suicídio, especialmente quando os indivíduos foram acometidos desses transtornos. As intervenções psicossociais e telenursing demonstraram alta qualidade de evidência clínica.
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NAYARA GOMES LIMA SANTOS
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Avaliação do efeito da membrana de gelatina contendo ácido úsnico no processo de cicatrização de queimadura de córnea.
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Orientador : ADRIANO ANTUNES DE SOUZA ARAUJO
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Data: 17/08/2018
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Dissertação
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As queimaduras oculares químicas estão entre as causas mais frequentemente relatadas de lesões oculares. Essas lesões podem variar desde dano epitelial unilateral leve conjuntival ou corneano até danos à conjuntiva e córnea com risco de perda da visão. Sabendo da importância de novas propostas de tratamento para tal afecção, objetivamos investigar o potencial de membranas à base de gelatina contendo ácido úsnico carreado em lipossomas em promover cicatrização de queimaduras da córnea utilizando modelo animal. A análise da atividade biológica das membranas de gelatina contendo ácido úsnico foi realizada por meio do ensaio da membrana corioalantóica (MCA) onde ovos de galinha da espécie Gallus domesticus e da linhagem Ross foram mantidos em uma incubadora para ovos fertilizados de galinha mantida a 37 °C e 60% de umidade e rotação constante. Para avaliação de tolerabilidade ocular da membrana de gelatina foi realizado o Teste de Ovos de Galinha - Teste de Membrana Corioalantóica (HET-CAM) expondo a MCA à contato por 5 min com a membrana de gelatina com e sem ácido úsnico, a MCA foi lavada com solução de PBS e em seguida, os vasos sanguíneos e o sistema capilar foram examinados quanto a efeitos irritantes no pós-tratamento, incluindo hiperemia, hemorragia e coagulação, em vários intervalos (0, 0,5, 2 e 5 min). Para a realização do estudo em animais, foram utilizadas 6 coelhas da espécie New Zealand, com idade de 3 meses e pesando 2 Kg. A lesão química na córnea dos animais foi realizada por exposição ao etanol absoluto durante 30 segundos. Os animais foram divididos em dois grupos do estudo: grupo com lesão tratado com membrana de gelatina contendo ácido úsnico carreado em lipossomas (n=3) e grupo com lesão tratado com membrana de gelatina sem ácido úsnico (n=3). Para avaliação da cicatrização a área lesada foi demarcada com 1 (uma) gota de colírio fluoresceína e posteriormente os animais foram expostos à luz de cobalto e então realizado o registro. Afim de identificar células mortas na córnea, 1 (uma) gota de colírio Rosa Bengala (1,0%) foi instilada no olho a ser avaliado, após ser anestesiado topicamente, após 1 minuto os animais foram expostos à luz branca e então realizados os registros. Para avaliação histológica foi utilizado coloração hematoxilina e eosina para avaliação histopatológica padrão e corante tricrômico de Gomori para avaliação de fibras de colágeno. Observou-se que a membrana de gelatina contendo ácido úsnico carreado em lipossomas promove neovascularização sem promover toxicidade e são biocompatíveis com o sistema ocular pelos métodos da MCA e HET-CAM. Além de não promover irritabilidade ocular, as membranas promoveram melhor cicatrização de queimadura química corneana, bem como uma redução do número de células mortas e irritabilidade conjuntival no grupo tratado quando comparado ao grupo controle. Além disso, nos animais tratados com membrana de gelatina contendo ácido úsnico foi observado menos granulação e feixes de colágeno mais organizados alinhados paralelamente na camada estromal quando comparados com animais tratados com a membrana sem ácido úsnico.
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LARISSA ANDRELINE MAIA ARCELINO
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Disparidades no acesso às terapias de reperfusão e mortalidade entre os pacientes com IAMCSST da região não metropolitana e metropolitana de Sergipe Registro VICTIM
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Orientador : JOSE AUGUSTO SOARES BARRETO FILHO
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Data: 03/08/2018
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Dissertação
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Introdução: O IAMCSST requer tratamento imediato para preservar o músculo e reduzir mortalidade. Pacientes que iniciam sintomatologia para IAM em regiões não metropolitanas podem ser menos propensos a receber terapias baseadas em evidências e, portanto experimentar piores resultados. Contudo, há escassez de estudos sobre os indicadores de qualidade assistencial particularmente nesta população no Brasil. Objetivo: Comparar a celeridade do acesso ao hospital com disponibilidade para intervenção coronariana percutânea (ICP), uso das terapias de reperfusão e mortalidade em 30 dias entre os pacientes com IAMCSST que iniciaram os sintomas na região não metropolitana com aqueles que iniciaram na região metropolitana do estado de Sergipe.Método: Utilizou-se dados do Estudo VICTIM (VIa Crucis para Tratamento do Infarto do Miocárdio), realizado no período de dezembro de 2014 a setembro de 2017. A amostragem foi feita por conveniência, utilizando teste χ2 de Pearson e T-Student para análise dos dados, foi adotado nível de significância de 5%.Resultados: Participaram do estudo 878 voluntários, dos quais 382 pacientes iniciaram os sintomas na região metropolitana e 496 na região não metropolitana. O sexo masculino foi predominante em ambos os grupos. Os pacientes da região não metropolitana apresentam maior idade (63±13anos vs. 60,2 ± 12,4, p=0,001) e maior média de GRACE score (146,5 vs.139,7, p<0,001). Além disso, percorreram maiores distâncias (104 ± 58,4km vs. 16 ± 49,3km, p < 0,001), passaram por mais de 1 instituição (96% vs. 73%, p< 0,001), apresentam maior atraso até o hospital com ICP (11h [7-26] vs. 7h [3-17], p< 0,001) e, portanto, realizaram menos ICP primária (45% vs. 59%, p<0,001). Constatou-se ainda que, aqueles da região não metropolitana comparativamente a metropolitana apresentaram maior mortalidade em 30 dias (14% vs. 7,7%, p. 0,004) e, no modelo multivariado completo, mais chance de morte aos 30 dias (OR 1,84, IC 95%, 1,12 a 3,04, p = 0,016).Conclusão: Observou-se disparidades no acesso, no uso das terapias de reperfusão e nas taxas de mortalidade de 30 dias entre pacientes que iniciaram os sintomas na região não metropolitana quando comparados com os da metropolitana em Sergipe. Esses achados podem auxiliar no melhor delineamento da linha de cuidado aos pacientes com IAMCSST, principalmente no que tange à logística de acesso às terapias de reperfusão em Sergipe.
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CAREN CRISTINA FREITAS FERNANDES VIEIRA
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Qualidade de vida de mães de crianças com microcefalia.
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Orientador : MARIA DO CARMO DE OLIVEIRA
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Data: 25/07/2018
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Dissertação
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Introdução: a microcefalia é uma malformação de causa multifatorial que se manifesta por um desenvolvimento inadequado do cérebro da criança. Essa condição acarreta em distúrbios motores e sensoriais que podem ter comprometimento variado. O cuidado com essas crianças é voltado à reabilitação, a fim de minimizar danos e promover harmonia no desenvolvimento de suas funções orgânicas. Culturalmente, o cuidado familiar é prestado principalmente pelas mães, sobretudo quando há especificidade nesse cuidado, condição que acarreta no aumento das tarefas diárias. A rotina de consultas para diagnóstico, tratamento e reabilitação pode estar associada a alterações da qualidade de vida, pois essas mães podem abdicar da sua vida em detrimento do cuidado com a criança. Cuidar de mães de criança com microcefalia é essencial, visto que são suas principais cuidadoras, pode favorecer a continuidade dos tratamentos dessas crianças e redução dos danos familiares. Método: estudo transversal, comparativo, analítico e quantitativo, realizado em um serviço ambulatorial público de referência para atendimento de crianças com microcefalia em Sergipe. Foram entrevistadas 78 mães de crianças de zero a dois anos, com e sem alterações no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM). Utilizou-se o Questionário de Avaliação de Qualidade de Vida Abreviado (WHOQOL-bref) e o questionário de avaliação sociodemográfica, desenvolvido pelos autores. A associação entre variáveis categóricas foi avaliada por meio dos testes de Qui-quadrado e Exato de Fisher e a associação entre variáveis quantitativas por meio dos testes de correlação de Spearman e Pearson. Para verificar as diferenças existentes entre os grupos foram utilizados os testes de Mann-Whitney U e T de Student independente. Resultados: mães de crianças com microcefalia apresentaram menores escores de qualidade de vida dos domínios e total, porém houve diferença estatisticamente significativa apenas para o domínio ambiental, (48,40) para o grupo de mães de crianças com microcefalia, (57,13) para o grupo de mães de crianças com DNPM normal (p<0,02). Cabe ressaltar que foram observadas correlações negativas significativas entre a maioria das variáveis gineco-obstétricas, idade materna e escores de qualidade de vida. A idade da criança não apresentou associação significativa com tais escores. Conclusão: o fato de as crianças terem desenvolvimento neuropsicomotor alterado não influenciou na qualidade de vida das mães, acredita-se que está mais associada às condições de moradia e recursos financeiros.
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JUSSIELY CUNHA OLIVEIRA
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Via Crucis para o Tratamento do Infarto do Miocárdio - Registro VICTIM.
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Orientador : JOSE AUGUSTO SOARES BARRETO FILHO
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Data: 20/07/2018
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Tese
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Introdução: Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST (IAMCSST) podem apresentar disparidades nos desfechos clínicos entre os sexos, nas comorbidades apresentadas, na taxa de uso de reperfusão miorcárdica e na mortalidade em trinta dias dos entre os pacientes usuários do Sistema de Saúde Universal brasileiro (SUS) e rede privada, ambos com razões ainda não claras. Objetivo: Investigar disparidades na qualidade assistencial prestada aos pacientes acometidos por IAMCSST.Métodos: Utilizando-se do banco de dados do Registro VICTIM (VIa Crucis para Tratamento do Infarto do Miocardio) foram analisados pacientes com IAMCSST, atendidos nos quatro hospitais com capacidade para realizar angioplastia primária (AP) do estado de Sergipe. O presente estudo investigou fatores de risco, linha do tempo, taxas de uso de fibrinólise e AP primária, tipo de stent utilizado e a probabilidade de mortalidade intra hospitalar e em 30 dias em pacientes do SUS em comparação com os da rede privada. Resultados: Foram incluídos 707 pacientes com IAMCSST, dos quais 589 foram atendidos pelo SUS e 118 pela rede privada. O tempo entre o início dos sintomas e a chegada ao hospital com AP foi maior para os pacientes do SUS em comparação com os usuários do sistema privado (25,4 ± 36,5 h vs. 9,0 ± 21 h; P <0,001), respectivamente. Antes de chegar ao hospital AP, as taxas de uso de fibrinólise foram baixas em ambos os grupos (2,5% vs. 1,7%, P<0,58) respectivamente. As taxas de uso da AP também foram baixas em ambos os grupos, mas significativamente menores os usuários do SUS (45% vs. 78%; P <0,001). Para aqueles que receberam AP, o tempo para chegar ao hospital com AP de referência foi maior para pacientes usuários do SUS (7,9 ± 3,7 h vs. 3,8 ± 3,9h; P <0,001). O uso de stents farmacológicos (SF) na angioplastia primária foi menor no SUS em comparação com a rede privada tanto na população geral (10,5% vs 82,4%; p<0,001) quanto na análise dos pacientes diabéticos (8,7% vs 90,6%; p< 0,001), respectivamente. A mortalidade em 30 dias para a população geral estudada ocorreu em 11,9% de pacientes do SUS e em 5,9% dos pacientes da rede privada (p=0,004). No modelo completo, o índice de chances para a mortalidade em 30 dias para o grupo SUS foi maior (odds ratio, 2,96, IC 95%, 1,15 a 7,61, P = 0,02).Conclusões: O tempo de chegada no hospital com AP dos usuários do SUS foi aproximadamente três vezes superior aos dos pacientes que usam o sistema de saúde privado. Houve um subuso expressivo de fibrinolítico e de AP nos dois grupos. Disparidades também foi observada no uso de SF durante a realização de AP em ambos os serviços, tanto na população geral quanto para diabéticos, com menores taxas para usuários do SUS. Durante o seguimento de 30 dias, os usuários do SUS foram significativamente mais propensos a morrer indicando que não existe equidade entre os dois sistemas no tratamento do IAMCSST.
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THALYTA PORTO FRAGA
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Análise citopatológica do líquor em pacientes com leucemia linfoblástica aguda.
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Orientador : ROSANA CIPOLOTTI
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Data: 20/07/2018
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Dissertação
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Contexto: A infiltração neoplásica do Sistema Nervoso Central (SNC) em pacientes com Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é importante causa de recaída da doença, apesar do aumento na taxa de cura dos últimos anos. Avaliação da neoplasia em Líquido Cefalorraquiano (LCR) apresenta implicância prognóstica e necessita de acurácia diagnóstica, pois implica em diferente terapêutica. Em meio a novas tecnologias (citometria de fluxo e métodos moleculares), a citologia convencional mantém-se como instrumento diagnóstico de significativo valor. Objetivos: Identificar a proporção de exames de LCR positivos para blastos em crianças e adolescentes com LLA, utilizando-se de técnica de citologia padronizada e com controle de variáveis relacionadas ao processo que pudessem interferir no resultado. Desenho: Estudo prospectivo, descritivo, não controlado, no qual foram examinadas amostras de LCR obtidas por punção lombar de pacientes com LLA. As amostras de LCR foram encaminhadas rapidamente ao laboratório, sendo processadas e citocentrifugadas em citofunil. Quatro lâminas foram preparadas, coradas pelas técnicas de Panótico® e Giemsa e analisadas por um patologista e um hematologista. Resultados: Foram avaliados 28 pacientes com LLA, havendo predomínio do sexo masculino (58,6%), imunofenótipo B (82,2%) e 89,6% foram estratificados como de alto risco para recaída. Dentre as 205 amostras de LCR avaliadas, 26 (12,6%) foram positivas para blastos e dentre os 28 pacientes, 11 (39,2%) obtiveram algum exame de LCR com infiltração neoplásica, proporção superior à encontrada na literatura. Comparando-se os grupos com e sem infiltração de SNC, não se observou diferença estatisticamente significante para as variáveis idade, sexo, leucometria, proporção de óbitos, imunofenótipo e quantidade de LCR. Conclusão: Citologia convencional apresenta valor na avaliação de neoplasia em LCR, desde que sejam controlados fatores relacionados à coleta, processamento e análise do LCR que possam interferir na fidedignidade do resultado.
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TICIANE CLAIR REMACRE MUNARETO LIMA
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Qualidade da orientação nutricional intra-hospitalar em pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio da rede pública e privada de saúde em Sergipe: registro VICTIM
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Orientador : JOSE AUGUSTO SOARES BARRETO FILHO
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Data: 13/07/2018
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Dissertação
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FUNDAMENTO: As mudanças no hábito alimentar fazem parte do conjunto de recomendações pós IAMcSST (Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST). Estudos demonstraram disparidades na qualidade assistencial entre serviços de saúde, entretanto a qualidade da orientação nutricional é pouco explorada.
OBJETIVO: Avaliar a qualidade da orientação nutricional intra-hospitalar entre pacientes com IAMcSST nas redes de saúde pública e privada em Sergipe.
MÉTODOS: Estudo transversal, que utilizou dados do Registro VICTIM (Via Crucis para o Tratamento do Infarto do Miocárdio), com indivíduos ≥ 18 anos, admitidos com IAMcSST, de abril-novembro de 2017, em 1 hospital público e 3 privados. Analisou-se ocorrência de orientação nutricional e a qualidade da mesma.
RESULTADOS: Foram avaliados 188 voluntários, sendo 80,3% do serviço público. Dentre os entrevistados 57,6% da rede pública e 70,3% da privada (p=0,191) receberam orientação nutricional intra-hospitalar. O registro, em prontuário, dessa prática foi menor no serviço público (2,6% vs. 37,8%, p<0,001). Ambos os serviços tiveram prevalência inferior a 50% de orientação na maioria dos itens avaliados. Verificou-se predomínio das orientações restritivas, sobretudo de sal e de gorduras, respectivamente de 50,3% e 70,3% (p=0,064), no público e privado. Quanto à inserção de alimentos cardioprotetores, pacientes da rede privada foram mais beneficiados, principalmente quanto ao consumo de frutas, verduras e legumes (48,6% vs. 13,2%, p<0,001). Entre aqueles que receberam orientação, o conhecimento nutricional foi maior no privado (68,2% vs. 26,3%, p<0,001).
CONCLUSÃO: A orientação nutricional intra-hospitalar concedida aos portadores de IAMcSST em Sergipe ainda possui baixa qualidade em ambos os serviços, sobretudo no público de saúde.
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FRANCISCO ALBUQUERQUE KLANK
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Síndromes hipertensivas gestacionais: Aspectos placentários e de cordões umbilicais.
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Orientador : EMERSON TICONA FIORETTO
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Data: 25/06/2018
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Tese
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As Síndromes Hipertensivas Gestacionais – SHG – continuam sendo uma das principais causas de morbi-mortalidade direta no Brasil, apresentando proporção elevada nas regiões Norte e Nordeste em relação ao Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Mesmo com diversas políticas de saúde criadas para tentar frear a morbi-mortalidade materna, os dados científicos apontam que ainda há necessidade de estudos científicos, em especial os histopatológicos, para contribuir na melhoria dos achados científicos relacionados às SHG. Neste sentido, a pesquisa consistiu em avaliar as alterações histopatológicas em placentas humanas e cordões umbilicais, de parturientes com SHG. A pesquisa foi realizada na Maternidade de alto risco Nossa Senhora de Lourdes, Aracaju-SE. A amaostra consistiu de 28 gestantes com SHG, distribuídas em 4 grupos dentre eles: Gestantes Normotesas, Hipertensa Gestacional, Hipertensa Crônica e o grupo com Pré-eclâmpsia, totalizando 7 gestantes por grupo. Os dados foram analisados pelo programa estatístico Grad pad prism, utilizando o one-way Anova e teste de comparação múltipla de Toukey. Segundo os dados socioculturais, a idade das gestantes no ciclo gravídico é entre 24 e 29 anos. O peso das gestantes normotensas foi de (72 kg), hipertensa gestacional (85 kg), hipertensa crônica (82 kg), pré-eclâmpsia (81 kg). A altura das gestantes foi em torno de (1,60 cm). Foram observados os aspectos anatômicos dos recém-nascidos; quanto ao peso do recémnascidos de gestantes normotensas, a média foi de (3,44kg), hipertensão gestacional (3,46 kg), hipertensão crônica (3,12 kg), e com pré-eclâmpsia (3,14 kg). Quanto à estatura, observou-se que, em recém-nascidos de gestantes normotensas a média foi de (48,35 cm), hipertensa gestacional (47,78 cm), hipertensa crônica (42,00 cm), e com pré-eclâmpsia (34,57 cm). Já o perímetro torácico dos recém-nascidos de gestantes normotensas é de (33,57 cm), com hipertensão gestacional (33,00 cm), com hipertensão crônica (31,85 cm) e com pré-eclâmpsia (31,78 cm). A idade gestacional das gestantes normotensas foi de 37 semanas, hipertensa gestacional, 39 semanas, e hipertensa crônica, com 36 semanas. O tamanho da placenta de gestantes normotensas (63,8 cm), hipertensas gestacionais (52,4 cm), hipertensão crônica (54,7 cm) e com pré-eclâmpsia (57 cm). O peso da placenta de gestante normotensa foi de (0,72g), hipertensa gestacional (0,65 g), com hipertensão crônica (0,49 g), e com pré-eclâmpsia (0,63 g). Já para os achados histopatológicos de placentas e cordões umbilicais de gestantes com SHG, o método utilizado foi o histológico. As placentas e cordões umbilicais foram submetidos a 4 metodologias distintas, tendo como início o processamento Histológico - microscopia de luz, depois análises histopatológicas das Placentas por Hematoxilina e Eosina - HE, análises histopatológicas das placentas seguindo a técnica de coloração com Masson e análises histopatológica das placentas seguindo a Técnica de coloração - PAS. Após análise das imagens histológicas foi possível identificar nas placentas de gestantes normotensas, a decídua madura e plana com tecido eosinófilo e presença de fibrina, com epitélio denso e vilosidades íntegras. As vilosidades coriônicas apresentaram bastante vascularizadas, com nós e brotos sinciciais. O cordão umbilical apresentou artéria com camada intima e muscular de espessuras habituais. Quanto às placentas de pacientes que cursaram com hipertensão gestacional, notou-se o espessamento da camada muscular lisa dos vasos placentários, microcalcificações e hialinização dos vasos, além disso observou áreas envelhecidas e áreas com degeneração hialina nas vilosidades. Já as placentas de gestantes com hipertensão crônica foram encontradas hialinização e envelhecimento das vilosidades, com micro-calcificação e focos hemorrágicos. O cordão umbilical de gestante com hipertensão crônica, apresentou a parede muscular espessa, hialização do vaso e degeneração celular. Já nas placentas de gestantes com pré-eclampsia leve foi possível observar agrupamentos intensos de 6 vilosidades degeneradas e hialinizadas. O cordão umbilical apresentou espessamento da camada muscular. As placenta de gestantes com pré-eclampsia grave foi possível observar hialinização das vilosidades, agrupamentos severos com foco de calcificação e áreas hemorrágicas.Por fim, identificou-se que as gestantes em idade adulta adquiriram SHG; os recém-nascidos de gestantes com hipertensão arterial crônica foram os que sofreram o impacto maior da síndrome, apresentando leve diminuição do peso, estatura, perímetro torácico e perímetro cefálico. As placentas e cordões umbilicais de gestantes com SHG apresentaram mudanças estruturais e acometimento das estruturas teciduais quando comparados ao grupo das gestantes normotensas. Neste sentido, conclui-se que os anexos gestacionais que possuem dados importantes sobre o desenvolvimento gestacional, podendo contribuir de forma ativa para os dados clínicos da gestantes e do recém-nascido.
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JULIANA MARIA DANTAS MENDONÇA BORGES
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Antiagregantes plaquetários em perioperátorio de cirurgias não cardíacas e a tomada de decisão entre manter ou suspender.Juliana Maria Dantas Mendonça Borges.
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Orientador : ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA
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Data: 15/06/2018
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Tese
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INTRODUÇÃO: Na prática clínica diária há o dilema entre manter ou suspender os antiagregantes plaquetários em perioperatório de cirurgias não cardíacas.OBJETIVOS: Descrever o padrão de prescrição de antiagregantes plaquetários em periopetaratório de cirurgias não cardíacas.MÉTODOS: Estudo transversal, realizado de outubro de 2014 a outubro de 2016 em hospital. A variável dependente do estudo foi a terapia divergente das recomendações das diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). As variáveis independentes incluíram algumas características, os responsáveis pelo manejo e as causas de não adesão às diretrizes. As variáveis foram incluídas no modelo multivariado. A análise baseou-se no valor de oddsratio (OR) e seu respectivo intervalo de confiança (IC) de 95%, estimados por regressão logística com um nível de significância de 5%. RESULTADOS: A amostra foi composta de pacientes adultos submetidos a cirurgias não cardíacas e que faziam uso de ácido acetilsalicílico (AAS) ou clopidogrel (n= 161). A prescrição destes medicamentos esteve em desacordo com o preconizado pelas diretrizes em 80,75% da amostra. Os cirurgiões realizaram o maior número (n=63) de orientações em desacordo. Após a análise multivariada, observou-se que os pacientes com nível de escolaridade superior (OR=0,24; IC95% 0,07-0,78) e aqueles com episódio prévio de infarto agudo do miocárdio (IAM) (OR=0,18; IC95% 0,04-0,95), possuem maior chance de utilizar a terapia em concordância.CONCLUSÃO: Associação positiva entre o nível de escolaridade dos pacientes ou história prévia de IAM com o manejo do uso de AAS e clopidogrel em perioperatório de cirurgias não cardíacas. Porém, as divergências nas condutas reforçam a necessidade de definição de protocolos internos.
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MARIA ALEXSANDRA DA SILVA MENEZES
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ESTRUTURA HOSPITALAR E PROCESSOS DE TRABALHO ENVOLVIDOS NA ASSISTÊNCIA NEONATAL NO BRASIL
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Orientador : RICARDO QUEIROZ GURGEL
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Data: 15/06/2018
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Tese
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Introdução: A mortalidade infantil no Brasil, apesar de ter sido reduzida e alcançado a quarta meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ainda é elevada. O componente neonatal é responsável por 60% dessas mortes. Quase um milhão de mortes neonatais no mundo ocorrem no mesmo dia de nascimento. Estrutura hospitalar adequada e ampliação da cobertura dos processos de atendimento ao recém-nascido (RN), que são medidas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde e estão agrupadas no programa Essential Newborn Care, poderiam reduzir a mortalidade neonatal. Objetivos: avaliar a adequação estrutural das maternidades brasileiras às necessidades do RN e a frequência de realização dos itens do Essential Newborn Care na assistência ao RN, no período próximo ao parto. Métodos: estudo transversal utilizando dados da pesquisa “Nascer no Brasil”, coorte sobre partos e nascimentos que ocorreram entre fevereiro de 2011 e outubro de 2012, em 266 maternidades públicas e privadas das cinco macrorregiões do Brasil, incluindo dados de 23.894 puérperas e seus RNs. Informações foram obtidas por meio de entrevista com o gestor, com as puérperas e através da análise dos prontuários. As proporções de RN com alto risco obstétrico foram analisadas conforme a presença de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e o grau de adequação da estrutura hospitalar, verificando a associação entre essas variáveis através do teste do qui-quadrado, considerado significativo se p<0,05. Para estimar a intensidade da associação entre a ausência de realização de algum item do Essential Newborn Care e características estruturais da unidade ou sócio-demográficas maternas foram realizados modelos de regressão simples. Em seguida, modelos de regressão múltipla foram desenvolvidos utilizando cada variável dependente e as variáveis independentes que foram significativas na regressão simples. Foram estimadas as razões de chance ajustadas (ORa) com os intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Apenas 10% dos RNs com alto risco obstétrico nasceram em maternidades públicas com UTIN cuja estrutura foi classificada como adequada. No setor privado este percentual foi de 8%. No setor público, quase 50% da demanda com alto risco obstétrico nasceu em maternidade sem UTIN, percentual que se elevou para mais de 60% nas Regiões Norte, Nordeste e cidades que não eram a capital. O corticoide antenatal foi utilizado em 41% dos casos indicados; reduzindo para 20% no Norte e Centro-Oeste e aumentando para 63,1% em estabelecimentos privados. O contato pele a pele precoce ocorreu em 26,3% dos partos e em 39,7% dos partos vaginais. O início do aleitamento materno na primeira hora de vida ocorreu para 59,1% dos neonatos. Unidades classificadas como inadequadas (ORa 2,16; IC95% 1,17-4,01) e sem UTIN (ORa 3,93; IC95% 2,34-6,66) estiveram mais associadas à não utilização do corticoide antenatal. A cesariana esteve mais associada à não realização do contato pele a pele precoce (ORa 3,07; IC95% 3,37-4,90) e do aleitamento materno na primeira hora de vida (ORa 2,55; IC95% 2,21-2,96). Conclusões: Proporção importante de RNs com alto risco obstétrico nasceram em unidades com estrutura inadequada para atender suas necessidades. As práticas descritas no Essential Newborn Care investigadas tiveram baixa cobertura em todo o país. Houve associação entre inadequação estrutural da maternidade e não uso de corticoide antenatal. A cesariana foi encontrada como fator de risco para ausência de contato pele a pele precoce e de aleitamento materno na primeira hora de vida.
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LUCAS VASCONCELOS LIMA
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ATIVIDADE FÍSICA REGULAR DE CURTA DURAÇÃO PREVINE A HIPERALGESIA AMPLIFICADA POR EXERCÍCIO ATRAVÉS DE MECANISMOS OPIÓIDES E SERTONINÉRGICOS
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Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
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Data: 18/05/2018
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Tese
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INTRODUÇÃO: Apesar de a atividade física regular ser conhecidamente capaz de prevenir a dor muscular crônica, os mecanismos por trás desse efeito não estão totalmente esclarecidos. Na porção rostroventromedial do bulbo (RVM), analgesia é mediada por opióides e serotonina, enquanto exercício reduz a fosforilação das subunidades NR1 dos receptores de N-metil-D-aspartato (NMDA) (p-NR1) e a expressão do transportador de serotonina (SERT). Nós testamos se o bloqueio farmacológico ou depleção genética em camundongos fisicamente ativos modula os sistemas inibitórios e excitatórios no RVM em um modelo de hiperalgesia induzida por atividade física. MÉTODOS: Nós examinamos a frequência de resposta à estimulação mecânica da pata, limiar de retirada muscular e a expressão da fosforilação de subunidades NR1 dos receptores NMDA (p-NR1) e do transportador de serotonina (SERT) no RVM. Camundongos que foram expostos a 5 dias de atividade na roda de corrida previamente a indução do modelo foram comparados com camundongos sedentários RESULTADOS: Camundongos sedentários apresentaram aumentos significativos na frequência de retirada da pata e redução do limiar de retirada muscular; atividade na roda de corrida preveniu o aumento na frequência de retirada da pata. Camundongos MOR -/- ou tratados com naloxona tiveram aumentos na frequência de retirada significativamente maiores que dos controles fisicamente ativos e similares aos camundongos sedentários. Imunohistoquimica no RVM mostrou aumentos na expressão de p-NR1 e SERT em animais sedentários 24 horas após a indução do modelo. A atividade física preveniu o aumento na expressão de SERT, mas não de p-NR1. Camundongos fisicamente ativos que foram tratados com naloxona ou eram MOR -/- apresentaram aumento significativo na expressão de SERT quando comparado com os controles (wild type e salina) fisicamente ativos. Bloqueio de SERT no RVM de camundongos sedentários reverteu a hiperalgesia da pata e musculo induzida por atividade física. CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem que a analgesia induzida por 5 dias de atividade na roda de corrida é mediada por receptores mu-opióide através da modulação de SERT, mas não p-NR1, no RVM.
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GENIVAL ARAUJO DOS SANTOS JÚNIOR
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IMPLEMENTAÇÃO E PROPOSIÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA INTEGRAÇÃO DE SERVIÇOS CLÍNICOS FARMACÊUTICOS ÀS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE.
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Orientador : DIVALDO PEREIRA DE LYRA JUNIOR
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Data: 18/05/2018
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Tese
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Introdução. Serviços Clínicos Farmacêuticos (SCF) tem se expandido mundialmente e tem impactado positivamente nos resultados em saúde. Entretanto, estudos que se aprofundem nas etapas de implementação de SCF nas redes de atenção à saúde do sistema de saúde brasileiro (SUS) são incipientes. Objetivo. Implementar e propor estratégias para integração de SCF às redes de atenção à saúde. Métodos. Foi realizado estudo na cidade do Recife-PE, em três etapas, de julho/2015 a outubro/2017. A primeira etapa correspondeu a um estudo quasi-experimental (antes e depois), realizado por meio da metodologia da problematização com Arco de Maguerez, a fim de implementar SCF. A segunda etapa compreendeu dois estudos qualitativos, realizados por meio de grupos focais e entrevistas semiestruturadas, com a finalidade de identificar barreiras, facilitadores e estratégias que influenciaram na implementação dos SCF. A terceira etapa compreendeu estudo de desenvolvimento metodológico, realizado por meio de entrevistas semiestruturadas e grupo nominal, para propor e priorizar estratégias de integração de SCF ao SUS. Os participantes do estudo foram farmacêuticos, gestores e decision-makers envolvidos na implementação dos SCF, pacientes e painel de especialistas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados. Na primeira etapa foram realizados: i) diagnóstico situacional (antes): identificou SCF incipientes, carências na estrutura e no processo de trabalho dos farmacêuticos; ii) planejamento: foram realizadas 16 reuniões de brainstorming com diferentes atores e um cronograma de atividades; iii) intervenção: foram realizadas 22 reuniões político-administrativas com gestores e equipe de saúde, 768 horas de treinamento teórico-prático com Mentoring para os farmacêuticos; iv) avaliação preliminar (depois): indicadores de estrutura apresentaram diferença estatística significativa, diferentemente dos indicadores de processo, e foram realizadas 1.465 consultas farmacêuticas com 842 pacientes. Na segunda etapa foram realizados dois grupos focais com farmacêuticos e cinco entrevistas com gestores, o que identificou 43 barreiras e 39 facilitadores relacionados à rede de saúde, farmacêuticos, equipe de saúde, processo de implementação e/ou pacientes. Ademais, 21 estratégias relacionadas aos farmacêuticos foram identificadas como necessárias à implementação de SCF. Na terceira etapa foram realizadas entrevistas com cinco gestores e sete decision-makers que identificaram 21 barreiras e 20 facilitadores. A partir destes resultados, especialistas que compuseram o grupo nominal propuseram 41 estratégias para integração de SCF e priorizaram as seguintes: institucionalizar os SCF; pactuar fluxos assistenciais e protocolos de encaminhamentos; avaliar e divulgar os resultados/benefícios dos SCF; planejar e definir SCF; sensibilizar a gestão. Conclusão. Foi possível implementar SCF, por meio da avaliação diagnóstica da realidade, identificação de fatores que podem influenciar na implementação, planejamento de intervenções e aplicação à realidade, bem como priorizar estratégias de integração dos SCF ao SUS. Assim, este estudo é inovador e poderá servir como eixo norteador para que farmacêuticos, gestores e decision-makers planejem, implementem e integrem SCF no SUS.
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LAIZA LIMA FONTINELE
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EFEITO ANTI-HIPERALGÉSICO DO (-)-α-BISABOLOL E DO COMPLEXO DE INCLUSÃO (-)-α-BISABOLOL/β-CICLODEXTRINA EM MODELOS DE DOR CRÔNICA
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Orientador : JULLYANA DE SOUZA SIQUEIRA QUINTANS
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Data: 23/04/2018
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Dissertação
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A dor crônica é uma dor contínua ou recorrente, que excede o curso normal de recuperação para uma lesão ou doença. De acordo com a origem da dor crônica, ela pode ser classificada como inflamatória ou neuropática. A dor neuropática é caracterizada por anormalidades como disestesia, hiperalgesia e alodinia, interferindo na qualidade de vida. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito antinociceptivo e anti-inflamatório de -(α)-bisabolol puro e seu complexo de inclusão em β-ciclodextrina em modelos pré-clínicos de dor crônica. Assim, investigou-se a eficiência de complexação do BIS em β-CD por meio de Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC). Os modelos de dor crônica foram induzidos por injeção de CFA (25 μl; i.pl.) e lesão parcial do nervo ciático (LPNC). Os animais foram avaliados quanto aos parâmetros comportamentais: hiperalgesia mecânica, hiperalgesia térmica, força muscular e coordenação motora. Além disso, avaliou-se as concentrações das citocinas TNF-α e IL-10, a expressão da proteína adaptadora de ligação de cálcio ionizado (IBA-1). Os animais foram tratados com BIS e BIS/β-CD (50 mg/kg, v.o.) ou veículo. A eficiência de complexação (EE%) de BIS em complexos de inclusão com β-CD é igual a 50% ± 0,19. BIS e BIS/βCD produziram uma redução significativa (p<0,001) na hiperalgesia mecânica em ambos os modelos de dor e redução significativa (p <0,001) e na hiperalgesia térmica. Não foram encontradas alterações na força muscular e nem na coordenação motora. Além disso, ambos os compostos inibem (p <0,05) a produção de TNF-α no nervo ciático e na medula espinhal e estimulam (p <0,05) a liberação de IL-10 na medula espinhal em camundongos induzidos com LPNC. Além disso, BIS e BIS/β-CD reduzem a imunomarcação IBA-1 em comparação com os camundongos tratados com veículo. Portanto, BIS e BIS/β-CD atenuam a hiperalgesia, modulam a liberação de citocinas e inibem a expressão de IBA-1 na medula espinhal no modelo LPNC. Além disso, os resultados mostram que a complexação do BIS em β-CD reduz a dose terapêutica do BIS. Podemos sugerir que o BIS é uma molécula promissora para o tratamento de dores crônicas como a neuropática.
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DANIELA SIQUEIRA PRADO
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Práticas obstétricas e influência do tipo de parto em resultados neonatais e maternos em Sergipe.
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Orientador : RICARDO QUEIROZ GURGEL
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Data: 13/04/2018
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Tese
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Introdução: No Brasil, verifica-se elevada frequência de práticas obstétricas inadequadas e de cesáreas. Este procedimento pode associar-se a aumento de risco de morbidade materna e neonatal. Objetivo: descrever as práticas utilizadas durante o trabalho de parto e parto e fatores associados e avaliar práticas de incentivo à amamentação, complicações neonatais e maternas precoces e tardias segundo tipo de parto. Pacientes e Métodos: estudo tipo coorte, no período de junho de 2015 a abril e 2016, nas 11 maternidades de Sergipe, com 768 puérperas entrevistadas após 6h do parto, 45 a 60 dias e 6 a 8 meses após o parto e análise de dados do prontuário das puérperas e dos recém-nascidos. As associações entre as boas práticas e intervenções utilizadas durante o trabalho de parto e parto com as variáveis de exposição foram descritas em frequências simples, percentuais, razões de chances brutas (OR) e ajustadas (ORA) com o intervalo de confiança e as associações entre as práticas de incentivo à amamentação, as complicações neonatais e maternas precoces e tardias e as variáveis de exposição foram descrias por risco relativo (IC=95%) e pelo teste exato de Fisher. Resultados: alimentaram-se 10,6% das mulheres e 27,8% movimentaram-se durante o trabalho de parto; medidas não farmacológicas para alívio da dor foram realizadas em 26,1%; o partograma estava preenchido em 39,4% dos prontuários e o acompanhante esteve presente em 40,6% dos partos. Ocitocina, amniotomia e analgesia ocorreram em 59,1%, 49,3% e 4,2% das mulheres, respectivamente. O parto ocorreu na posição de litotomia em 95,2% dos casos, houve episiotomia em 43,9% e manobra de Kristeller em 31,7%. Os fatores mais associados à cesárea foram ser do setor privado de saúde (ORA=4,27;95%CI:2,44-7,47), ter maior escolaridade (ORA=4,54;95%CI:2,56-8,3) e alto risco obstétrico (ORA=1,9;95%CI:1,31-2,74). Usuárias do setor privado tiveram maior presença do acompanhante (ORA=2,12;95%CI:1,18-3,79) e analgesia (ORA=4,96;95%CI: 1,7-14,5). Os recém-nascidos de puérperas que se submeteram a cesárea tiveram menor frequência de contato pele a pele com suas mães imediatamente após o parto (cesárea intraparto: RR=0,18;95%CI:0,1-0,31 e cesárea eletiva: RR=0,36;95%CI:0,27-0,47) e mamaram menos na primeira hora de vida (cesárea intraparto: RR=0,43;95%CI:0,29-0,63 e cesárea eletiva: RR=0,44; 95%CI:0,33-0,59). Recém-nascidos de cesárea eletiva foram menos frequentemente colocados para mamar na sala de parto (RR=0,42;95%CI:0,2-0,88) e ficaram em menor frequência em alojamento conjunto (RR=0,85;95%CI:0,77-0,95). As mulheres submetidas a cesárea intraparto tiveram maior risco de complicações precoces (RR=1,3;95%CI:1,04-1,64; p=0,037) e de disfunção sexual (RR=1,68;95%CI:1,14-2,48; p=0,027). Não houve diferença nas frequências de complicações neonatais, incontinência urinária e de depressão segundo tipo de parto. Conclusões: boas práticas obstétricas são pouco utilizadas e intervenções desnecessárias são frequentes e os fatores mais associados à operação cesariana foram ser do setor privado de saúde, ter maior escolaridade e alto risco obstétrico. A cesárea associou-se negativamente às práticas de incentivo à amamentação. A cesárea após trabalho de parto associou-se a maior risco de complicações maternas precoces e a disfunção sexual seis a oito meses pós-parto.
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ROSEMAR BARBOSA MENDES
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ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E FATORES ASSOCIADOS À PEREGRINAÇÃO NO ANTEPARTO E À PREFERÊNCIA DAS MULHERES PELA CESARIANA EM SERGIPE, BRASIL.
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Orientador : RICARDO QUEIROZ GURGEL
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Data: 11/04/2018
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Tese
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O Ministério da Saúde por meio do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) estabelece as atividades que devem ser oferecidas à todas as gestantes durante o pré-natal, bem como assegura o direito destas mulheres à vinculação precoce à maternidade de referência para o parto para evitar a peregrinação no anteparto. Nesta perspectiva, objetivou-se analisar a qualidade da assistência pré-natal a partir do PHPN e os seus efeitos e de outras características maternas na peregrinação no anteparto e na preferência das mulheres pela cesariana no início e final da gravidez em Sergipe, Brasil. Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, vinculado à pesquisa Nascer em Sergipe, realizada entre junho/2015 e abril/2016. Foram avaliadas 768 puérperas proporcionalmente distribuídas entre todas as maternidades públicas, mistas e privadas do estado. Para análise estatística foram utilizados os testes Qui-quadrado, Exato de Fisher e a Razão de Chances com significância < 0,05. Os resultados mostraram uma cobertura elevada da assistência pré-natal em Sergipe (99,3%; n= 763), porém pouco mais da metade destas mulheres iniciaram seu acompanhamento pré-natal antes da 16ª semana gestacional (57%; n= 435) e 74,4% (n= 570) compareceram a seis ou mais consultas. A orientação sobre a maternidade de referência para o parto foi referida por 61,3% (n= 468) das entrevistadas e 29,4% (n= 226) peregrinaram no anteparto. A peregrinação no anteparto foi maior entre as mulheres que realizaram o pré-natal com profissional enfermeiro na maioria das consultas (OR: 2,05; IC 95%: 1,49-2,83) e menos frequente entre as que possuíam idade ≥ 20 anos (OR: 0,50; IC 95%: 0,34-0,71), com alta escolaridade (OR: 0,42; IC 95%: 0,31-0,59), com trabalho remunerado (OR: 0,61; IC 95%: 0,44-0,85) e com pré-natal em serviço privado (OR: 0,21; IC 95%: 0,12-0,36). A realização da cesariana foi de 40,6% (n= 312). As variáveis associadas à preferência inicial pela cesariana foram idade materna ≥ 20 anos (OR: 1,94; IC 95%: 1,21-3,11) e trabalho remunerado (OR: 1,52; IC 95%: 1,08-2,13). A escolha pela cesárea no final da gestação se mostrou associada ao pré-natal em serviço privado (OR: 2,50; IC 95%: 1,56-4,01) e foi menos frequente entre as mulheres acompanhadas por enfermeiro na maioria das consultas (OR: 0,25; IC 95%: 0,11-0,60). Concluiu-se que a assistência pré-natal em Sergipe não oferece de forma satisfatória as atividades estabelecidas pelo PHPN e que houve elevada peregrinação no anteparto e realização de cesarianas, sendo estas últimas influenciadas por fatores socioeconômicos maternos e pelas características do acompanhamento pré-natal.
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TELMA CRISTINA FONTES CERQUEIRA
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Capacidade funcional de exercício em pacientes submetidos à eletroestimulação neuromuscular no pós-operatório de cirurgia cardíaca: um ensaio clínico randomizado.
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Orientador : VALTER JOVINIANO DE SANTANA FILHO
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Data: 05/04/2018
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Tese
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Introdução: A estimulação elétrica neuromuscular (EENM) se apresenta como um potencial recurso a ser utilizado no pós-operatório de cirurgia cardíaca com o objetivo de evitar o declínio funcional, que muitas vezes ocorre mesmo durante um curto período de internamento na Unidade de Terapia Intensiva. Objetivo: Avaliar os efeitos da EENM na capacidade funcional de exercício de pacientes no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca. Metodologia: Neste ensaio clínico randomizado, pacientes adultos, em pré-operatório de revascularização do miocárdio e implante de bioprótese valvar foram alocados em dois grupos: Grupo Controle, submetido aos cuidados usuais da fisioterapia; e Grupo Experimental, em que foi adicionada a aplicação da EENM, com a corrente FES no reto femural e gastrocnêmio bilateralmente, por 60 minutos em até 10 sessões durante a hospitalização. O desfecho primário foi a distância percorrida, avaliada através do Teste de caminhada de 6 minutos (TC6) no 5˚ dia pós-operatório (PO). Os desfechos secundários foram velocidade da marcha, lactimetria pré e após esforço; força muscular, avaliada a partir da dinamometria de extensão de joelho, escala do Medical Research Council (MRC) e preensão palmar; atividade eletromiográfica do reto femural; medida de independência funcional (MIF) e qualidade de vida através do Perfil de Saúde de Nottingham (PSN) avaliados no pré e pós-operatório. Para estatística foi utilizada o programa SPSS. Foi aplicado o teste t de Student, Qui-quadrado, ANOVA e calculado o tamanho do efeito. Valores de p <0,05 indicaram significância estatística. Resultados: Foram incluídos na análise 45 pacientes, 23 pertencentes ao grupo EENM e 22 ao grupo controle. A EENM não teve efeito sobre a distância percorrida (95% IC, -83,51 a 52,79, p=0,080) no 5PO, nem mesmo sob velocidade de marcha no T10, a força, lactimetria, atividade eletromiográfica, independência funcional e qualidade de vida. O grupo EENM, porém, apresentou manutenção da força para extensão de joelho, da atividade eletromiográfica, força muscular global a partir do MRC e do lactato sanguíneo após o esforço quando comparado ao repouso, diferente do grupo controle. Houve queda da preensão palmar, independência funcional e do domínio habilidades físicas do PSN, sem retorno aos valores basais no 5PO, exceto para habilidades físicas no grupo EENM que apresentou retorno aos valores pré-operatórios. Conclusão: O uso da EENM não demonstrou efeito sobre a capacidade funcional de exercício de pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca, porém foi associada à preservação de força muscular, recrutamento das unidades motoras do reto femural e do lactato sanguíneo ao esforço.
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ISABELA AZEVEDO FREIRE SANTOS
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Influência da estimulação tátil nociva e do uso da sacarose intraoral no desenvolvimento sensório-motor em modelo experimental de dor neonatal
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Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
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Data: 09/03/2018
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Tese
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Introdução: Recém-nascidos pré-termo são constantemente expostos a procedimentos dolorosos em Unidades de Terapia Intensiva. Apesar disto, as repercussões da dor neonatal em longo prazo e o uso da sacarose como analgésico para dores relacionadas a estes procedimentos são pouco difundidas. Objetivos: 1) Realizar síntese dos dados existentes na literatura (revisão sistemática) a respeito dos efeitos da dor neonatal no desenvolvimento motor em longo prazo; 2) Avaliar os efeitos da sacarose nas funções sensitiva e motora em modelo experimental de dor neonatal desde o nascimento à fase adulta. Método: 1) Busca sistemática de estudos em quatro bases de dados (PubMed, Scopus, Scielo e LILACS) realizada por dois investigadores através dos descritores “Infant, newborn”, “Infant, premature”, “Pain” e “Motor skills”. Para a avaliação metodológica desses estudos, foi utilizada a Newcastle-Ottawa Assessment Scale (NOS). 2) Estudo experimental realizado em ratos filhotes (n=38; 18 machos e 20 fêmeas) submetidos ao modelo experimental de dor neonatal. Os animais foram divididos em quatro grupos: 1) Estimulação tátil nociva + intervenção com sacarose (n=9; 5 machos e 4 fêmeas); 2) Estimulação tátil nociva + intervenção com morfina (n=9; 5 machos e 4 fêmeas); 3) Estimulação tátil nociva + intervenção com água potável (n=9; 3 machos e 6 fêmeas); 4) Controle (estimulação tátil não-nociva) (n=11; 5 machos e 6 fêmeas). Foram avaliados latência térmica (placa quente), limiar de retirada da pata (filamentos von Frey), força muscular (grip strenght meter) e velocidade de deslocamento (monitor de atividades) aos 15, 30, 32, 60, 62, 90 e 92 dias pós-natais. Resultados: 1) Onze artigos foram encontrados, porém após aplicação dos critérios de exclusão, apenas dois artigos foram selecionados. Foram observados baixos escores (NOS ≤ 5) para as coortes analisadas. Foi evidenciada relação direta entre o número de procedimentos dolorosos realizados em neonatos prematuros e menores índices de desenvolvimento motor e cognitivo destes indivíduos aos 18 meses de vida. Foi relatada a reação comportamental à dor neonatal como fator preditivo para melhor qualidade das atividades motoras aos 8 meses. 2) Houve maior latência térmica aos 15 dias nos animais machos do grupo sacarose e menor latência em fêmeas tratadas com sacarose aos 60 dias em relação ao grupo controle. Houve maior limiar de retirada da pata nos animais dos grupos morfina, água e sacarose em relação ao controle. Foram observadas diminuição da latência térmica e do limiar de retirada da pata, aumento da força de preensão e redução da velocidade ao longo do tempo em todos os grupos. Na comparação entre os sexos, evidenciou-se que a partir dos 60 dias pós-natais os animais dos grupos sacarose apresentaram maior latência térmica (machos) e maior velocidade de deslocamento (fêmeas). Nos grupos morfina e controle, houve maior limiar de retirada da pata em fêmeas e machos, respectivamente. Conclusão: A baixa qualidade metodológica e a escassez de estudos publicados permitem afirmar, de forma limitada, que há influência da dor neonatal no desenvolvimento motor desde os primeiros dias de vida até a fase inicial da infância. Sugere-se que a sacarose e morfina possuem efeitos analgésico em curto prazo e anti-hiperalgésico em longo prazo. Recomenda-se a realização de novos estudos para melhor esclarecer os efeitos da sacarose e suas repercussões dependentes do sexo ao longo da vida.
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ISABELA AZEVEDO FREIRE SANTOS
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Influência da estimulação tátil nociva e do uso da sacarose intraoral no desenvolvimento sensório-motor em modelo experimental de dor neonatal.
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Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
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Data: 09/03/2018
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Tese
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Introdução: Recém-nascidos pré-termo são constantemente expostos a procedimentos dolorosos em Unidades de Terapia Intensiva. Apesar disto, as repercussões da dor neonatal em longo prazo e o uso da sacarose como analgésico para dores relacionadas a estes procedimentos são pouco difundidas. Objetivos: 1) Realizar síntese dos dados existentes na literatura (revisão sistemática) a respeito dos efeitos da dor neonatal no desenvolvimento motor em longo prazo; 2) Avaliar os efeitos da sacarose nas funções sensitiva e motora em modelo experimental de dor neonatal desde o nascimento à fase adulta. Método: 1) Busca sistemática de estudos em quatro bases de dados (PubMed, Scopus, Scielo e LILACS) realizada por dois investigadores através dos descritores “Infant, newborn”, “Infant, premature”, “Pain” e “Motor skills”. Para a avaliação metodológica desses estudos, foi utilizada a Newcastle-Ottawa Assessment Scale (NOS). 2) Estudo experimental realizado em ratos filhotes (n=38; 18 machos e 20 fêmeas) submetidos ao modelo experimental de dor neonatal. Os animais foram divididos em quatro grupos: 1) Estimulação tátil nociva + intervenção com sacarose (n=9; 5 machos e 4 fêmeas); 2) Estimulação tátil nociva + intervenção com morfina (n=9; 5 machos e 4 fêmeas); 3) Estimulação tátil nociva + intervenção com água potável (n=9; 3 machos e 6 fêmeas); 4) Controle (estimulação tátil não-nociva) (n=11; 5 machos e 6 fêmeas). Foram avaliados latência térmica (placa quente), limiar de retirada da pata (filamentos von Frey), força muscular (grip strenght meter) e velocidade de deslocamento (monitor de atividades) aos 15, 30, 32, 60, 62, 90 e 92 dias pós-natais. Resultados: 1) Onze artigos foram encontrados, porém após aplicação dos critérios de exclusão, apenas dois artigos foram selecionados. Foram observados baixos escores (NOS ≤ 5) para as coortes analisadas. Foi evidenciada relação direta entre o número de procedimentos dolorosos realizados em neonatos prematuros e menores índices de desenvolvimento motor e cognitivo destes indivíduos aos 18 meses de vida. Foi relatada a reação comportamental à dor neonatal como fator preditivo para melhor qualidade das atividades motoras aos 8 meses. 2) Houve maior latência térmica aos 15 dias nos animais machos do grupo sacarose e menor latência em fêmeas tratadas com sacarose aos 60 dias em relação ao grupo controle. Houve maior limiar de retirada da pata nos animais dos grupos morfina, água e sacarose em relação ao controle. Foram observadas diminuição da latência térmica e do limiar de retirada da pata, aumento da força de preensão e redução da velocidade ao longo do tempo em todos os grupos. Na comparação entre os sexos, evidenciou-se que a partir dos 60 dias pós-natais os animais dos grupos sacarose apresentaram maior latência térmica (machos) e maior velocidade de deslocamento (fêmeas). Nos grupos morfina e controle, houve maior limiar de retirada da pata em fêmeas e machos, respectivamente. Conclusão: A baixa qualidade metodológica e a escassez de estudos publicados permitem afirmar, de forma limitada, que há influência da dor neonatal no desenvolvimento motor desde os primeiros dias de vida até a fase inicial da infância. Sugere-se que a sacarose e morfina possuem efeitos analgésico em curto prazo e anti-hiperalgésico em longo prazo. Recomenda-se a realização de novos estudos para melhor esclarecer os efeitos da sacarose e suas repercussões dependentes do sexo ao longo da vida.
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BRUNA MATEUS ROCHA DE ANDRADE PASSOS
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Efeitos da terapia com exercício de trato vocal semiocluído e treinamento de coral na voz de indivíduos com deficiência isolada e congênita do hormônio do crescimento.
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Orientador : MANUEL HERMINIO DE AGUIAR OLIVEIRA
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Data: 02/03/2018
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Dissertação
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A voz é produzida pela vibração das pregas vocais, cujo número de ciclos por segundo (Hertz, Hz) corresponde à frequência fundamental (f0) do sinal laríngeo, e os formantes (F) são múltiplos da f0, indicando as zonas de amplificação das vogais no trato vocal. A deficiência de hormônio de crescimento isolada (DIGH) ao longo da vida caracteriza a voz de timbre alto e pitch agudo, com valores elevados frequências de formantes, mantendo uma previsão acústica pré-puberal. Especula-se que as medidas acústicas vocais destes indivíduos podem ser aprimoradas pelo exercício de trato vocal semiocluído ou treinamento de coral, e que sua classificação vocal em naipes assemelha-se a um coral infantil. Objetivos: verificar o efeito do exercício de trato vocal semiocluído (ETVSO); avaliar o efeito do treinamento de coral; e analisar a classificação dos naipes de vozes no coral de indivíduos com DIGH. Métodos: estudo prospectivo longitudinal sem grupo controle avaliou os efeitos da terapia com ETVSO em tubo de silicone LaxVox e treinamento de coral em 17 indivíduos adultos com DIGH congênita e não tratada, em um período de 30 dias. Foi realizado gravação da amostra vocal da vogal [é] para análise acústica e comparação do efeito antes e após do ETVSO (pré-ETVSO e pós-ETVSO) e pós-treinamento de coral. Além disso, foi realizada classificação dos naipes de vozes do coral de indivíduos com DIGH. Resultados: O primeiro formante (F1) foi maior no pós-treinamento de coral em comparação com o pré-ETVSO (p = 0,009). O segundo formante (F2) foi maior no pós-ETVSO em comparação com o pré-ETVSO (p = 0,045). Shimmer foi reduzido em pós-treinamento de coral em comparação com pré-ETVSO (p = 0,045). Todas as mulheres DIGH (total 10) foram classificadas em naipe de voz contralto, e os homens DIGH (total 7) tenores. Conclusão: Uma abordagem de terapia fonoaudiológica com ETVSO e treinamento de coral foi capaz de melhorar os parâmetros acústicos da voz de indivíduos com DIGH congênita e não tratada. Particularmente, isso parece ser importante em um cenário em que poucos pacientes são submetidos à terapia de reposição de GH. Conclui-se que o efeito da terapia com ETVSO é adicionado ao treinamento de coral favorecendo aos ajustes da fonte na adução das pregas vocais e do filtro na forma, comprimento e constrição do trato vocal. A classificação dos naipes de vozes do coral de indivíduos adulto DIGH é típico de um coral infantil.
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ALYNNE KAREN MENDONÇA DE SANTANA
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Aspectos moleculares e caracterização fenotípica de isolados dermotrópicos e viscerotrópicos de um novo grupo de Tripanosomatídeos
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Orientador : ROQUE PACHECO DE ALMEIDA
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Data: 28/02/2018
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Tese
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Protozoários tripanossomatídeos do gênero Leishmania são parasitos transmitidos por vetores que infectam hospedeiros vertebrados, causando um amplo espectro de doenças denominadas leishmanioses. A gravidade das formas clínicas depende, dentre outros fatores, da espécie, assim, a identificação correta se torna crítica para o diagnóstico, prognóstico e tratamento. As ferramentas bioquímicas e moleculares disponíveis para caracterizar espécies de Leishmania são, na maioria das vezes, eficientes. Embora essas metodologias sejam importantes para o diagnóstico e identificação de Leishmania, são insuficientes para identificação conclusiva. Após isolar 7 amostras clínicas de parasitos, sendo alguns deles de casos atípicos de leishmaniose cutânea/mucocutânea e visceral, o principal objetivo foi identificar a espécie de Leishmania envolvida. Através da análise estrutural do citoesqueleto, que envolve a presença de flagelo e kinetoplasto, por exemplo, foi observado que esses parasitos compartilham características morfológicas com outros tripanossomatídeos, entretanto, não se pode afirmar qual a espécie em questão. Uma vez que os resultados da identificação por PCR e eletroforese de insoenzimas foram inconclusivos, foi realizado o sequenciamento total do genoma. O sequenciamento dos isolados clínicos dos pacientes diagnosticados com leishmanioses mostrou que se trata de uma nova espécie patogênica dentro do grupo dos tripanossomatídeos. Ao comparar as sequências codificantes dos genes ortólogos de 36 tripanossomatídeos, foi observado que esses parasitos são intimamente relacionados com Crithidia fasciculata, parasito exclusivo de mosquitos, e considerado não patogênico para humanos. A caracterização fenotípica de 2 desses isolados clínicos, sendo um deles isolado da pele e outro da medula óssea do mesmo paciente mostrou que o isolado da pele não foi capaz de estabelecer doença no baço de camundongos BALB/c infectados. Por outro lado, ambos os isolados infectaram e induziram reação inflamatória no fígado dos animais após 4 e 6 semanas de infecção. No entanto, apenas o isolado da pele foi capaz de sobreviver na derme dos camundongos, induzindo inflamação local com presença de parasitos na orelha e linfonodos. Além disso, a infecção com o isolado da medula óssea em macrófagos murinos exibiu um maior número de células infectadas e maior número de amastigotas dentro das células, comparada ao da pele. Adicionalmente, o isolado da medula óssea foi capaz de modular negativamente a produção de óxido nítrico em macrófagos murinos, corroborando com o aumento da infecção. Essas descobertas levantam preocupações sobre uma doença infecciosa emergente facilmente confundida com leishmaniose, abrindo caminhos para a pesquisa nos campos epidemiológicos, de vetores, reservatórios, distribuição e reavaliação de casos de leishmaniose. Devido a proximidade com os parasitos do gênero Crithidia e a localização geográfica de onde foram isolados, a nomenclatura de Cridia sergipensis foi proposta para agrupar essa nova espécie. O presente estudo contribui também para o conhecimento das diferenças fenotípicas associadas com as diversas patologias causadas pela infecção com Cridia.
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ANDERSON LEITE FREITAS
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Avaliação da Cicatrização de Feridas por Hidrogel Contendo Extrato seco padronizado de Hytis pectinata (L.), EM RATOS.
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Orientador : ANGELO ROBERTO ANTONIOLLI
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Data: 28/02/2018
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Tese
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Úlceras venosas são um problema muito comum e seu tratamento muito caro. A Organização Mundial de Saúde e o Brasil têm incentivado o uso de plantas medicinais. Para tanto temos como objetivo: 1) Realizar uma revisão sistemática acerca dos fitoterápicos com atividade cicatrizante, 2) Desenvolver e validar uma metodologia analítica para quantificação do extrato aquoso e produtos derivados de Hyptis pectinata (L.), 3) Investigar o potencial cicatrizante do extrato seco padronizado de H. pectinata incorporado ao hidrogel em modelo tecidual de ferida excisão em ratos, 4) verificar possíveis alterações do extrato seco padronizado da H. pectinata incorporado ao hidrogel, no processo de cicatrização de feridas cutâneas induzidas. A pesquisa buscou em português, inglês e espanhol, nas bases de dados: Cinhal, Lilacs, Medline/Pubmed, Scopus e Web of Science, usando os descritores: Plants, Medicinal, Wound Healing e Varicose Ulcer. A busca da revisão sistemática produziu 3.505 artigos, sendo que sete foram selecionados para inclusão na revisão. Dos estudos incluídos, sete (100%) avaliaram a redução da área de úlcera, quatro (57,14%) avaliaram reepitelização, dois (28,57%) avaliaram a flora bacteriana e um (14,28%) avaliaram a pressão de oxigênio e dióxido de carbono percutâneo. A análise do nível de evidência indicou que cinco estudos (71,42%) foram classificados no nível 2 e dois estudos (28,57%) foram classificados no nível três. Uma meta-análise foi realizada em dois estudos que analisaram os efeitos do hidrogel incorporado com Mimosa tenuiflora no tratamento da úlcera venosa e incluíram 42 pacientes, com idade média de 60,5 anos, e duração média de tratamento de 10,5 semanas. A heterogeneidade foi avaliada utilizando I2, resultado em um alto valor de 84%. O hidrogel que incorporou M. tenuiflora pareceu ser um candidato promissor para o tratamento de úlceras venosas. Foi desenvolvido e validado um método analítico por cromatografia líquida de alta eficiência para a quantificação de substâncias no extrato aquoso de H. pectinata conforme resolução RDC 899 da Anvisa. Como marcadores foram selecionados rutina, o ácido caféico e a quercetina. O método apresentou boa repetibilidade, robustez, exatidão, especificidade, reprodutibilidade e precisão intermediária. A caracterização do hidrogel foi feita através do HPLC e foi verificado a incorporação do extrato no veículo. Para a avaliação da atividade cicatrizante foram realizados experimentos com 3, 7 e 14 dias em modelos animais. As lesões tratadas com HP5 no tempo de 3 dias obtiveram uma redução significativa (p<0,05) em relação ao grupo controle (CTL). A lesões tratadas com HP5 por sete dias reduziram significativamente (p<0,05) em relação ao grupo P5. Nas lesões acompanhadas por 14 dias tratadas com HP5 houve uma redução significativa (p<0,05) em relação às lesões do grupo tratado com CTL. Na análise histomorfológica dos scores do grupo tratado por 7 dias observou-se que houve diferença significativa somente entre o grupo CLT e o grupo P5. Quando avaliamos a histologicamente não foi observado diferenças significativas entre o grupo controle e os grupos tratados. Os resultados sugerem que o hidrogel de H. pectinata apresentou melhora no reparo cicatricial em modelo animal.
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LUANA GODINHO MAYNARD
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Efeitos do treinamento físico combinado com realidade virtual na funcionalidade e qualidade de vida de pacientes em hemodiálise.
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Orientador : JOSE AUGUSTO SOARES BARRETO FILHO
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Data: 27/02/2018
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Tese
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Os pacientes renais crônicos enfrentam estressores com a evolução da doença o que afeta diretamente a qualidade de vida (QV). Uma forma de recuperar as condições biopsicossociais é através da prática de exercícios físicos. Esta terapêutica auxiliar ainda é pouco vista nas clínicas de diálise e para incentivar a sua prática é importante também motivar o paciente. Ainda não se sabe sobre os benefícios da interação do treinamento físico com a realidade virtual (RV) nesta população, mas esta ferramenta lúdica pode ser um facilitador na terapia por exercício. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da fisioterapia usando RV sobre a capacidade funcional e QV de pacientes em hemodiálise.Métodos Estudo experimental randomizado para grupos controle e intervenção no qual realizou-se treinamento intradialítico combinado com RV três vezes por semana. Os resultados foram avaliados no início e após 12 semanas. Os testes de capacidade funcional incluíram a velocidade de caminhada (T10), Timed up and go (TUG) e o Dduke activity status index (DASI). Para avaliar a QV foi utilizado KDQOL-SFTM1.3 e para investigar os sintomas depressivos, o Center for Epidemiological Scale - Depression. A análise de variância de medidas repetidas foi utilizada para avaliar as diferenças entre os grupos em nossos principais resultados e o nível de significância foi de 5%.Resultado O exercício melhorou a capacidade funcional (TUG_ p = 0,002, DASI _p <0,001) e QV nos domínios físicos e específicos (função física p = 0,047, desempenho físico p = 0,021, PCS p <0,001; efeito da doença renal, p = 0,013) . Não houve influência sobre os sintomas depressivos (p = 0,1554).Conclusão O treinamento físico combinado com a realidade virtual foi capaz de melhorar a capacidade funcional e alguns domínios de qualidade de vida de pacientes em hemodiálise.
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JOSÉ VALMIR DE ANDRADE NETO
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A influência da cafeína na vectoeletronistagmografia computadorizada.
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Orientador : MAIRIM RUSSO SERAFINI
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Data: 26/02/2018
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Dissertação
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A cafeína é a droga psicoativa mais consumida no mundo e está contida, em diferentes concentrações, em diversos alimentos consumidos no dia a dia. Há forte propensão quanto a um envolvimento importante do seu consumo com as doenças do sistema vestibular.Alguns autores recomendam que o paciente suspenda o consumo de café por 72 horas antes do exame. Outros indicam a suspensão por 48 horas ou por 24 horas. Há aqueles que orientam evitar o consumo de café no dia do exame e aqueles que não fazem qualquer restrição à ingestão. Por outro lado, a suspensão súbita da ingestão de cafeína pode levar à abstinência e a sintomas como fadiga, náuseas, vômitos, diminuição da concentração e cefaleia. A vectoeletronistagmografia computadorizada (VENG) permite uma avaliação aprofundada e precisa do sistema vestibular, que é responsável pelo equilíbrio corporal, uma vez que proporciona uma medida objetiva da função vestibular. Neste contexto, objetivou-se investigar o efeito da cafeína no sistema vestibular utilizando a VENG, em dois momentos distintos, antes e após a ingestão de cafeína na forma de cápsulas, atividade esta que foi feita no Setor de Saúde Auditiva do Hospital São José situado na cidade de Aracaju-Sergipe. O teste vestibular foi realizado em duplicidade. Para o primeiro teste, os sujeitos foram orientados a não ingerir cafeína 48 horas antes do exame; no segundo teste, foram administrados 300 miligramas de cafeína aos sujeitos e feito um repouso de trinta minutos. Uma anamnese com questões específicas foi preenchida pelo avaliador, para verificar a presença ou ausência de sintomas relacionados com a audição e o equilíbrio corporal, assim como o uso de medicamentos e a ocorrência de outras enfermidades que causam disfunção destes sistemas, assim como foi avaliada por meio da Escala Visual Analógica (EVA) a percepção do estado atual do participante antes do primeiro e do segundo exame. Ao final do procedimento, foi avaliada, por meio de análises estatísticas, se houve ocorrência de alterações significativas no exame realizado na cessação e após ingestão da cafeína. A amostra foi composta por 52 mulheres e 18 homens, os quais referiram consumo habitual de cafeína. Cefaleia, fadiga, ansiedade e redução da concentração foram relatadas pelos voluntários quando foi realizado o teste vestibular após a interrupção da cafeína, o que refletiu na alteração da média do desconforto avaliado utilizando a EVA, de 3,14 (moderada) para 1,44 (leve), após a ingestão de cafeína. Não houve diferença entre o grupo que apresentou e o que não apresentou queixa de tontura quando foram avaliados os valores relativos da prova calórica, EVA e Sintomas antes e após o uso de cafeína, assim como a variável hábitos. Em ambos os momentos do estudo, verificou-se que não houve diferença entre os achados do teste vestibular VENG. O presente estudo revelou que doses moderadas de cafeína não afetam clinicamente ou estatisticamente os resultados do teste vestibular VENG.
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RAQUEL MOREIRA DE BRITTO
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Mirtenol protege contra a lesão de isquemia-reperfusão cardiaca através de mecanismos antioxidantes e anti-apoptóticos
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Orientador : SANDRA LAUTON SANTOS
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Data: 26/02/2018
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Tese
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A lesão de isquemia- reperfusão cardiaca representa uma grande ameaça à saúde humana, contribuindo para efeitos adversos cardiovasculares. No entanto, embora a reperfusão do coração isquêmico seja essencial para reduzir o dano miocárdico, a restauração do fluxo sanguíneo pode, paradoxalmente, amplificar o dano celular.O mirtenol é um monoterpeno com múltiplas atividades farmacológicas. No entanto, embora os monoterpenos tenham sido propostos para desempenhar papéis benéficos em uma variedade de distúrbios cardíacos, as ações farmacológicas do mirtenol no coração ainda não foram relatadas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se mirtenol promove a cardioproteção contra a lesão de isquemia-reperfusão cardiaca (IR) e os mecanismos envolvidos nesses efeitos. Os ratos Wistar machos foram pré-tratados por via oral durante sete dias consecutivos com solução salina (NaCl 0,9% 0,20 ml + DMSO 0,05 ml), mirtenol (50 mg / kg) ou N-acetil cisteína (NAC) (1.200 mg / kg,). Posteriormente, os corações foram submetidos a lesão de IR cardiaca, por meio do sistema de perfusão aórtica de fluxo constate do tipo langedorff, foi obtido os parâmetros contrateis tais como pressão ventricular esquerda (PVE), derivadas máxima (+dP/dt) e minima (-dP/dt) da PVE, frequência cardiaca (FC), parâmetros eletrocardiográficos, como FC, intervalo PR e a duração do complexo QRS, mensurado a atividade da Lactato Desidrogenase (LDH), detreminado o indice de severidade das arritmias cardíacas (ISA). O stresse oxidativo foi avaliado com base na determinação de hidroperóxidos totais, grupamento sulfidrilas totais, foi mensurado as espécies reativas de oxigenio (EROs), as proteínas carboniladas, determinado a atividade das enzimas antioxidantes endógenas: superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx) e glutationa redutase (GR), e a area de infarto. A via da apoptose foi investigada mediante a expressão das proteinas Bax e Bcl-2 e a apoptose in situ foi estudada a partir do método TUNEL.Aqui, mostramos que o comprometimento severo do desempenho contrátil induzido pela IR foi prevenido de forma significativa pelo mirtenol e NAC. Além disso, o Mirtenol aboliu a forma de onda eletrocardiográfica discrepante (elevação do segmento ST), bem como reduziu as arritmias fatais e o tamanho da área do infarto induzido por lesão de IR. Relevantemente, o mirtenol impediu totalmente o aumento da geração de espécies reativas de oxigênio e danos cardíaco causados pelo estresse oxidativo. Consequentemente, o mirtenol restaurou a atividade das enzimas antioxidantes endógenas e o equilíbrio das vias pró e anti-apoptóticas (Bax e Blc-2), associado à diminuição das células apoptóticas TUNEL-positivas. Em conjunto, nossos dados mostram que o mirtenol promove a cardioproteção contra lesão de IR através da atenuação do estresse oxidativo e inibição da via pro-apoptótica.
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ANDREZA OLIVEIRA ALMEIDA
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O CLEARANCE DE CREATININA COMO UMA IMPORTANTE
FERRAMENTA NO PROGNÓSTICO INTRA-HOSPITALAR DE
PACIENTES COM SÍNDROME CORONARIANA AGUDA
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Orientador : ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA
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Data: 23/02/2018
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Dissertação
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Fundamentos: A insuficiência renal (IR) é uma enfermidade comum etratável. Sua apresentação é frequente em pacientes portadores de doençaarterial coronariana (DAC). Inúmeros estudos têm demonstrado aumentosexpressivos de morbidade e mortalidade em pacientes com SíndromeCoronariana Aguda (SCA) e IR. Contudo, os atuais modelos prognósticosdisponíveis para SCA pouco se utilizam do estudo da função renal como fatorpreditivo e de prognósticos. Objetivos: Analisar a função renal em pacientescom Síndrome Coronariana Aguda através do clearance de creatinina e avaliarse há interferência da disfunção renal na evolução intra-hospitalar dos pacientescom SCA. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte hospitalar, longitudinal eprospectivo, realizado na Unidade de Dor Torácica (UDT) de um hospital privadoconsiderado referência cardiológica em Sergipe, Brasil. Foram utilizados sujeitosde ambos os sexos, com quadro de SCA e internados para investigação etratamento durante o período de maio de 2012 a dezembro de 2016. Foramincluídos 401 pacientes, analisados pela presença ou ausência de lesão renal,acompanhados até a alta hospitalar (ou óbito)..Resultados: A média de idadedos pacientes foi de 65,4 (± 13,0) anos com predominância do sexo masculino(58,6%). Dos 324 (80,8%) pacientes que apresentaram síndrome coronarianaaguda sem supradesnivelamento do segmento ST, 165 (41,1%) foramacometidos por angina instável e 159 (39,6%), infarto sem supra. Dentre osfatores de risco, a hipertensão arterial sistêmica mostrou-se mais prevalente(72,5%) seguida da dislipidemia (53,6%). Quanto à distribuição dos dias deinternamento, observou-se uma média de 9 (± 12,8) dias. A média do clearancede creatinina foi de 80,8 (± 33,6) mL/min/1,73m², em que 241 pacientesapresentaram taxa de filtração glomerular estimada inferior a 90 mL/min/1,73m²(OR= 1,74; IC95% 1,11-2,71; p= 0,015) foi fator preditor para eventos.Conclusão: Pacientes com síndrome coronariana aguda e insuficiência renalapresentaram maior número de dias de internação quando comparados aospacientes sem lesão renal (IRR 0,9; IC 0,9-0,9; p=0,02). Portanto, a avaliação dafunção renal é uma importante ferramenta para a estratificação prognóstica empacientes com SCA.
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CARINA CARVALHO SILVESTRE
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CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS: FATORES DE RISCO, DOCUMENTAÇÃO DA PRÁTICA E DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO.
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Orientador : DIVALDO PEREIRA DE LYRA JUNIOR
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Data: 23/02/2018
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Tese
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Introdução. A conciliação de medicamentos é um processo delineado para promover a comunicação da equipe de saúde, visando prevenir erros de medicação nos pontos de transição de cuidados, mas só pode ser considerada efetiva para a segurança dos pacientes se for documentada. Apesar dos recentes esforços, no Brasil, estudos sobre este tema, bem como da importância da comunicação escrita para sua completa execução ainda são incipientes. Objetivo. Analisar a conciliação de medicamentos sob aspectos relacionados a fatores de risco para discrepâncias não intencionais, documentação da prática e desenvolvimento de instrumento para avaliação. Metodologia. O estudo foi realizado em três etapas. A primeira correspondeu a um estudo prospectivo, do tipo caso-controle para identificar fatores de risco potenciais para discrepâncias não intencionais da farmacoterapia (DNIF) na admissão hospitalar. Adicionalmente outro trabalho foi realizado abordando discussão de parte dos resultados do estudo anterior, por meio de revisão de literatura sobre o tema trazendo reflexões sobre a qualidade da documentação do histórico de uso de medicamentos nos hospitais e a necessidade de melhoras neste processo. A segunda etapa consistiu em um estudo transversal realizado nos prontuários dos pacientes admitidos em um hospital ensino entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017. As evoluções de enfermeiros, farmacêuticos e médicos foram avaliadas para caracterizar o registro de informações sobre o uso de medicamentos em todos os prontuários. A última etapa correspondeu a um estudo de desenvolvimento metodológico para elaborar e validar o conteúdo de um questionário para survey sobre a realização da conciliação de medicamentos em hospitais do Brasil. Resultados. Os achados da primeira etapa evidenciaram que pacientes submetidos a processos de admissão após as transferências entre hospitais tiveram três vezes mais chances de ter uma DNIF em comparação a pacientes que foram admitidos diretamente de casa. Na segunda etapa ficou evidenciada que a comunicação ineficiente entre as equipes de cuidado pode ter sido a causa primária dos achados da primeira etapa. Quanto à avaliação da documentação escrita, foram identificadas 1.588 alterações nas prescrições durante a coleta de dados, em que apenas 390 (24,5%) destas alterações foram justificadas. Ainda, foi possível identificar 485 falhas de comunicação sobre medicamentos em 65,3% (n=132) das evoluções dos três profissionais avaliados. Em relação ao desenvolvimento do questionário, três versões preliminares foram elaboradas. A terceira versão foi submetida ao processo de validação de conteúdo por meio do Delphi resultando na versão final do questionário com 17 questões. Conclusão. A comunicação ineficiente, especialmente sobre medicamentos, entre os vários atores da equipe de cuidados pode influenciar sobremaneira a realização da conciliação de medicamentos e, por conseguinte, a segurança de pacientes na transição de cuidados.
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ELIZABETE SILVA FILHA
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Avaliação da suplementação com extrato da folha de erythroxylum mucronatum (benth.) associada ao treinamento de força na melhora do desempenho físico de ratos.
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Orientador : LUCINDO JOSE QUINTANS JUNIOR
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Data: 23/02/2018
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Dissertação
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Atualmente há um crescente aumento na busca de suplementos como aliado na melhoria de desempenho físico (DF). Apesar da gama de opções no mercado, as pessoas que os buscam, em geral, dão preferência aos produtos de origem natural. O Brasil possui uma gigantesca reserva de produtos naturais e uma grande fonte de plantas medicinais. A Erythroxylum mucronatum (EM) é uma espécie que ainda não possui estudos químicos e farmacológicos registrados. Entretanto sua família é conhecida pela riqueza em alcaloides e flavonoides, compostos com efeitos positivo sobre a capacidade física. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade da suplementação a base do extrato etanólico de EM (EEM) melhorar o desempenho físico de ratos durante um período de treinamento físico. Para tal, foram utilizados 40 ratos Wistar (250-300g), divididos em 4 grupos: Grupo Controle (GC), Treinado (GT), Treinado + EEM 50mg/kg (GTEM50), Treinado + EEM 150 mg/kg (GTEM150). Os animais treinados foram submetidos a um protocolo de treinamento de força por 4 semanas, 5x por semana, com volume de 3 séries com 10 repetições e intensidade 60% de uma repetição máxima (1RM), o GC passou por um treinamento fictício. O peso corporal foi acompanhado semanalmente e a cada 15 dias os animais passavam por testes no rota-rod, grip strength e 1RM. Ao término das 4 semanas de treinamento, a gordura perigonadal, retroperitoneal, os músculos plantares (MP) e sangue foram coletados. Após pesado, o MP foi utilizado para avaliação do perfil oxidativo, onde foi avaliado a peroxidação lipídica (TBARS) e a atividade da enzima superóxido desmutase (SOD) e concentração das enzimas creatina quinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH). O sangue foi utilizado para aferição dos níveis das enzimas alanina (ALT) e aspartato (AST) aminotransferase, marcadoras bioquímicas de danos hepáticos. Uma outra parte dos animais dos grupos foi utilizada para realização do teste de resistência muscular e medidas de glicemia (jejum, pré, pós e 15’pós-teste) e lactato (pré, pós e 15’ pós-teste), além da mensuração da pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), média (PAM) e frequência cardíaca (FC). Após 4 semanas de treinamento, o GTEM150 possuía menor peso corporal quando comparado ao GC, além disso, os GTEM50 e 150 apresentaram menor quantidade gordura quando comparados ao GC e GT. Todos os grupos apresentaram maior peso do MP quando comparados ao GC. Em relação ao desempenho físico, no rota-rod o GTEM150 apresentou melhor desempenho no trigésimo dia quando comparado ao GC. No grip strength os grupos GTEM50 e 150 apresentaram uma melhor performance já no décimo quinto dia quando comparados ao GC e no trigésimo dias todos os grupos foram superiores ao GC, além disso, o GTEM150 esteve superior que o GT e GTEM50 neste mesmo dia. Em relação ao teste de 1RM, no décimo quinto dia todos os grupos obtiveram resultados superiores ao GC e no trigésimo dia o GTEM150 foi superior ao GT e GTEM50. Em relação ao teste de resistência muscular, observamos que todos os grupos foram superiores ao GC, entretanto, o GTEM150 foi também melhor que o GT e GTEM50. Além disso, o GTEM150 apresentou menor resposta hipoglicêmica durante e hiperglicêmica após o teste. Todos os grupos treinados apresentaram uma menor concentração de lactato pós-teste quando comparado ao GC e 15’ pós-teste o GTEM50 se recuperou mais rápido que o GC e o GTEM150 que todos os grupos. No MP foi observado uma menor peroxidação lipídica em todos os grupos comparados ao GC e no GTEM150 comparado aos demais. Todos os grupos tiveram atividade da SOD aumentada quando comparado ao GC e o GTEM150 obteve maior atividade quando comparado ao GT e GTEM50. Ademais, GTEM150 apresentou menor concentração de CK e LDH no músculo quando comparado a todos os demais grupos. Em relação a função hemodinâmica, todos os grupos tiveram menores valores de PAS, PAD, PAM e FC quando comparados ao GC. Por fim, não houve diferença nos níveis de concentração de ALT e AST. Em suma, nossos resultados apontam uma melhora do DF nos animais suplementados com EEM na dose de 150 mg/kg, além disso, não houve, aparentemente, nenhum dano a função hepática.
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ROSANY LARISSA BRITO DE OLIVEIRA
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AVALIAÇÃO ESTÉTICA DA QUEILOPLASTIA EM INDIVÍDUOS COM FISSURA LABIAL, UTILIZANDO DOIS MATERIAIS PARA SÍNTESE CUTÂNEA
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Orientador : LUIZ CARLOS FERREIRA DA SILVA
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Data: 23/02/2018
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Tese
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Introdução: A fissura orofacial (FO) não sindrômica é o quarto defeito congênito mais frequente, além de ser a malformação craniofacial mais ocorrente. A cirurgia primária de reparação da fissura, do lábio (queiloplastia) ou do palato (palatoplastia) deve ser mais estética e funcional possível, já que o lado estético do nariz e do lábio do fissurado tem valor que vai muito além da vaidade humana, sendo primordial na formação da personalidade da criança e de seus parentes. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar os resultados estéticos da queiloplastia em indivíduos com fissura labial unilateral, utilizando dois materiais diferentes para síntese cutânea. Casuística e métodos: Foi realizado um ensaio clínico cego controlado com distribuição aleatória na Sociedade Especializada em Atendimento ao Fissurado do Estado de Sergipe (SEAFESE). Participaram desta pesquisa todos os indivíduos que foram submetidos à queiloplastia na SEAFESE entre outubro de 2014 a junho de 2017, constituindo uma população de 50 indivíduos. O grupo controle teve como material de síntese cutânea o fio reabsorvível de poliglactina 910 e o grupo experimental o adesivo tecidual octil-2-cianoacrilato. Esses indivíduos foram avaliados por seis avaliadores cegos, com um mês e seis meses de pós-cirúrgico, quando foram tomadas fotografias frontais padronizadas da face. A avaliação da face foi realizada utilizando a Escala Visual Analógica (EVA), a Escala Cosmética de Avaliação de Singer e a Escala de classificação proposta por Mortier. Além disso, foi realizada a análise antropométrica de Pietruski. Resultados: O perfil sociodemográfico da população estudada é de um indivíduo com idade média de 3,2 anos, com renda mensal familiar abaixo de dois salários mínimos, a maioria é natural do interior do estado de Sergipe e possui fissura pré-forame incisivo. Quanto aos resultados estéticos da queiloplastia, no segmento de um mês de pós-operatório não houve diferença estatística significativa para a EVA e para a Escala de Mortier. Mas na Escala de Singer, o adesivo tecidual apresentou melhores resultados para as variáveis nível adjacente à pele, cor, marcas de sutura e na aparência geral. No segmento de seis meses de pós-operatório também não houve diferença estatística significativa para a EVA. Mas houve diferença, para a Escala de Singer (largura máxima da cicatriz, cor e marcas de sutura) e na Escala de Mortier (cicatriz e vermelhão do lábio superior), quando foram notados melhores resultados cosméticos com o uso do adesivo. Na análise antropométrica de Pietruski, quando os dois materiais de síntese cutânea foram comparados, observou-se diferença estatística significativa em três dos dezenove parâmetros avaliados. Por fim, quanto às complicações pós-operatórias, houve apenas uma deiscência parcial da ferida cirúrgica, no grupo controle. Conclusões: Os adesivos teciduais apresentaram um resultado cosmético superior às suturas reabsorvíveis. Na avaliação de 06 meses, o adesivo apresentou resultados superiores na análise antropométrica de Pietruski e nas escalas de Singer e Mortier. Na comparação entre cirurgiões plásticos e cirurgiões bucomaxilofaciais, houve diferença na avaliação de três variáveis, sendo os cirurgiões bucomaxilofaciais mais críticos. Assim, ficou demosntrado que o adesivo tecidual octil-2-cianoacrilato é um bom substituto para as suturas nas cirurgias de queiloplastia.
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MAYARA TAVARES OLIVEIRA
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A corrente aussie apresenta algum efeito na nocicepção e função motora em modelo animal de dor articular inflamatória?
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Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
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Data: 23/02/2018
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Dissertação
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Introdução: A estimulação elétrica, um recurso não-farmacológico, tem sido bastante utilizado para alívio da dor. A corrente aussie tem apresentado potencial efeito analgésico, porém, seus mecanismos de ação ainda são hipotéticos. Objetivo: avaliar o efeito da corrente aussie na nocicepção e no comportamento motor em modelo animal de dor articular inflamatória. Métodos: foram utilizados 36 ratos Wistar machos e a inflamação foi induzida no joelho através de injeção intra-articular de uma mistura de 3% de carragenina e 3% de caolina. Os animais, distribuídos aleatoriamente, foram separados em seis grupos: quatro grupos tratados com a corrente aussie com alta ou baixa intensidade combinada com alta ou baixa frequência, duração de burst de 4 ms e a frequência em burst de 50 Hz, durante 20 minutos; grupo controle negativo que permaneceu anestesiado durante esse mesmo período e o positivo tratado com morfina (5 mg/mL) sendo cada grupo composto por 6 animais. Foram avaliadas hiperalgesia primária, secundária e térmica, além da atividade locomotora exploratória dos animais. Um único pesquisador realizou todas as avaliações, além de ter sido mascarado, e o aplicador da terapia não interferiu nas avaliações. Os resultados foram expressos em média +- EPM. Diferenças entre os grupos foram realizadas pela ANOVA de duas vias com o post hoc teste Tukey. Valores de p<0,05 foram considerados significativos. Resultados: Houve redução significativa do limiar mecânico profundo 24 horas após indução da inflamação quando comparado ao momento basal em todos os grupos (p<0,002). Não foram observadas diferenças significativas nas avaliações pós-tratamento com a corrente aussie nos momentos 0h, 2h, 4h, 6h imediatamente após a primeira aplicação e após aplicações repetidas por cinco dias consecutivos, apenas o grupo tratado com morfina apresentou redução da hiperalgesia (p<0,02). Conclusão: a corrente aussie não mostrou efeito antinoceptivo em modelo animal de dor inflamatória.
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VANESSA ALVES DA CONCEIÇÃO
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COMPLEXIDADE DA FARMACOTERAPIA: PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO E DESFECHOS ASSOCIADOS.
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Orientador : DIVALDO PEREIRA DE LYRA JUNIOR
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Data: 21/02/2018
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Dissertação
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Introdução. O envelhecimento cria condições clínicas propícias para o elevado uso de medicamentos, observada principalmente em pacientes acima de 60 anos de idade. Entretanto, o número de medicamentos utilizados não deve ser o único preditor de uma farmacoterapia complexa, outros fatores podem elevar a complexidade, conduzindo a possíveis problemas relacionados à farmacoterapia. Nesta perspectiva são escassos os estudos nacionais que avaliam a complexidade da farmacoterapia em idosos, principalmente os que analisam desfechos influenciados por essa complexidade, de modo a permitir intervenções para sua otimização. Metodologia. Este estudo foi realizado em duas etapas. Na primeira etapa foi realizado um estudo transversal descritivo para avaliar a complexidade da farmacoterapia de idosos atendidos em instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) por meio do instrumento Medication Regimen Complexity Index (MRCI), este estudo foi conduzido por 12 meses em três instituições no Estado de Sergipe. Na segunda etapa foi realizada uma revisão sistemática, a fim de identificar na literatura quais desfechos estão associados a complexidade da farmacoterapia, medida pelo instrumento MRCI. Foram analisados todos os delineamentos de estudos publicados até fevereiro de 2017 que atenderam aos seguintes critérios de elegibilidade: usar o instrumento MRCI para medir a complexidade da farmacoterapia, avaliar a complexidade da farmacoterapia para os regimes globais dos pacientes, relacionar a complexidade da farmacoterapia com desfechos clínicos e/ou humanísticos e/ou econômicos, publicados em inglês, espanhol ou português. Resultados. Na primeira etapa, a avaliação da complexidade da farmacoterapia obteve média de 15,1 pontos (± 9,8), com mínimo de dois e máximo de 59 pontos. Os níveis mais altos de complexidade foram associados à frequência de dose, com uma média de 5,5 (± 3,6). Além disso, foi identificada relação significativa entre a complexidade da farmacoterapia e as variáveis polifarmácia, interação medicamentosa, medicamento potencialmente inapropriado para idosos e duplicidade terapêutica (p< 0,001). Na segunda etapa, dos 610 estudos avaliados, 20 preencheram os critérios de elegibilidade. Os desfechos em saúde mais influenciados pela complexidade da farmacoterapia foram os desfechos clínicos: hospitalização, readmissão hospitalar e adesão a farmacoterapia, a maioria dos estudos apresentaram resultados satisfatórios para associação dos desfechos com a complexidade e obtiveram boa qualidade metodológica. Conclusão. Esta dissertação possibilitou avaliar o perfil farmacoterapêutico de pacientes idosos, identificou que, além da polifarmácia, interação medicamentosa potencial, duplicidade terapêutica e medicamentos potencialmente inapropriados para idosos são fatores de risco para o aumento da complexidade da farmacoterapia nestes pacientes. Além disso, identificou que os desfechos em saúde mais influenciados pela complexidade da farmacoterapia foram os clínicos: hospitalização, readmissão hospitalar e adesão a farmacoterapia.
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DANIELA DA COSTA MAIA DE ANDRADE
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EFEITO EM CURTO PRAZO DACORRENTE INTERFERENCIAL ASSOCIADO A
CINESIOTERAPIA NO TRONCO DE PACIENTE COM
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
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Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
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Data: 21/02/2018
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Tese
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O estudo teve como objetivo geral investigar a curto prazo os efeitos da corrente interferencial em associação com a cinesioterapia baseada na recuperação do tronco de indivíduos com sequelas de Acidente Vascular Encefálico (AVE) e específicos: Identificar a evidência dos estudos que avaliaram os efeitos da CI em pacientes com doenças neurológicas centrais; Determinar o efeito da CI associado à cinesioterapia na dor dos pacientes com AVE; Investigar a performance motora e ganhos funcionais do tronco dos pacientes com AVE após aplicação de CI associado a cinesioterapia. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, controlado por placebo e duplamente encoberto, do tipo crossover. Para a avaliação da revisão sistemática (RS) foi utilizada a ferramenta da Colaboração Cochrane e para os efeitos da CI antes e depois do tratamento foram considerados os seguintes desfechos: intensidade de dor em repouso e durante o movimento, motivação, catastrofização da dor, autoestima, fadiga, controle de tronco, postura, flexibilidade muscular, alcance funcional, tônus muscular. Os testes T, Wilcoxon, Friedman, Mann-Whitneye Qui-Quadrado foram utilizados para as devidas comparações. Foram recrutados 36 pacientes com AVE, que foram aleatoriamente incluídos em um dos dois grupos de estudo: grupo CI Ativa (aplicação de CI por 30 minutos + cinesioterapia de tronco) e grupo CI Placebo (placebo da CI + cinesioterapia de tronco). Ambos os grupos receberam intervenção por 10 sessões, duas vezes por semana, 60 minutos, sendo 05 sessões para cada forma de tratamento e um período de washout de uma semana. Na RS, foram encontrados 2004 estudos, porém apenas dois artigos foram incluídos por seguirem os critérios de inclusão propostos. Após administração única, a CI mostrou-se eficaz na redução da dor, da espasticidade e na melhora do equilíbrio, da marcha e da amplitude de movimento de ombro de pacientes após doença vascular encefálica. Em relação à dor em movimento, quando comparado médias pré e pós-tratamento, apenas o grupo ativo apresentou redução significativa de 3,17(±0,60) para 2,02 (±0,58) (p<0,05). Na catastrofização da dor, o grupo ativo reduziu significativamente (p=0,004) os escores totais da escala após o tratamento (19,47±1,59 no pré-tratamento; 17,41±1,42 no pós-tratamento). Não houve alteração da auto-estima e da motivação em ambos os grupos. Houve melhora significativa do controle de tronco (p≤0,005), da postura (p=0,0001) e da flexibilidade (p≤0,04) tanto no grupo ativo quanto no placebo, sem diferenças significativas entre os grupos após o tratamento. No alcance, somente foi encontrado aumento significativo para o lado não afetado no grupo tratado com CI ativa (p=0,007) quando comparado ao placebo. O tônus muscular dos flexores e extensores de ombro e cotovelo, observou-se melhora também para ambos os grupos. Observou-se redução significativa da fadiga em ambos os grupos; entretanto, não houve diferença significativa em nenhum dos grupos quando analisados os valores referentes às avaliações diárias. A CI, quando utilizada antes dos exercícios de tronco, mostrou-se influenciar tratamento da dor em movimento e na catastrofização e otimizou a funcionalidade dos pacientes, pois proporcionou um acréscimo da atividade de alcance para o lado não acometido, na flexibilidade e na postura do tronco.
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ANTONIO ROBERTO FERREIRA SETTON
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FATORES PREDITIVOS DE EXPOSIÇÃO LARÍNGEA DIFÍCIL
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Orientador : RICARDO QUEIROZ GURGEL
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Data: 21/02/2018
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Tese
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Introdução: Apesar da grande evolução tecnológica na medicina, dada a sua localização anatômica, a laringe ainda representa um grande desafio àqueles que necessitam vê-la adequadamente quer seja para fins diagnósticos ou terapêuticos. Esta dificuldade aumenta quando fatores anatômicos de alguns indivíduos se fazem presentes. Objetivos: Identificar a existência de fatores preditivos de dificuldade de exposição da laríngea e avaliar a associação destes fatores conjugados com esta dificuldade de exposição. Método: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo baseado em uma amostra de 30 dos prontuários clínico-cirúrgicos de indivíduos portadores de lesões laríngeas, tratados cirurgicamente no Serviço de Otorrinolaringologia de um Hospital Filantrópico do Estado de Sergipe nos anos de 2014 e 2015. Foram coletados os registros das suas medidas de circunferência cervical, abertura oral, distância tireomentual, presença ou não de micrognatia e de anteriorização da laringe, Classificação de Mallampati modificada e a técnica cirúrgica utilizada, se convencional (com pinças retas e microscópio) ou variante (com pinças anguladas e endoscópios), esta última utilizada como último recurso para uma exposição laríngea satisfatória durante a cirurgia. Os dados foram estatisticamente analisados por meio de frequências simples e percentuais quando variável categórica, ou média e desvio padrão quando variável contínua. Para avaliar as associações existentes foi utilizado o teste Exato de Fisher, sendo estas representadas graficamente pela análise de correspondência múltipla. As diferenças de média foram testadas pelo teste de Mann-Whitney. Foram ajustados riscos relativos com seus respectivos intervalos de confiança através de Regressão de Cox univariada e o software utilizado foi o R Core Team 2017. Resultados: Micrognatia (p=0,005) e anteriorização da laringe (p=0,005) apresentaram risco relativo 09 vezes maior de exposição laríngea difícil, a medida de circunferência cervical acima de 40 cm (p=0,041), apresentou risco relativo 05 vezes maior de exposição laríngea difícil e o índice de Mallampati III e IV (p=0,009) apresentou risco relativo 10 vezes maior de dificuldade de exposição laríngea. Conclusão: Foram identificados como fatores preditivos de exposição laríngea difícil e com significância estatística: a micrognatia (p=00,5), a anteriorização da laringe (p=00,5), a medida da circunferência cervical acima de 40 centímetros (p=0,041) e Índice de Mallampati modificado III e IV (p=00,9). A associação desses quatro fatores preditivos possui uma sensibilidade de 100% e uma especificidade de 85% para prever dificuldade de exposição laríngea.
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GLEICIANE DE JESUS SANTANA
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CONTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS MINIMAMENTE PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS NO RISCO CARDIOMETÁBÓLICO EM ADULTOS JOVENS BRASILEIROS
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Orientador : KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA
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Data: 21/02/2018
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Dissertação
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Objetivo: associar o consumo de alimentos segundo grau de processamento e o risco cardiometabólico em adultos jovens. Métodos: estudo transversal comparativo com 120 adultos jovens com idade compreendida entre 18 e 25 anos categorizados pela presença do risco cardiometabólico. O consumo alimentar foi avaliado mediante questionário de frequência alimentar semi-quantitativo e classificado segundo extensão do processamento dos alimentos. Comparações bioquímicas, clínicas, antropométricas, de composição corporal e de estilo de vida foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney; grupos alimentares e tercis dos gramas de alimentos in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados pelo teste de Kruskal-Wallis. Associações entre o consumo de alimentos segundo grau de processamento e os componentes do risco cardiometabólico foram avaliadas por regressão logística multivariada. Resultados: foi observado o elevado consumo de alimentos ultraprocessados entre os adultos jovens, independente de ter ou não RCM, determinando o maior consumo de lipídeos no risco cardiometabólico (p=0,04). O consumo de ovos, peixes, frutas e sucos naturais não adoçados aumentou proporcionalmente ao consumo dos gramas de alimentos in natura e minimamente processados, enquanto que as massas, carnes processadas, queijos, outras leguminosas, óleos e gorduras, salgados assados e salgadinhos, lanches, preparações típicas, doces e bebidas adoçadas apresentaram acréscimo no seu consumo proporcional ao aumento do consumo dos gramas de alimentos ultraprocessados. O maior consumo de alimentos ultraprocessados foi fator de risco à obesidade abdominal independente de sexo, nível de atividade física e bebida alcoólica (OR=0,92; IC=0,78-1,08). Os alimentos in natura e minimamente processados foram protetores à alterações dos níveis de LDL-c (OR=0,70; IC=0,50-0,98). Conclusão: gorduras provenientes de alimentos ultraprocessados representaram maior contribuição calórica no risco cardiometabólico. Além disso, alimentos ultraprocessados foram fator de risco à obesidade abdominal independente de sexo, atividade física e bebida alcoólica e, os alimentos in natura e minimamente processados foram protetores à alterações dos níveis de LDL-c.
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MARILIA TRINDADE DE SANTANA SOUZA
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EVIDÊNCIAS CIENTIFICAS SOBRE PLANTAS MEDICINAIS E EFEITO DO CARVACROL NO TRATAMENTO DA COLITE EXPERIMENTAL.
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Orientador : ENILTON APARECIDO CAMARGO
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Data: 20/02/2018
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Tese
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A colite ulcerativa (UC) é uma doença inflamatória que se limita a camada da mucosa intestinal, acometendo principalmente a região do cólon. O tratamento inclui anti-inflamatórios como o ácido 5-aminosalicílico (ASA), além de corticosteroides e imunossupressores. No entanto estes tratamentos disponíveis possuem baixa eficácia e vários efeitos indesejados. Por isso, a busca por alternativas terapêuticas se faz necessária. Neste contexto, inserem-se as plantas medicinais e seus metabólitos secundários, como o carvacrol (CAR), um monoterpeno fenólico presente em óleos essenciais de plantas pertencentes à família Lamiaceae. Estudos sugerem que muitas plantas medicinais, bem como o CAR, têm potencial para o tratamento da colite. Este trabalho objetivou avaliar as evidências científicas envolvendo plantas medicinais e o efeito do carvacrol em modelo (s) de colite experimental. Inicialmente foi realizada uma revisão sistemática para compilar evidências científicas sobre o efeito das plantas medicinais no tratamento da colite experimental. Foi realizada uma busca na literatura, nos bancos de dados PUBMED, SCOPUS, EMBASE, MEDLINE, LILACS, SCIELO e SCISEARCH, usando as palavras-chave "plantas medicinais" e "colite ulcerativa”. Foram selecionados 67 estudos, nos quais as famílias Asteraceae e Lamiaceae representaram o maior número. Os estudos selecionados indicaram efeitos benéficos das plantas medicinais na colite experimental e algumas espécies foram inclusive avaliadas em estudos clínicos no tratamento da UC (Andrographis paniculata e Punica granatum). Os constituintes químicos, principalmente flavonoides e terpenos parecem desempenhar papel central na eficácia das plantas medicinais. Posteriormente, para avaliação do efeito do carvacrol, foram utilizados camundongos C57BL6 (25-30 g), o projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa animal sob nº 15/14. Os animais foram divididos em grupos pré-tratados com ASA (100 mg/kg), CAR (25, 50 ou 100 mg/kg) ou veículo (Salina + 0,05% cremophor) por via oral, duas vezes ao dia, durante três dias antes da indução da colite. A inflamação do cólon foi induzida por meio da administração de 150 µL de ácido acético (5%, via retal). Antes dos tratamentos e após 23 horas da indução os animais foram submetidos a estimulação com von Frey eletrônico da região abdominal para medida da hiperalgesia abdominal. Vinte e quatro horas após a indução, os animais foram eutanasiados para coleta do cólon e subsequente avaliação macroscópica, histopatológica, ensaio da atividade da mieloperoxidase, dosagem de citocinas (TNF-α e IL-1β), peroxidação lipídica, quantificação de grupos sulfidrilas e medida da atividade de enzimas antioxidantes neste tecido. O pré-tratamento com todas as doses de CAR diminuiu a hiperalgesia abdominal, bem como a atividade de MPO e as concentrações de TNF-α e IL-1β no cólon. Foi observada redução do dano macroscópico e microscópico nas doses de 50 e 100 mg/kg de CAR. O pré-tratamento com CAR reduziu a peroxidação lipídica (todas as doses) e aumentou a presença de grupos sulfidrila (100 mg/kg). Este efeito foi acompanhado por aumento da atividade de catalase, superóxido dismutase e glutationa peroxidase. Conjuntamente os resultados deste estudo apontam para a eficácia de plantas medicinais para o tratamento da colite, bem como mostram que o CAR apresenta efeito protetor na colite induzida pelo ácido acético, através da redução de parâmetros inflamatórios, nociceptivo e oxidativos.
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INGRID MARIA NOVAIS BARROS DE CARVALHO COSTA
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Adesão ao tratamento medicamentoso e mudanças de estilo de vida em pacientes com síndrome coronariana aguda
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Orientador : ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA
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Data: 20/02/2018
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Tese
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Introdução: Existem evidências de baixa adesão ao tratamento de prevenção secundária após a síndrome coronariana aguda (SCA) e, diversos fatores parecem influenciar para tais resultados, dentre eles: a situação socioeconômica e disparidades nos modelos assistenciais. Portanto, esses achados precisam ser melhor definidos à nível nacional. Objetivo: Avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso e de mudanças de estilo de vida em pacientes com SCA assistidos em rede pública e privada de saúde. Metodologia: Estudo observacional, prospectivo e longitudinal em portadores de SCA, atendidos nos hospitais de referência cardiológica em Sergipe, sendo três destinados a usuários do serviço privado e um, do público. A coleta de dados ocorreu na admissão hospitalar, aos 30 e 180 dias após SCA. As variáveis dietéticas foram coletadas por meio do questionário de frequência alimentar e a qualidade da dieta foi avaliada com base no Alternative Healthy Eating Index (2010). Os dados de medicação foram coletados e avaliados por meio da Escala de Adesão Terapêutica de Morisky de 8 Itens e a atividade física pelo questionário International Physical Activity Questionnaire–versão curta. A cessação de tabagismo foi verificada pelo questionamento aos pacientes. A QV foi avaliada pelo Medical Outcomes Study 36- Item Short-Form Health Survey (SF-36). A análise estatística foi realizada com os pacientes constituindo dois grupos definidos pelo tipo de assistência: rede pública e privada. Elaborou-se modelos de regressão linear múltipla para a qualidade global da dieta e para QV aos 180 dias após a SCA. Elaborou-se, também, modelos de regressão logística múltipla para a adesão à farmacoterapia, à atividade física e cessação de tabagismo. Resultados: Foram estudados 581 voluntários, sendo 325 (55,9%) do serviço privado e 256 (44,1%) do público. Comparados com os pacientes do serviço privado, aqueles do serviço público apresentaram pior qualidade dietética (p<0,001) com menor ingestão de componentes cardioprotetores (legumes e verduras, frutas, grãos integrais) e maior ingestão de itens preditores de risco cardiovascular (carnes vermelhas e processadas, gorduras trans e sódio) (p<0,001). A melhor qualidade global da dieta esteve relacionada ao sexo feminino (p<0,001), a assistência privada (p<0,001), a condição de união estável (p=0,014), a maior escolaridade (p=0,018) e a idade (p<0,001). Os pacientes do serviço privado apresentaram associação com a adesão a farmacoterapia aos 30 (p=0,003) e 180 (p=0,012) dias da SCA, quando comparados com os pacientes do serviço público. Os pacientes do serviço privado, também, apresentaram associação para a adesão a atividade física (p=0,047), mas não houve distinção entre os grupos no abandono ao tabagismo após SCA (p=0,201). Aos 180 dias após SCA, os pacientes do serviço público apresentaram menores escores de QV para todos os domínios (p<0,05), quando comparados com os pacientes do serviço privado. A maior QV esteve associada ao sexo masculino (p≤0,001) e a adesão à atividade física (p≤0,002). A menor idade e período de internamento, ausência de hipertensão, adesão a farmacoterapia, melhor qualidade dietética e a assistência privada estiveram associados a maiores escores de QV. Conclusão: Os pacientes atendidos pelo serviço privado de saúde exibiram melhor qualidade dietética, adesão a farmacoterapia, a atividade física e QV após a SCA, quando comparados aos pacientes atendidos pelo serviço público. Não foi encontrada distinção entre os grupos para a adesão as orientações de cessação de tabagismo. Existem evidências de que fatores socioeconômicos e possíveis diferenças na qualidade assistencial influenciaram para esses achados no Estado de Sergipe.
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THAÍS ALVES BARRETO PEREIRA
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Efeito Preventivo da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) na Dor Muscular Tardia em indivíduos destreinados,
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Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
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Data: 19/02/2018
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Dissertação
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Introdução: A dor muscular tardia (DMT) é caracterizada por hipersensibilidade, dor à movimentação e redução da funcionalidade local. A TENS tem se mostrado eficaz na redução da severidade da dor associada a melhora de funcionalidade, como redução de fadiga e maior tolerância ao exercício. Porém, nenhum estudo avaliou a capacidade da TENS para prevenir a DMT quando aplicada antes do processo doloroso e, dessa forma, melhorar o desempenho físico ao exercício. Objetivos: Avaliar os efeitos imediatos e após 24h da TENS preventiva na dor e no desempenho físico na DMT de indivíduos destreinados. Métodos: Foram incluídos indivíduos destreinados para realizar o protocolo de DMT através de exercícios fatigantes de puxar e empurrar. Os voluntários foram divididos em: TENS ativa realizada antes do protocolo de DMT e TENS placebo. Os voluntários foram avaliados antes dos exercícios, reavaliados imediatamente depois e 24h após quanto a intensidade de dor, fadiga muscular, limiar de dor por pressão (LDP), potência muscular, tolerância física, somação temporal (ST), modulação condicionada da dor (MCD) e temperatura corporal. Para análise estatística, foram utilizados os testes T pareado e independente, Mann-Whitney, Wilcoxon e ANOVA de um fator. Resultados: Foram incluídos no projeto 44 voluntários. Verificou-se que a tolerância física ao exercício de remada na reavaliação imediata do grupo TENS ativa (18,27±5,27; IC 95%: 16,21 a 24) foi significativamente maior em comparação ao grupo TENS placebo (15,51 ± 6,21; p=0,03; ; IC 95%: 13,32 a 18,93). O número de repetições diminuiu a cada série realizada nos dois grupos (p<0,05), mas foi significativamente maior na 5ª série do exercício de remada no grupo TENS ativa (2,86 ± 1,24; IC 95%: 2,34 a 3,38) em comparação ao grupo TENS placebo (1,81±0,79; p=0,001; IC 95%: 1,55 a 2,27). Em ambos os grupos, houve aumento da intensidade de dor em repouso na reavaliação imediata (TENS ativa: p=0,001; IC 95%: 1,55 a 3,87; TENS placebo: p=0,001; IC 95%: 1,18 a 3,24)) e de movimento a cada série do exercício (p<0,05), porém, sem diferença entre os grupos. O mesmo ocorreu para a fadiga em repouso (TENS ativa: p=0,002; IC 95%: 4,61 a 4,91; TENS placebo: p=0,001; IC 95%: 3,05 a 5,46) e em movimento (p<0,05). Nas variáveis de MCD e de ST, observou-se o fenômeno de inibição de dor e de somação de dor (p<0,05), respectivamente, mas não houve diferença entre os grupos. A potência muscular foi menor na reavaliação imediata nos dois grupos na reavaliação imediata (TENS ativa: p=0,01; IC 95%: 207,01 a 287,11; TENS placebo: p=0,001 ; IC 95%: 198,41 a 282,85), sem a recuperação na reavaliação de 24h e sem diferença significante entre os grupos. Na termografia, detectou-se diferença estatisticamente significante na temperatura do peitoral maior entre os grupos (p=0,04), sendo que no grupo TENS ativa não houve alteração da temperatura entre os momentos de avaliação e no grupo TENS placebo houve diminuição na reavaliação imediata (p=0,01; 32,36 a 33,70). Conclusão: Nossos resultados sugerem a utilização da TENS de forma preventiva para melhorar o desempenho físico na presença de DMT, sem o aumento de dor e de fadiga além do esperado.
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IGOR LARCHERT MOTA
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LESÕES CORONÁRIAS EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA E DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA SUSPEITA
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Orientador : JOSELINA LUZIA MENEZES OLIVEIRA
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Data: 16/02/2018
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Tese
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INTRODUÇÃO: A inflamação sistêmica constitui o elo fisiopatológico entre a doença arterial coronariana (DAC) e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Todavia a influência da DPOC subclínica em portadores de DAC suspeita ou diagnosticada é desconhecida. Portanto, objetivou-se avaliar o grau de acometimento coronariano em portadores de DPOC com DAC suspeita ou confirmada. MÉTODOS: Estudo transversal realizado entre março de 2015 a junho de 2017 com 210 pacientes ambulatoriais, com DAC suspeita ou confirmada, submetidos, simultaneamente, à espirometria e à cineangiocoronariografia ou à angiotomografia computadorizada das coronárias. A partir dos resultados definiram-se os grupos: com e sem DPOC. Foram analisadas tamanho, local, extensão e calcificação da lesão coronária, e gravidade da DPOC. RESULTADOS: O grupo com DPOC, com 101 (48%) voluntários, apresentou, comparativamente ao sem DPOC: maior frequência de DAC (88,1% vs 45%); de lesões obstrutivas ≥ 50% (71,3% vs 21,1%); maior extensão, (28,7% vs 8,3%) multiarterial; maior percentual de lesões de tronco da coronária esquerda (17,8% vs 3,7%); mais lesões graves (61,4% vs 10,1%); placas ateroscleróticas mais calcificadas e escore de cálcio mais elevado (p<0,0001). Quanto mais grave o estágio da DPOC (GOLD), mais grave a DAC e mais calcificadas as placas coronárias (p<0,0001). Entretanto, não houve diferenças entre os grupos quanto aos principais fatores de risco para DAC. Na análise univariada, a DPOC e o gênero masculino foram preditores de risco para DAC. Na análise multivariada ajustada apenas a DPOC foi preditora de DAC obstrutiva (odds ratio 4,78; IC95% 2,21-10,34; p<0,001). CONCLUSÃO: Em pacientes com DAC suspeita, a DPOC foi associada a maior gravidade e extensão das lesões coronárias, placas calcificadas e escore de cálcio elevados, independente, dos fatores de risco para DAC já estabelecidos. Além disso, quanto mais grave a DPOC maior a gravidade das lesões e calcificação coronárias.
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MAYARA ALVES MENEZES
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EFEITO IMEDIATO E TARDIO DA ELETROESTIMULAÇÃO NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS) APLICADA DURANTE O EXERCÍCIO RESISTIDO NA INTENSIDADE DE DOR E NO DESEMPENHO FÍSICO DE INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO.
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Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
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Data: 16/02/2018
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Dissertação
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Introdução: A dor muscular induzida pelo exercício é uma condição auto limitante e pode ter impacto na prática de atividade física de indivíduos saudáveis, pacientes com dores musculoesqueléticas e atletas. Estratégias de tratamentos para dor muscular estão voltadas apenas para o alívio dos sintomas, após já estabelecida a lesão muscular. A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) têm mostrado resultados positivos na redução da dor e na melhora da função em condições de dor aguda e crônica. Dessa forma, propomos que utilizar a TENS durante o exercício pode reduzir a dor e contribuir para maior adesão à atividade física e melhor desempenho físico. Objetivo: Investigar os efeitos imediatos e tardios da TENS aplicada durante o exercício resistido na intensidade de dor e no desempenho físico em indivíduos saudáveis. Casuística e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico com distribuição aleatória, duplamente encoberto e controlado por placebo. Foram incluídos no estudo, 46 sujeitos universitários, de ambos os sexos, saudáveis, irregularmente ativos ou sedentários, com idade entre 18 e 40 anos. Os sujeitos foram distribuídos aleatoriamente em 2 grupos: TENS ativa (n=24) e TENS placebo (n=22). O estudo ocorreu ao longo de cinco momentos: no dia 0, foi realizado o recrutamento da amostra, no dia 1, os sujeitos realizaram o teste de resistência máxima (1RM); após 72 horas, no dia 2, foi aplicado o reteste do 1RM; no dia 3, após 48 horas, TENS foi aplicada durante protocolo de exercícios resistidos funcionais para membros superiores (exercício de supino e remada), com intensidade de 80% de 1RM e, logo após os sujeitos foram avaliados; no dia 4, após 24 horas, foi realizada reavaliação. Foram mensuradas a intensidade de dor ao repouso e ao movimento, limiar de dor por pressão, somação temporal, modulação condicionada da dor, termorregulação, medidas cardiorrespiratórias, funcionalidade, fadiga muscular ao repouso e ao movimento, séries de repetições do exercício, potência muscular e tolerância física. A avaliação e aplicação da corrente foram realizadas no ventre muscular dos músculos peitoral maior e grande dorsal. Resultados: TENS não reduziu significativamente a intensidade de dor induzida pelo exercício em repouso e ao movimento quando comparada ao placebo (p>0,05). TENS ativa aumentou o limiar de dor por pressão no grande dorsal: p=0,02 e no tibial anterior: p=0,04 na reavaliação imediata. Efeitos imediatos da TENS foram significativos e diferentes do placebo no aumento da percepção de fadiga ao repouso na reavaliação imediata (p=0,01) e similar ao placebo na percepção de fadiga ao movimento, (p<0,05). Um maior número de repetições foi observado no grupo TENS ativa, a partir da 5ª série no exercício de remada (p=0,002). A redução do desempenho físico foi observada, sem diferenças entre os grupos (p<0,05). Conclusão: Os resultados desse estudo mostram que a TENS não alterou a percepção de dor, porém a sua utilização induziu maior trabalho muscular durante o exercício contribuindo para maior percepção de fadiga.
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ROBERTO LUIS BARRETO GOIS
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Transtornos mentais menores em profissionais da equipe de enfermagem no
cuidado com pacientes oncológicos em duas unidades públicas de saúde no
município de Aracaju Se
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Orientador : ADRIANA ANDRADE CARVALHO
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Data: 16/02/2018
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Dissertação
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Os trabalhadores da área da saúde, na sua rotina do seu ofício, enfrentamsituações de dor e sofrimento apresentando um grande risco de debilidadeemocional devido a sua função de cuidado diário com os pacientes que estãoem fase paliativa e/ou paliativa exclusiva. Desse convívio, podem adquirirestresse emocional e outros sintomas comportamentais. Portanto, o presenteestudo teve como objetivo avaliar a presença de transtornos mentais menoresdos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem no tratamento depacientes oncológicos atendidos em dois hospitais públicos no município deAracaju-Se. O instrumento de coleta utilizado foi o Self-Reporting Questionnaire20(SRQ-20). Os dados encontrado foram analisados e descritos por meio defrequências simples e percentuais. O índice de corte para indicação desofrimento foi de 7 pontos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética dePesquisa Envolvendo Seres Humanos. Ao total, foram entrevistados 103profissionais. Desse número 20% eram enfermeiros, 50% técnicos deenfermagem e 30% auxiliares. De todos os profissionais entrevistados, 41,7%apresentaram sofrimentos psicológicos e 58,3% não mostram índices desofrimento. De acordo com o instrumento utilizado, foi verificado um maior índicede sofrimento nos auxiliares de enfermagem com 58%. Assim, verifica-se anecessidade urgente de medidas públicas para o manejo da saúde ocupacionaldos profissionais que lidam com pacientes oncológicos.
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REBECA ROCHA DE ALMEIDA
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REDUÇÃO DO RISCO CARDIOMETABÓLICO EM USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E DA REDE SUPLEMENTAR SUBMETIDO À CIRURGIA BARIÁTRICA.
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Orientador : ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA
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Data: 09/02/2018
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Dissertação
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INTRODUÇÃO: A obesidade é associada com crescente fator de risco cardiovascular em todas as classes sociais e a cirurgia bariátrica (CB) tem sido muito utilizada para promover perda de peso e, consequentemente, reduzir o risco cardiometabólico (RCM).Todavia, existe escassez de estudos mostrando a disparidade na evolução clínica e nutricional após CB, em usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Rede suplementar de Saúde (RS) OBJETIVO: Avaliar a redução dos fatores associados ao RCM dos pacientes submetidos à CB no âmbito do SUS e RS. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de caráter observacional, longitudinal, analítico, realizado com pacientes de ambos os sexo, submetidos a CB no âmbito do SUS e da RS. Foram avaliados os parâmetros antropométricos e clínicos relacionados ao RCM (Diabetes Melittus (DM), dislipidemia e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)), e quantificado mediante o escore Avaliação das Comorbidades Relacionadas à Obesidade (ACRO), nos seguintes momentos: admissão, pré-operatório e nos retornos do pós-operatório (3, 6 e 12 meses). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o Statistical Package for the Social Science, SPSS®, versão 17.0 para Windows, considerando nível de significância de 5% (p < 0,05). RESULTADOS: A média de idade da amostra foi de 39,6 ± 10,8 anos, sendo a maioria do sexo feminino (72,1 %). No momento da admissão para CB, os usuários dos SUS, comparativamente aos da RS, tiveram maiores frequências de obesidade grave (p<0,0001), HAS (p=0,008) e DM (p=0,018). O tempo decorrido entre avaliação inicial e o pré-cirúrgico foi maior para os pacientes do SUS (p<0,0001); e nesse período verificou redução do ACRO, as custas da HAS, somente no grupo da RS. Todavia constatou-se que os dois grupos apresentaram redução das comorbidades no pós-operatório de tal forma que não se observou diferença entre ambos no escore ACRO de 3, 6 e 12 meses de CB. CONCLUSÃO: No âmbito do SUS é realizado a CB em pacientes com maior grau de comorbidades, porém a CB propiciou redução do RCM semelhante ao verificado na RS.
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FABIA REGINA DOS SANTOS
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Triagem Neonatal para Infecção da Doença de Chagas Congênita: Avaliação da Prevalência ao Nascer na Região Sul de Sergipe.
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Orientador : ANGELA MARIA DA SILVA
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Data: 08/02/2018
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Dissertação
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Introdução: A doença de Chagas (DC) é uma das principais causas de morbimortalidade nas Américas, com uma prevalência estimada de seis a sete milhões de pessoas infectadas em todo mundo. No Brasil, com a melhora nos controles vetoriais e dos bancos de sangue, a transmissão congênita da doença de Chagas vem assumindo papel epidemiológico importante. Sabendo-se que a maioria das crianças infectadas pela via congênita é assintomática e o tratamento tem alta eficácia e segurança para elas, há necessidade de estratégias para o diagnóstico e tratamento precoces. A triagem neonatal, também conhecida como teste do pezinho, é considerada uma boa estratégia para identificação da transmissão vertical em saúde pública. O conhecimento atual sobre a epidemiologia da doença de Chagas congênita (DCC) no Estado de Sergipe ainda é limitado. Considerando a importância epidemiológica da doença de Chagas em Sergipe, especificamente na região Sul, e a escassez de dados nessa temática, delineou-se o presente estudo. Objetivo: Estimar a prevalência da doença de Chagas congênita entre os recém-nascidos da região Sul do Estado de Sergipe, por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal. O material de estudo foi constituído por 3952 amostras de sangue, em papel filtro, de neonatos triados pelo Programa Estadual de Triagem neonatal de Sergipe (PETN/SE) no período de julho de 2015 a julho de 2016. Dessas amostras, 203 foram consideradas inadequadas e 3749 foram submetidas ao teste ELISA IgG, o qual diagnosticou a presença de duas amostras positivas. Vinte por cento daquelas com resultado negativo foram submetidas ao teste de Imunofluorescência Indireta, quantitativo que, em número absoluto, totalizou setecentos e cinquenta amostras, sendo considerado a Imunofluorescência o segundo teste. Os dados foram tabulados e analisados por meio do programa Epi info 7.1.4. Resultados: Não foi encontrado recém-nascido com doença de Chagas congênita na Região Sul, no entanto, foi identificada uma puérpera com doença. Conclusão: Não foi encontrada a DCC em recém-nascidos na Região Sul de Sergipe. Porém, a infecção da DC encontrada em mulheres em idade reprodutiva alerta para a necessidade de estratégias de detecção e de tratamento precoces como políticas de saúde pública para prevenção e controle da doença. A detecção da DC por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal mostrou ser uma eficiente estratégia, a qual poderia ser custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e incluída nos exames de pré-natal e de rastreamento de recém-nascidos em áreas endêmicas para a doença.
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PRISCILA FELICIANO DE OLIVEIRA
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REPERCUSSÕES DO HIPOTIREIODISMO GESTACIONAL EXPERIMENTAL NA FUNÇÃO AUDITIVA DA PROLE DE RATAS
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Orientador : DANIEL BADAUE PASSOS JUNIOR
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Data: 02/02/2018
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Tese
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Introdução: Os hormônios tireoidianos (HT) durante a gestação são críticos para o desenvolvimento do órgão da audição. A hipofunção da tireoide neste período leva a má formação do órgão de Corti, caracterizada por alteração no sulco interno, membrana tectorial, ducto colcear, além de dificuldade na diferenciação das células ciliadas. Estas alterações repercutem negativamente no sistema auditivo, que pode culminar em perda auditiva. Desta maneira tem-se um atraso no desenvolvimento infantil que gera desvios na aquisição da linguagem oral e escrita. Objetivo: Avaliar o efeito do hipotireoidismo gestacional experimental na função auditiva da prole adulta em ratos. Material e Método: A pesquisa foi realizada com ratos Wistar e foi aprovada pelo Comite de ética em pesquisa com animais da UFS, sob o número 21/2015. Foi administrado às ratas Wistar prenhes o fármaco antitireoidiano metimazol (0,02% - 1-metilimidazol-2-tiol, em água potável, ad libitum.) do nono dia gestacional (DG) até o dia do parto (21-22DG), e formaram o grupo da prole de maes iduzidas ao hipotireodismo gestacional (PMHG). No grupo até a lactação [prole de maes iduzidas ao hipotireodismo perinatal (PMHLAC)], o fármaco metimazol foi administrado do 9ºDG ao 15º dia pós natal (DPN). Parte dos grupos PMHG e PMHLAC receberam reposição dos HT com Levotiroxina na concentração de 50 µg/100 mL na água de beber. Todos os animais foram submetidos aos seguintes procedimentos: exames de timpanometria, emissão otoacústica por produto de distorção (EOAPD) e potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE) nas idades de 30, 60, 90 e 120 DPN. Resultados: Os dados não demonstraram disfunção da orelha média; porém os grupos induzidos ao hipotireidismo apresentaram menores valores de compliância que o grupo PME. EOAPD foi menor no PMHG de 4 a 12 kilohertz (kHz), com ausência de respostas no PMHLAC. Por outro lado, o PEATE revelou integridade das vias auditivas neurais até o nível do tronco encefálico no sistema nervoso central, sem modificação de latência. Além disso, os grupos com hipofunção tireoidiana apresentaram maiores limiares eletrofisiológicos (isto é, perda auditiva), com pior repercussão no grupo PMHLAC. Não foi observada reversão da hipofunção tireoidiana nos grupos que receberam o reposição dos HT, uma vez que apresentaram o mesmo comportamento auditivo funcional que os grupos sem o tratamento com levotiroxina. Conclusão: O hipotireoidismo gestacional altera a função coclear da prole, com normalidade da integridade das vias auditivas até tronco encefálico e presença de perda auditiva.
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JULIANA DE GOÉS JORGE
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Influência da qualidade do sono no prognóstico de portadores de síndrome coronariana aguda.
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Orientador : ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA
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Data: 30/01/2018
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Tese
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Introdução: A Síndrome Coronariana Aguda (SCA), cujo principal substrato anatomopatológico é a aterosclerose, constitui uma das principais causas de morbimortalidade do mundo moderno. Os distúrbios relacionados à qualidade do sono (DRS), altamente prevalentes em adultos, são considerados fatores de risco independentes para o surgimento da doença cardiovascular (DCV). Objetivos: Investigar a influência da qualidade do sono no prognóstico de pacientes com SCA. Métodos: Trata-se de um estudo observacional e de coorte, utilizando-se 254 sujeitos admitidos, consecutivamente com diagnóstico de SCA em hospital de referência cardiológica no período de julho de 2014 a outubro de 2016. Todos os voluntários responderam ao Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP), ao Questionário de Berlim (QB), à Escala de Sonolência de Epworth (ESE), ao Questionário de Qualidade de Vida Relacionado à Saúde SF-36, e foram seguidos quanto ao aparecimento de eventos cardiovasculares (ECV) durante o internamento, a partir de avaliação padronizada, administrada pelo pesquisador, corroborada com os dados do prontuário médico. Resultados: Os pacientes foram internados com o diagnóstico de: angina instável (43,3%), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sem supra de ST (37,0%) e IAM com supra de ST (19,7%). Apenas 88 (34,65%) apresentaram boa qualidade do sono e 166 (65,35%) pacientes apresentaram qualidade do sono ruim, sendo que destes, 43 (16,92%) foram classificados como prováveis portadores de distúrbios do sono. Constatou-se que a ocorrência de desfecho intra-hospitalar esteve associada ao diagnóstico de IAM com supra ST (OR=5,13; IC: 95% 2,14 – 12,79; p=0,0003) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) (OR=3,26; IC: 95% 1,26 – 9,71; p=0,0215). Conclusão: Não foi possível demonstrar que existe associação entre qualidade do sono ruim e pior evolução clínica intra-hospitalar de pacientes com SCA. Verificou-se maior probabilidade de ocorrência de desfecho intra-hospitalar em pacientes com diagnóstico de IAM com supra de ST e hipertensos.
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BRUNO TORRES BEZERRA
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Reconstrução da fenda alveolar utilizando osso autógeno e osso liofilizado associado ao plasma rico em plaquetas: estudo de série de casos.
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Orientador : LUIZ CARLOS FERREIRA DA SILVA
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Data: 24/01/2018
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Tese
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Introdução: A reconstrução da fenda alveolar é uma etapa de grande importância no tratamento dos pacientes portadores de fissura lábio-palatal. Esta fase do tratamento corrige a comunicação buco-nasal, melhora a fonação, previne o colapso do arco maxilar, melhora a condição periodontal dos dentes adjacentes e promove suporte ósseo para erupção do canino não irrompido. Objetivos: Avaliar a reconstrução do osso alveolar com a enxertia óssea e comparar os resultados de dois diferentes grupos de materiais de enxerto ósseo: osso autógeno da sínfise mandibular e osso liofilizado associado ao plasma rico em plaquetas (PRP) na reconstrução de fendas alveolares. Métodos: Quarenta e cinco indivíduos foram incluídos nos critérios estabelecidos e aceitaram participar do estudo de série de casos. Os pacientes foram avaliados quanto a redução da área e volume, posteriormente foram divididos em dois grupos. Grupo A pacientes que receberam enxerto ósseo autógeno da sínfise mandibular na fenda alveolar e o Grupo B pacientes que receberam osso liofilizado associado ao PRP. Tomografia computadorizada tipo cone beam foram realizadas e reconstruídas tridimensionalmente em todos os pacientes no pré-operatório e no pós-operatório de 1 ano. Resultados: Uma redução significativa foi encontrada na área e volume em todos os pacientes, no grupo A e no grupo B. Entre os grupos, não foram encontradas diferenças significantes na área e volume. Conclusão: Osso liofilizado associado ao PRP é uma boa opção para a reconstrução de fendas alveolares, e promove bons resultados assim como o osso autógeno.
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SIMONE DE SOUZA NASCIMENTO
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EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS DAS TERAPIAS COGNITIVAS NO MANEJO DA DOR
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Orientador : JOSIMARI MELO DE SANTANA
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Data: 22/01/2018
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Tese
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Contexto: As terapias cognitivas são formas alternativas de gerenciamento da dor e estudos atuais aplicam técnicas de neuroimagem para tentar elucidar seus mecanismos neurais. Apesar da abordagem extensiva no que concerne às associações entre terapias cognitivas e saúde, a aplicabilidade clínica dessa evidência no manejo da dor ainda não está completamente elucidada, além da avaliação dos mecanismos envolvidos e da análise metodológica. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia das terapias cognitivas no manejo da dor e sintomas associados, os padrões de ativação cerebral promovidos na modulação da dor, bem como a qualidade metodológica dos artigos selecionados. Métodos: duas revisões sistemáticas de literatura sobre terapias cognitivas e manejo da dor foram realizadas para buscar nas bases de dados - MEDLINE, Pubmed, EMBASE, CINAHL, PsycINFO, Science Direct e Scopus - ensaios controlados randomizados (ECA’s) que examinassem dados de neuroimagem das terapias cognitivas para pacientes com dor crônica ou indivíduos saudáveis com dor experimental. O desfecho primário foi dor e os desfechos secundários foram alterações neurofisiológicas e sintomas como ansiedade, depressão e qualidade de vida. Resultados: Foram encontrados 406 artigos e, destes, 14 preencheram os critérios para inclusão. Os resultados revelaram que a terapia cognitiva reduziu a intensidade e a desagradabilidade da dor, bem como melhorou a tolerância, a expectativa e o desejo de alívio da dor. Além disso, houve melhora da saúde mental, ansiedade, depressão e catastrofismo. Já os dados da neuroimagem revelaram padrões distintos de atividade, mas principalmente relacionados ao aumento da ativação do córtex pré-frontal e sistema límbico na população de dor crônica; aumento da ativação do córtex cingulado anterior, córtex insular anterior e diminuição da ativação do tálamo em indivíduos saudáveis após estratégias cognitivas; além de atividade aumentada em regiões pré-frontais ventriculares após a terapia cognitiva baseada em oração. A avaliação metodológica mostrou moderado risco de viés, com grande heterogeneidade que impossibilitou uma metanálise. Conclusão. A terapia cognitiva reduziu a intensidade e a experiência afetiva da dor. A regulação da dor pelas terapias cognitivas pode alterar o funcionamento das regiões cerebrais em uma rede extensiva, incluindo regiões não-nociceptivas.
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ERIKA RAMOS SILVA
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Efeitos do carvacrol complexado em betaciclodextrina sobre a reação inflamatória
de ratas submetidas à lesão por inalação de fumaça.
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Orientador : ADRIANO ANTUNES DE SOUZA ARAUJO
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Data: 19/01/2018
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Tese
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Introdução A lesão inalatória deteriora o sistema respiratório em poucas horas, causandoa produção de uma grande quantidade de radicais livres e mediadores inflamatórios. Ocarvacrol é produto natural, fenol monoterpênico, com grande potencial terapêutico paraesta afecção uma vez que possui propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. ObjetivoAvaliar o efeito do carvacrol complexado em betaciclodextrina (β-CD), administrado sobforma de aerossóis pelos sistemas a jato e ultrassônico, sobre a reação inflamatória deratas lesadas por inalação de fumaça, considerando a toxicidade e os efeitos antioxidantespor meio das variáveis hematológicas, níveis dos marcadores oxidativos, ehistomorfologia dos tecidos traqueal, pulmonar e hepático. Materiais e método Estudoexperimental longitudinal, randomizado com grupo controle, no qual 24 ratas adultas comciclo estral regular foram distribuídas em 4 grupos denominados: Liso (sem lesão e semtratamento), oxigênio com soro fisiológico (GOS), oxigênio com carvacrol a jato (GOCJ)e oxigênio com carvacrol ultrassônico (GOCU), sendo seis ratas por grupo. Cerca de 48hapós a lesão pulmonar as ratas foram eutanasiadas. Para análise estatística das variáveisdo hematológicas e estresse oxidativo, foram calculadas as médias e erro padrão. Ostestesaplicados foram de Shapiro-Wilk, Teste Anova One Way (distribuições normais), TesteKruskal-Wallis (distribuições anormais) e post test de Dunnet. O nível de significânciafoi 95% (p<0.05). A análise histomorfológica foi realizada por dois avaliadoresindependentes. Resultados Apesar da diferença significativa nos níveis de hemoglobina,hematócrito, bilirrubina total, creatinina e ureia entre o GL e o GOS, os valoresmantiveram-se na faixa de normalidade. Não houve diferença no TBARS e MPO,entretanto os níveis de GSH, FRAP, características histomorfológcas foram melhores nosgrupos GOCJ e GOCU. Conclusão O carvacrol complexado em β-CD administrado pelavia inalatória apresentou atividades antioxidantes amenizando as lesões traqueais eenfisema pulmonar. Não foi evidenciada hepatotoxidade na dose e concentraçãoadministradas
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CECILIA MARIA PASSOS VAZQUEZ
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Risco cardiometabólico, estresse oxidativo e inflamação em adultos jovens
saudáveis.
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Orientador : KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA
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Data: 18/01/2018
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Tese
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As substâncias oxidativas e inflamatórias desempenham importante papel nagênese de processos relacionados ao risco cardiometabólico. O presente estudo tevecomo objetivo avaliar a associação entre a concentração plasmática da lipoproteína debaixa densidade oxidada (Oxidized Low Density Lipoprotein - LDL-ox), e umbiomarcador de inflamação (Triggering Receptor Expressed Myeloid Cells- TREM) eos componentes do risco cardiometabolico (RCM) e demais parâmetros de riscoassociados em adultos jovens saudáveis. Este estudo comtemplou indivíduos com idadeentre 18 e 25 anos, matriculados em instituições de nível superior em Sergipe. Osparâmetros antropométricos e de composição corporal foram aferidos mediante técnicaspreviamente padronizadas e descritas na literatura. Após jejum de 12 horas, foramcoletadas amostras de sangue para proceder as análises dos parâmetros bioquímicos. Asconcentrações séricas de glicose, colesterol total, lipoproteína de alta (HDL-c), baixa(LDL-c) e muito baixa densidade (VLDL-c) e triglicerídeos foram analisadas porensaios colorimétricos ou turbidimétricos. A concentração de LDL-ox e a forma solúveldo TREM (sTREM-1) foi analisada por ensaio imunoenzimático (ELISA). A LDL-oxse correlacionou com os parâmetros bioquímicos (colesterol total, LDL-c, VLDL-c,triglicerídeos, colesterol aterogênico e índice aterogênico) relacionados ao RCM. Destesparâmetros, o colesterol aterogênico apresentou maior efeito de predição para a LDLox.Em relação ao marcador inflamatório, os indivíduos com maiores concentrações dasTREM-1 apresentaram valores maiores para os parâmetros antropométricos de índicede massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), prega cutânea supra ilíaca(PCSI), prega cutânea subescapular (PCSE), percentual de gordura total e massa gorda,todos estes relacionados a gordura inflamatória abdominal. Os estudantes universitáriosavaliados neste estudo, apesar de jovens e clinicamente saudáveis, apresentam um oumais componentes do RCM e os biomarcadores de estresse oxidativo e inflamação(LDL-ox e sTREM-1) se associaram com os componentes do RCM e demaisparâmetros de risco relacionados.
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