Banca de QUALIFICAÇÃO: VITOR NUNES DA SILVA
10/04/2024 15:53
Esta dissertação busca agregar e articular uma investigação acerca do poder enquanto objeto histórico, que influencia as narrativas e a memória coletiva. Propõe-se uma análise de como os indivíduos, nas sociedades camponesas, se organizaram, se relacionaram, resistiram e negociaram ordens sociais, econômicas e políticas. Debruçando-se sobre a obra de trovadores medievais ingleses durante os séculos XIII e XIV e a literatura de folhetos brasileira da primeira metade do século XX, esta pesquisa busca observar como tais poesias permitem estabelecer as diferenças entre grupos sociais, a partir da representação de heróis carismáticos em situações que a vida bandida foi escrita como consequência de desordens sociais, justificada enquanto modo de manutenção das tradições. Nesse sentido, o Banditismo Social, enquanto fenômeno endêmico das sociedades camponesas, será analisado a partir da relação entre o processo de ocupação do território e os mecanismos de dominação presentes nas sociedades camponesas. Em um exercício comparativo, o processo de territorialização será examinado nos documentos a fim de entender como as histórias de bandidos heróis expressam a relação entre camponeses-senhores em tempos históricos distintos. Por meio do método comparativo proposto por Marcel Detienne, pretende-se estabelecer o processo de territorialização como um núcleo conceitual, a partir do qual é possível entender uma configuração de pensamento que expõe conflitos de classe dentro das sociedades agrárias.
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