Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SCARLETT MARIA ARAÚJO MORAES
DATA: 25/02/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Link remoto
TÍTULO: O Signo Cor na Narrativa Fílmica: uma perspectiva peirceana
PALAVRAS-CHAVES: Semiótica. Colorização fílmica. Narrativa fílmica. Interpretação cinematográfica.
PÁGINAS: 157
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
SUBÁREA: Cinema
ESPECIALIDADE: Interpretação Cinematográfica
RESUMO:
O advento das cores no cinema desperta reflexões desde que os primeiros filmes surgiram, quando as escalas cromáticas ainda eram ausentes, mas já problematizavam os efeitos e sugestões ópticas junto aos espectadores. Tamanha foi a polivalência alcançada na transição histórica da colorização manual das películas para a manipulação proporcionada pela tecnologia digital, que identificamos a necessidade de um método capaz de substanciar a legitimação das interpretações possíveis a esse elemento nos filmes. Sob esse intuito, propomos abordar a cor enquanto signo segundo a Semiótica de Charles Sanders Peirce, extraindo da sua Gramática Especulativa, cuja base é fenomenológica, os conceitos-chave que nos servem de referência para pontuar os passos de um percurso analítico que parte do nível dos sentimentos imediatos – o campo estético, alcançando, se for o caso, o nível dos pensamentos – o campo lógico. Partindo dessa abordagem, e localizando as cores na esfera da narrativa fílmica, recorremos a autores como, principalmente, Júlio Plaza (2003) e Lúcia Santaella (2002), cujos estudos usufruem da corrente peirceana para uma semiótica aplicada, e Martine Joly (1994), que transita entre a Semiologia e a Semiótica. Nosso objetivo é constatar e exemplificar o modo como as cores se vinculam ao contexto ou conteúdo dos filmes, utilizando de conhecimentos específicos acerca do fenômeno cromático no cinema, da Semiótica e de instrumentos da análise fílmica, para analisar as qualidades das cores, o que denotam, como o fazem, e quais efeitos podem provocam no intérprete; validando, em certa medida, a atividade e subjetividade interpretativa dos espectadores. Ao propor e demonstrar um método almejamos aprofundar a experimentação fílmica através da camada de sentido cromático.