Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANILO DE GOIS SOUZA
DATA: 28/02/2024
HORA: 15:00
LOCAL: DIDATICA VII
TÍTULO: SUICÍDIO NO BRASIL (2000-2022): TENDÊNCIAS TEMPORAIS E ÁREAS DE RISCO DA MORTALIDADE EM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL
PALAVRAS-CHAVES: Suicídio; mortalidade; estudos de séries temporais; análise espaço-temporal;
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:

Introdução: O suicídio é um sério problema de saúde pública, pois consiste em uma das principais causas de morte no mundo, inclusive no Brasil. Sua crescente incidência em diversos países, gera ônus individuais, familiares, sociais e econômicos. Objetivo: Analisar a distribuição espacial, temporal e espaço-temporal da mortalidade por suicídio no Brasil entre 2000 e 2022. Materiais e métodos: Estudo ecológico, de série temporal, com técnicas de análise espacial e espaço-temporal, utilizando dados secundários de todos os óbitos ocorridos no Brasil entre 2000 e 2022 registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade dos 5.570 municípios. Tendências temporais foram calculadas por meio de regressão linear segmentada (Joinpoint). Autocorrelações espaciais global e local foram analisadas por meio dos índices de Moran. Clusters espaço-temporais foram investigados por meio de varredura retrospectiva. Mapas coropléticos foram elaborados para representação gráfica das áreas de alto risco. Resultados: Foram registrados 240.843 óbitos por suicídio no Brasil. As regiões Sudeste, Sul e Nordeste apresentaram os maiores percentuais de óbitos por suicídio (37,59%, 23,72% e 22,64%, respectivamente). As taxas de mortalidade usando estimativa populacional, as maiores taxas foram encontradas no Sul, Centro-Oeste e Sudeste, respectivamente. A maioria dos óbitos ocorreu entre indivíduos do sexo masculino (78,74%), de cor branca (51,18%), solteiros (50,26%), adultos de 20 a 59 anos (75,35%), com escolaridade entre 4 e 7 anos de estudo (22,74%). A maior parte dos óbitos foi provocada por lesão autoprovocada intencionalmente por enforcamento, estrangulamento e sufocamento (64,13%). A tendência geral de mortalidade por suicídio no Brasil foi crescente (AAPC: 2.9; CI95%: 2.6 a 3.0), com destaque para as faixas etárias de 10-19 anos (AAPC: 3.7; CI95%: 2.9 a 4.5) e de 20-39 anos (AAPC: 2.9; CI95%: 2.3 a 3.5). As taxas brutas e suavizadas revelaram áreas de alta mortalidade nas regiões Sul, Norte e Centro-Oeste. Conclusão: Uma preocupante tendência crescente na mortalidade por suicídio foi observada em todas as regiões do Brasil e de forma mais acentuada nas regiões Nordeste e Norte, sobretudo entre homens e adultos jovens. Identificamos uma distribuição heterogênea da mortalidade por suicídio, sendo as regiões Sul e Centro-Oeste as áreas de maiores risco. Assim, há uma imperativa necessidade de investimento em políticas públicas multisetoriais, por meio de estratégias de prevenção universais, adaptando-se às necessidades locorregionais do país.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2030768 - ALLAN DANTAS DOS SANTOS
Interno - 2928966 - SHIRLEY VERÔNICA MELO ALMEIDA LIMA
Interno - 3357466 - MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA GÓES
Externo ao Programa - 2776453 - ANDREZZA MARQUES DUQUE
Externo à Instituição - JOSÉ MARCOS DE JESUS SANTOS