Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA CAMILO SILVA LEMOS
DATA: 13/12/2023
HORA: 16:30
LOCAL: Laboratório ECHO
TÍTULO: AMANDA CAMILO SILVA LEMOS
PALAVRAS-CHAVES: Sífilis Congênita. Gravidez. Cuidado Pré-Natal. Recém-Nascido. Atenção Primária à Saúde.
PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:
Introdução: A sífilis é uma doença infecto contagiosa, causada pelo Treponema pallidum, denotificação compulsória. Quando não tratada, ou tratada inadequadamente, a sífilis materna resultaem sífilis congênita. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífiliscongênita em Sergipe. Materiais e Método: Estudo transversal e quantitativo, realizado com dadossecundários dispostos no DATASUS. A busca de dados foi realizada no Sistema de Informação deAgravos e Notificação, no Sistema de Informação de Nascidos Vivos e no Sistema de InformaçãoHospitalar e contemplou todos os dados registrados disponíveis, de 2006 a 2021. Os filtros debusca utilizados foram região de saúde, dados sociodemográficos, classificação clínica, desfechoclínico, realização de tratamento do parceiro sexual e dados sobre a internação hospitalar. Os dadosforam computados no Microsoft Excel® e analisados no programa estatístico Epi Info 6.0. Naanálise estatística foi realizada a associação entre pré-natal e variáveis sociodemográficas pelo testede qui quadrado e calculada a razão de prevalência. Resultados: Houveram 4.175 Casos de sífiliscongênita e 5.139 casos de sífilis gestacional notificados. Sergipe atingiu a maior taxa de sífiliscongênita no ano de 2020, com 17 casos a cada mil nascidos vivos, maior que a média nacional nomesmo ano, que foi de 7,8/mil. A maioria das gestantes que tiveram bebês com sífilis congênitanão tinham terminado o ensino fundamental, eram pardas e 80,3% dos parceiros sexuais nãorealizaram o tratamento. Houve relação significativa com p < 0,001 entre a realização de pré-natal ebaixa escolaridade, não tratamento do parceiro, aborto por sífilis e evolução do bebê a óbito. A taxade letalidade foi de 1,1 óbitos a cada 100 casos de sífilis congênita. As internações por sífiliscongênita foram 2.779, no período em estudo. O coeficiente de internação foi de 6,3 a cada milnascidos vivos. Os gastos individuais com a internação de sífilis congênita tiveram uma média deR$ 1.216,16 por criança. Conclusão: O agravo pela sífilis congênita persiste como um desafio naconjuntura do serviço público de saúde. Os fatores associados entre o pré-natal e a ocorrência desífilis congênita identificados, evidenciaram um cenário de lacunas no pré-natal ofertado àsgestantes, com repercussões negativas no período pós-gestacional, que resultaram nos elevadosíndices da doença.