Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA CAMILO SILVA LEMOS
DATA: 22/11/2023
HORA: 16:30
LOCAL: PPGEN
TÍTULO: AMANDA CAMILO SILVA LEMOS
PALAVRAS-CHAVES: Sífilis Congênita. Gravidez. Cuidado Pré-Natal. Recém-Nascido. Atenção Primária à Saúde.
PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:
Introdução: A sífilis é uma doença infecto contagiosa, causada pelo Treponema pallidum, de notificação compulsória. Quando não tratada, ou tratada inadequadamente, a sífilis materna resulta em sífilis congênita. Em 2021 o boletim epidemiológico de sífilis apontou um crescimento médio de 17,6% nas taxas de sífilis congênita no Brasil. Objetivo: Analisar a caracterização epidemiológica dos casos notificados de sífilis congênita em Sergipe. Materiais e Método: Estudo transversal e quantitativo, realizado com dados secundários dispostos no DATASUS. A busca de dados foi realizada no Sistema de Informação de Agravos e Notificação, no Sistema de Informação de Nascidos Vivos e no Sistema de Informação Hospitalar e contemplou todos os dados registrados disponíveis, de 2006 a 2021. Os filtros de busca utilizados foram região de saúde, dados sociodemográficos, classificação clínica, desfecho clínico, realização de tratamento do parceiro sexual e dados sobre a internação hospitalar. Os dados foram computados no Microsoft Excel® e analisados no programa estatístico Epi Info 6.0. Na análise estatística foi realizada a associação entre pré-natal e variáveis sociodemográficas pelo teste de qui quadrado e calculada a razão de prevalência. Resultados: Houveram 4.175 Casos de sífilis congênita e 5.139 casos de sífilis gestacional notificados. Sergipe atingiu a maior taxa de sífilis congênita no ano de 2020, com 17 casos a cada mil nascidos vivos, maior que a média nacional no mesmo ano, que foi de 7,8/mil. A maioria das gestantes que tiveram bebês com sífilis congênita não tinham terminado o ensino fundamental, eram pardas e 80,3% dos parceiros sexuais não realizaram o tratamento. Houve relação significativa com p < 0,001 entre a realização de pré-natal e baixa escolaridade, não tratamento do parceiro, aborto por sífilis e evolução do bebê a óbito. A taxa de letalidade foi de 1,1 óbitos a cada 100 casos de sífilis congênita. As internações por sífilis congênita foram 2.779, no período em estudo. O coeficiente de internação foi de 6,3 a cada mil nascidos vivos. Os gastos individuais com a internação de sífilis congênita tiveram uma média de R$ 1.216,16 por criança. Conclusão: O agravo pela sífilis congênita persiste como um desafio na conjuntura do serviço público de saúde. Os fatores associados entre o pré-natal e a ocorrência de sífilis congênita identificados, evidenciaram um cenário de lacunas no pré-natal ofertado às gestantes, com repercussões negativas no período pós-gestacional, que resultaram nos elevados índices da doença. |