Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO LUCAS TAVARES DE LIMA
DATA: 27/06/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Sala ECHO - a confirmar
TÍTULO: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO PELO Toxoplasma gondii EM GESTANTES DO ESTADO DE SERGIPE: UMA ABORDAGE ESPACIAL
PALAVRAS-CHAVES: Análise espacial; Complicação infecciosa na gravidez; Notificação de doença; Epidemiologia; Infecção por Toxoplasma gondii.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:
Introdução: A toxoplasmose é considerada uma doença infecciosa sistêmica, causada pelo protozoário T. gondii, que causa infecções em humanos e caracteriza-se por ser uma zoonose distribuída mundialmente. Quando ocorre na gestação, constitui um grave problema de saúde pública, devido ao risco de transmissão placentária, que pode trazer consequências devastadoras para o feto e recém-nascido. Ainda são escassos estudos que caracterizem os aspectos epidemiológicos e geográficos da infecção pelo T. gondii em gestantes no estado de Sergipe. Objetivo: Analisar os aspectos epidemiológicos e distribuição espacial da ocorrência de infecção pelo T. gondii em gestantes no estado de Sergipe. Materiais e método: Estudo transversal, descritivo, de caráter retrospectivo e com técnicas de análise espacial dos casos notificados de infecção pelo T. gondii em gestantes, a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), da Secretaria de Estado da Saúde e do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). A análise descritiva da caracterização epidemiológica foi apresentada por meio de frequências simples e percentuais. Estimaram-se taxas de detecção de toxoplasmose gestacional para os municípios do estado. Para análise espacial utilizou-se o estimador de intensidade Kernel para estimar o aglomerado de casos por município, gerando mapas coropléticos das taxas de detecção; utilizou-se a estatística de Moran Global com teste de significância, para examinar a dependência espacial; e o modelo bayesiano empírico local para suavização das taxas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foram notificados 449 casos de toxoplasmose gestacional; a taxa de detecção foi de 4,7 casos por 1.000 nascidos vivos (NV). Houve predomínio da faixa etária de 20 a 29 anos (54,1%); na raça/cor parda (68,6%); ensino médio incompleto (59,7%); estado civil solteira (67,3%); ocupação de dona de casa (39,9%); residência na zona urbana (66,8%). Concernente à caracterização do pré-natal, antecedentes obstétricos e manifestações clínicas 46,8% das gestantes foram diagnosticadas no segundo trimestre; 77,3% realizaram sete ou mais consultas; 45,0% eram primigestas; 50,3% nulíparas; 0,2% viviam com HIV; 67,9% foram assintomáticas. Em relação às informações laboratoriais e de tratamento, 8,0% realizaram três ou mais sorologias; 29,8% realizaram avidez de IgG; 53,3% realizaram ultrassonografia; 80,4% não realizaram amniocentese; 84,7% realizaram iniciaram tratamento. Atinente à caracterização da evolução da gestação, 96,7% dos partos foram finalizados com NV; 96,0% como gravidez única; 58,6% com partos vaginais; e 2,0% foram detectadas malformações congênitas.