Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NOEMIA SANTOS DE OLIVEIRA SILVA
DATA: 21/07/2023
HORA: 10:30
LOCAL: Sala 402, didática 7, UFS São Cristóvão
TÍTULO: ESTADO PSICOLÓGICO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUE ATUAM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
PALAVRAS-CHAVES: Ansiedade. Depressão. Síndrome de burnout. Profissionais de enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva.
PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:
INTRODUÇÃO: Para os profissionais da saúde, cuidar de uma vida em sofrimento e morte pode ocasionar alterações psíquicas, sendo identificado como um ofício insalubre para toda equipe envolvida. Nesse sentido, o trabalho cotidiano de profissionais de enfermagem que trabalham em unidades de terapia intensiva (UTI), gera sentimentos que oscilam, especialmente pela gravidade dos pacientes atendidos. OBJETIVO: Identificar a ocorrência de sofrimento psicológico em profissionais de enfermagem que atuam na Unidade de Terapia Intensiva. MÉTODO: Estudo observacional de corte transversal com abordagem descritiva e quantitativa. A amostra foi composta por 164 profissionais de enfermagem de um hospital público de grande porte e do Hospital Universitário, ambos no estado de Sergipe. Os dados foram coletados entre Janeiro a Abril de 2023, por meio de questionário contendo itens para caracterização socioeconômica, condições de saúde e ocupacional, escala de HADS e Maslach Burnout Inventory, para avaliação de ansiedade/depressão e síndrome de burnout, respectivamente. As variáveis categóricas foram descritas por meio de frequência absoluta e relativa percentual. A hipótese de independência entre variáveis categóricas foi testada por meio do teste Qui-Quadrado de Pearson e Exato de Fisher, o nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: Dos 164 entrevistados a maioria era do gênero feminino, com faixa etária predominante média de idade 41,2 anos, união estável (40,9%) e técnicos de enfermagem (77,4%). Em relação aos aspectos ocupacionais, a maioria são concursados (52,1%), ganham até dois salários mínimos (31,5%), possui mais de um vínculo empregatício (56,2%), trabalha até 4,4 horas semanais, reportaram sofrer pressão no trabalho (40,7%) e lidar com morte e sofrimento (78,5%). Na avaliação de HADS-A, observa-se que 11,6% profissionais tem probabilidade para desenvolver transtorno de ansiedade. Em relação a escala HADS-D, a média é de 9, com um desvio-padrão de 2.As categorias são: improvável 30 (18,3%), possível 114 (69,5%) e provável 20 (12,2%). Quanto à escala de Maslach Burnout Inventory, a SB está presente em 47 (28,7%) dos profissionais. CONCLUSÃO: Tendo em vista a relevância e escassez de estudos que tratem desse recente, os dados evidenciaram a importância de cuidar da saúde mental de profissionais de enfermagem que atuam em UTI, bem como a intensificação de práticas preventivas e de tratamento de manifestações psíquicas como ansiedade, depressão e síndrome de Burnout, com foco à promoção de saúde mental em ambiente ocupacional.