Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS ALMEIDA ANDRADE
DATA: 28/01/2022
HORA: 09:30
LOCAL: meet.google.com/woa-sfqt-edt
TÍTULO: USO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) NA DEFINIÇÃO DE ÁREAS DE RISCO PARA A COVID-19 EM ÁREAS DE VULNERABILIDADES SOCIAIS DO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: COVID-19; Sistemas de Informação Geográfica; Análise Espacial; Análise Espaço-Temporal; Estudos de Séries Temporais; Determinantes Sociais da Saúde.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:
Introdução: A pandemia da COVID-19 ainda provoca consequências sanitárias e socioeconômicas em todo o mundo. A doença possui dinâmica geográfica heterogênea e estudos utilizando Sistemas de Informações Geográficas são realizados para mapear a distribuição espaço-temporal do vírus, contribuindo para a elaboração e implementação de intervenções preventivas e de controle eficazes. Objetivo: Analisar o cenário epidemiológico da COVID-19 em áreas vulneráveis do Brasil utilizando as diferentes abordagens metodológicas dos Sistemas de Informações Geográficas. Materiais e métodos: Estudo ecológico, com abordagens espaço-temporais, considerando os determinantes sociais da saúde, realizado com dados de morbidade e mortalidade por COVID-19 no estado de Sergipe e na região Nordeste do Brasil. Foram utilizados bancos de dados oficiais do sistema de saúde brasileiro para os casos e óbtios por COVID-19. Os dados espaciais e sociodemográficos foram obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. As estatísticas realizadas compuseram análises de tendência temporal, espacial e espaço-temporal, além da modelagem espacial para estudo da associação entre os casos e mortes por COVID-19 e os determinantes sociais. Resultados: Em Sergipe, foram evidenciados clusters espaço-temporais de incidência emergentes englobando a região metropolitana do estado. Observou-se maioria dos óbitos entre maiores de 60 anos e homens. As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares. Observou-se tendência crescente de mortalidade em todo o estado, com maior aumento na zona rural. Identificou-se um aglomerado espaço-temporal de mortalidade que compreende a região metropolitana de Sergipe e municípios vizinhos. Taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais, porcentagem de crianças menores de 5 anos que não frequentam a escola, sub-índice de frequência escolar e taxa de envelhecimento foram preditores de mortes. Observou-se um aumento da incidência da doença em todos os estados do Nordeste. A autocorrelação espacial positiva foi encontrada nas áreas metropolitanas da região e 178 municípios foram considerados prioritários, especialmente nos estados do Ceará e Maranhão. Foram identificados 11 agrupamentos espaço-temporais de casos de COVID-19 em toda a região Nordeste. A mortalidade e a letalidade por COVID-19 no Nordeste do Brasil apresentaram tendência de aumento, principalmente em áreas de maior vulnerabilidade social. Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram que os Sistemas de Informações Geográficas podem fornecer apoio à vigilância epidemiológica da COVID-19 e auxílio na tomada de decisões. Houve tendência crescente da mortalidade por COVID-19 em Sergipe e a distribuição espacial dos óbitos foi heterogênea com aglomerados de alto risco encontrados na região metropolitana do estado. Indicadores educacionais e de envelhecimento estiveram associados à mortalidade. A pandemia de COVID-19 progrediu rapidamente em toda a região Nordeste do Brasil, com maior dispersão para o interior. Foram identificados clusters de alto risco para COVID-19, especialmente na região litorânea dos estados. A mortalidade e a letalidade por COVID-19 no Nordeste do Brasil apresentaram tendência de aumento no primeiro ano da pandemia. As tendências crescentes foram observadas principalmente nos municípios com maior índice de vulnerabilidade social.