Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ AUGUSTO PASSOS GÓES
DATA: 10/02/2021
HORA: 15:00
LOCAL: meet.google.com/hyr-xthy-nux
TÍTULO: MORTALIDADE POR DOENÇA DE CHAGASEM SERGIPE: ANÁLISE ESPACIAL, TENDÊNCIA TEMPORAL E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
PALAVRAS-CHAVES: Doença de Chagas. Mortalidade. Doenças Negligenciadas. Estudos de Séries Temporais. Análise Espacial.
PÁGINAS: 53
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública
RESUMO:
A Doença de Chagas (DC) ainda hoje é considerada um problema de saúde pública com repercussões socioeconômicas. A principal forma de transmissão da doença é a vetorial, por intermédio de insetos triatomíneos, conhecidos como barbeiros, infectados pelo protozoário Trypanosoma Cruzi. Cerca de 6 a 7 milhões de pessoas no mundo estão infectadas peloT. cruzi, sendo a maioria em países endêmicos da América Latina, e mais de 25 milhões de pessoas estão em risco de adquirir a doença. Estima-se que na América Latina ainda existam 10 milhões de infectados, dos quais 2 milhões somente no Brasil, e cerca de dez mil morrem todos os anos como resultado da doença. Como a DC é determinada no espaço e no tempo por fatores de risco, as técnicas de geoprocessamento são ferramentas importantes que podem ser utilizadas para uma melhor compreensão da sua dinâmica de transmissão e distribuição.Objetivo: Analisar padrões espaciais e a tendência temporal da mortalidade por Doença de Chagas para identificação de áreas de risco prioritárias no controle no estado de Sergipe, Nordeste do Brasil. Método: Estudo ecológico, de série temporal e com técnicas de análise espacial sobre óbitos por Doença de Chagas no estado de Sergipe (1996-2016), a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A análise temporal foi realizada através de técnica estatística capaz de descrever alterações no padrão da tendência para o período. Foram elaborados mapas temáticos a partir de analises pontual e poligonal. Resultados: Foram registrados 247 óbitos por Doença de Chagas, com média de 11,7 mortes/ano, sendo a maioria do sexo masculino (64%) e nas faixas etária de 50-59 anos (21%) e 60-69 anos (26%). Observou-se dois segmentos com tendências crescentes, não constantes e significativas: 1996-2005 (APC = 21,6%; p=0,01) e 2005-2016 (APC= 4,4%; p=0,01), com APPC= 11,8% (p=0,01). Houve autocorrelação espacial positiva e significativacom áreas de maior risco de morte localizadas na região Sul do estado. Conclusão: A tendência da mortalidade por DC de chagas no estado de Sergipe foi crescente no período analisado,com distribuição heterogênea dos casos e principal área de risco identificada na região Sul do estado.