Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALBERNON COSTA NOGUEIRA
DATA: 28/08/2020
HORA: 08:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL REALIZADO
EM SÉRIE ÚNICA OU MÚLTIPLAS SOBRE A APTIDÃO
FÍSICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM MULHERES
MAIS VELHAS: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
PALAVRAS-CHAVES: Envelhecimento; exercício físico; saúde; atividades diárias;
autonomia pessoal.
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Educação Física
RESUMO:
Introdução: O envelhecimento ocasiona declínios nas funções dos diferentes sistemas corporais. O exercício tem sido recomendado como uma estratégia terapêutica não medicamentosa eficiente em combater os efeitos prejudiciais da senescência, entretanto, a literatura científica carece de estudos que analisem qual volume de treinamento funcional seria mais eficiente em maximizar as adaptações promovidas pelo método. Objetivo: Comparar os efeitos do treinamento funcional realizado em série única ou séries múltiplas sobre a aptidão física e composição corporal em mulheres mais velhas. Métodos: A presente dissertação foi delineada como um estudo experimental, realizado na Universidade Federal de Sergipe, sendo composto por 24 semanas de intervenção. Participaram da amostra quarenta e oito voluntárias não praticantes de atividade física sistematizada nos últimos seis meses que foram distribuídas de maneira randomizada estratificada em três grupos: treinamento funcional séries múltiplas (TFSM: n=16; 63,3 ± 5,8 anos); treinamento funcional série única (TFSU: n=16; 63,1 ± 6,2 anos) e grupo alongamento (GA: n=16; 66,9 ± 6,0 anos). O TFSM realizou duas séries de exercícios de força semelhantes as atividades da vida diária, executados a máxima velocidade concêntrica, em formato de circuito, enquanto que o grupo TFSU executou apenas uma série. A aptidão física foi avaliada pelos testes: vestir e tirar a camisa (VTC), gallon-jug shelftransfer (GJS), sentar e levantar da cadeira em 5 repetições (SL5) e levantar e caminhar pela casa (LCPC). Ademais, foi avaliada a capacidade de salto via counter-movement jump (CMJ) e força isométrica de preensão manual (FPM). Por fim, a composição corporal das participantes foi analisada por bioimpedância elétrica e a perimetria corporal por fita inelástica. Resultados: Ao final das 24 semanas, os grupos experimentais apresentaram melhorias significativas semelhantes nas variáveis: GJS (TFSM: +13,2%, p = 0,001; TFSU: +12,0%, p = 0,001), LCPC (TFSM: 9,0%, p = 0,034; TFSU: +10,5%, p = 0,003) e CMJ (TFSM: 17,8%, p = 0,001; TFSU: 19,0%, p = 0,005). Entretanto, para o SL5 (TFSM: 32,6%, p = 0,001; TFSU: +19,7%; p = 0,001), e VTC (TFSM: 7,2%, p = 0,028; TFSU: 3,7%, p = 0,494), o TFSM se demonstrou mais eficiente. Em relação a perimetria corporal, apenas o grupo TFSM apresentou melhorias na CC (+3,3%, x p = 0,008) e RCQ (+3,4%, p = 0,008). Conclusão: Os achados da presente dissertação sugerem que ambos protocolos de treinamento funcional promovem melhorias semelhantes durante as fases iniciais do treinamento (0 – 12 semanas). No entanto, o treinamento funcional realizado com séries múltiplas se demonstrou mais eficiente em promover melhorias na aptidão física e perimetria corporal em mulheres mais velhas, ao longo de 24 semanas de intervenção.