Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUYARE ARAUJO RAMALHO
DATA: 20/03/2015
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de Vídeo Conferencia RENORBIO no Polo de Gestão - Universidade Federal de Sergipe
TÍTULO: Compostos Bioativos em Alguns Produtos Naturais e Estudo das Atividades Inibitórias da α-amilase, α-glucosidase e Enzima Conversora de Angiotensina Ligadas a Diabetes Tipo II em Frutas e Fermentados de Frutas
PALAVRAS-CHAVES: α-glucosidase, α-amilase, ECA, Fenólicos Totais, HPLC-DAD, Frutos Tropicais, Chá preto, Produtos Fermentados.
PÁGINAS: 228
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Ciência e Tecnologia de Alimentos
SUBÁREA: Ciência de Alimentos
ESPECIALIDADE: Química, Física, Fisico-Química e Bioquímica dos Alim. e das Mat-Primas Alimentares
RESUMO:
Doenças crônicas ligadas à oxidação estão em ascensão e são uma das principais causas de morte a nível mundial. Dessa forma, o objetivo geral desta pesquisa foi estudar o perfil dos compostos fenólicos presentes em frutas, chás preto e fermentados de frutas, assim como, determinar as atividades antienzimáticas (in vitro) da α-amilase, α-glucosidase e ECA em frutas antes e após seu processo fermentativo, a fim de controlar estágios iniciais da Diabetes de tipo 2. Inicialmente, verificou-se o potencial anti-hiperglicêmico e anti-hipertensivo e sua relação com os antioxidantes e compostos fenólicos presentes nas polpas, cascas e sementes de 11 frutos - jamelão (Syzygium cumini); caqui (Diospyros kaki L.); jabuticaba (Myrciaria cauliflora); uva vermelha (Vitis vinifera L.); uva roxa (Euterpe edulis L.), ameixa (Prunus domestica); pitanga (Eugenia uniflora L.); caju (Anacardium occidentale); acerola (Malpighia emarginata); açaí (Euterpe oleracea) e mangaba (Hancornia speciosa). A partir disto, foram selecionadas 8 resíduos destes frutos estudados com altos e baixos potenciais antienzimáticos, a fim de avaliar os mesmos parâmetros iniciais e seu efeito durante a fermentação. Em adição, compostos bioativos presentes em chás pretos foram identificados e quantificados usando o sistema HPLC-DAD. Os resultados mostraram que os pós das frutas possuem elevados teores de compostos fenólicos totais (642,82 a 11064,44 µg GAE.g-1) bem como expressiva atividade antioxidante (23,2 a 95,72%). Além disto, foram identificados nas polpas e resíduos das frutas os ácidos gálico (0,02 a 7,05 mg/g dw), p-cumárico (0,002 a 0,84 mg/g dw) clorogênico (0,001 a 1,01 mg/g dw), catequina (0,002 a 2,02 mg/g dw), rutina (0,001 a 2,56 mg/g dw), resveratrol (0,002 a 1,40 mg/g dw) e o ácido ascórbico (0,001 a 22,78 mg/g dw). Dentre os chás preto analisados, os de origem brasileira apresentou maior teor de compostos fenólicos em 20 min após sua infusão. Em relação à fermentação, a casca de mangaba, que antes não possuía taxa inibitória da α-glucosidase, apresentou inibição após as 48h (14,8%), atingindo valor máximo (25%) após 72h. O produto fermentado de jamelão manteve valores constantes em relação a taxa inibitória desta enzima (98,30%), porém, a acerola e o caqui diminuíram sua taxa de inibição da α-glucosidase após 48h. No geral, as cascas liofilizadas de açaí, mangaba, jabuticaba e uva roxa apresentaram resultados muito positivos durante a fermentação láctica para os parâmetros antienzimáticos avaliados.