Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABIANO ROCHA PRAZERES JÚNIOR
DATA: 13/02/2023
HORA: 08:00
LOCAL: http://meet.google.com/jbc-imnp-xbd
TÍTULO: FAUNA PARASITÁRIA GASTROINTESTINAL DE AVES EXÓTICAS E SILVESTRES EM CATIVEIRO NOS ESTADOS DE ALAGOAS E SERGIPE, NORDESTE DO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: avifauna, parasitologia, helmintos, protozoários.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
RESUMO:
Devido sua impressionante extensão territorial e biodiversidade, o Brasil possui mais de 1.800 espécies de aves catalogadas. Quando mantidas em cativeiro, esses animais podem estar susceptíveis a diversos tipos de patógenos, como por exemplo os parasitos gastrointestinais. Porém a escassez de informações sobre os principais tipos de parasitos que infectam esses animais acaba sendo um fator limitante na manutenção da sanidade animal. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi identificar a fauna parasitária gastrointestinal de aves exóticas e silvestres mantidas em cativeiro nos estados de Alagoas e Sergipe, Nordeste do Brasil. Para alcançar os objetivos propostos foram utilizados 182 pools de amostras fecais, obtidas mediante defecação espontânea de 656 aves exóticas e silvestres cativas (Alagoas n = 229 e Sergipe n = 427). Todas as amostras foram analisadas mediante a técnica de exame direto, flutuação em sacarose, Mini-FLOTAC® e centrifugação-sedimentação com a coloração por meio do método de Ziehl-Neelsen. Todos os parasitos foram fotografados e analisados por meio do software ImageJ. E os dados foram analisados utilizando o software InStat (GraphPad Software, 2000), com nível de significância estabelecido de p <0,05. 84,07% (153/182) das amostras analisadas foram positivas para ovos, oocistos, cistos, larvas e/ou trofozoítos de parasitos gastrointestinais, sendo 56,21% (86/153) de aves do estado de Sergipe e 43,79% (67/153) de Alagoas. 18 tipos de parasitos foram identificados e agrupados como como helmintos (66,67%; 12/18), protozoários (27,78%; 5/18) e pseudoparasitos (5,56%; 1/18); e classificados como Nematelmintos (83,33%) e Platyhelminthes (16,67%) (Cestodas e Trematodas). Os enteroparasitos mais frequentes foi Cryptosporidium sp. (52,28), Coccídeos (41,17%), Entamoeba sp. (46,40%), Strongyloides sp. (19,60%), Trichostrongylidae (16,33%), Giardia sp. (18,33%) e Capillaria sp. (7,84%). Monoparasitismo (36,60%), biparasitismo (28,76%) e poliparasitismo (34,64%) também foram observados nas aves. Os dados desse estudo evidenciam a fauna parasitária gastrointestinal de diversas espécies de aves exóticas e silvestres da região Nordeste do Brasil, destacando diferentes táxons parasitários (Nematelmintos, Platyhelminthes e Protozoa) responsáveis por provocar doenças gastrointestinais nos animais, além do possível risco para humanos que mantem contato direto e/ou indireto com essas aves no cativeiro.