Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MEGGIE KAROLINE SILVA NASCIMENTO
DATA: 21/02/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Multiuso do PPEC
TÍTULO: Avaliação da toxicidade dos hidrocarbonetos monoaromáticos BTEX no microcrustáceo marinho Mysidopsis juniae
PALAVRAS-CHAVES: benzeno, tolueno, xilenos, Mysidopsis juniae, toxicidade de misturas.
PÁGINAS: 54
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia de Ecossistemas
RESUMO:
Os compostos orgânicos voláteis benzeno, tolueno e os xilenos (BTX) estão entre os produtos químicos mais produzidos mundialmente e podem ser encontrados em todos os compartimentos ambientais. A contaminação de ambientes aquáticos por essas substâncias pode acarretar em efeitos tóxicos adversos em organismos de diferentes níveis biológicos. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade dos BTX isolados e em misturas binárias por meio do teste de toxicidade aguda (96h) com o microcrustáceo Mysidopsis juniae. Para isso, os organismos foram expostos às concentrações de BTX em água do mar artificial a fim de identificar os efeitos na sobrevivência, assim como estudar os modos de ação das substâncias em mistura com a aplicação dos modelos teóricos de concentração de adição (CA) e ação independente (IA). Nos experimentos com os compostos isolados foi possível perceber que o xileno foi o mais tóxico (CL50 16,10 ±2,4mg.L-1) seguido por tolueno (CL50 38 ± 5,3mg.L-1) e benzeno (CL50 78,03±2,9mg.L-1). Quando em mistura binária foram observados desvios dos modelos de referência para CA em todos os experimentos realizados (razão das doses e antagonismo). Na exposição do xileno e benzeno o desvio que se enquadrou aos resultados foi o antagonismo, já a mistura de xileno e tolueno foi melhor explicada pelo desvio razão das doses onde a toxicidade foi causada principalmente pelo xileno, no experimento com o tolueno e benzeno também foi observado um padrão de razão das doses, sendo que nesse caso o benzeno foi o maior responsável pela toxicidade. Logo, os hidrocarbonetos analisados foram tóxicos para o misidáceo, tanto isolados como em misturas binárias, evidenciando a importância de estudos nessa temática que possam servir de suporte para avaliações e monitoramento dos ambientes marinhos, visto os riscos iminentes de contaminação deste meio e a ampla escala de utilização desses compostos.