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Banca de DEFESA: ÉMILE COSTA LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÉMILE COSTA LIMA
DATA: 15/02/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de reuniões NIPPEC (UFS/ITA)
TÍTULO: Dinâmica da conversão de mangue em áreas urbanas: lições para conservação dos sistemas socioecológicos em áreas úmidas
PALAVRAS-CHAVES: Uso e Cobertura da Terra; Modificação da paisagem; Paisagem urbana; MapBiomas; Manguezal; Conservação de ecossistemas costeiros
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

O manguezal é um ecossistema de transição localizado entre a terra e o mar frequentemente associado a ambientes estuarinos. Esse sistema socioecológico oferece serviços ecossistêmicos como sequestro e estoque de carbono, fornecimento de recursos naturais, estabilização de zonas costeiras e prevenção a inundações, benefícios esses que contribuem para a desaceleração das mudanças climáticas. Tais ecossistemas, por estarem atrelados às áreas de povoamento, sofrem diversos impactos negativos, a exemplo da poluição, fato esse que demonstra a necessidade de ações voltadas para a sua conservação. Uma maneira de atingir tal objetivo é investir em pesquisas relacionadas à dinâmica de paisagens e à cobertura e uso da terra (CUT). Nesse sentido, Aracaju – SE é uma cidade litorânea que possui extensas áreas de manguezal, as quais sofrem impacto em função da urbanização. Com isso, o estudo em questão apresentou o intuito de extrair lições para conservação socioambiental em Áreas Úmidas a partir da compreensão da dinâmica dos padrões de conversão de mangues na cidade de Aracaju. Para isso foram utilizados dados fornecidos pelo projeto Mapbiomas, realizadas visitações in loco e efetuada uma revisão bibliográfica. Os dados estatísticos foram analisados no software Microsoft Excel, já os mapas temáticos foram elaborados no QGis. No que se refere aos dados bibliográficos, esses foram obtidos nas bases de dados Google Acadêmico, Bibliotecas Digitais de Teses e Dissertações Nacionais (BDTD) e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Federal de Sergipe (BDTD UFS). Após a realização desses procedimentos, foi feita uma relação entre os dados estatísticos e os bibliográficos para compreender os possíveis eventos causadores das conversões dessas regiões. A partir da análise dos dados foi possível verificar que entre 1985 e 2021 aumentou aproximadamente 430 hectares (34,64%) das áreas de mangue em Aracaju -SE. O ano com a maior área foi 2013 (com 1.709 hectares) e o ano de menor área foi 1985 (com 1.241 ha). Foi visto um acréscimo dos mangues localizados nas regiões banhadas pelos rios Parnamirim e Sergipe na Zona Norte (ZN), pelos rios Sergipe e Poxim na Zona Sul (ZS) e pelo rio Vaza-Barris na Zona de Expansão (ZE) no bairro Santa Maria e no povoado Robalo. Ainda na ZE, inseridos na Aruanda, Mosqueiro e Croa do Goré, os mangues mativeram-se estáveis. Foi possível observar uma relação entre diminuição de Rio, Lago e Oceano e aumento de Mangue, visto que em quase todas essas regiões é possível verificar a mesma diferença: em alguns locais onde eram encontrados Corpos d’Água em 1985, em 2021 foi observado Mangue, o que pode ser explicado pelo assoreamento desses rios, sedimentação de substrato e então colonização da vegetação de mangue nesse substrato, formando bosques e/ou florestas de mangue na área. O padrão de crescimento da cidade Aracaju encontrado foi o de expansão imobiliária a partir de aterramento dos manguezais, sítios, lagoas e salinas. Esse padrão foi visto na construção e ampliação de alguns bairros como Jardins, Coroa do Meio, Farolândia, Inácio Barbosa, São Conrado, Bugio, Lamarão, Soledade, Porto Dantas e Santos Dumont entre meados de 1980-2000. Tal modelo permanece sendo seguido no desenvolvimento de novas regiões, a exemplo dos bairros Jabotiana, Santa Maria e a ZE, desde a década de 2010. Apesar das pressões antrópicas sofridas pelos mangues da cidade, eles apresentaram acrescimento entre 1985-2021, o que nos ensina lições referentes à resistência e resiliência. Muito do que explica esse aumento foi a dinâmica fluvial natural da região, além do estabelecimento de leis e projetos para a proteção deles. Contudo, o incremento dessa vegetação não indica necessariamente algo totalmente positivo, pois foi analisado um acrescimento no índice de fragmentação de mangues. Ainda, não foi encontrada uma grande riqueza de espécies, o que acarreta a homogeneização dos manguezais. Também foram vistos muitos espécimes mortos em alguns locais, a exemplo do calçadão da Praia Formosa e do Parque Ecológico do Tramandaí. Outrossim, a maior parte dos manguezais se encontram em situações de descaso, sendo depósitos de lixos e esgoto, alto índice de poluição e pressão de áreas urbanizadas ao redor. Ademais, na ZN algumas áreas de rio, aquicultura ou apicum foram convertidas em mangues. Também foram analisadas classes de rio e aquicultura convertidas em apicum. Por fim, avaliou-se uma relação entre os níveis de apicuns e aquicultura, haja vista mantiveram-se constantes e semelhantes, o que pode estar associado à carcinicultura e psicultura realizada no município. Dessa forma, espera-se que os resultados obtidos a partir dessa pesquisa contribuam para a melhoria da gestão ambiental do município.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1116155 - LARISSA MONTEIRO RAFAEL
Externo ao Programa - 3001806 - LUANA SANTOS OLIVEIRA MOTA
Externo à Instituição - LUCAS COSTA DE SOUZA CAVALCANTI

Notícia cadastrada em: 02/02/2024 09:46
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