Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GLADSLENE GÓES SANTOS
DATA: 29/04/2016
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de Video-Conferência da Renorbio ao lado da Secretaria da Renorbio
TÍTULO: ELABORAÇÃO COBERTURAS COMESTÍVEIS INCORPORADAS COM ÓLEO ESSENCIAL
PALAVRAS-CHAVES: EMBALAGEM; ANTIMICROBIANOS; ALIMENTOS
PÁGINAS: 88
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Medicina Veterinária Preventiva
ESPECIALIDADE: Saneamento Aplicado a Saúde do Homem
RESUMO:
RESUMO: Os revestimentos ou coberturas comestíveis são definidos como uma camada fina de material comestível formada sobre um alimento, geralmente aplicada na forma líquida sobre o produto, por imersão do mesmo. Várias pesquisas têm demonstrado que a adição de substâncias bioativas como os óleos essenciais têm aumentado o potencial antimicrobiano destas embalagens contribuindo para o aumento da vida de prateleira de alimentos. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo desenvolver e avaliar in vitro e in vivo a eficiência microbiológica de coberturas comestíveis à base de quitosana incorporadas com óleos essenciais de Myrcia ovata Cambessedes (MYRO). O potencial antimicrobiano de 9 óleos essenciais foi avaliado através da técnica de difusão em discos frente à bactérias patogênicas de alimentos (Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Bacillus subtilis, Serratia marcescens, Escherichia coli, Enterococcus faecalis e Salmonella enteritidis), sendo selecionados os óleos MYRO- 174 e MYRO-175, os quais apresentaram maior potencial antibacteriano (halos de inibição entre 6,0 e 32 mm), para serem incorporados às coberturas comestíveis. As formulações de coberturas comestíveis foram elaboradas variando-se as concentrações de fécula de mandioca, quitosana e óleo essencial conforme o delineamento composto central rotacional (23 + 6 pontos axiais e 3 pontos centrais). O potencial antimicrobiano in vitro das coberturas foi avaliado pela técnica de difusão em discos frente às bactérias patogênicas de alimentos, onde obteve-se halos de inbição entre 9,0 –12,5 mm. As formulações de coberturas comestíveis contendo o óleo MYRO-175 foram otimizadas para a inibição de B. cereus e B. Subtilis utilizando a metodologia de superfície de resposta, sendo possível obter um modelo matemático preditivo para a inibição das mesmas. A concentração de óleo essencial foi o parâmetro que mais influenciou a atividade antimicrobiana das coberturas. Na etapa seguinte do trabalho, coberturas comestíveis incorporadas com o óleo MYRO 174 ou MYRO-175 foram aplicadas em mangabas e o potencial antimicrobiano foi avaliado frente a microflora natural e ao Bacillus cereus artificialmente contaminado nos frutos. Para ambos óleos utilizou-se a formulação a qual continha 1,00% fécula de mandioca, 1,00% de quitosana e 1,25% de óleo essencial. As mangabas revestidas com cobertura comestível apresentaram contagens de bactérias aeróbias mesófilas totais da ordem de 102 UFC/g, bolores e leveduras < 10 UFC/g (valor estimado) e inibição do crescimento de B. cereus durante o armazenamento a 10ºC por 12 dias. Já as mangabas sem revestimento (controle) apodreceram a partir do 8º dia de estocagem refrigerada. As coberturas comestíveis à base de quitosana incorporadas com óleos essenciais de M. ovata Cambessedes demonstraram potencial para serem utilizadas como alternativa no controle microbiológico in vitro de bactérias patogênicas de alimentos e in vivo na conservação de mangabas.