Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LARISSA MENEZES COSTA
DATA: 15/12/2021
HORA: 14:00
LOCAL: google meet
TÍTULO: Efeitos da protração maxilar em pacientes com e sem fissura labiopalatina transforame incisivo unilateral
PALAVRAS-CHAVES: Fissura palatina; Má oclusão de Classe III; Retrusão maxilar; Expansão maxilar; Tomografia computadorizada cone beam
PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO:
As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas e que apresentam uma etiologia complexa, envolvendo aspectos genéticos e ambientais, provocando um impacto clínico, estético e psicossocial no indivíduo acometido. A fissura labiopalatina transforame incisivo unilateral (FTIU) é a deformidade mais frequente de fissura oral não-sindrômica. Esses indivíduos passam por cirurgias primárias (queiloplastia e palatoplastia) nos primeiros meses de vida, que provocam, na maioria das vezes, uma deficiência no crescimento e desenvolvimento da maxila no sentido transversal e anteroposterior. O tratamento ortopédico precoce convencional é realizado pelo protocolo da expansão rápida da maxila (ERM) associada à tração reversa da maxila (TRM) com máscara facial (MF). Na literatura, esse é o segundo estudo que avalie esse tratamento entre pacientes com fissura e sem fissura através da tomografia computadorizada cone beam. O objetivo deste estudo foi comparar e avaliar os efeitos da protração maxilar esquelética do tratamento ortopédico precoce da Classe III com ERM associada à TRM em pacientes com e sem FTIU. Nesse estudo foram selecionados 28 indivíduos, na fase de dentadura decídua ou mista e divididos em dois grupos: Grupo Padrão III com fissura: 16 indivíduos com FTIU e má oclusão de Classe III com idade entre 5 a 10 anos e o Grupo Padrão III sem fissura: 12 indivíduos com má oclusão de Classe III com idade entre 5 a 10 anos. Tomografias computadorizadas cone beam foram obtidas antes (T0) e após o tratamento (T1) e vinte variáveis cefalométricas foram analisadas. Comparações intragrupos e intergrupos foram realizadas, respectivamente, por meio do teste t pareado e não pareado (p<0.05). A comparação entre os grupos apontou que o grupo com fissura apresentou mais eficiência no movimento anterior da maxila (SNA: p= 0,005, Co-A: p=0,024) e a medida do ângulo SNB (p= 0,002) estatisticamente menor do que o grupo tratado sem fissura. Em relação ao posicionamento vertical da mandíbula observou-se que no grupo sem fissura apresentou uma diminuição mais significativa no ângulo do Plano oclusal. HF (p= 0,002). Em relação a discrepância das bases ósseas não houve diferença significante no ângulo ANB (p=0,898), porém em relação a medida de WITS, o grupo com fissura apresentou um aumento mais significativo. Houve melhora no overjet e relação molar em ambos os grupos, mas sem diferença nas alterações dentárias entre os grupos. Pode-se concluir que apesar do avanço sagital maxilar ter sido mais efetivo no grupo com fissura, os indivíduos desse grupo não conseguiram atingir o valor inicial das medidas cefalométricas do grupo sem fissura que apresentam medidas mais próximas da normalidade e que não houve efeitos indesejáveis em relação as inclinações dos incisivos.