Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ITALY TAINÁ DOS SANTOS PINTO
DATA: 16/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 09 do Bloco A do DBI
TÍTULO: A estrutura da comunidade e o uso do espaço por pequenos mamíferos em Sergipe, Brasil
PALAVRAS-CHAVES: Rodentia, Didelphimorphia, estratificação vertical, microhabitat, uso do habitat.
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia de Ecossistemas
RESUMO:

A distribuição das espécies de pequenos mamíferos está relacionada com as condições e recursosdisponíveis no ambiente, sendo necessário compreender como a estrutura da vegetação influencia na utilizaçãodo espaço. Com isso, o objetivo deste estudo é avaliar a estrutura da comunidade e a influência da estrutura dohabitat na utilização do espaço pelos pequenos mamíferos. A coleta de dados foi realizada em três noites/mês noParque dos Falcões, localizado no município de Itabaiana, Sergipe. Foram utilizadas 120 armadilhas Shermandistribuídas em dois estratos, solo e sub-bosque, durante 12 meses. O estimador Jackknife 1 foi utilizado paraestimar a riqueza. Foi investigado o melhor modelo de curva de abundância das espécies. Uma regressão linearsimples foi realizada entre as capturas e precipitação. A uniformidade na captura das espécies foi avaliada aolongo do período de amostragem. Foi avaliado o uso dos estratos pelas espécies e a sobreposição de nichoespacial. Foram mensuradas 10 variáveis da estrutura da vegetação a cada três meses e investigada suainfluência na captura das espécies. Foram realizadas 44 capturas de nove espécies, seis de marsupiais e três deroedores, com riqueza estimada em 11,75 ± 1,19. A curva de abundância que melhor se adequou à comunidadefoi a série geométrica A precipitação não influenciou no número de capturas da área. As espécies maisabundantes apresentaram uma distribuição uniforme nas capturas ao longo dos meses. As espécies maisabundantes apresentaram seleção dos estratos verticais, com exceção de Didelphis albiventris. Foi apresentadaalta sobreposição do nicho nos estratos verticais e baixa sobreposição espacial horizontal. A CCA indicou que46% das variações nas capturas são explicadas pelas variáveis do habitat. A profundidade da serrapilheiraapresentou influência na captura de Cerradomys vivoi. Os resultados corroboraram as mudanças no padrão nouso dos estratos por D. albiventris, C. vivoi e Marmosops incanus no estado, com exceção de M. demerarae,indicando um hábito especialista da espécie. A baixa sobreposição espacial horizontal pode ser um dos fatores dacoexistência das espécies na área. A associação das capturas de C. vivoi com a profundidade de serrapilheirapode estar relacionada com a busca de abrigos pela espécie. Além disso, estes locais podem diminuir a detecçãopor predadores, trazendo benefícios para C. vivoi.