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JANICE GOMES CAVALCANTE
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FATORES ASSOCIADOS À ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE LIQUENS CORTICÍCOLAS CROSTOSOS EM DUAS ÁREAS DE CAATINGA NO ESTADO DE ALAGOAS
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Líder : MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
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Data: 27-jul-2012
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Dissertação
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Cerca de um quinto dos fungos encontrados na natureza estão em simbiose com algas e/ou cianobactérias, a maior parte destes fungos é do Filo Ascomycota, com alguns representantes Basidiomycota. A esta associação, considerada uma estratégia nutricional de sucesso, dá-se o nome de liquenização, e à estrutura formada neste processo, líquen. Nesta unidade biológica estável, o fungo é o micobionte e os organismos fotossintetizantes são os fotobiontes. A Caatinga é um bioma endêmico do semiárido brasileiro, dominado por tipos de vegetação com características xerofíticas e extratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores. No Estado de Alagoas, a Caatinga ocupa uma área de 16.350km2 e, apesar de suas características extremas de temperatura e pluviosidade, abriga importantes grupos liquênicos ainda não devidamente estudados no Estado. Este trabalho foi realizado em duas áreas de Caatinga no sertão Alagoano, situadas no município de Santana do Ipanema. A primeira área é a R.P.P.N. Fazenda Cachoeira, na Serra da Tocaia, e a segunda é uma área antropizada, situada à 10 km do perímetro urbano, na Serra do Gugi. Os resultados do presente trabalho estão distribuídos em dois capítulos. O primeiro relaciona os grupos liquênicos registrados nas áreas de estudo, onde foram coletadas amostras de 60 forófitos hospedeiros, relaciona também dados ecológicos como elevação, diâmetro à altura do peito e pH da casca. Um total de 61 táxons foi identificado, distribuídos em 18 famílias e 34 gêneros. Destes, 01 é novo registro para a ciência; 08 representam novas ocorrências para a América Latina; 10 para o Brasil; 04 para o Nordeste e 49, para o Estado de Alagoas. No segundo capítulo, é apresentada a descrição de uma espécie nova para a ciência, Opegrapha caeruleohymeniata J.G. Cavalcante, Aptroot & M. Cáceres. O pioneirismo desta pesquisa e os dados levantados apontam para a necessidade de novos trabalhos na região que se mostra rica e inexplorada. Além disso, representa contribuição significativa para as pesquisas liquenológicas no país.
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NATALIE DA MOTA SOARES
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REGENERAÇÃO NATURAL EM UM REMANESCENTE DE CAATINGA SOB DIFERENTES NÍVEIS DE PERTURBAÇÃO
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Líder : ROBERIO ANASTACIO FERREIRA
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Data: 29-jun-2012
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Dissertação
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Estudos sobre a dinâmica da regeneração natural são de grande interesse científico, por serem essenciais na elaboração correta de planos de manejo e de tratamentos silviculturais, permitindo um aproveitamento racional e permanente dos recursos florestais. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo estudar a regeneração natural em uma unidade de conservação do Semiárido Sergipano, investigando-se a capacidade de resiliência de três ambientes de Caatinga, sob diferentes níveis de intervenção antrópica. O presente estudo foi realizado em um remanescente localizado no Alto Sertão Sergipano, pertencente à unidade de conservação Monumento Natural Grota do Angico (MONA) - latitude 09º39'36" Sul e longitude 37º47'22" Oeste. Foram selecionadas três áreas, baseando-se no zoneamento ambiental do plano de manejo da UC: a Zona Primitiva (1.777,83 ha), que envolve os remanescentes mais conservados de Caatinga; a Zona de Uso Extensivo (49,93 ha), considerada uma zona de nível médio de degradação; e, por fim, a Zona de Recuperação (83,82 ha), uma área de Caatinga muito alterada, que deve ser futuramente recuperada para atingir um melhor estado de conservação. Para a realização dos levantamentos sobre regeneração natural, foram instaladas 15 parcelas de 2 x 20 m onde foram amostrados todos os indivíduos de espécies lenhosas (vivas), com diâmetro ao nível do solo (DNS) menor que 3 cm e altura mínima de 15 cm. Os levantamentos ocorreram nos meses de janeiro e maio de 2012, em que foram coletados os dados de espécie, altura e diâmetro dos indivíduos. Para a análise dos aspectos estruturais do estrato regenerativo, os indivíduos levantados foram estratificados em quatro classes de tamanho: Classe 1- indivíduos com altura variando de 0,15 m a 0,49 m; Classe 2- indivíduos com altura variando de 0,50 m a 1,49 m; Classe 3- indivíduos com altura variando de 1,50 m a 2,5 m e Classe 4- indivíduos com altura superior a 2,5 m. Para caracterizar os aspectos estruturais da regeneração natural, foram obtidos os valores de densidade, frequência e a regeneração natural total por espécie. Para avaliar a diversidade florística dos ambientes foram empregados os índices de Shannon-Weaver (H’) e de equabilidade de Pielou (J’), conforme Brower & Zar (1984). Ainda foi realizada uma análise para determinar o grau de similaridade florística entre os ambientes amostrados, através da comparação entre os mesmos, utilizando-se o índice de similaridade de Jaccard. No levantamento florístico, 18 táxons foram identificados ao nível de espécie, 2 em gênero e 1 ficou indeterminado. Ao todo, foram amostrados 333 indivíduos pertencentes a 14 famílias botânicas, 18 gêneros e 21 espécies. Analisando a totalidade das áreas estudadas, as famílias com maior riqueza de espécies no estrato regenerativo foram Fabaceae-Mimosoideae (4) e Fabaceae-Caesalpiniodeae (3), pois juntas apresentaram 31,3 e 33,3% das espécies levantadas no primeiro e segundo inventários, respectivamente. Os menores números de abundância relativa foram registrados para as espécies: Myracrodruon urundeuva, Schinopsis brasiliensis, Mimosa tenuiflora, Mimosa sp., Piptadenia stipulacea e Sp. (Indeterminada). De maneira geral, as espécies em fase mais avançada do ciclo vegetativo (Classes III e IV) foram pouco registradas em todo o levantamento, abrangendo apenas 19% dos indivíduos amostrados nos três ambientes durante a primeira avaliação. As espécies que apresentaram maiores valores de densidade absoluta em toda a amostragem foram: Commiphora leptophloeos , Poincianella pyramidalis, Jatropha mollissima e Bauhinia cheilantha. As espécies que apresentaram os maiores índices de regeneração natural (RNT%) foram: Bauhinia cheilantha (50,6%), Jatropha mollissima (38,2%), Poincianella pyramidalis (29,1%) e Commiphora leptophloeos (27,5%) no primeiro inventário; e Poincianella pyramidalis (30,3%), Bauhinia cheilantha (29,0%) e Commiphora leptophloeos (23,5%) no segundo inventário. A diversidade de Shannon-Weaver entre as ambientes estudados obtiveram-se os seguintes valores: H’(Zona Primitiva) = 1,21 nats.individuo-1; H’(Zona de Recuperação) = 1,8 nats.individuo-1 e H’(Zona de Uso Extensivo) = 1,99, na primeira avaliação; e H’(Zona Primitiva) = 1,35 nats.individuo- 1; H’(Zona de Recuperação) = 1,84 nats.individuo-1 e H’(Zona de Uso Extensivo) = 1,75, na segunda avaliação. Observando-se esses dados, nota-se que a diversidade da Zona de Uso Extensivo foi superior aos demais ambientes no primeiro inventário e a Zona de Recuperação no segundo. Embora aparentemente tenham ocorrido variações, a análise de variância (ANOVA) apontou que esses valores não diferem entre si, determinando uma homogeneidade entre a diversidade de espécies que ocorrem nas três zonas, tanto no primeiro, quanto no segundo inventário. Para a similaridade florística foi possível perceber a formação de dois grupos bem definidos, o primeiro grupo com as parcelas localizadas na Zona Primitiva e na Zona de Recuperação, e o segundo com as parcelas da Zona de Uso Extensivo. No presente estudo, concluiu-se que os níveis de perturbação antrópica não afetaram diretamente no processo de regeneração natural, caracterizados pela pelos parâmetros de densidade e distribuição das espécies nas classes de altura e na composição florística. As alterações da vegetação não foram diretamente proporcionais ao nível de perturbação, não sendo possível caracterizar algumas espécies como indicadoras da intensidade da perturbação.
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LUCIANA ASCHOFF COUTINHO
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Variação sazonal e longitudinal na ecologia do Guariba-de-mãos-ruivas, Alouatta belzebul (Primates, Atelidae), na fazenda Pacatuba, Paraíba.
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Líder : STEPHEN FRANCIS FERRARI
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Data: 27-jun-2012
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Dissertação
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O objetivo deste estudo foi caracterizar a ecologia comportamental de um grupo de guariba-de-mãos-ruivas, Alouatta belzebul, em um fragmento de Mata Atlântica localizado no município de Sapé, Paraíba, com finalidade de contribuir para a conservação desta espécie no Nordeste brasileiro. Visando alcançar o proposto, um grupo composto por 19 animais foi monitorado por sete meses (agosto a outubro de 2011 e janeiro a abril de 2012) em visitas mensais de cinco dias completos (dormida-dormida). Os dados comportamentais quantitativos foram obtidos através da amostragem de varredura instantânea com varreduras de um minuto de observação e intervalos de 10 minutos entre amostras. O método “todas as ocorrências” foi empregado para registro de atividades raras, principalmente as interações sociais. Baseado nos registros da amostragem de varredura foi observado que o repouso foi à atividade predominante (67,8% dos registros), seguido de alimentação (13,7%) e deslocamento (12,0%). Analisando sazonalmente estes comportamentos, notou-se que eles foram significantemente diferentes, com maiores proporções do repouso na estação seca e do deslocamento e alimentação na estação chuvosa. A dieta foi folívora-frugívora, complementada por uma pequena proporção de flores. O consumo de frutos e flores foi significantemente diferente entre as estações: a maior participação dos frutos e folhas ocorreu nas estações chuvosa e seca, respectivamente. O grupo ocupou uma área de vida estimada em 10,25 hectares. Mensalmente, o tamanho da área de vida foi pequeno quando comparado ao tamanho total do espaço utilizado pelos guaribas. O percurso diário médio foi de 573 m (amplitude: 276-1179 m), com percursos menores durante a estação seca e períodos de maior folivoria. Por fim, em comparação com os estudos anteriores realizados no mesmo sítio, notaram-se variações consideráveis em alguns parâmetros, como a composição da dieta, mas não em outros, como o tamanho da área de vida. Conclui-se, portanto, que a disponibilidade de recursos alimentares na área de vida dos animais foi considerado o fator preponderante para as variações no orçamento de atividade diárias, tamanho da área de vida e do percurso médio diário, composição da dieta do grupo e variações longitudinais no sítio de estudo.
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DIOGO GALLO DE OLIVEIRA
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"Análise da vegetação em um fragmento de Caatinga no município de Porto da Folha, Sergipe, Brasil"
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Líder : ANA PAULA DO NASCIMENTO PRATA
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Data: 26-jun-2012
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Dissertação
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O presente trabalho foi realizado em um fragmento de Caatinga com aproximadamente 50 ha, pertencente à fazenda São Pedro, localizada no município de Porto da Folha, Sergipe, objetivando conhecer a composição florística e a estrutura fitossociológica do componente herbáceo e arbustivo-arbóreo, verificar as relações fitofisionômicas do estrato arbustivo-arbóreo com outras áreas de Caatinga, bem como a existência de efeito de borda no fragmento estudado, com o intuito de gerar subsídios aos estudos de ecologia, conservação e recuperação de áreas degradadas na região. Deste modo foram testadas as seguintes hipóteses nulas: 1ª - não existe diferença na riqueza e estrutura da vegetação arbustivo-arbóreo do fragmento estudado em relação a outras áreas de Caatinga analisadas em Sergipe e no Nordeste; 2ª - não existe diferença na composição florística e estrutura fitossociológica do estrato herbáceo entre duas estações do ano (seca e chuvosa); 3ª - não existe diferença na composição florística e estrutura do estrato arbustivo-arbóreo entre borda e interior do fragmento de Caatinga estudado. Para testar a primeira hipótese foi realizada a amostragem da vegetação arbustivo-arbórea por meio de 25 parcelas, com 20x20m (400m²), distribuídas sistematicamente a intervalos de 141 m em duas direções perpendiculares entre cada parcela. Foram identificados e registrados todos os indivíduos arbustivo-arbóreos com circunferência à altura do peito (CAP a 1,30m do nível do solo) ≥ 6,0 cm e analisadas a composição florística, a estrutura fitossociológica (densidade, frequência, dominância e valor de importância), a diversidade, além da distribuição espacial e similaridade florística. A riqueza de espécies e os parâmetros estruturais do componente arbustivo-arbóreo encontrados no fragmento estudado foram superiores à maioria dos levantamentos em outras áreas do domínio Caatinga, considerando-se as diferentes tipologias analisadas (Caatinga Caducifólia Espinhosa, Caatinga Caducifólia Não Espinhosa e Vegetação Estacional Decidual). Para testar a segunda hipótese foram realizadas duas amostragens do componente herbáceo para comparação, uma na estação chuvosa e outra na seca, em 25 subparcelas, com 1x1m (1m²), distribuídas sistematicamente dentro de parcelas de 20x20m, a uma distância de 10 metros, seguindo-se a angulação de 45º a partir do primeiro vértice de cada parcela. Foram mensuradas e identificadas todas as plantas vivas com caule/pseudocaule clorofilado, com ausência ou baixo nível de lignificação que não fossem plântulas de espécies lenhosas e analisadas a composição florística, a estrutura fitossociológica (densidade, frequência, dominância e valor de importância), a diversidade, além das formas de vida de Raunkiaer. A densidade, freqüência, dominância e valor de importância das populações herbáceas, bem como, a altura e o diâmetro das plantas foram menores na estação seca. A diversidade de espécies herbáceas registrada para o fragmento foi superior a maioria dos trabalhos realizados em outras áreas de Caatinga do Nordeste brasileiro, fato que possivelmente pode estar associado ao bom estado de conservação do fragmento estudado. A forma de vida predominante da vegetação foi o terófito, seguido do fanerófito, caracterizando um fitoclima terofítico-fanerofítico para a região da área de estudo. A análise dos padrões estruturais e de diversidade realizados apenas em duas estações distintas não são suficientes para conhecer, de forma aprofundada, a dinâmica ecológica do componente herbáceo da caatinga no fragmento estudado. Para testar a terceira hipótese foram selecionadas 24 parcelas de área fixa com 20x20 metros, sendo 12 demarcadas na borda e 12 no interior do fragmento, de modo sistemático, a intervalos de 141 m. Em cada parcela foram identificados e registrados todos os indivíduos arbustivo-arbóreos com circunferência à altura do peito (CAP a 1,30m do nível do solo) ≥ 6,0 cm e mensuradas as variáveis dendrométricas para a realização dos cálculos de diversidade e estrutura, além dessas variáveis foi calculado o índice de área foliar por meio de fotos hemisféricas com a lente “olho de peixe” de 180º no centro de cada parcela. Foi utilizado o escalonamento multidimensional não métrico (NMDS) para verificar a existência ou não de diferença na composição de espécies entre as parcelas da borda e do interior. Para a determinação da similaridade florística entre as parcelas avaliadas nos diferentes ambientes, foi utilizada a análise de similaridade. Diferenças entre as variáveis ambientais amostradas (variáveis dependentes) em relação à localização das parcelas de borda e interior, (variável independente) foram testadas usando modelos lineares generalizados (GLM´s). As parcelas de borda apresentaram 1157 indivíduos e 43 espécies, enquanto as do interior, 1377 indivíduos e 42 espécies. A ordenação NMDS mostrou que não existem diferenças claras na composição de espécies entre os dois ambientes analisados (borda e interior). Os cinco parâmetros estruturais da vegetação analisados entre as parcelas localizadas na borda e no interior do fragmento (altura das árvores, diâmetro do fuste, área basal, número de indivíduos e índice de área foliar) não resultaram em diferenças estatísticas significativas. Em relação aos índices referentes à riqueza, diversidade de espécies e equabilidade verificou-se, também, que não existe diferença estatística significativa entre o ambiente da borda e do interior. As semelhanças fisionômicas e estruturais da vegetação na área de estudo, evidenciadas pela riqueza, abundância e distribuição das espécies nos diferentes locais (borda e interior), sugerem a existência de um padrão comum, relacionado possivelmente com a disponibilidade de recursos de forma igualitária (como luz, água e nutrientes), histórico de conservação da vegetação do fragmento, bem como pela heterogeneidade e complexidade ambiental da área, indicando que a comunidade arbustivo-arbórea do fragmento de Caatinga não é ecologicamente afetada pela presença das bordas.
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PRISCILLA MORGANA FERREIRA GUIMARÃES DE FIGUEIREDO
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COMPOSIÇÃO E RIQUEZA DE INSETOS ARBORÍCOLAS EM ÁREAS DE CAATINGA: EFEITOS DA HETEROGENEIDADE E COMPLEXIDADE AMBIENTAL
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Líder : LEANDRO DE SOUSA SOUTO
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Data: 25-jun-2012
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Dissertação
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Não informado
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SORAIA STÉFANE BARBOSA BARRETTO
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MORFOLOGIA VEGETAL DE ESPÉCIES DA CAATINGA COMO SUBSÍDIO PARA ESTUDOS DE REGENERAÇÃO NATURAL NO SEMIÁRIDO SERGIPANO
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Líder : ROBERIO ANASTACIO FERREIRA
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Data: 19-jun-2012
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Dissertação
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O objetivo do presente trabalho foi caracterizar morfologicamente frutos, sementes e plântulas de espécies arbóreas, de ocorrência natural na região da Caatinga para fins taxonômicos, estudos de regeneração natural e recuperação de áreas degradadas. Foram descritas e ilustradas as características morfológicas de frutos, sementes e plântulas das espécies Crataeva tapia L., Capparis flexuosa L., Piptadenia viridiflora (Kunth) Benth., Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke., Maytenus rigida Moric. e Triplaris garderiana Wedd. Os frutos foram coletados no município de Porto da Folha, diretamente de árvores matrizes. Foram realizadas, inicialmente, avaliações das características morfométricas e descrição dos frutos e sementes. Para a caracterização da fase de plântula, as avaliações foram realizadas a cada dois dias, sendo consideradas germinadas as plântulas que apresentaram todas as estruturas essenciais normais (raiz primária, hipocótilo, cotilédones, epicótilo e protófilos abertos). O fruto de Crataeva tapia L. é do tipo anfissarcídio, carnoso, com endocarpo polposo e adocicado, envolvendo as sementes de formato reniformes. Capparis flexuosa L., possui fruto do tipo cápsula folicular, deiscente, e sementes envoltas por uma sarcotesta branca. As duas espécies apresentaram germinação do tipo epigeal. O fruto de Piptadenia viridiflora (Kunth) Benth. é um legume deiscente, simples, seco e glabro. As sementes são reniformes, cordiformes a oblongas e o embrião é do tipo axial, invaginado. Piptadenia stipulacea (Benth) Ducke. tem fruto do tipo legume, deiscente, simples, seco, glabro; as sementes são oblongas, lisas, altamente polidas, de coloração marrom escura, córneas, e o embrião é do tipo axial, invaginado. A germinação das duas espécies é do tipo epigeal. O fruto de Maytenus rigida Moric. é uma cápsula loculicida, deiscente, simples, carnosa e glabra; as sementes são globosas, com sarcotesta branca e adocicada e o embrião é do tipo axial. Já Triplaris garderiana Wedd. possui o fruto do tipo núcula, indeiscente, simples, seco, piloso e piramidal; as sementes são piramidais, lisas, altamente polidas, marrons claras; o embrião é do tipo axial, dobrado. A germinação das duas espécies é do tipo epigeal. Espera-se com os resultados obtidos, realizar a identificação imediata e segura destas espécies, fornecendo subsídios para estudos de regeneração natural em áreas de Caatinga, bem como na recuperação de áreas degradadas, pois muitos estudos ainda são dificultados por falta de informações referente às espécies nativas que ocorrem neste Bioma.
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HIGOR DOS SANTOS VIEIRA
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RECOMPOSIÇÃO VEGETAL, POR MEIO DA REGENERAÇÃO ARTIFICIAL, EM ÁREA CILIAR DO ALTO SERTÃO SERGIPANO
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Líder : ROBERIO ANASTACIO FERREIRA
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Data: 12-mar-2012
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Dissertação
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Apesar de existirem muitos fragmentos de vegetação no Semiárido, observa-se uma carência de técnicas para a recuperação daqueles que se encontram em processo de degradação. A maioria dos trabalhos sobre degradação está baseada na identificação de locais e graus de desertificação, sendo que práticas de recuperação são poucas, e quando realizadas, buscam apenas aspectos econômicos, deixando o ecológico em segundo plano. Neste contexto, o presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o desenvolvimento de cinco espécies de plantas lenhosas da Caatinga sob diferentes regimes hídricos, em um trecho de mata ciliar do Alto Sertão Sergipano. Para isso, foi aplicado um método de recomposição vegetal artificial em um ambiente com alto grau de degradação, localizado no Monumento Natural Grota do Angico, município de Poço Redondo, Sergipe. O delineamento na implantação do experimento foi feito em blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial com quatro repetições, utilizando o espaçamento 3x3 m entre as plantas. Em cada bloco foi efetuado o plantio de 40 mudas de Aspidosperma pyrifolium Mart., Erythrina velutina Willd., Geoffroea spinosa Jack., Myracrodruon urundeuva Allemão e Spondias tuberosa Arruda, sendo 8 indivíduos por espécie. Após três meses, realizou-se a divisão dos blocos em 8 áreas similares, as quais foram sorteadas. Com base nesse resultado, foram empregados dois tratamentos (com irrigação – C.I. e sem irrigação – S.I.) com 4 indivíduos por espécies em cada bloco. Com esses dados, avaliou-se a sobrevivência das mudas e as características de crescimento (altura, diâmetro à altura do colo e taxa de crescimento relativo). Foi constatado que a média geral de sobrevivência das espécies após 7 meses foi 91,22%. Duas espécies apresentaram sobrevivência superior à média geral, A. pyrifolium, com 96,8%, e S. tuberosa, com 93,7%. Erythrina velutina apresentou maior taxa de crescimento relativo em altura nos dois tratamentos (C.I. e S.I.), seguida de M. urundeuva (C.I.), que por sua vez teve desenvolvimento superior às demais espécies e tratamentos. Para a taxa de crescimento em diâmetro do colo, observou-se que a M. urundeuva (S.I.) apresentou maior TCR (29,30%), seguido do G. spinosa (C.I.) com TCR (27,52 %). No incremento em altura destacaram-se as espécies S. tuberosa (55,63 cm (C.I.) e 55,50 cm (S.I.)) e E. velutina (55,16 cm (C.I.) e 52,03 cm (S.I.)), que apresentaram desenvolvimento superior às demais espécies. Erythrina velutina (C.I. (19,0 mm) e S.I. (17,5 mm)) e Spondias tuberosa (C.I. (8,7 mm) e S.I. (9,3 mm)) apresentaram maiores valores absolutos para diâmetro do colo. Neste estudo, as espécies selecionadas apresentaram índices de sobrevivência e desenvolvimento inicial satisfatórios, sendo indicadas para a recomposição de vegetação ciliar na referida área.
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FRANCINEIDE BEZERRA GONÇALVES
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CHUVA DE SEMENTES EM REMANESCENTE DE CAATINGA NO MUNICÍPIO DE PORTO DA FOLHA, SERGIPE – BRASIL
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Líder : ROBERIO ANASTACIO FERREIRA
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Data: 12-mar-2012
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Dissertação
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As florestas tropicais secas apresentam uma grande diversidade biológica e estudos sobre os mecanismos de dispersão e chuva de sementes proporcionam informações valiosas sobre padrões de dispersão, entradas e saídas de diásporos que atuam no processo de regeneração natural em ambientes preservados e/ou degradados, assim como na abundância, distribuição espacial, densidade e riqueza de espécies. Portanto, objetivou-se com a realização deste estudo identificar as estratégias de estabelecimento de espécies vegetais quanto às síndromes de dispersão e caracterizar a chuva de sementes em um remanescente de Caatinga localizado no município de Porto da Folha, Semiárido sergipano, relacionando-a com o período seco e chuvoso, visando uma melhor compreensão das interações aí existente e sua dinâmica. Para a avaliação quali-quantitativa da chuva de sementes presente na área foram instalados 25 coletores (confeccionados em madeira), a 50cm acima do solo. Os coletores apresentavam formato quadrado com área amostral de 1m2, com 10 cm de profundidade, sendo utilizado no fundo destes tela sombrite. As avaliações foram realizadas mensalmente durante 11 meses. Foram contabilizadas 4.248 sementes, pertencentes a 40 táxons, dos quais foram identificados 28 ao nível de espécie, quatro ao nível de gênero e 12 classificados como indeterminados. As espécies identificadas pertencem a 17 famílias botânicas e são compostas por quatro hábitos vegetacionais: árvores, arbustos, herbáceas e lianas. A síndrome de dispersão predominante na área, considerando-se o número de espécies identificadas, foi a autocoria (32,5%), seguida da anemocoria (20%) e a zoocoria (17,5%). Quanto à densidade de deposição de sementes, a síndrome de dispersão predominante foi anemocoria (34,7%), sendo superior à autocoria (31,5%) e à zoocoria (4,3%). A chuva de sementes atua efetivamente na autoregeneração da comunidade vegetal, em virtude da riqueza e abundância de sementes depositadas durante os meses de avaliação, favorecendo os mecanismos responsáveis pela dinâmica de sucessão, além de contribuir na conservação e reabilitação de áreas próximas ao fragmento florestal observado ou outras áreas de Caatinga alteradas.
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STEPHANE DA CUNHA FRANCO
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ASPECTOS ECOLÓGICOS, REPRODUTIVOS E VOCALIZAÇÕES DE Leptodactylus latrans (STEFFEN, 1815), L. fuscus (SCHNEIDER, 1799) E L. troglodytes (A. LUTZ, 1926) (ANURA: LEPTODACTYLIDAE) DO MONUMENTO NATURAL GROTA DO ANGICO, POÇO REDONDO - SE
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Líder : RENATO GOMES FARIA
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Data: 02-mar-2012
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Dissertação
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Apesar de todas as condições adversas, a Caatinga abriga uma comunidade diversificada de anuros e oferece uma notável oportunidade de estudo das adaptações desses organismos aos ambientes quentes e secos. O entendimento dos aspectos ecológicos e reprodutivos dos anuros é de fundamental relevância para o entendimento das interações entre as espécies e o ambiente. As populações de Leptodactylus latrans, L. fuscus e L. troglodytes foram estudadas entre setembro de 2010 e agosto de 2011 na Unidade de Conservação Monumento Natural Grota do Angico (MNGA) inserida no Bioma Caatiga em Sergipe. Foram amostradas três lagoas temporárias, um brejo, uma barragem e cem metros de margem do Rio São Francisco. As campanhas foram mensais com duração de até três noites consecutivas na seca e seis na chuva. Os objetivos do estudo foram avaliar como essas populações utilizam os recursos espaciais e tróficos disponíveis nesse ambiente árido; como se distribuem ao longo do ano e ainda, elucidar aspectos reprodutivos e sonoros das três espécies. A espécie mais abundante foi L. latrans (N=439). A frequência desses anuros não diferiu significativamente ao longo do ano. Os tipos vegetacionais e a vegetação aquática foram as variáveis estruturais que mais influenciaram na distribuição das espécies. Leptodactylus latrans e L. fuscus ocorreram em todos os sítios estudados, mas L. troglodytes não foi visto no sítio chamado de lagoa Estrada nem no trecho do Rio São Francisco, resultando uma alta sobreposição. Também houve uma alta sobreposição na escolha do tipo de substrato, sendo o solo o de maior preferência. Leptodactylus latrans foi encontrado flutuando dentro dos corpos d’água e a diferentes distâncias da água, porém não ultrapassando os 10m de distância. As espécies diferiram em massa, tamanho e forma. As dietas de L. latrans, L. fuscus e L. troglodytes foram avaliadas e a presa mais frequente para as três espécies foi Coleoptera e também foi a mais abundante para L. latrans e L. fuscus. Não foram encontradas diferenças significativas em relação à proporção numérica das categorias de presas. Os itens de maiores volume para L. latrans foram Anura e Coleoptera, para L. fuscus foram Coleoptera e Hymenoptera e para L. troglodytes foram Orthoptera e Mollusca. Baixas sobreposições foram verificadas para a dieta. As variáveis encontradas nas vocalizações apresentaram valores diferentes entra as espécies. A escolha dos habitats pode estar ligada a disponibilidade de sítios de vocalização e ovoposição, favorecimento de tocas subterrâneas e forrageamento, pois os Leptodactylus apresentam características comportamentais, fisiológicas e morfológicas adaptadas aos ambientes secos e imprevisíveis. As diferenças detectadas em volume, amplitude de nicho, distribuição e vocalização permitem a coexistência de L. latrans, L. fuscus e L. troglodytes no MNGA e a ampla variedade de presas consumidas é indicativa que esses animais são generalistas/oportunistas
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HIGOR CÉSAR MENEZES CALASANS
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AVALIAÇÃO MOLECULAR E MORFOMÉTRICA DE ABELHAS MANDAÇAIA (Melipona spp.) DA REGIÃO DA FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO
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Líder : GENESIO TAMARA RIBEIRO
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Data: 02-mar-2012
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Dissertação
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???mostrarResumo???
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No gênero Melipona, a abelha Melipona quadrifasciata é uma das espécies mais conhecida e está dividida em duas subespécies M. q. quadrifasciata e M. q. anthidioides. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a identidade das abelhas mandaçaia do litoral norte do Estado de Sergipe por meio de técnicas moleculares e morfométrica, e verificar a possível barreira geográfica representada pelo Rio São Francisco. A pesquisa foi realizada em uma área total 30ha subdividida em três fragmentos nos municípios de Piaçabuçu – AL, Brejo Grande –SE e Ilha da Criminosa – SE. Foram registradas 14 colônias de mandaçaia em Brejo Grande e coletados 10 espécimes de cada colônia. Nenhum ninho foi localizado na Ilha da Criminosa e em Piaçabuçu, o que reforça a hipótese de que o Rio São Francisco poderia está representando uma barreira geográfica para a dispersão das colônias. A distribuição espacial de ninhos em uma escala de 10ha, pode ser considerada como aleatória. Na morfometria foram utilizadas as asas dos espécimes coletados e de 3 outras amostras identificadas de M. q. quadrifasciata, M. q. anthidioides e M. mandacaia. Os dados foram submetidos a Análises de Agrupamento, Análise de Componentes Principais, Análise de Variáveis Canônicas, Análise de Variância de Procrustes e teste de correlação de matrizes. As análises dos dados morfométricos são congruentes e apontaram a M. q. quadrifascita como a identidade da espécie coletada. A análise de validação cruzada e a correlação de matrizes não apresentou significância, denotando grande similaridade intrapopulacional. O DNA total de cada amostra foi submetido a análise de PCR/RFLP (enzimas: Taq I, Vsp I e Mbo II), identificando um único padrão de haplótipos para a população de abelhas da foz, evidenciando a grande similaridade genética. É importante ressaltar que todos os ninhos estavam localizados em coqueiros que seriam condenados pela baixa produção ocasionada pelos danos decorrente de pragas, além da baixíssima oferta de outros locais para nidificação, o que configura altíssimo risco de extinção populacional.
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ANNY CAROLYNE FERREIRA DE OLIVEIRA
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FORMIGAS EPIGÉICAS EM RESPOSTA A UM GRADIENTE SUCESSIONAL EM FRAGMENTOS DE CAATINGA NO ALTO SERTÃO SERGIPANO
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Líder : GENESIO TAMARA RIBEIRO
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Data: 02-mar-2012
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Dissertação
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Ver Disertación/Tesis
???mostrarResumo???
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O bioma Caatinga vem passando por um processo de modificação acelerado resultante do uso inapropriado dos seus recursos naturais. Essas modificações acabam provocando uma série mudanças na dinâmica das comunidades e se tornando um dos fatores que podem afetar direta ou indiretamente a riqueza e a composição da mirmecofauna. Neste trabalho foi verificado como heterogeneidade (riqueza de árvores), complexidade (densidade de árvores) ambiental e a concentração de nutrientes do solo influenciam na riqueza de formigas epigéicas em três fragmentos de Caatinga. As coletas ocorreram em quatro etapas distribuídas ao longo do ano (fevereiro, maio, julho, novembro) de 2011, em três áreas de Caatinga localizadas no Alto Sertão Sergipano. Inicial (INI) área utilizada como pastagem; Intermediário (INT) área em processo de regeneração natural a 4 anos; Tardio (TA) fragmento de Caatinga muito bem preservado, com presença de espécies arbóreas de grande porte. Para coleta da mirmecofauna foram delimitadas cinco parcelas (20 m x 50 m) em cada área, nas quais foram instaladas 10 armadilhas de queda tipo Pitfall contendo iscas de sardinha, respeitando uma distância mínima de 10m entre elas, totalizando 50 armadilhas/estágio. As armadilhas permaneceram expostas por um período de 48 horas. Foram coletadas 46.616 espécimes de formigas, distribuídas em seis subfamílias e 44 morfoespécies. Através da análise de escala multidimensional não-métrica (NMDS), as parcelas do estágio tardio foram isoladas das demais áreas, inicial e intermediário, mostrando que existe uma mudança na composição de espécies de formigas à medida que se avança no estágio sucessional. A riqueza de formigas epigéicas variou entre os estágios sucessionais (F= 11,78; p= 0,0003), sendo que as parcelas do estágio tardio apresentaram uma maior riqueza média de formigas em comparação com os demais estágios. Foi observada uma diferença significativa entre os gradientes sucessionais e os nutrientes do solo, com destaque para o estágio intermediário, o qual apresentou as maiores concentrações de (Na, K, P, CTC, Ca e Mg) em comparação com os demais estágios. Por outro lado, não houve diferença significativa ao avaliar a influência dos nutrientes do solo sob a riqueza e a composição de formigas epigéicas. Riqueza e densidade vegetal podem representar aumento de recursos disponíveis, tais como fontes alimentares e locais para nidificação, contribuindo pra o aumento na riqueza de espécies de formigas durante o processo de sucessão florestal.
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ÉRICA DANIELE DE SOUSA SANTOS
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EFEITO BOTTOM-UP SOBRE A COMUNIDADE DE ARANHAS AO LONGO DE UM GRADIENTE SUCESSIONAL EM ÁREAS DE CAATINGA
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Líder : LEANDRO DE SOUSA SOUTO
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Data: 01-mar-2012
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Dissertação
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A dinâmica predador-presa regula a estrutura de diversas comunidades e pode ser afetada poralterações no hábitat em que esses organismos ocorrem. Efeitos bottom-up – ou efeitos basetopo– podem afetar negativamente a distribuição da comunidade de insetos arborícolas eassim comprometer a disponibilidade de recursos e abrigos para a comunidade de aranhas.Este estudo busca elucidar como as alterações na comunidade de plantas ao longo de umgradiente sucessional atua sobre a comunidade de aranhas em dois fragmentos de Caatinga noalto sertão de Sergipe. O estudo foi desenvolvido em duas áreas de caatinga: i) MonumentoNatural da Grota do Angico (MNGA) e ii) município de Porto da Folha-SE. As coletas foramrealizadas em quatro etapas para cada área, durante o período diurno, em intervalos bimestraisentre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, contemplando o início e o término dos períodos deestiagem e chuvoso. A captura dos artrópodes foi realizada com o auxílio de guarda-chuvaentomológico. Avaliou-se a influência do estágio sucessional sobre a abundância de insetosarborícolas e sobre a riqueza, abundância e composição de aranhas. Foram capturadas 675aranhas, destas 103 eram indivíduos adultos e o restante composto por imaturos. De acordocom as análises, pode-se concluir que o efeito bottom-up sobre a comunidade de aranhas foiapenas parcialmente confirmado. A riqueza e abundância de aranhas não foi afetada pelasucessão secundária ou pela abundância de presas (insetos arborícolas). Entretanto, acomposição de aranhas diferiu entre os estágios inicial e tardio. O efeito da variação climáticanão afetou a abundância e riqueza de aranhas. Nas parcelas do estágio inicial houve grandeabundância destes insetos, diminuindo para as outras duas áreas, porém esta variação não temnenhuma relação significativa com a abundância de aranhas. O fato de que a sucessãoecológica modifica a composição de espécies de aranhas demonstra que a manutenção econservação da vegetação nativa em fragmentos de Caatinga são de relevante importânciapara a manutenção da fauna de aranhas e outros artrópodes em uma paisagem marcada pelaregeneração da vegetação.
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BRUNO BARROS DE SOUZA
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MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS À MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM LAGOAS INTERMITENTES NO SEMI--ARIDO
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Líder : ADAUTO DE SOUZA RIBEIRO
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Data: 01-mar-2012
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Dissertação
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Ver Disertación/Tesis
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Considerando a necessidade de ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade da Caatinga, especialmente acerca de suas comunidades aquáticas, este estudo tem por objetivo avaliar a composição de macroinvertebrados associados a macrófitas aquáticas em lagoas intermitentes no semi-árido sergipano, bem como avaliar a composição e possíveis relações entre estas duas comunidades. As macrófitas encontradas neste trabalho foram Hydrocleys parviflora Seub. (Alismataceae) e Egeria densa (Hydrocharitaceae), localizadas em 3 lagoas na zona de amortecimento da Unidade de Conservação Monumento Natural Grota do Angico, entre os municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco. As coletas foram realizadas no período de junho a setembro de 2011. Neste período foram feitas as medições dos variáveis abióticas: O.D., pH, temperatura da água, salinidade, volume da lagoa, transparência, fosfato e nitrato. Foram Coletados Macroinvertebrados com amostrador tipo surber, de malha com 0,25 mm, identificados até o nível taxonômico de família. As variáveis abióticas apresentaram diferenças significativas entre as lagoas. Quanto à distribuição das macrófitas, observou-se uma relação de codominância em uma das lagoas, enquanto nas outras duas H. parviflora foi a espécie dominante. A biomassa seca média estimada da H. parviflora foi 64,84 ± 30,52 g m-² (n = 36), enquanto a E. densa, apresentou biomassa seca estimada 79,25 ± 30,27 g m-² (n = 18) sem variações significativas entre as lagoas. Os macroinvertebrados (4668 indivíduos) estão distribuídos em 31 famílias pertencentes a quatro classes: Gastropoda, Hirundinidae, Aracnidae e Insecta. A classe Insecta apresentou maior abundância (45,40%) seguida dos Hirundinidae (40,70%) dos indivíduos amostrados. A aplicação de Analise de Correlações Canônicas não encontrou relações significativas entre as características abióticas e a presença da maioria das famílias de macroinvertebrados. As lagoas apresentaram elevados teores de nutrientes o que indica um processo de eutrofização, porém a presença das macrófitas aquáticas, comum nos lagos naturais e artificiais no semiárido, sugere que seu papel funcional tem atenuado este processo. Não foram encontradas quaisquer relações entre a diversidade de macroinvertebrados e as diferentes espécies de macrófitas presentes. As macrófitas, contudo, influenciaram a homogeneidade das comunidades, amenizando as variações tanto em escala temporal, como em função de mudanças mais drásticas no ambiente físico. As lagoas com maior riqueza de macrófitas se mostraram mais estáveis que aquela em que ocorreu apenas uma espécie. Nestas lagoas ocorre o predomínio de espécies tolerantes à poluição, e uma grande proporção de predadores, principalmente, este último, uma resposta à grande oferta de presas
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STEPHANIE MENEZES ROCHA
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VARIAÇÃO SAZONAL E TEMPORAL NA ESTRUTURA E REPRODUÇÃO DE UMA TAXOCENOSE DE LAGARTOS EM UMA ÁREA DE CAATINGA DO ALTO SERTÃO SERGIPANO
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Líder : RENATO GOMES FARIA
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Data: 01-mar-2012
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Dissertação
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Em ambientes de caatinga são frequentes eventos climáticos catastróficos que acabam por modelar a vida animal e vegetal neste bioma. Assim, este trabalho teve por finalidade avaliar como as espécies de lagartos do Monumento Natural Grota do Angico, Sergipe, respondem às variações ambientais em termos temporais e sazonais. Para isso foram utilizadas informações, tomadas entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011, referentes à estrutura da comunidade e reprodução. Foram registradas 14 espécies de lagartos, pertencentes a oito famílias. Com relação à riqueza, foram verificadas pequenas modificações entre os anos e entre as estações estudadas. As abundâncias totais e de cada espécie de lagarto variaram tanto entre os anos, como também entre os sítios. Tropidurus hispidus prevaleceu nos sítios 2 e 3, enquanto que Cnemidophorus ocellifer no sítio 1, em ambos os anos estudados. As espécies mais abundantes em cada sítio no ano de 2010 se mantiveram no ano de 2011. Modificações em relação às estações seca e chuvosa nas abundâncias dos lagartos não foram evidenciadas. Os resultados das análises de correspondência canônica para os anos e para as estações mostraram uma associação entre a ocorrência dos lagartos e as variáveis ambientais (número de bromélias, proporção de rochas e de solo exposto e pluviosidade). No geral, quando considerada a diversidade dos sítios entre os anos e as estações, o sítio 1 foi o mais diverso, seguido dos sítios 3 e 2, respectivamente. Com relação à reprodução, ela foi contínua para C. ocellifer, Lygodactylus klugei e Tropidurus semitaeniatus e provavelmente esteja ligada à imprevisibilidade climática da caatinga. Já T. hispidus reproduziu sazonalmente, coincidindo com a estação chuvosa. C. ocellifer e T. hispidus apresentaram diferenças na atividade reprodutiva entre os anos, sendo estas relacionadas com mudanças na precipitação local. Quanto ao tamanho da ninhada, C. ocellifer e L. klugei produziram até dois ovos por vez, T. hispidus de dois a quatro ovos e T. semitaeniatus dois ovos por ninhada. Cnemidophorus ocellifer, L. klugei e T. hispidus apresentam múltiplas desovas. Por fim, o acúmulo de corpos adiposos em C. ocellifer não respondeu às flutuações na pluviosidade e em T. hispidus e T. semitaeniatus parecem ocorrer depois do período de maior precipitação dessa variável ambiental, porém nenhuma relação com a reprodução desses animais foi evidenciada.A DEFINIR
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FÁBIO ANGELO MELO SOARES
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COMUNIDADE DE MORCEGOS EM UMA ÁREA DE CAATINGA DO ESTADO DE SERGIPE
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Líder : STEPHEN FRANCIS FERRARI
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Data: 29-feb-2012
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Dissertação
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A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro e estende-se por oito estados do nordeste e um do sudeste, cobrindo 735.000 km2. Apresenta como uma de suas principais características a alta temperatura média anual e evapotranspiração, baixa precipitação, em torno de 240 e 1500 mm, e baixa umidade relativa. A vegetação desse bioma é composta por plantas arbustivas, ramificadas e espinhosas, sendo adaptadas às condições adversas presentes nessa região. Devido a essas características estudos pretéritos apontavam a Caatinga como sendo uma área de baixa diversidade de espécies e endemismo. Entretanto, diversos estudos foram realizados e demonstraram uma alta diversidade em relação a fauna e flora. Estudos recentes reportam 143 espécies de mamíferos na Caatinga, onde mais da metade dessa riqueza é composta por morcegos. Esses animais representam 65% da mastofauna presente na Caatinga, e apenas uma espécie é considerada endêmica. Apesar do crescente avanço nos estudos com quirópteros nesse bioma, apenas 7% dessas áreas podem ser consideradas como minimamente inventariadas, havendo diversas lacunas no conhecimento desse grupo nessa área. Alguns dados relativos à reprodução, sistemática, dieta e distribuição dos morcegos foram fornecidos para poucas localidades. Em Sergipe são conhecidas 37 espécies de morcegos, onde poucas áreas foram estudadas. O presente trabalho visa contribuir com conhecimento da comunidade de morcegos na Caatinga de Sergipe, analisando aspectos ecológicos desse grupo em uma região relativamente pouco alterada, com características únicas e que apresenta um grande potencial para a conservação.
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MÁRCIA CRISTINA TELES XAVIER
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PALEOFAUNA E PALEOAMBIENTES DO PLEISTOCENO SUPERIOR NO MUNICÍPIO DE JAGUARARI, NORTE DA BAHIA
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Líder : ADAUTO DE SOUZA RIBEIRO
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Data: 29-feb-2012
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Dissertação
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Estudos de reconstrução paleoambiental (vegetação e clima) são maisabundantes nas regiões Sul, Sudeste e Central do Brasil utilizando pólen depositado emsedimentos lacustres e turfeiras. Por outro lado, na região Nordeste, trabalhos análogossão mais escassos. A partir deste tipo de estudo é possível inferir sobre os processosecológicos associados às comunidades vegetais e animais. Neste trabalho buscou-seentender a dinâmica paleoambiental ocorrida em um afloramento fossilífero do tipo tanquelocalizado no município de Jaguarari, o qual faz parte da Microrregião de Senhor doBonfim – Centro-Oeste da Bahia, em domínio de Caatinga. Para tanto, coletou-se fósseisde mamíferos neopleistocênicos; solo e plantas para análises isotópicas (δ13C). A faunaidentificada é composta por 6 taxa: Eremotherium laurillardi; Notiomastodon platensis;Toxodontinae; Felidae; Panochthus greslebini; Equus (Amerhippus) neogeus.Interpretações paleoambientais das características ecológicas dos taxa sugerem que esteconjunto faunístico estava associado há um ambiente com predomínio de áreas abertas emassociação com fisionomias mais fechadas. Os resultados isotópicos apontam paraestabilidade vegetacional na região até o presente, sem troca de vegetação C3 para C4 noslocais estudados. A presença de fragmentos de carvão soterrados em várias profundidadesdo solo sugere a ocorrência de paleoincêndios durante todo o Holoceno, com a possívelinfluência de um clima mais seco para a região. Estes incêndios podem ser de naturezaantrópica, já que foram encontrados alguns vestígios de ocupação de populações antigas naregião. A dinâmica da vegetação observada para Jaguarari, até a profundidade de soloestudada, sugere tendência a uma vegetação arbórea dominante, desde aproximadamente15.000 anos AP. com retorno a um clima mais úmido e provavelmente similar ao atual. Aregião estudada, possivelmente, não sofreu modificação acentuada na vegetação no médioHoloceno, quando do estabelecimento de períodos mais secos, permanecendo com áreas devegetação de floresta. Durante os trabalhos de escavação dos fósseis, sentiu-se anecessidade de desenvolver um trabalho de Educação Patrimonial junto à população dopovoado de Lajedo II, para subsidiar ações de conservação dos sítios paleontológicos. Osresultados mostraram que esta ferramenta é um instrumento capaz de fornecer informaçõessobre patrimônio, noções de conservação, leis que normatizam estas práticas, as sançõeslegais previstas, como também, proporcionar a construção de novos conceitos e umaaprendizagem significativa na comunidade alvo.
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MARINA MARQUES DE SANTANA
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COMPORTAMENTO, DIETA E USO DO ESPAÇO EM UM GRUPO DE GUIGÓ-DE-COIMBRA (Callicebus coimbrai KOBAYASHI & LANGGUTH 1999) NO RVS MATA DO JUNCO, CAPELA-SE
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Líder : STEPHEN FRANCIS FERRARI
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Data: 29-feb-2012
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Dissertação
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Callicebus coimbrai é uma espécie de primata ameaçada de extinção por conta da contínua degradação de seus habitats naturais. Foi descoberta há pouco tempo e apesar dos avanços nos estudos com este primata, ainda se precisa saber mais acerca de sua ecologia. O presente estudo teve como objetivo avançar nosso conhecimento da ecologia da espécie, visando principalmente a sua conservação em longo prazo. Um grupo de guigós foi monitorado no Refúgio da Vida Silvestre Mata do Junco, no município de Capela. O grupo de estudo era composto inicialmente por um casal reprodutivo, um adulto, dois subadultos e um juvenil e foi monitorado de agosto a dezembro de 2011. Dados comportamentais quantitativos foram coletados em uma amostragem contínua de varredura instantânea, com amostras de um minuto coletadas em intervalos de cinco minutos. Em novembro, o adulto não-reprodutivo desapareceu e um par de gêmeos nasceu. Os animais passaram 34,6% do tempo descasando, 26,9% se alimentando, 22,4% em deslocamento, 6,9% interagindo socialmente, 4,7% vocalizando e 2,0% forrageando (2,5% outros). A dieta foi composta por frutos (62,9%), folhas (28,4%), sementes (5,0%) e flores (3,6%), com um total de 21 espécies exploradas. As espécies mais utilizadas eram das famílias Melastomataceae, Apocynaceae e Dilleniaceae. O consumo de frutos foi significativamente maior durante a estação chuvosa, enquanto o de folhas e flores foi maior durante a seca. Esta variação foi acompanhada por mudanças no padrão comportamental, com a alimentação e deslocamento sendo significativamente mais freqüentes na estação chuvosa, e o descanso maior na seca. A área de vida registrada durante o estudo foi de 8,7 ha, mas provavelmente foi subestimada devido à curta duração do estudo. De um modo geral, o comportamento do grupo de estudo foi típico do gênero Callicebus, embora foram encontradas algumas diferenças em relação aos estudos anteriores de C. coimbrai, como interações freqüentes com Callithrix jacchus. Os resultados re-enfatizaram a tolerância desses animais a fragmentação de habitas baseada em sua flexibilidade comportamental e capacidade de explorar recursos alternativos. O estudo contribuiu para a consolidação de uma base de dados sobre a ecologia de C. coimbrai visando garantir a conservação da espécie e dos ecossistemas que habita em longo prazo.
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LUCIANA CALADO RODRIGUES
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OS MICROLIQUENS CORTICÍCOLAS SOFREM ALTERAÇÕES AO LONGO DE GRADIENTES AMBIENTAIS NA CAATINGA?
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Líder : MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
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Data: 29-feb-2012
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Dissertação
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???mostrarResumo???
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Liquens constituem um grupo bastante diversificado e são importantes componentes dadiversidade de florestas tropicais, pois atuam como organismos pioneiros na colonização deambientes terrestres e desempenham diversas funções nos ecossistemas. Entretanto, estudossobre a ecologia de liquens exclusivamente em áreas de Caatinga ainda são inexistentes. Opresente estudo, que foi realizado em uma Unidade de Conservação Estadual em área deCaatinga do estado de Sergipe, é o primeiro a investigar a composição de espécies de liquensneste local. Desta forma, a dissertação foi dividida em dois capítulos; o primeiro aborda olevantamento da micota liquenizada no Monumento Natural Grota do Angico e discute aocorrência de novos registros de liquens. Foram analisados 2.210 espécimes de liquens eidentificados 65 táxons, distribuídos em 14 famílias e 29 gêneros. Foram registradas 11 novasocorrências de liquens corticícolas crostosos para o Brasil, 09 para o Nordeste e 15 para oestado de Sergipe. O segundo capítulo trata da investigação de três hipóteses: (1) a de que hárelação positiva entre a riqueza de árvores e a riqueza de liquens; (2) que há uma relaçãopositiva entre a abundância de árvores e a abundância de liquens; e (3) que luminosidade,DAP, temperatura, pH e umidade afetam positivamente a diversidade e composição deliquens. Das variáveis analisadas, apenas abertura do dossel e DAP apresentaram relação coma riqueza de espécies de liquens. Os resultados sugerem que existe uma provável relaçãopositiva entre abertura do dossel e a abundância de liquens
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DANIEL OLIVEIRA SANTANA
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DIETA, DINÂMICA POPULACIONAL E ECTOPARASITAS DE Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) (Testudinata, Chelidae) DO BAIXO SÃO FRANCISCO, POÇO REDONDO, SE
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Líder : SILMARA DE MORAES PANTALEAO
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Data: 24-feb-2012
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Dissertação
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A população de P. geoffroanus da Unidade de Conservação Estadual Monumento Natural Grota do Angico (MNGA) (37°40’W; 09°39’S) foi estudada com relação a sua dieta, morfometria, taxas de crescimento e ganho de massa, estrutura e dinâmica da população e parasitas (sanguessugas). A amostragem dos espécimes foi realizada em campanhas mensais ao longo de um ano (entre janeiro e dezembro de 2011) por meio de busca ativa entre 07:00 e 13:00 h, utilizando-se mergulho livre. Com relação a dieta foram reconhecidas 32 categorias de itens alimentares. As presas com maior índice de importância relativa (IRI) foram da família Baetidae revelando uma fraca relação entre a abundância de presas no ambiente e a composição da dieta dos cágados e uma alta eletividade de poucas categorias de itens alimentares pela espécie. Os índices de eletividade (E) variaram para as diversas situações estudadas (e.g. tamanhos, sexo, estações). A comunidade de macroinvertebrados disponível no ambiente apresentou flutuações sutis entre as estações (seca e chuvosa). Machos e fêmeas não diferiram em tamanho, porém apresentaram formas distintas. Quanto às massas, machos e fêmeas não apresentarem diferenças significativas. Os jovens apresentaram uma taxa média de crescimento maior, quase o dobro, quando comparada com os adultos (machos e fêmeas). Os censos indicam a presença de pelo menos 77 indivíduos na população. A razão sexual total apresentou maior deslocamento a favor dos machos. Quanto a estrutura da população, pôde-se perceber a presença de indivíduos em todas as classes de tamanho, com a predominância de machos adultos. Das 77 capturas de P. geoffroanus realizadas foi constatada a presença de parasitas em 67 (87,0%). Com relação aos animais recapturados, dos 28 registros, 26 (92,8%) apresentaram reinfestação. Os parasitas observados eram sanguessugas da família Glossiphoniidae representadas por três morfotipos. Não foram verificadas diferenças nos números de sanguessugas que parasitavam jovens, machos e fêmeas e nem relação entre o tamanho do corpo dos quelônios e os níveis de infestação. Com relação ao posicionamento desses parasitos, as sanguessugas foram mais frequentes nas virilhas, provavelmente por estes locais apresentarem tegumento mais delgado, favorável a fixação, à proteção contra possíveis atritos durante os deslocamentos no ambiente aquático e contra a dessecação nos períodos de assoalhamento. Além das sanguessugas, foram observados endoparasitas (nematódeos) provenientes das amostras dos conteúdos estomacais e também de platelmintos (Monogenea; Polystomatidae), que se encontravam alojados na cavidade oral e faríngea, onde se fixavam através de múltiplas ventosas.
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LETICIA SILVA MARTEIS
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ASPECTOS DA CAPACIDADE VETORIAL E PERFIL DESUSCEPTIBILIDADE AO TEMEPHÓS DE POPULAÇÕES DE AEDESAEGYPTI (DIPTERA: CULICIDAE) DE DIFERETES REGIÕES DO ESTADO DE SERGIPE, BRASIL
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Líder : ROSELI LA CORTE DOS SANTOS
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Data: 02-feb-2012
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Dissertação
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Estudos da ecologia de populações de Aedes aegypti são fundamentais para se conhecer ocomportamento e as adaptações apresentadas pela espécie de acordo com o ambiente em quevivem e que se evidenciaram durante o processo evolutivo em função das diferentes pressõesseletivas que as espécies enfrentam em seu ambiente de origem. Assim, este estudo teve comoobjetivo avaliar aspectos da capacidade vetorial e a resistência ao organofosforado temephósde populações de Ae. aegypti provenientes de diferentes regiões do estado de Sergipe. Alémda razão de resistência das populações ao larvicida, os parâmetros de desenvolvimento ereprodutivos observados foram duração do período imaturo, quantidade de pupas formadas ede adultos que emergiram, razão sexual, sobrevivência dos adultos em diferentes condições dealimentação, fecundidade das fêmeas, fertilidade dos ovos sob estressse climático, quantidadede sangue ingerido, tamanho dos espécimes e ocorrência de assimetria alar. Todas aspopulações de Ae. aegypti avaliadas apresentaram resistência ao temephós. A populaçãoproveniente de Neópolis, município com características climáticas favoráveis aodesenvolvimento da espécie, apresentou uma das menores razão de resistênicia ao larvicida emelhor desempenho das variáveis de desenvolvimento e reprodução avaliadas. Já a populaçãode Pinhão, originária da região do semi-árido, além de apresentar a maior razão de resistênciaao temephós, inclusive com valor discrepante em relação aos apresentados pelas demaispopulações, também foi a que exibiu maior perda nos parâmetros da capacidade vetorial, comexceção da variável viabilidade dos ovos em condição de estresse climático, para a qualapresentou o melhor desempenho. Assim, foram observadas variações em parâmetros dacapacidade vetorial que ora pareciam estar relacionadas às condições climáticas do ambientede origem das populações, provavelmente em virtude das adaptações desenvolvidas pelosindivíduos, ora relacionavam-se com os diferentes status de resistência ao temephósobservados
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