Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VIVIANNE SILVA DE JESUS
DATA: 30/01/2020
HORA: 15:40
LOCAL: Sala 202, Didática VII
TÍTULO: AS CONTRIBUIÇÕES DO POVO XOKÓ NO PROCESSO DE RESSIGNIFICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DO VELHO CHICO
PALAVRAS-CHAVES: Ressignificação. Xokós. Comunidades originais. Rio São Francisco.
PÁGINAS: 40
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:
A ruptura entre o homem e a natureza é resultado da visão da natureza apenas como recurso, o que talvez seja o maior problema em se desenvolver trabalhos voltados para as questões ambientais dentro dos ambientes formais de ensino.
Desta ruptura também se resulta a negação de todo conhecimento dos povos originais e de sua própria identidade, haja vista que apesar de todo o processo histórico sofrido por muitos desses povos, sua visão e relação para com a natureza se faz de maneira mais harmônica. Tal problemática é o que nos leva ao desenvolvimento desta pesquisa.
O objetivo principal da pesquisa é que por meio do desenvolvimento de um projeto pedagógico nos moldes da Educação Ambiental Crítica, se alcance a ressignificação da relação dos alunos dos 6º ao 8º Anos do Colégio Estadual Monsenhor Fernando Graça Leite situado no Povoado Escurial, Nossa Senhora de Lourdes- SE com o Rio São Francisco bem como com as comunidades originais, através da relação destes com a comunidade Xokó (única comunidade indígena reconhecida legalmente no estado de Sergipe), localizada na Terra Indígena Caiçara/Ilha de São Pedro, no município de Porto da Folha – SE.
Para alcance do objetivo principal, pretendesse primeiro definir o conceito de lugar junto com os discentes, segundo, reconhecer as contribuições que os conhecimentos dos povos originais podem nos proporcionar dentro das questões sócioambientais e terceiro identificar o Velho Chico como corpo hídrico e não mais somente como recurso.
A Educação Ambiental Crítica foi escolhida para o direcionamento do trabalho por seu caráter de análise das relações socioculturais como aporte para se entender a relação entre o ser humano e a natureza, a partir desta relação, pode-se problematizar as condições de desenvolvimento e de sociedade (Layrargues, 2014).
O método de pesquisa se dará através da Fenomenologia, que nascida na obra de Husserl refere-se à experiência do conhecimento, em que o sujeito e o objeto são polos de relação (BATISTA, 2015). A fenomenologia parte do pressuposto de que todo conhecimento é viabilizado pela condição intencional de nossa consciência subjetiva (MARTINS, 2009).
Segundo Husserl (1990), a fenomenologia é um método crítico do conhecimento, o qual valoriza a vivência do sujeito, buscando através dos seus sentidos (ver, penar) explicar determinado fenômeno, por meio do protagonismo do sujeito perante o objeto, pois cabe a consciência atribuir sentido ao objeto.
A metodologia escolhida é a de projetos, que conforme Behrens (2006) o trabalho com essa metodologia é baseado na problematização, onde o aluno deve ser envolvido no problema, para que ele investigue, registre dados, formule hipóteses, tome decisões, e se
possível resolva o problema ou detecte possíveis soluções, tornando-se sujeito de seu próprio conhecimento.
O produto a ser desenvolvido no final do processo da pesquisa trata-se de um protocolo com as informações pertinentes para o trabalho em Educação Ambiental Crítica, que visem ressignificar o olhar ecológico da sociedade por meio do conhecimento dos povos originais e de suas contribuições para a sociedade em geral, tal protocolo será materializado num e-book.