Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: OLGA HIANNI PORTUGAL VIEIRA
DATA: 25/02/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Vídeo conferência
TÍTULO: Impactos Econômicos de Curto e Longo Prazo da Usina Termoelétrica Porto De Sergipe
PALAVRAS-CHAVES: Investimento em infraestrutura; Impactos regionais; Insumo-Produto; Equilíbrio Geral Computável; Desigualdades regionais.
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Economia
RESUMO:
O objetivo desta dissertação é avaliar a magnitude dos impactos regionais e setoriais de curto e longo prazo, isto é, fase de construção (2017-2019) e de operação (2020-2030), respectivamente, da Usina Termelétrica (UTE) Porto de Sergipe, com vistas à problemática das desigualdades regionais, sobretudo as intrarregionais no estado de Sergipe. O trabalho está dividido em dois ensaios complementares que utilizam como principal metodologia modelagens em equilíbrio geral. Assim, o primeiro ensaio busca analisar os impactos da fase de construção da termelétrica, utilizando para isso um sistema inter-regional de insumo-produto de Sergipe, ano base 2009, constituído por 82 setores e 5 regiões: 3 sub-regiões de Sergipe, resto do Nordeste e resto do Brasil. Os resultados mostram que a região onde a usina está localizada sofreria maior impacto econômico. Em segundo plano, destaca-se o resto do Brasil por ter sido o maior destino dos vazamentos, fato que pode indicar baixa capacidade das demais regiões em absorver a demanda gerada pelo investimento estruturante. Já em relação à análise setorial, os resultados demonstraram que as atividades mais impactadas seriam aquelas mais intensivas em capital, típicas de um investimento para construção. O segundo ensaio, por sua vez, objetiva avaliar os impactos tanto de curto-prazo, como de longo-prazo, por meio de um modelo dinâmico e inter-regional de Equilíbrio Geral Computável (EGC), o TERM-BR, especificado para 28 regiões e 51 setores. A inovação deste trabalho consiste em desagregar o estado de Sergipe em duas regiões: região Metropolitana de Aracaju e resto de Sergipe, a fim de analisar mais detalhadamente a distribuição espacial dos impactos deste investimento estruturante. Os resultados apontam para um relevante impacto na região metropolitana, com baixo vazamento para o resto de Sergipe e demais estados da federação. Dentre os impactos interestaduais, porém, destacam-se Bahia e Alagoas. Os setores mais afetados na Região Metropolitana de Aracaju estariam mais relacionados à dinâmica de construção e operação de um investimento estruturante, tendo em vista a demanda por insumos e serviços nessas fases, a exemplo dos Serviços de manutenção e reparação, Serviços prestados às empresas, Cimento e outros produtos de minerais não-metálicos, entre outros.