Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÍTALO DE MELO RAMALHO
DATA: 30/09/2019
HORA: 15:00
LOCAL: LEPP-UFS
TÍTULO: A Fabricação das Eleições de 2018
PALAVRAS-CHAVES: Eleição; Fabricação; Linguagem;
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:
As eleições de 2018 no Brasil foram marcadas por um processo de ruptura total entre a substância política e as formas de comunicação utilizadas para representarem as candidaturas e propostas aos/às eleitores/as em todo país. Como reflexo ou mesmo consequência desse fato, o pleito rompeu com as fronteiras da legitimidade de algumas candidaturas, como também implodiu com o mito da “cordialidade” tupiniquim, caracterizador do imaginário nacional. O motivo principal para essa fratura: a eleição majoritária para Presidência da República, quando os/as leitores/as brasileiros/as teriam pela frente uma disputa marcada pelo conflito real − dos corpos em ação − e virtual − dos algoritmos em rede − entre as candidaturas e a sua respectiva militância. Conflito que se iniciara, de maneira embrionária, na eleição presidencial de 2014. Por tudo isso, a eleição presidencial de 2018, como um acontecimento político-histórico, pode ser analisada por diversos ângulos e/ou perspectivas a partir do objeto e das trans-subjetivações que o atravessam. A presente dissertação escolheu investigá-la tendo como marco inicial os editoriais dos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, O Globo e Valor Econômico, do período dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o cadastramento das candidaturas (15.VIII.2019) até o dia seguinte ao segundo turno da eleição (29.X.2019). O objetivo principal é extrair, das análises, pelo viés das interrelações entre a Antropologia Política e o Direito, categorias e marcadores que pudessem sustentar a tese da fabricação da eleição pela linguagem ou pelas linguagens. Para isso, a base teórica principal contará com nomes como Bruno Latour, Isabelle Stengers, Gilles Deleuze e Márcio Goldman. Espera-se, com o trabalho antropológico, contribuir para que se possa melhor compreender a fratura histórica, social e política representada, principalmente, pela eleição presidencial de 2018.