Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHELLINE NEI BOMFIM DE SANTANA FREITAS
DATA: 22/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 201 da didática VII.
TÍTULO: PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE COMPÓSITOS COM MATRIZES DE GESSO COMUM E RECICLADO E FIBRA DE COCO VERDE HORNIFICADA.
PALAVRAS-CHAVES: fibra de coco verde; hornificação; gesso; compósitos; conformação à compressão.
PÁGINAS: 191
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
RESUMO:
A utilização das fibras de coco verde como reforço em compósitos representa uma aplicação viável nos conceitos econômico, ambiental e tecnológico. Mas como a fibra é hidrofílica e as matrizes hidrofóbicas, tratamentos são necessários para uma boa interação fibra-matriz, como exemplo, a hornificação. A hornificação consiste em ciclos sucessivos de umedecimento e secagem das fibras, que pode reduzir a absorção de água, a instabilidade dimensional, além de melhorar propriedades mecânicas e a ligação fibra-matriz. O gesso é um aglomerante muito utilizado na construção civil, resultando em elevada geração de resíduos. Por isso, reciclagem desses materiais é muito importante para o desenvolvimento sustentável. O objetivo deste trabalho foi produzir e caracterizar compósitos com matrizes de gesso comum, gesso reciclado e reforço com fibras de coco verde hornificadas. Os compósitos foram submetidos às caracterizações mecânicas e morfológicas, além da determinação de suas densidades aparentes, absorção de água, também foram aquecidos em 200°C e 400°C, e submetidos a ensaios de ultrassom. Concluiu-se que a hornificação alterou a morfologia das fibras, suas superfícies e seções transversais, promoveu o aumento de sua resistência à tração para 5 e 10 ciclos, melhorou a estabilidade térmica das fibras, e reduziu a absorção de água, sem grandes alterações no índice de cristalinidade e tamanho do cristalito. Os melhores resultados foram obtidos na hornificação em 10 ciclos com água destilada. Pode-se verificar que a incorporação de fibras de coco verde na matriz de gesso causou sua fragilização, quanto maior o teor de fibra incorporado maior a redução do desempenho mecânico do compósito. Essa fragilização ficou, em média, 26%, para o teor de 5% de fibra, 37%, para 10% de fibra, e 52%, para 20% de fibra. Os compósitos com maiores teores de fibra apresentaram menores densidades aparente, maiores absorções de água e menores VPUs. A ação do aquecimento em temperaturas de 200°C e 400ºC, reduziram a integridade dos compósitos.