Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VICTOR WLADIMIR CERQUEIRA NASCIMENTO
DATA: 25/02/2021
HORA: 09:00
LOCAL: A definir
TÍTULO: ENSAIO SOBRE A DIDÁTICA ARQUEOLÓGICA DA HISTÓRIA
PALAVRAS-CHAVES: Michel Foucault; Didática da História; Arqueologia; Antropologia.
PÁGINAS: 149
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Esta tese tem como objetivo compreender as condições de possibilidade de uma didática arqueológica da história a partir da crítica foucaultiana das “ilusões antropológicas” ou “universais antropológicos”. Para tal, faz a análise dos fundamentos filosóficos da crítica do pensamento antropológico dos primeiros escritos e de duas obras de Michel Foucault do “período arqueológico”: História da loucura (1961) e As palavras e as coisas (1966). Utiliza-se como fontes primárias as obras, artigos, conferências, entre outros escritos do autor; como fonte secundária, a tradição de comentadores e biógrafos. Na primeira seção, busca-se compreender o problema da “consciência histórica” como uma forma do pensamento antropológico e suas consequências para os usos que a história e o pensamento educacional fazem da obra de Foucault. Na segunda seção, faz-se uma análise do surgimento do regime de historicidade e da crítica às “ilusões antropológicas” como problema filosófico para Foucault, através da história da psicologia e da interpretação particular que o autor faz da filosofia kantiana, presente em sua tese complementar Gênese e estrutura da Antropologia de Kant (1961), que estabelece os princípios fundamentais de sua didática da história. A terceira seção faz uma análise de como esses princípios passam a dar corpo ao método arqueológico em História da loucura (1961), demonstrando como a história, por um lado, opera um sistema de exclusão que tem por base o racionalismo da cultura ocidental e, por outro, evidencia uma estrutura discursiva e de práticas sociais de um período histórico. A quarta seção faz uma análise de As palavras e as coisas (1966) para compreender o lugar epistemológico da história em nossa contemporaneidade e as consequências do “sono antropológico” para o pensamento. A última seção conclui que o programa arqueológico serve para repensar o ensino de história e sua didática a partir do a priori histórico e da crítica radical da antropologia filosófica.