Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GISELIANE MEDEIROS ALMEIDA
DATA: 25/09/2017
HORA: 10:00
LOCAL: A definir
TÍTULO: AS INVISÍVEIS DO CÁRCERE: INTERFACES IDENTITÁRIAS DE MULHERES APRISIONADAS
PALAVRAS-CHAVES: Educação. Gênero. Poder. Criminalidade feminina. Identidade.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Esta pesquisa objetiva descrever e analisar o processo de construção histórica desubjetividades/identidades de mulheres presas do Conjunto Penal de Paulo Afonso (BA),destacando a diversidade de experiência, a invisibilidade da condição do público femininocomparativamente ao público masculino prisional. Os pressupostos epistemológicos dametodologia qualitativa de inspiração pós-crítica por meio do estudo de caso, constituem onorte teórico da compreensão das categorias gerais de produção de saberes (pensando nosconhecimentos, verdades, relações de poder e discursos) referentes a gênero, educação ecriminalidade feminina, com destaque para as categorias empíricas do sujeito (identidade emodos de subjetivação feminina) na abordagem da realidade estudada. Foram consultadasvárias fontes de informação e instrumentos coleta de dados: observação participante, registroem diário de campo, entrevistas semi-estruturadas. A revisão da literatura concernente àcriminalidade feminina expõe a exiguidade de estudos e pesquisas sobre o temacomparativamente à criminalidade masculina, particularmente no âmbito educacional. Osdados parciais de análise textual discursiva desvelam dimensões de gênero no cárcere,experiências diferentes, vivências de uma intimidade forjada, enclausurada pelas grades deferro e paredes. As histórias de vida descobrem episódios de violência, paixão, medo, dor esofrimento. Algumas presas estão ali pela primeira vez, outras, estão contumazes na práticadelituosa até se atrevem a duvidar da finalidade do cárcere, tão habituadas estão com o vai evem de suas atividades ilícitas. Neste contexto, emerge a necessidade de políticas publicassociais voltadas para a garantia dos direitos, da dignidade destas mulheres, acesso igualitário ajustiça, para que as apenadas posam vislumbrar um futuro de realidades sociais, semdiscriminações em relação à presa ou egressa.