Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AFRÂNIO MANOEL DE SOUSA
DATA: 10/03/2014
HORA: 16:30
LOCAL: SALA DE REUNIÕES DO NPGFI
TÍTULO: ESTUDO DO MECANISMO DA FERROELETRICIDADE DA MANGANITA HEXAGONAL MULTIFERRÓICA LuMnO3 ATRAVÉS DE CÁLCULOS BASEADOS NA TEORIA DO FUNCIONAL DA DENSIDADE.
PALAVRAS-CHAVES: Ferroeletricidade. Multiferróicos. Teoria do funcional da densidade.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Física
SUBÁREA: Física da Matéria Condensada
RESUMO:
No presente trabalho foi realizado um estudo teórico e computacional sobre o mecanismo de ferroeletricidade da manganita hexagonal multiferróica LuMnO3. Foram obtidas algumas das propriedades estruturais e eletrônicas desse composto nas fases paraelétrica (PE) e ferroelétrica (FE). Como ferramenta teórica-computacional foi utilizado o método de cálculo de estrutura eletrônica conhecido como Full Potential Linearized Augmented Plane Waves que é baseado na Teoria do Funcional da Densidade e implementado no código computacional WIEN2k. Foi realizada a otimização dos parâmetros de rede com duas diferentes aproximações para o potencial de troca e correlação. A aproximação da densidade local (LDA) e a do gradiente generalizado (GGA). Os parâmetros de rede obtidos com o cálculo GGA foram mais próximos do experimental. Também foi testado na otimização dos parâmetros de rede, dois diferentes tipos de parametrização para o GGA. A de Perdew-Burke-Ernzerhof (PBE) e a Wu-Cohen (WC). Nesse caso, o resultado com a parametrização PBE é a que melhor se compara com o experimental. Após a otimização dos parâmetros de rede, foram relaxadas as posições atômicas usando como potencial de troca e correlação a aproximação do gradiente generalizado com a parametrização de PBE. Algumas distâncias interatômicas, após o processo de relaxação, foram comparadas as suas respectivas experimentais existente na literatura. Para o cálculo da estrutura eletrônica, foi usado o potencial modificado de troca de Becke-Johnson (mBJ). Com ele, foi possível obter o band gap indireto de 0,3 eV na fase PE e um band gap direto de 1,6 eV na fase FE. Foram obtidos mapas de densidade eletrônica ao longo do eixo c cristalino. Ou seja, passando através das ligações Lu-O1 (na fase PE), Lu1-O3 (na fase FE) e Lu2-O4 (também na fase FE). Observou-se, saindo da fase PE para a FE, que o caráter iônico da ligação Lu-O é alterado. A análise da densidade parcial mostrou que a perda da ionicidade da ligação química está associada à rehibridização dos orbitais 5dz2 do Lu com os orbitais 2pz do O na mudança da fase PE para FE ou vice-versa. Esta descrição corrobora com o modelo em que o mecanismo da ferroeletricidade das manganitas hexagonais está associado a rehibridização desses orbitais.