Banca de QUALIFICAÇÃO: MATHEUS ANDRADE DE MORAES
14/06/2024 17:55
O trabalho realiza uma análise sobre as tensões e perspectivas existentes entre movimentos sociais, políticas sociais e Organizações Não-Governamentais (ONGs) voltadas para a população LGBTQIAPN+ no estado de Sergipe. O método que orientou a pesquisa foi o materialismo histórico-dialético, o qual apresenta processos sociais dinâmicos e complexos da materialidade social, que se manifestam nas ações do Estado ultraneoliberal, na trajetória do movimento LGBTQIAPN+ e nas ONGs voltadas para esse público. A abordagem metodológica é qualitativa e utiliza pesquisa bibliográfica para sustentar a fundamentação teórica, bem como os resultados da pesquisa. Além disso, emprega fontes documentais referentes às ações das instituições do Estado e das ONGs voltadas para o público em questão, assim como aquelas que revelem a historicidade do movimento social LGBTQIAPN+, sejam elas atas de fundação, estatutos, inscrições no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica e/ou relatórios de ações. Acrescenta-se a técnica de entrevista com lideranças do movimento LGBTQIAPN+ de Sergipe com o intuito de apresentar suas trajetórias e possíveis ligações com conselhos de direitos, partidos políticos e/ou ONGs. Apresenta-se a trajetória histórica do movimento LGBTQIAPN+ no estado de Sergipe, que surgiu em contato com cunhos religiosos e se desenvolveu a partir da comunicação com outros grupos LGBTQIAPN+ do Brasil, realizando ações voltadas para a proteção de sua população, pressionando o Estado contra as violações de direitos, institucionalizando-se em ONGs e apresentando contradições em relação às origens do movimento. Compreende-se que existem estruturas sociais que aprofundam as desigualdades sociais contra as pessoas LGBTQIAPN+, processos de exploração, dominação, opressão, exclusão, silenciamento e apagamento que se apresentam no movimento da historicidade e são reflexos de uma política e sociedade conservadoras. A imbricação entre gênero, sexualidade, raça e classe possibilita analisar as estruturas patriarcais que provocam a heterocisnormatividade, o classismo e o racismo como um nó nas relações sociais e seus desdobramentos na formação sócio-histórica, bem como nas expressões da questão social.
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