SESSÃO DE POSTERS


Repercussões Orofaciais na Esclerodermia Sistêmica: Relato de Caso
Autor(es): Liz Teixeira Nascimento, Sílvia Elaine Zuim de Moraes Baldrighi


Título: Repercussões Orofaciais na Esclerodermia Sistêmica: Relato de Caso

Autores: Sílvia Elaine Zuim de Moraes Baldrighi, Liz TeixeiraNascimento

Instituição: Universidade Federal de Sergipe/Cidade: Aracaju/SE
Tipo de Estudo: Relato de caso – aprovado pelo Comitê de Ética sob o protocolo: CAAE 0132.0.107.000-10.

RESUMO:

A Esclerodermia Sistêmica ou esclerose sistêmica (ES) progressiva é uma doença inflamatória do sistema nervoso, que leva a desmielinização. Sua causa é provável auto-imune, tendo importância a suscetibilidade genética e fatores ambientais para sua eclosão. Doença rara, de etiologia desconhecida, caracterizada por deposição aumentada do colágeno na pele, e que pode envolver os tecidos orais, periorais, as articulações, os tendões e os músculos. Sua evolução é lenta, progressiva e incapacitante, podendo, ocorrer de forma rápida e fatal devido ao grau de comprometimento dos órgãos internos. O objetivo é apresentar os aspectos clínicos gerais dessa patologia, bem como identificar as manifestações fonoaudiológicas com a finalidade de alertar os profissionais sobre a importância da integração do fonoaudiólogo em uma equipe multidisciplinar, visto que ainda são escassos os estudos voltados para as caracterizações e manifestações fonoaudiólogicas relacionadas a esta patologia, para posteriormente realizar a intervenão fonoaudiológica. Trata-se do relato de caso de uma paciente do gênero feminino, de quarenta anos de idade, portadora de ES atendida no ambulatório de Fonoaudiologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. Foram coletados os dados do prontuário médico, realizada a avaliação fonoaudiológica, audiológica e odontológica. A paciente apresentou fenômeno de Raynaud, poliartrite, rigidez nas articulações das mãos e pés, refluxo gastroesofágico, distúrbio ventilatório obstrutivo moderado, esclerose cutânea, nódulos nas pregas vocais, cáries dentárias, problemas mucogengivais, nódulos em uma das mamas. Quanto às manifestações fonoaudiológicas estas evidenciaram limitação na abertura de boca, face com aparência de máscara enrijecimento da língua e frênulo lingual curto, dificuldade na função oral de mastigação e na mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios, bem como alteração vocal. Durante aproximadamente um ano de intervenção fonoaudiológica, pôde-se perceber aumento de 0,3mm na abertura da boca, bem como melhora na aparência, mobilidade e postura dos OFAs. A avaliação fonoaudiológica apontou para comprometimento na produção dos sons bilabiais em decorrência da limitação da abertura de boca, disfunção da articulação temporomandibular, bem como dificuldade na função mastigação,na postura e mobilidade dos OFAs e na produção vocal. Este estudo possibilitou o conhecimento da afecção ES com relação aos sinais e sintomas clínicos, que foram correlacionados à literatura, bem como as manifestações fonoaudiológicas e o resultado efetivo da intervenção. sugerindo que importantes alterações fonoaudiológicas possam fazer parte desta patologia, ainda pouco difundida para fonoaudiólogos. O que justifica o trabalho do fonoaudiólogo junto à equipe multidisciplinar.


Dados de publicação
Página(s) : p.251
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa