ODONTOPEDIATRIA E FONOAUDIOLOGIA: ALTERAÇÕES MIOFUNCIONAIS OROFACIAIS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFS
Autor(es): Tarsila Santos Amaral, Sílvia Elaine Zuim de Moraes Baldrighi, Fernanda Santana Santos, Gabriela Guimarães Ferreira
ODONTOPEDIATRIA E FONOAUDIOLOGIA: ALTERAÇÕES MIOFUNCIONAIS OROFACIAIS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFS
Autores: Sílvia Elaine Zuim de Moraes Baldrighi; Fernanda Santana Santos; Gabriela Guimarães Ferreira; Tarsila Santos Amaral
INTRODUÇÃO: Este estudo surgiu da estreita relação existente entre a Odontopediatria e a Fonoaudiologia, no tocante a um de seus objetos de estudo e trabalho: as relações dentárias, morfológicas e funcionais que coexistem no sistema estomatognático. Entende-se por distúrbio miofuncional orofacial qualquer alteração que envolva a musculatura oral, facial e/ou cervical que interfira no crescimento, desenvolvimento ou funcionamento das estruturas e funções orofaciais. A avaliação clínica em motricidade orofacial representa fundamental etapa no processo diagnóstico, uma vez que possibilita a compreensão das condições anatômicas e funcionais e permite ainda, estabelecer o raciocínio terapêutico. OBJETIVO: Identificar a ocorrência das alterações miofuncionais orofaciais em crianças. MÉTODO: O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos/UFS pelo CAAE nº 0195.0.107.000-09. Trata-se de um estudo clínico-observacional, descritivo, quantitativo, realizado a partir de uma triagem das funções estomatognáticas, com 60 crianças de ambos os gêneros, na faixa etária de 05 a 10 anos, todas oriundas do Ambulatório das disciplinas Odontopediatria I e II do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. Critérios de Inclusão as crianças foram selecionadas a partir da idade escolhida para tal estudo, e não poderiam apresentar: ausência de fala, síndromes, doenças neurológicas e alterações craniofaciais. Inicialmente foi realizada entrevista com os responsáveis e posteriormente avaliação miofuncional orofacial, por meio do exame orofacial MBGR adaptado. Após a avaliação todos os responsáveis receberam devolutiva. As crianças com alterações miofuncionais orofaciais foram encaminhadas para acompanhamento fonoaudiológico. RESULTADOS: Das 60 crianças avaliadas, 34 eram do gênero masculino (56,7%) e 26 do gênero feminino (43,3%). Dessas, 39 (65,0%) apresentaram alteração na respiração, 36 (60,0%) na mastigação, 26 (43,3%) na deglutição, 21 (35,0%) na fala e 6 (10%) não apresentaram alterações nas estruturas miofuncionais orofaciais. DISCUSSÃO: Levando-se em consideração que a função estomatognática com maior prevalência de alteração foi à respiração alerta-se que a persistência do quadro de respiração oral durante a fase de desenvolvimento do indivíduo poderá provocar diversas alterações estomatognáticas. Sendo assim, a abordagem interdisciplinar odontológica-fonoaudiológica resulta da convicção que a forma e a função não existem isoladamente, mas são estreitamente vinculadas e desse modo devem ser analisadas conjuntamente CONCLUSÃO: Pôde-se observar que 90% das crianças apresentaram alterações nas funções estudadas, principalmente na função de respiração e mastigação. A partir desses dados, observa-se a importância da atuação fonoaudiológica junto à odontopediatria com a finalidade de minimizar o impacto das alterações miofuncionais orofaciais e maximizar a qualidade de vida dessas crianças, através da interdisciplinaridade.
Dados de publicação Página(s) : p.2326 URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa
