Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDVALDO ALVES DE SOUZA NETO
DATA: 30/03/2016
HORA: 14:00
LOCAL: PROHIS-UFS
TÍTULO: " Ô LEVANTA NEGO, CATIVEIRO SE ACABOU": EXPERIÊNCIAS DE LIBERTOS EM ARACAJU DURANTE O PÓS-ABOLIÇÃO (1888-1910)
PALAVRAS-CHAVES: Libertos; Aracaju; Cotidiano; Pós-abolição.
PÁGINAS: 166
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República
RESUMO:
Ainda permanecem na história de Sergipe, principalmente na capital Aracaju, muitas interrogações sobre o que aconteceu com os antigos escravos e seus descendentes logo depois da abolição do cativeiro em 13 de maio de 1888 com a assinatura da Lei Áurea. Para outras localidades do Brasil, com a criação do campo específico sobre o pós-abolição, tal discussão vem atraindo pesquisadores, revisando antigas proposições e impulsionando novos estudos de modo a contribuir para configuração de um quadro promissor. O objetivo dessa pesquisa, por meio da história social, principalmente do referencial teórico desenvolvido por E. P. Thompson (1997; 1998; 2001), é trazer o referido debate para o contexto histórico de Aracaju, identificando e analisando trajetórias individuais e coletivas dos antigos escravizados e seus descendentes, as expectativas em torno da liberdade, as lutas pela ampliação de direitos, as formas de recepção e comemoração da boa nova da aboliação, incluindo as relações sociais desenvolvidas por essas personagens no cenário de Aracaju no final do século XIX. Para tanto, a pesquisa encontra-se dividida em três momentos. No primeiro capítulo iremos analisar o espaço de Aracaju, investigando seus limites, localizando sua população liberta e analisando como eles imprimiram seu modo de sentir, pensar e agir no cotidiano da cidade. Já no segundo capítulo examinamos a maneira como diferentes setores sociais receberam a boa nova da abolição e quais impactos causados no dia a dia das propriedades rurais e na constituição de novas relações sociais entre antigos senhores e libertos. Por fim, averiguamos as conquistas e aflições dos libertos residentes em Aracaju nos seus embates cotidianos pela moradia, trabalho, lazer e concepções políticas. Consultamos diversos documentos judiciais (processos criminais, apelação criminal, ação de despejo, etc), jornais sergipanos do período, mapas, censos, correspondências, romances, crônicas e livros de memória.