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Banca de DEFESA: YASMIN LIMA DE JESUS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: YASMIN LIMA DE JESUS
DATA: 28/02/2019
HORA: 15:00
LOCAL: A DEFINIR
TÍTULO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES AO ENSINO DE CIÊNCIAS EM UMA ESCOLA INDÍGENA BAKAIRI A PARTIR DA PESCA COM O TIMBÓ: PERSPECTIVAS INTERCULTURAL E DECOLONIAL
PALAVRAS-CHAVES: Educação Escolar Indígena, Ensino de Ciências Naturais, Perspectivas Intercultural e Decolonial, Povo Indígena Bakairi, Pesca com o timbó.
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Ensino-Aprendizagem
RESUMO:

A presente investigação almeja – de modo a contribuir com o queapontam as demandas e lutas do movimento indígena brasileiro e asnormativas legais que orientam o ensino na modalidade EducaçãoEscolar Indígena a partir de uma escola que seja específica,diferenciada, bilíngue/multilíngue, comunitária e intercultural –compreender as possibilidades e os desafios encontrados naelaboração de uma proposta didática com a temática “Pesca com otimbó” para o ensino de Ciências em uma escola indígena bakairinuma perspectiva intercultural e decolonial. A pesca com timbó érealizada por alguns grupos indígenas com a utilização de um cipó(denominado popularmente como timbó) que, depois de “esmagado”na água, intoxica os peixes. A intoxicação é causada por umasubstância denominada rotenona, presente no “caldo” do timbó. Ospeixes, após serem intoxicados, começam a emergir, em outraspalavras, a “boiar”, e podem ser apanhados facilmente à mão, com oauxílio do arco e da flecha ou de uma lança. Nesse ínterim, a propostadidática visa abordar as diferentes perspectivas para a pesca com otimbó a partir dos pressupostos da perspectiva intercultural crítica(WALSH, 2007; 2012; 2013; CANDAU, 2010; 2013; FLEURI, 2003;2012; 2014) promovendo o entrelugar (BHABHA,1998), por meio doqual os conhecimentos científicos escolares (cultura científica) e osdo cotidiano bakairi (cultura bakairi) se encontram e dialogam,apresentando que há diferentes formas de ver e agir no mundo. Nosfundamentamos, também, nos pressupostos teóricos dadecolonialidade (QUIJANO, 2012; GROSFOGUEL, 2015), propondoconstruir uma proposta didática que busca promover a descolonizaçãodos currículos de ciências nessa escola e apontando outrasepistemologias (SANTOS, 2006; 2009). O estudo possui comoabordagem metodológica a pesquisa qualitativa do tipo descritiva(BOGDAN; BIKLEN, 2003; FLICK, 2007) e com perspectivaetnográfica (GEERTZ, 1989). Sendo realizada em uma escolaindígena do povo Bakairi da aldeia Aturua, no município deParanatinga, estado do Mato Grosso. Os sujeitos dessa pesquisa são:dois anciões dessa comunidade, lideranças espiritual e política (o pajée o cacique) o professor de ciências dessa escola e alguns ex-alunos.Para a constituição dos dados foi realizada análise documental,entrevistas, observações e elaboração, em colaboração com alguns ex-alunos Bakairi e o professor de ciências dessa escola, de umaproposta didática com a temática “Pesca com o timbó”. A análise dosdados será realizada a partir da Análise de Discurso, no sentido danoção de gêneros do discurso de Bakhtin (2003). Como resultados preliminares identificamos a partir da análise documental e dasobservações que o ensino de Ciências, de forma mais contundente,não considera as características e especificidades da comunidadeindígena investigada se distanciando das Diretrizes CurricularesNacionais da Educação Escolar Indígena. Nesse sentido, a partirdessa constatação defendemos um ensino que de fato leve emconsideração os aspectos específicos e culturais, valorizando seussaberes e formas próprias de construção e validação de conhecimento.Destarte, que possibilite a promoção do encontro entre essasdiferentes visões de mundo, buscando a formação do cidadãoindígena, sua autonomia e empoderamento. Uma educação que sejalibertadora ao invés de opressora e que promova a cidadania e aautonomia dessas classes populares como defendido por Paulo Freire.Além disso, contribuir para o registro e manutenção deconhecimentos ancestrais antes compartilhados de geração emgeração restritamente por meio da oralidade e de um ensino deciências que contribua para esses povos. Contudo, ressaltamos que,compreender e mobilizar o encontro entre essas diferentes visões demundo é um desafio, pois, compreende o rompimento com a lógicado pensamento colonial.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1039338 - ADJANE DA COSTA TOURINHO E SILVA
Presidente - 1212624 - EDINÉIA TAVARES LOPES
Externo à Instituição - SUZANI CASSIANI

Notícia cadastrada em: 07/12/2018 09:03
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