Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: OSMAR MAX GONÇALVES NEVES
DATA: 21/12/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do DFA
TÍTULO: Alterações Biopsicossociais e funcionais de pacientes com pé diabético
PALAVRAS-CHAVES: Pé diabético; Impacto Psicossocial; Depressão; Qualidade de vida; Capacidade Funcional
PÁGINAS: 66
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
O Diabetes Mellitus se caracteriza por ser um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia, resultante de defeitos na ação da insulina, na sua secreção ou em ambas. Dentre as complicações do Diabetes, o pé diabético surge como uma das mais devastadoras e principal causa de hospitalização chegando a corresponder a 85% das amputações não traumáticas que acometem até dois pacientes a cada minuto no mundo. Sabe-se que a “síndrome do pé diabético” engloba um número considerável de condições patológicas e que, o diabetes é uma condição crônica crescente no mundo e amplamente discutida na literatura, contudo, poucos estudos têm explorado os aspectos biopsicossocias dos pacientes que apresentam pé diabético. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar as alterações biopsicossociais, a qualidade de vida, independência funcional, prevalência de depressão e ansiedade em pacientes com pé diabético e identificar possíveis fatores de risco. Foi realizado um estudo transversal, por meio de aplicação de questionários (sociodemográfico, HADS, Kats e Whoqol-Bref) em pacientes internados em um hospital terciário filantrópico de Aracaju- Se. A coleta desses dados foi realizada nos pacientes atendidos no serviço durante 18 meses. Dos 864 pacientes pesquisados 200 atenderam os critérios de inclusão. A média de idade foi de 67 anos e encontrada uma prevalência de 29% de depressão e 23% de ansiedade nos pacientes com pé diabético. Cerca de 31% dos indivíduos estudados apresentaram classificação A de Katz (independência funcional). A qualidade de vida geral determinada pelo Whoqol-Bref foi de 51,1, e entre os domínios, o domínio físico inserido ao aspecto psicossocial mostrou a menor média, igual a 32. Esse achado pode ser associado a baixa independência funcional encontrada em 31%.
A menor qualidade de vida e prevalência elevada de ansiedade e depressão pode ser vista nos pacientes com pé diabético sendo observado ainda uma restrição funcional e pior estado psicossocial desses pacientes que devem possuir um acompanhamento multidisciplinar efetivo.