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Banca de DEFESA: ANDRÉ FILIPE DOS SANTOS LEITE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRÉ FILIPE DOS SANTOS LEITE
DATA: 09/04/2021
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/pnq-txwx-ykq
TÍTULO: ELETROCONVULSOTERAPIA E CINEMA: LUZES E SOMBRAS DE UM TRATAMENTO CONTROVERSO
PALAVRAS-CHAVES: Cinema. Psiquiatria. Eletroconvulsoterapia.
PÁGINAS: 179
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

O fascínio do cinema pela psiquiatria remonta aos primórdios da própria sétima arte, seja pelo apelo imagético que o adoecimento mental parece ter aos olhos dos sujeitos, seja pela capacidade que o cinema tem de nos fazer (re)pensar o próprio aparato psiquiátrico, a partir de sua representação. E é, mais precisamente, tomando por base esse último aspecto, que o presente trabalho tem por objetivo analisar como é feita a representação, no cinema hollywoodiano, de um dos tratamentos mais antigos e controversos da psiquiatria: a eletroconvulsoterapia. Utilizada até hoje como recurso terapêutico, a eletroconvulsoterapia foi ilustrada em diversos filmes desde seu surgimento, no final dos anos trinta. E até muito recentemente suscita intensos e calorosos debates entre os que a defendem como possibilidade terapêutica justificável e aqueles que a descrevem como um instrumento eminentemente de tortura. Através de um referencial teórico-metodológico pautado na análise visual crítica de Gillian Rose, atravessada por elementos da analítica de discurso de Michel Foucault, foram analisados 13 filmes em que a eletroconvulsoterapia é claramente retratada. As cenas onde a eletroconvulsoterapia é exibida foram extraídas e comparadas, de modo a se procurar continuidades ou rupturas discursivas entre elas. Nesse processo, três formações discursivas atravessam as películas estudadas: 1) a representação da eletroconvulsoterapia de maneira ambígua, mas ainda assim como um recurso terapêutico legítimo, que deve ser utilizado apenas em casos extremos (The Snake Pit, Fear Strikes Out e Shock Corridor); 2) a representação da eletroconvulsoterapia como método de tortura e silenciamento, usada como castigo para regular e docilizar determinados padrões de comportamento de pacientes taxados como rebeldes ou problemáticos (One Flew Over The Cuckoo´s Nest, Frances, Chattahoochee e The Fifth Floor); 3) a representação da eletroconvulsoterapia totalmente desconectada do ambiente da terapêutica psiquiátrica, em filmes bem diversos e que não tem, necessariamente, a psiquiatria como enredo. Nesses casos a eletroconvulsoterapia é representada basicamente de duas formas: A) como elemento de terror (Death Wish II, Child’s Play, From Beyond e House On Haunted Hill); B) como um recurso cômico (The Beverly Hillbillies e The Hudsucker Proxy). O estudo e a caracterização de tais formações discursivas nos deram pistas para investigar os significativos efeitos culturais e políticos que decorrem da representação cinematográfica desse método específico da terapêutica psiquiátrica. Assim, ao final, esta incursão permitiu compreender o cinema como uma linguagem desestabilizadora dos dispositivos de poder, que nos faz repensar nossas próprias certezas e atitudes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1182646 - CLAUDIENE SANTOS
Interno - 2184482 - LILIAN CRISTINA MONTEIRO FRANCA
Externo à Instituição - ASDRUBAL BORGES FORMIGA SOBRINHO

Notícia cadastrada em: 31/03/2021 21:05
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