Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISAAC DOURADO ARAGAO
DATA: 07/03/2018
HORA: 15:30
LOCAL: A ser definido pela secretaria do PPGCINE
TÍTULO: TATUAGEM: ÊXTASE E REVELAÇÃO. O PROCESSO DE AUTOCONHECIMENTO NAS PERSONAGENS DE HILTON LACERDA
PALAVRAS-CHAVES: Êxtase. Personagem. Tatuagem. Realismo. Revelação. Mistério.
PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
SUBÁREA: Cinema
RESUMO:
Esta pesquisa convida a uma análise sobre as manifestações do êxtase como revelação nas personagens escritas pelo roteirista e diretor pernambucano Hilton Lacerda, especialmente no filme Tatuagem (2013). Tal análise se origina, inicialmente, entremeada das seguintes reflexões: Como e quando acontece algum tipo de manifestação extática – e a complexidade desse fenômeno – nas personagens apreciadas do filme? O que elas conseguem, de fato, estabelecer? Revelação? Autoconhecimento? Para responder a essas indagações se fará necessário conhecer o percurso fílmico criado pelo cineasta supracitado – pela via do desenvolvimento das personagens, como representações de processos por meio dos quais a experiência do êxtase define subjetividades marcadas, ética e esteticamente, por uma noção de liberdade – incluindo entrevistas e manifestos, bem como a investigação literária sobre êxtase e revelação. Na busca por esse entendimento, será preciso averiguar algumas referências culturais que fazem parte da construção das linhas de influências do realizador, tanto no que se refere à sua obra fílmica quanto ao seu pensamento, percebendo as pistas, traços ou sinais deixados pelo mesmo durante a concepção de sua arte, de seu cinema, tais como o roteiro, a direção, as mensagens subliminares dentro do filme, seu olhar narrativo e até mesmo o ritmo dos cortes. Dessa forma, e a priori, a pesquisa se divide em duas partes: a primeira se deu pela apreciação e decupagem do filme Tatuagem, para que se contextualizasse a maneira como a revelação e o êxtase afluem entre as suas personagens, e como seu processo narrativo tem o poder de dar conta das particularidades de cada uma. A segunda parte consiste na explanação de algumas cenas pontuais do filme com seus respectivos recortes, acompanhada de uma reflexão teórica sobre êxtase e revelação, tendo como base os estudos acerca dos processos das manifestações extáticas, bem como os vestígios de revelação e mistério escritos por Paul Tillich (2005), o realismo de André Bazin (2016), a personagem de ficção examinada por Antonio Cândido (1998), dentre outros teóricos que possam vir a contribuir doravante com a pesquisa. Verdadeiramente, o filme é o texto teórico que se tenta, aqui, decifrar.