Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEILA ALBUQUERQUE RESENDE DE OLIVEIRA
DATA: 03/02/2015
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 02 - PPGAGRI
TÍTULO: CRIOPRESERVAÇÃO E TÉCNICAS DE INTERCÂMBIO DE EMBRIÕES ZIGÓTICOS DE ACESSOS DE COQUEIRO
PALAVRAS-CHAVES: Cocos nucifera, conservação ex situ, recursos genéticos.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:
A criopreservação surge com uma técnica potencial para conservar a longo prazo os recursos genéticos do coqueiro principalmente pela inviabilidade do armazenamento de suas sementes. Outro aspecto a ser considerado para a cultura do coco é o intercâmbio seguro de germoplasma e a introdução por cultura de tecidos é relativamente segura, pois a própria manipulação do explante pode eliminar pragas, fungos e bactérias. Entretanto, em função da irregularidade nos rendimentos de germoplasma de coco introduzido por discos de endosperma e as altas porcentagens de contaminações devido o tempo entre a coleta, transporte e inoculação do embrião zigótico, ajustes nos protocolos devem ser alvo de estudos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de soluções crioprotetoras, tempos de imersão e meios de regeneração de embriões zigóticos criopreservados e avaliar o efeito de diferentes procedimentos para a embalagem e tempo de armazenamento sobre a contaminação de embriões zigóticos. Para a criopreservação foram utilizados embriões zigóticos obtidos de frutos maduros provenientes de plantas matrizes de coqueiro gigante do Brasil da Praia do Forte (GBrPF) e anão verde do Brasil de Jiqui (AVeBrJ) do Banco Ativo de Germoplasma de Coco da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Embriões de coqueiro AveBrJ foram imersos em duas soluções crioprotetoras: C1 – meio Y3 +1,75 mol L-1 sacarose + 15% glicerol, C2 – meio Y3 + 3,33 mol L-1 glicose + 15% glicerol e, embriões de coqueiro GBrPF nas soluções: C1 - meio Y3 + 3,33 mol L-1 glicose e C2 – meio Y3 + 3,33 mol L-1 glicose + 15% glicerol, ambos os acessos permaneceram imersos por 24, 48 e 72 horas. Posteriormente os explantes foram desidratados em sílica gel por 34 (AVeBrJ) e 30 horas (GBrPF), e imersos em nitrogênio líquido a -196º C por 24 horas, após esse período foram descongelados a 38 ± 2ºC. Foi determinada a umidade dos embriões ao final da etapa de tratamentos crioprotetores e desidratação. Foi avaliada a porcentagem de sobrevivência e regeneração, após a transferência dos embriões para o meio de cultura Y3 suplementado ou não com 0,5 mmol de ácido giberélico. O pré-cultivo nas soluções crioprotetoras e os diferentes tempos de imersão não alteraram a viabilidade dos embriões. A solução crioprotetora composta por 1,75 M de sacarose e 15% de glicerol proporcionou menor umidade (12,3%) e maior sobrevivência (63,3%) aos embriões zigóticos de coco AVeBrJ criopreservados. Os embriões do acesso GBrPF alcançaram 77,8% de sobrevivência quando imersos no crioprotetor formado pelo meio Y3 + 3,33 mol L-1 glicose, porém, ambas as soluções crioprotetoras quando combinadas com o menor tempo de imersão (24 horas) podem ser recomendadas. Novos estudos devem ser conduzidos a fim de se estabelecer um meio de regeneração que promova maior porcentagem de recuperação dos embriões. Para os estudos de procedimentos de transporte e armazenamento foram utilizados embriões de coqueiro anão vermelho dos Camarões (AVC), anão amarelo da Malásia (AAM) e anão vermelho da Malásia (AVM). Foram avaliados cinco procedimentos; T1- Armazenamento do disco endosperma a 10 ± 2°C durante 5 dias; T2- Armazenamento do disco endosperma a 10 ± 2°C durante 8 dias; T3- Armazenamento do disco endosperma a 10 ± 2°C durante 12 dias (antes da excisão de embrião e a inoculação no meio de cultura Y3); T4- embrião zigótico excisado e inoculado em meio de cultura Y3 e armazenamento individualmente em Eppendorf de 5 mL e depois de 2 dias transferidos para meio de cultura Y3; T5- cinco embriões zigóticos inoculados em meio de cultura Y3 em placa de Petri e depois de 2 dias transferidos para Y3 meio de cultura. Não houve efeito significativo dos acessos e dos tratamentos na contaminação fúngica aos 30 dias após a inoculação. No entanto, para a contaminação bacteriana houve diferenças significativas entre os acessos e tratamentos. O acesso AVM apresentou contaminação bacteriana mais elevada (27%) em comparação com o AVC (11%) e AAM (5%). Os embriões zigóticos submetidos ao T4 apresentaram contaminação bacteriana menor (3,33%) em comparação com os demais.